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Aula 04 - Inquérito Policial

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Aula 04. INQUERITO POLICIAL 
Conceito
O inquérito policial é um procedimento preparatório da ação penal, de caráter administrativo, conduzido pela polícia judiciária e voltado à colheita preliminar de provas para apurar a prática de uma infração penal e sua autoria.
Natureza Jurídica
Trata-se de procedimento de natureza administrativa. Portanto, como o inquérito é mera peça informativa, eventuais vícios constantes não têm o poder de contaminar o processo penal a que der origem. 
Obs: caso determinada prova tenha sido produzida com violação as normas de direito material, há de ser reconhecida sua ilicitude (CF, art. 5º, LVI). 
Finalidade do inquérito policial 
Instrumento usado pelo Estado para colher elementos de informação, viabilizando a ação penal acusatória quando existir justa causa para o processo (fumus comissi delicti). 
Características do Inquérito Policial 
a) Procedimento ESCRITO – art. 9º CPP - todas as peças serão num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas, e rubricadas pela autoridade policial. 
b) Procedimento DISPENSÁVEL - desde que o titular da ação penal (Ministério Público ou ofendido) disponha de elementos de informação para embasar a peça acusatória, o inquérito será dispensável. 
c) Procedimento SIGILOSO – art. 20 CPP; a autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. Sigilo que não atinge a Autoridade Judiciária e nem ao Ministério Público. 
**E O ADVOGADO? 
Estatuto da OAB – lei nº 8.906/94, art. 7º, inc. XIV: prevê que o advogado tem o direito de examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigação de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos a autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos. 
Tratando-se de informações sigilosas nos autos do inquérito policial, o acesso será por meio de procuração, nos termos do art. 7º, p.10, da lei 8.906/94. 
Sumula vinculante n. 14: “é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”. 
*em se tratando de investigação referente a ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS, se decretado o sigilo das investigações pela autoridade judicial competente, o acesso do defensor aos elementos de informação deverá ser mediante autorização judicial (art. 23 da lei 12.850/13). 
d) Procedimento INQUISITORIAL 
Ausência de contraditório e ampla defesa; atividades concentrada nas mãos de uma única autoridade – delegado de polícia, no caso do inquérito policial (art. 2º, p. 1º, lei n. 12.830/13). 
e) procedimento DISCRICIONÁRIO: a autoridade policial que deve determinar o rumo das investigações. Art. 6º e 7º, CPP; 
f) Procedimento OFICIAL – incumbe ao Delegado de Policia (federal ou civil) a presidência do inquérito Policial; art. 144, p.1º, I, c/c art. 144, p. 4º, da Constituição Federal. 
g) Procedimento OFICIOSO - ao tomar conhecimento de notícia de crime de ação penal pública incondicionada, a autoridade policial é obrigada a agir de ofício. Art. 5º, I, CPP.
h) Procedimento INDISPONÍVEL – art. 17 CPP – a autoridade policial não poderá mandar arquivar os autos do inquérito. 
ASSISTENCIA JURÍDICA EM FAVOR DE SERVIDORES VINCULADOS AOS ORGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA (ART. 144 da CF), DIANTE DA INSTAURAÇÃO DE INQUERITO –ART. 14-A CPP
Sua aplicação não é válida para todo e qualquer delito. Abrange as investigações instauradas contra esses agentes, em relação ao uso de força letal - morte ou resistência seguida de morte de forma consumada ou tentada, incluindo também causas de exclusão de ilicitude (art. 23 do CP). 
FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUERITO POLICIAL 
1. Se o crime tratar-se de ação pública incondicionada 
a) De ofício; art. 5º, I, CPP
b) Requisição da Autoridade Judiciária ou do Ministério Público; art. 5º, II, CPP
c) Requerimento do ofendido ou de seu representante legal;
d) Noticia oferecida por qualquer do povo; art. 5º, p. 3º, CPP. 
e) Auto de Prisão em Flagrante Deleito - APFD
2. Se o crime for de ação penal pública condicionada à representação – o delegado fica condicionado à representação do ofendido ou à requisição do Ministro da Justiça - art. 5º, p. 4º do CPP; 
3. Se o crime for de ação penal privada – o delgado fica condicionado a representação da vítima ou de seu representante legal. – art. 5º, p. 5º, CPP. 
NOTITIA CRIMINIS 
É o conhecimento espontâneo ou provocado, por parte do delegado da ocorrência de um fato criminoso. 
a) De cognição IMIEDIATA (espontânea) 
b) De cognição MEDIATA (ou provocada); através de expediente escrito. Ministério Público por meio de requisição e ofendido por meio de representação. 
c) De cognição COERCITIVA- pela apresentação do indivíduo preso em flagrante. 
DELATIO CRIMINIS 
É a noticia do crime levada a autoridade policial por qualquer pessoa do povo. 
criminis inqualificada Notitia: denuncia anônima realizada por ex., pelo disque –denúncia. O delegado não pode instaurar inquérito com base unicamente em denuncia anônima, deve antes realizar investigações preliminares.

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