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Rua Artur Moreira, 197 – Jd. Marek - Santo André – SP - CEP: 09111-380 Fone: (0xx11)4458-5426 - Cel: (0xx11)9135-2562 - E-mail: cpautproj@uol.com.br CP. AUT. PROJ. PROJETOS INDUSTRIAIS TREINAMENTO E CONSULTORIA TÉCNICA Elaboração: Proj. Carlos PaladiniVolume 1 V1-1 INTRODUÇÃO À RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS A resistência dos Materiais estuda os esforços e as deformações nos corpos visando aplicações práticas de dimensionamento, é de fundamental importância no desenvolvimento de elementos de máquinas e dispositivos. É através dela que estabelecemos as dimensões de uma peça ou então, especificamos qual material mais apropriado para determinada aplicação. Aliado ao conhecimento teórico e a imaginação criativa do profissional, o bom senso também deve fazer parte das definições de um projeto afim de torná-lo viável, técnica e economicamente. O objetivo do curso de RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS é o estabelecimento de métodos que permitam calcular os esforços a que são submetidos os elementos construtivos. Com base nesses esforços será possível, então, dimensionar e selecionar o material mais adequado. Os exercícios estão dispostos numa ordem crescente de dificuldade, é aconselhável que o aluno só passe para o exercício seguinte após Ter desenvolvido e compreendido todos os passos dados na resolução da questão. A presença na aula é de vital importância pois os exercícios virão acompanhados de explicações contendo troca de experiências profissionais já vividas para melhor dinâmica e assimilação da matéria. Ao final do curso, tendo o aluno entendido bem os conceitos e solucionando a várias séries de exercícios, estará apto aplicar os métodos utilizados na grande maioria dos casos que aparecem no cotidiano fazendo a diferença em seu meio atuação, estando dentro do perfil que as empresas necessitam, ou seja, Atender de modo competitivo ao mercado consumidor, buscando a máxima lucratividade e qualidade dos serviços e resultados, na busca permanente da satisfação do cliente. Dedicamos este trabalho à “Deus” em primeiro lugar por nos dar entendimento e sabedoria, para enfrentarmos esta vida cheia de desafios e alegrias. Agradecimentos: Magda Blandino Paladini Thiago Roberto Paladini Penélope Blandino Elaboração : Projetista Carlos Paladini ÍNDICE GERAL: Volume 1 – páginas 1/23 Volume 2 – páginas 1/20 Volume 3 – páginas 1/16 Volume 4 – páginas 1/23 Volume 5 – páginas 1/16 Volume 6 – páginas 1/11 Volume 7 – páginas 1/11 Volume 8 – páginas 1/16 Índice Vol. 1: ! CONCEITOS........................................................pág. 1 Mecânica aplicada, exemplos... ! RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS.............................pág. 3 ! CINEMÁTICA.......................................................pág. 3 Conceitos básicos ! VELOCIDADE.......................................................pág. 4 Fórmulas, unidades ! ACELERAÇÃO......................................................pág. 5 ! Noções de Queda livre.........................................pág. 7 ! FORÇA................................................................pág. 8 Noções elementares, exemplos, cálculos, resultante de forças, exercícios. ! Operação com Vetores........................................pág. 12/22 Subtração de vetores, Multiplicação de um vetor por um número real, Forças perpendiculares, forças concorrentes, exercícios. V1-2 CONCEITOS: MECÂNICA APLICADA 1. Objetivo da Mecânica: A Mecânica tem por finalidade o estudo do movimento, assim como das causas e efeitos. O estudo das leis gerais da Mecânica constitui a chamada Mecânica Racional. Mecânica Aplicada é o nome dado ao conjunto de aplicações da mecânica ao movimento dos corpos. A Mecânica aplicada se subdivide em três partes; Cinemática, a Estática e a Dinâmica. A Cinemática é o estudo dos movimentos, independente das causas que produzem. A Estática estuda as forças e o equilíbrio produzido por elas. A Dinâmica estuda as relações entre as forças e os movimentos que elas produzem. Estudando os movimentos e suas causas é que se conseguiu a construção de máquinas e mecanismos, que tanto contribuíram para o progresso da civilização humana, (Tecnologia, Mecânica, prática profissional). 