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Responsabilidade Civil - Dano - Teste 2

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(Ano: 2015; Banca: FGV; Órgão: DPE-MT; Prova: Advogado). Maria, famosa atriz, foi contratada pela sociedade empresária
XPTO Bebidas S.A., em junho de 2012, para ser ¿garota- propaganda¿ da marca de refrigerante Oba. Pelo contrato, obrigou-se
Maria a ceder, de forma remunerada e temporariamente, o uso e a exploração de sua imagem para a representação da marca
Oba. Em janeiro de 2013, Maria depara com um anúncio publicitário em uma revista em que é retratada segurando uma
cerveja, a Shiva, também fabricada por XPTO Bebidas S.A. Sobre os fatos descritos, assinale a afirmativa CORRETA:
(TJ/PE 2013 - FCC - JUIZ SUBSTITUTO) - O abuso de direito acarreta:
Disc.: RESP. CIVIL 2020.2 (G) / EX
Prezado (a) Aluno(a),
Você fará agora seu TESTE DE CONHECIMENTO! Lembre-se que este exercício é opcional, mas não valerá ponto para sua
avaliação. O mesmo será composto de questões de múltipla escolha.
Após responde cada questão, você terá acesso ao gabarito comentado e/ou à explicação da mesma. Aproveite para se
familiarizar com este modelo de questões que será usado na sua AV e AVS.
 
1.
A XPTO Bebidas S.A. violou a função social do contrato ao explorar indevidamente imagem de pessoa sem a sua
autorização.
Houve descumprimento contratual por parte da XPTO Bebidas S.A. e Maria sofreu violação em seu direito de imagem,
sendo legítima a reparação por danos morais, somente.
Não houve descumprimento contratual por parte da Sociedade XPTO Bebidas S.A., pois Maria cedeu o uso e a exploração
de sua imagem à sociedade empresária em questão.
Houve descumprimento contratual por parte de XPTO Bebidas S.A. e Maria sofreu violação em seu direito de imagem,
sendo legítima a reparação por danos morais e patrimoniais.
A XPTO Bebidas S.A. ofendeu a boa-fé objetiva contratual ao violar o direito à privacidade de Maria.
Explicação:
A lesão não se limita a gerar prejuízo material à vítima. Mesmo que seja atriz ou qualquer categoria de
pessoa notória, a utilização indevida da imagem atinge a pessoa na sua dignidade, lesando sua esfera
existencial. Não se trata, portanto, de apenas reparar o prejuízo patrimonial sofrido pela falta de cachê, é necessário indenizar o
dano moral sofrido, conforme o enunciado de súmula n. 403 do STJ.
 
2.
apenas a ineficácia dos atos praticados e considerados abusivos pela parte prejudicada, independentemente de decisão
judicial
indenização a favor daquele que sofrer prejuízo em razão dele.
consequências jurídicas apenas se decorrente de coação, ou de negócio fraudulento ou simulado
somente a ineficácia dos atos praticados e considerados abusivos pelo juiz.
indenização apenas em hipóteses previstas expressamente em lei.
Explicação:
Francisco Amaral (2003, p. 550) preleciona que: “O abuso de direito consiste no uso imoderado do direito subjetivo, de modo a
causar dano a outrem. Em princípio, aquele que age dentre do seu direito a ninguém prejudica (neminemlaeditquiiure suo utitur).
No entanto, o titular do direito subjetivo, no uso desse direito, pode prejudicar terceiros, configurando ato ilícito e sendo obrigado
a reparar o dano”.
Caio Mário da Silva Pereira (2007, p. 673) esclarece que: “Não se pode, na atualidade, admitir que o indivíduo conduza a
utilização de seu direito até o ponto de transformá-lo em causa de prejuízo alheio. Não é que o exercício do direito, feito com toda
regularidade, não seja razão de um mal a outrem. Às vezes é, e mesmo com freqüência. Não será inócua a ação de cobrança de
uma dívida, o protesto de um título cambial, o interdito possessório que desaloja da gleba um ocupante. Em todos esses casos, o
exercício do direito, regular, normal, é gerador de um dano, mas nem por isso deixa de ser lícito o comportamento do titular, além
de moralmente defensável. Não pode, portanto caracterizar o abuso de direito no fato de seu exercício causar eventualmente um
dano ou motivá-lo normalmente, porque o dano pode ser o resultado inevitável do exercício, a tal ponto que este se esvaziaria de
conteúdo se a sua utilização tivesse de fazer-se dentro do critério da inocuidade”.
https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp#
https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp#
Juliana, por meio de contrato de compra e venda, adquiriu de Ricardo,
profissional liberal, um carro seminovo (30.000km) da marca Y pelo preço de
R$ 24.000,00. Ficou acertado que Ricardo faria a revisão de 30.000km no
veículo antes de entregá-lo para Juliana no dia 23 de janeiro de 2017. Ricardo,
porém, não realizou a revisão e omitiu tal fato de Juliana, pois acreditava que
não haveria qualquer problema, já que, aparentemente, o carro funcionava
bem.
No dia 23 de fevereiro de 2017, Juliana sofreu acidente em razão de defeito no
freio do carro, com a perda total do veículo. A perícia demostrou que a causa do
acidente foi falha na conservação do bem, tendo em vista que as pastilhas do
freio não tinham sido trocadas na revisão de 30.000km, o que era essencial
para a manutenção do carro.
Considerando os fatos, assinale a afirmativa correta.
A gravidade do dano há de medir-se por um padrão objetivo, quando a apreciação deve ter
em linha de conta as circunstâncias em cada caso, e pela visão de fatores subjetivos ¿ de
sensibilidade particularmente requerida. A gravidade é apreciada em razão da tutela do
direito. O dano deve ser de tal modo greve que justifique a concessão de uma satisfação
de ordem pecuniária ao lesado. O dano típico esta positivado de forma normativo. Um tipo
de dano típico está descrito como o dano inerente à pessoa natural. É a ofensa ao
psiquismo que atinja a sua dignidade, respeito próprio e autoestima. Este dano típico é
descrito como:
É por isso que todas as teorias que tentam explicar e fundamentar a teoria do abuso de direito têm necessidade de desenhar um
outro fator, que com qualquer nome que se apresente estará no propósito de causar o dano, sem qualquer outra vantagem.
Abusa, pois, de seu direito o titular que dele se utiliza levando um malefício a outrem, inspirado na intenção de fazer mal, e sem
proveito próprio. O fundamento ético da teoria pode, pois, assentar em que a lei não deve permitir que alguém se sirva de seu
direito exclusivamente para causar dano a outrem.
 