2. Grandezas Escalares e Vetoriais Existem em física determinadas grandezas Que ficam perfeitamente caracterizadas por sua intensidade (módulo), ou seja um número seguido de uma unidade de medida e são denominadas Grandezas Escalares. Como exemplos de grandezas escalares podemos citar a massa, a densidade, o volume, a temperatura, etc.. Existem também em física certas grandezas que somente ficam bem caracterizadas quando conhecemos seu valor numérico ( geralmente acompanhado de uma unidade), sua direção e seu sentido. O valor numérico da grandeza também é chamado de módulo ou intensidade da grandeza. Essas grandezas são chamadas, grandezas Vetoriais. V1-3 N S O L 5 m5 m Exemplo 1 Digamos, por exemplo, que um indivíduo esteja à dois metros de um precipício. Pergunta- se:- Se ele tentar se deslocar de três metros, cairia? Responde-se: Pode ser que sim, se ele se deslocar para frente, ou pode ser que não, se ele se deslocar para trás. Portanto o deslocamento do indivíduo não ficou perfeitamente caracterizado. Pelo seu módulo, para isto, seria necessário ainda conhecer-se sua orientação espacial. Exemplo 2 Vejamos agora, uma outra situação: Um barco está navegando em mar aberto, podendo se movimentar de qualquer maneira com a mesma velocidade constante 5m/min. Vamos então determinar sua posição depois de um minuto. Vemos que, conhecendo apenas o valor de sua velocidade é impossível determinar a posição do barco, pois podemos encontra-lo depois de um segundo em qualquer ponto sobre a circunferência. Mas se soubermos que o barco se movimentou na direção Oeste – Leste ficamos apenas com duas possibilidades. 3 m 2 m V1-4 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS A palavra “física” tem origem grega e significa “natureza. Daí dizemos que a física é uma ciência natural, pois estuda fenômenos naturais. Uma ciência somente é bem definida quando possuir objetivo, método e leis características. Fenômenos são acontecimentos ou fatos. Qualquer acontecimento, ocorrência ou fato, caracteriza um fenômeno. Os fenômenos são físicos quando não houver alteração na constituição íntima de corpos que sofreram os fenômenos, não existindo formação de uma outra substância. Exemplo: transformação da água em gelo. Os fenômenos são “químicos” quando alteram a constituição íntima dos corpos que sofreram os fenômenos, dando origem à formação de outras substâncias diferentes. Exemplo: Água + ferro + ar = ferrugem. Para fins didáticos, a física divide-se em: a) Mecânica: é o estudo dos movimentos; b) Termologia: é o estudo do calor e seus efeitos; c) Óptica: é o estudo da luz; d) Acústica: é o estudo do som e seus efeitos; e) Eletricidade: é o estudo das cargas elétricas em repouso (eletrostática) ou em movimento ( eletrodinâmica e eletromagnetismo). A natureza e os objetivos do nosso curso, impõem que estudamos apenas a Mecânica. A Mecânica, por sua vez, subdivide-se, para fins didáticos, em: a) Cinemática: é o estudo do movimento, sem levar em conta suas causas, apenas descrevendo os movimentos; b) Dinâmica: é o estudo do movimento, levando em conta as causas do movimento, explicando o movimento; c) Estática: é o estudo das condições de equilibro de um corpo qualquer, equilíbrio este denominado estático. CINEMÁTICA Conceitos Básicos Movimento: é a mudança de posição na passagem do tempo. Repouso: é a ausência de movimento. É a permanência na mesma posição, na passagem do tempo. Trajetória: é o caminho descrito por um corpo qualquer em movimento. Velocidade: é a grandeza física associada ao movimento e que mede a variação da mudança de posição, na passagem do tempo. Aceleração: é a grandeza física associada ao movimento e que mede a variação da velocidade na passagem do tempo. Referencial: é um corpo que relacionamos com o objetivo cujo movimento está sendo estudado. Todosos conceitos anteriores dependem diretamente de um referencial. V1-5 Velocidade Se um corpo percorre uma distância “s”, durante um certo tempo “t”, associaremos à esse movimento uma velocidade “V”, definida da seguinte forma: Utilizando uma linguagem simbólica, podemos escrever a definição acima, da seguinte forma: sendo “V” a velocidade; “s” a distância percorrida, também chamada espaço percorrido; “t” tempo gasto. t s V = Exemplo: Um automóvel percorre a distância de 400Km em 5h. Calcule sua velocidade. km/h 80 h 5 km 400 === t s V Da definição de velocidade, pode-se deduzir que: tVs ×= ou seja: o espaço é a velocidade multiplicada pelo tempo. V s t = ou seja: o tempo é o espaço dividido pela velocidade. Quando o símbolo de uma grandeza é escrito entre colchetes, “[ ]”, estaremos nos referindo às unidades em que é medida essa grandeza. t - significa unidade de tempo (hora, segundo, minuto,...) s - significa unidade de distância ( metro, quilômetro, centímetro, milha,...) v - significa unidade de velocidade (quilômetro por hora, metro por segundo, centímetro por minuto,...) As unidades mais comuns de velocidade são km/h e m/s, existindo freqüentemente, a necessidade de conversão entre elas, então: seg/m 3,6 1 seg 3600 m 1000 h 1 km 1 km/h 1 === Para transformar km/h em m/s, divide-se por 3,6. Para transformar m/s em km/h, multiplica- se por 3,6. gasto Tempo percorrida Distância Velocidade = Km/h :3,6 = m/s M/s .3,6 = Km/h V1-6 Convém ter em mente, as relações entre outras grandezas usuais: 1 km = 1000 m 1 m = 100 cm 1 cm = 10 mm 1 h = 60 min 1 min = 60 s 1 h = 3600 s Assumiremos por enquanto que não haverá mudança de velocidade nos movimentos que estudaremos, pois variações de velocidade invalidariam as fórmulas vista anteriormente Aceleração É uma grandeza associada ao movimento, que mede a variação da velocidade no decorrer do tempo: tempo velocidade de variação Aceleração = Introduzindo os símbolos: “a”, para aceleração; “∆∆∆∆V”, para a variação de velocidade e “t” para o tempo, temos: t V a ∆= Entenderemos que ∆∆∆∆V é a diferença entre a velocidade final “V” e a velocidade inicial V0. 0VVV −=∆ Assim sendo, temos a seguinte expressão para a aceleração: t VV a 0 −= Particularmente, quando a velocidade inicial for nula, temos: ta Vou t V a ×== A unidade de aceleração [a], será a unidade de velocidade [V], dividida pela unidade de tempo: [ ] [ ][ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]2t s t 1 t s s t/s t V a =×=== No sistema internacional, temos [ ] 2s m a = Outras unidades: km/h2, cm/min2, m/min2,... V1-7 Exemplos: a) A velocidade de um automóvel passa de 10 m/s para 25 m/s em 5 s. Calcule a aceleração. 20 s/m3 s/m5 s/m15 s5 s/m10s/m25 t VV a ==−=−= b) Calcule a aceleração de um móvel que estava em repouso e adquire a velocidade de 60 km/h em 4 horas. km/h 15 h 4 km/h 60 t V t V-V a 0 ==== Distância percorrida no movimento acelerado: No movimento que tem aceleração constante, a velocidade média é calculada da seguinte forma: 2 VV V 0m += A distância percorrida, por sua vez, é calculada por: tVs m ×=∆ Exemplo: Num movimento acelerado, um móvel tem velocidade inicial 6 m/s. e aceleração 2 m/s2. Calcule a distância em 8 s. taV Vou taV- Ventão , t V-V a Se 00 0 ×+=×== m/s 22166826V =+=×+= Logo: m/s 14 2 28 2 622 2 VV V 0m == +=+= Temos então: m 112814tVs m =×=×=∆ V1-8 Noções de queda livre Um corpo se diz em queda livre quando cai sob a ação de seu próprio peso. A única força sobre esse corpo é o próprio peso . Na realidade, quando a queda não ocorre no vácuo, existe a resistência do ar, que em condições normais é desprezível. Observações experimentais nos permitem concluir que na queda livre: • Todos os corpos, independentemente de seus pesos ou de sus massas, caem com a mesma aceleração; • Para corpos próximos à superfície da Terra, a velocidade é diretamente proporcional ao tempo, o que nos leva a deduzir que existe uma aceleração constante; • Quando dois ou mais corpos são soltos simultaneamente, de uma mesma altura, chegam ao chão ao mesmo tempo, independentemente da massa, do peso, do tamanho e da forma ( desprezando-se a resistência do ar); • A aceleração constante adquirida pelos corpos em queda livre ë denominada de “aceleração da gravidade” e é representada por “g”. • O valor “g”, salvo observação em contrário é 9,8 m/s2. Em determinados cálculos, onde a precisão não é importante, arredonda-se o valor de “g” para 10 m/s2. Exemplos: a) Um corpo é largado sem velocidade inicial, gastando 4 s para chegar ao chão. Calcule sua velocidade final. m/s 39,249,8V tg V:então , ga mas taV =×= ×==×= b) Um corpo é lançado verticalmente, para cima, com uma velocidade inicial de 78,4 m/s. Calcule o tempo que ele gasta para atingir o ponto de altura máxima. s8 9,8 78,4 t t9,878,4 tg Vou taV ==⇒×=⇒×=×= c) Uma pedra é abandonada, sem velocidade inicial, do alto de uma torre e gasta 4 s para atingir o chão. Calcule a atura da torre. 2 V 2 VV Ve Hs mas , tVs 0mm = −==×= Sabe-se que: 2 tg Ventão , tgV m ×=×= Logo... m4,78 2 8,156 2 168,9 2 48,9 H então 2 tg H t 2 tg tVH 22 m == ×=×=×=⇒××=×= A torre mede 78,4 m de altura. Analisando os exemplos anteriores, poderemos concluir que, no caso da queda livre, com velocidade inicial nula, são válidas as seguintes equações: tgV ×= 2 tg H 2×= V1-9 Noções elementares sobre forças: Quando empurramos ou puxamos um corpo, estamos aplicando sobre esse corpo uma força. Poderíamos dizer que a força é um puxão ou um empurrão em algum corpo. Porém, empurrando ou puxando um corpo, modificamos a velocidade do corpo, ou o estado de repouso e movimento do corpo, ou ainda deformamos o corpo. Assim sendo, pode-se chegar a uma definição mais técnica de forças: FORÇA É O AGENTE FÍSICO CAPAZ DE DEFORMAR UM CORPO, ALTERAR O ESTADO DE REPOUSO DESTE CORPO, OU AINDA MODIFICAR A VELOCIDADE DO CORPO. Os principais elementos de uma força, são: a) Intensidade: é o número acompanhado de uma unidade, que vai nos dar a informação de quantidade, isto é: se a força é fraca ou forte; b) Direção: é uma reta que vai nos dar a noção, avisando se a força é aplicada verticalmente, horizontalmente ou de uma inclinada; c) Sentido: é a informação que nos permite saber se a força é aplicada de cima para baixo ou de baixo para cima, da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda; d) Ponto de aplicação: é o lugar, a região do corpo que está em contato direto com a força. Módulo, direção e sentido, caracterizam em Física uma vasta classe de grandezas, chamadas vetoriais. As forças, bem como as outras grandezas vetoriais, chamadas, podem ser representadas por uma flecha ou seta. Simboliza-se uma força por uma letra maiúscula, tendo em cima uma setinha, representando o caráter vetorial da força F, P, G,... As unidades mais usuais de força são: a) No sistema internacional F = Newton (N) b) No sistema MKS Técnico F = Quilograma –força ( Kgf ou Kg*) 01) Determine o vetor resultante dos vetores F na figura abaixo 02) Determine o vetor resultante dos vetores F na figura abaixo. PONTO DE APLICAÇÃO DIREÇÃO SENTIDO INTE NSID ADE (Ponta de Seta) (Origem) (Reta) F E RG R=2R=8 V1-10 Forças A noção de força é intuitiva e é posta em evidência diariamente quando, por exemplo, percebemos a necessidade de exercer um esforço físico para deformar um corpo ou movimentá-lo a partir do repouso ou para fazê-lo andar mais depressa ou mais devagar ou ainda para mudar de direção de seu movimento. Tal noção pode ser expressa por uma sentença concisa que pode ser adotada como definição de força. FORÇA É A CAUSA CAPAZ DE MODIFICAR A VELOCIDADE DE UM CORPO OU DE PRODUZIR NELE UMA DEFORMAÇÃO. Resultante de forças: Consideremos um corpo sujeito à ação de várias forças: F1, F2, F3,... Chama-se, por