3.
Nenhuma das alternativas anteriores.
Ricardo não tem nenhuma responsabilidade pelo dano sofrido por Juliana (perda total do carro), tendo em vista que o
carro estava aparentemente funcionando bem no momento da tradição
Ricardo deverá ressarcir o valor das pastilhas de freio, nada tendo a ver com o acidente sofrido por Juliana.
Ricardo é responsável por todo o dano sofrido por Juliana, com a perda total
do carro, tendo em vista que o perecimento do bem foi devido a vício oculto
já existente ao tempo da tradição.
Ricardo deverá ressarcir o valor da revisão de 30.000km do carro, tendo em vista que ela não foi realizada conforme
previsto no contrato
Explicação:
QUESTÃO RECUSADA.
Motivo: não foi apresentada a explicação referente a opção correta.
 
4.
Dano emergente.
Dano a honra objetiva.
Lucro cessante.
Dano moral a pessoa jurídica.
https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp#
https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp#
Veja a assertiva e, em seguida, marque a alternativa de acordo com o direcionamento abaixo descrito.
A indenização por perda de uma chance, segundo entendimento doutrinário e pretoriano dominante, é devida quando:
(OAB/XXI Exame de Ordem Unificado - adaptada) - Tomás e Vinícius trabalham em uma empresa de assistência técnica de
informática. Após diversas reclamações de seu chefe, Adilson, os dois funcionários decidem se vingar dele, criando um perfil
falso em seu nome, em uma rede social. Tomás cria o referido perfil, inserindo no sistema os dados pessoais, fotografias e
informações diversas sobre Adilson. Vinícius, a seu turno, alimenta o perfil durante duas semanas com postagens ofensivas, até
que os dois são descobertos por um terceiro colega, que os denuncia ao chefe. Ofendido, Adilson ajuíza ação indenizatória por
danos morais emface de Tomás e Vinícius.
 
A respeito do caso narrado, assinale a afirmativa correta.
Dano a honra subjetiva.
Explicação:
Danos em espécies
O dano típico, que está expressamente positivado em institutos normativos. E o dano
atípico, como consequência das demais fontes do Direito. Danos típicos ¿ HONRA
SUBJETIVA - Inerente à pessoa natural. É a ofensa ao psiquismo que atinja a sua dignidade,
respeito próprio, autoestima etc. É a visão interna que o ser humano faz de sí próprio. Temos
nas seguintes previsões legais as fundamentações que justificam o dano moral à pessoa
jurídica: CRFB/1988:X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação.
 
5.
a pessoa tenha de sofrer um dano imediato e concreto.
a pessoa veja frustrada uma oportunidade, em futuro próximo, que ocorreria se as coisas seguissem normalmente.
a pessoa veja frustrada uma oportunidade, mesmo em tempo distante, que ocorreria se as coisas seguissem
normalmente.
a pessoa veja frustrada uma vitória judicial ou uma cura médica por qualquer erro do profissional.
possa importar na mitigação do nexo de causalidade.
Explicação:
a pessoa veja frustrada uma oportunidade, em futuro próximo, que ocorreria se as coisas seguissem normalmente.
 