definição, RESULTANTE dessas forças, chamadas componentes, à força única que se fosse aplicadaao corpo, produzisse nele o mesmo efeito que as n forças componentes, produzem simultaneamente. As unidades mais comuns para medir forças são: O quilograma – Força (Kgf), ou a tonelada- força ( Tf) e o Newton (N). Um quilograma – força é o peso de corpo que tem massa de 1Kg. São válidas as seguintes relações: 1 Kgf = 9,81 N 1 Tf = 1oooKgf Existem ainda outras unidades de força num mesmo corpo, que não são muita usadas. Quando várias forças estão aplicadas num mesmo corpo, podemos ter: a) Forças colineares do mesmo sentido; b) Forças colineares de sentidos diferentes; c) Forças concorrentes; d) Forças paralelas de mesmo sentido; e) Forças paralelas de sentidos diferentes. Cálculo da resultante de um sistema de forças: a) Forças colineares do mesmo sentido Intensidade: Somam-se as intensidades das forças componentes; Direção: A mesma direção das componentes; Sentido: O mesmo das componentes. V1-11 Exercícios: Determine o vetor resultante em cada um dos sistemas abaixo: b) Forças colineares de sentidos diferentes. Intensidade: Diferença entre as somas de todas as intensidades das forças que apontam num sentido e a soma de todas as intensidades das forças que apontam no outro sentido; Direção: a mesma direção das componentes; Sentido: O mesmo das forças cujas somas de intensidades, em um mesmo sentido, é maior que no outro sentido. Equivalencias: F = tonelada - força (Tf) 1Kgf=9,81 N 1Tf =1000Kgf 1KN =1000N F = quilo – Newton (KN) Exercícios 01) Transforme 8 Kgf em N. 02) Transforme 25 Kgf em N. 03) Transforme 4900 N em Kgf. 04) Transforme 392 N em Kgf. 05) Transforme 5,5Tf em N. F2 F1 F1 F3 F2 Fa Fb F1 F3 F2 V1-12 Sistemas de forças Sistemas de forças é um conjunto de duas ou mais forças aplicadas num mesmo corpo. Exemplo: As forças A, F, P, H, são chamadas componentes do sistema. Resultante de um sistema de forças é uma única força que, atuando sozinha sobre o corpo, produz o mesmo efeito que o sistema. Podemos resumir da seguinte forma o estudo que iremos abordar, a respeito das forças: a) Compor forças de um sistema de forças significa achar a resultante desse sistema; b) Achar as características de uma força qualquer, significa determinar os seus quatro elementos ( intensidade, direção, sentido e ponto de aplicação). c) Quando quisermos nos referir apenas à quantidade de força aplicada (intensidade), devemos para isto, escrever o símbolo desta força sem a flecha em cima, como por exemplo: F = 10 N, P = 25 Kgf..., d) Decompor uma força qualquer significa determinar suas componentes, é uma operação inversa a de achar resultante de duas forças. Resultante de um sistema de forças: 10 Caso: Forças colineares de mesmo sentido. Forças colineares são forças que possuem a mesma direção. Quando elas têm o mesmo sentido, encontra-se a resultante, conservando-se a direção, o sentido somando as intensidades. F A P H F=3N R= 3N + 4N + 2N = 9N H=2N G=4N R=9N V1-13 Exercícios: Encontre a resultante de cada um dos sistemas de forças representados abaixo: O deslocamento somente ficou bem determinado depois do fornecimento de três informações: MÓDULO: Valor numérico. DIREÇÃO: Horizontal, vertical ou indicada pelo ângulo. SENTIDO: Da esquerda para a direita ou vice – versa. A seta da figura acima, representa geometricamente um vetor. Esse vetor está representando o deslocamento da pessoa. O deslocamento é uma grandeza vetorial. Outra grandeza vetorial importante é a Força. Existem outras muitas grandezas vetoriais. Operações com vetores Adição de vetores: Adicionamos graficamente dois ou mais vetores, da seguinte forma: Fazemos coincidir a extremidade do primeiro vetor com a origem do segundo, a extremidade do segundo com a origem do terceiro, a extremidade do terceiro com a origem do quarto e assim sucessivamente até o último vetor. A origem do primeiro vetor e a extremidade do último, determinarão