6.
Tomás e Vinícius devem responder pelo dano moral sofrido por Adilson, sendo a obrigação de indenizar, nesse caso,
fracionária, diante da pluralidade de causadores do dano.
Adilson sofreu danos morais causados por Tomás, portanto, deve receber sua indenização de acordo com a lei civil
vigente.
Tomás e Vinícius apenas poderão responder, cada um, por metade do valor fixado a título de indenização, pois cada um
poderá alegar a culpa concorrente do outro para limitar sua responsabilidade.
Adilson sofreu danos morais distintos: um causado por Tomás e outro por Vinícius, devendo, portanto, receber duas
indenizações autônomas.
Tomás e Vinícius são corresponsáveis pelo dano moral sofrido por Adilson e devem responder solidariamente pelo dever de
indenizar. 
Explicação:
Todo aquele que pratica um ato ou incorre numa omissão das quais resulte dano, deverá suportar as consequências do seu
procedimento, seja ele culposo ou doloso. ¿Em princípio, toda a atividade que acarreta prejuízo gera responsabilidade ou dever de
indenizar.¿ (VENOSA, 2010b, p. 1).
https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp#
https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp#
Dano é toda lesão a um bem juridicamente protegido, causando prejuízo de ordem
patrimonial ou extrapatrimonial. Ao contrário do que ocorre na esfera penal, na esfera civil
o dano sempre será elemento essencial na configuração da responsabilidade civil. A falta
do dever originário do agente de não causar lesão ao patrimônio material ou imaterial do
lesado pode ser causado por:
Sobre dano moral, é correto afirmar:
O dano passou a ser considerado não mais tão somente como dano à esfera patrimonial, mas também o dano moral em si, sendo
garantido por intermédio de leis do ordenamento jurídico. ¿O dano, ou prejuízo, que acarreta a responsabilidade, não é apenas o
material. O direito não deve deixar sem proteção as vítimas de ofensas morais.¿ (GONÇALVES, 2012, p. 4).
As pretensões sociais foram alcançadas, e o dano moral definitivamente positivado e pacificado entre doutrinadores e órgãos
jurisdicionais. Desta feita, o avançar social conferiu ao ordenamento jurídico brasileiro atual a garantia da reparabilidade do dano
ainda que exclusivamente moral, já que assim assegura o atual texto constitucional e o código civil.
Por fim, percebe-se que numa visão ampla e geral o ordenamento jurídico brasileiro se adaptou às pretensões sociais ao incluir
entre seus ditames a tutela indenizatória para as vítimas de danos morais, de maneira a assentar definitivamente esse direito com
base no anseio social e a grande repercussão do tema. 
 
7.
Ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência.
Quando o evento já existia quando da conduta ilícita do causador do evento danoso.
Ação ou omissão voluntária por imperícia.
Apenas ação voluntária, negligência ou imperícia.
Impossibilidades supervenientes do cumprimento da obrigação.
Explicação:
Conceito de dano - O dano é a consequência da falta ao dever jurídico originário de não causar lesão ao patrimônio
material e/ou imaterial do lesado. Título III - Dos atos ilícitos - Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Dano (do latim damnum) é o mal, prejuízo, ofensa material ou moral causada por alguém a outrem, detentor de um bem
juridicamente protegido. O dano ocorre quando esse bem é diminuído, inutilizado ou deteriorado, por ato nocivo e prejudicial,
produzido pelo delito civil ou penal.
 
8.
O dano moral indenizável pressupõe necessariamente a verificação de sentimentos humanos desagradáveis, como dor ou
sofrimento, por isso não se pode falar em dano moral da pessoa jurídica.
A quantificação por danos morais está sujeita a tabelamento e a valores fixos.
Como indenização por dano moral, não é possível, por exemplo, que uma vítima obtenha direito de resposta em caso de
atentado contra honra praticado por veículo de comunicação, sendo possível apenas o recebimento de quantia em
dinheiro.
A natureza de reparação dos danos morais, e não de ressarcimento, é o que justifica a não incidência de imposto de renda
sobre o valor recebido a título de compensação por tal espécie de dano.
O descumprimento de um contrato não gera dano moral, ainda que envolvido valor fundamental protegido pela
Constituição Federal de 1988.
Explicação:
A natureza de reparação dos danos morais, e não de ressarcimento, é o que justifica a não incidência de
imposto de renda sobre o valor recebido a título de compensação por tal espécie de dano.
https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp#
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