graficamente o vetor soma ou resultante dos vetores dados. Exercícios: São dados os vetores: A, B, C, D, E, F, G e H F2= 11 kgf F1=8 kgf A= 20 kgf B= 10 kgf C= 15 kgf R = 8 + 11 = 19 Kgf R = 20 + 10 + 15 = 45 Kgf X Y B A C E H D G F V1-14 Determine: 01) X=A+B+C 02) Y=D+E+F+G 03) W=G+H+B+A+D 04) Z=B+C+F 05) R=A+B 06) S=A+F+E 06) Desenhe o vetor resultante dos seguintes vetores: 07) Determine as resultantes: 20 Caso: Forças colineares de sentidos opostos Quando várias forças colineares são aplicadas num mesmo corpo, mas em ambos os sentidos, a força resultante é encontrada da seguinte forma: a) Somam-se as intensidades das forças que estão em um sentido; F2= 18 N K=10 kgf F1= 15 N F3= 18 N F4= 18 N N=20 kgf M=15 kgf R=18 kgf T=16 kgf Fc= 55 N Fa= 45 N Fb= 35 N V1-15 b) Somam-se as intensidades das forças que estão em sentido contrário; c) Acha-se a diferença entre os dois números anteriores, obtendo a intensidade da força resultante; d) O sentido da força resultante será aquele que pertencer às forças que apresentarem maior soma de intensidades; e) A direção da resultante será a mesma das componentes. Exemplo: Calculando as resultantes parciais, teremos: N 13N 9N 4R N 10N 5N 3N 2R 2 1 =+= =++= A intensidade da resultante, será: N 3N 10N 13RRR 12 =−=−= O sentido será o mesmo da resultante parcial de maior intensidade. A direção continuará horizontal. Exercícios: Encontre a força resultante de cada um dos sistemas de forças representados abaixo: R2=13 N R1=10 N F2=9 N F4=4 N F1=2 N F3=3 N F5=5 N R=3 N V1-16 Subtração de vetores Para fazer a subtração A – B, somamos o vetor A com o oposto de B. Exercícios: São dados os vetores: A, B, C, D e E Determine: 11) A - B 12) C - D 13) E - A 14) B - E A D B C E V1-17 MULTIPLICAÇÃO DE UM VETOR POR UM NÚMERO REAL Para multiplicar um vetor por um número real, multiplicamos o módulo do vetor pelo módulo do número real e conservamos o sentido do vetor se o número for positivo. E invertemos o sentido do vetor se o número for negativo. Exercícios: São dados os vetores: A, B, C e D. Pede-se: 15) 2 X A 16) 3 X B 17) –4 X C 18) ½ X D 19) –A 20) C 3 2− A B DC V1-18 30 Caso: Duas forças perpendiculares Desenhe um retângulo, traçando pela extremidade de F1 uma linha auxiliar, paralela a F2 e, pela extremidade de F2 uma linha auxiliar paralela a F1. A diagonal desse retângulo mostrará a força resultante. 1ª etapa, desenho das linhas auxiliares. 2ª etapa, obtenção das forças resultantes. Se fizermos o desenho em escala, relativa aos valores de F1 e F2, poderemos obter a intensidade da resultante por mediação. A direção pode ser fornecida, medindo-se o ângulo “A”, ou o ângulo “B”, com o auxilio do transferidor. O sentido fica indicado na figura. Este processo é conhecido como processo gráfico. Pode-se resolver o problema de encontrar a força resultante de duas foças perpendiculares, utilizando o teorema de Pitágoras e os conceitos de seno ou coseno. Neste processo não há necessidade de escala, porém, é recomendável o uso de uma tabela trigonométrica. eIntensidad FFR FFR 22 2 1 2 2 2 1 2 →+=⇒+= Direção R F Acos ou R F Asen 21 →== O sentido fica indicado na figura: Exemplo: 8,0 10 8 R F Asen 1 === 0,8 é o seno do ângulo de 530 ( tabela – valor mais aproximado), então a = 530. O sentido fica indicado na figura. R=10 N Direção: R forma um ângulo de 53º com F2. Sentido: Indicado na figura. F2 F1 F1 F2 A B R F1= 8 N F2=6 N R 53° A F1 F2 R F1= 8 N F2=6 N R A V1-19 Exercícios: Utilizando o exemplo anterior, encontre a força resultante de cada um dos sistemas abaixo: Exercícios sobre operações com vetores: Determine: A + B - C Determine: 2 x M - 3 x N Determine o vetor: R + 3 x S – 2 x T Determine o vetor: -2 x A – B + C 3 1 A B C M N T R C A B F2=42 N F1= 40 NV1-20 Cálculo do módulo do vetor resultante de dois vetores perpendiculares: 2 Y 2 X 2 VVR += Cálculo de direção do vetor resultante de dois vetores perpendiculares: A direção do vetor resultante de dois vetores perpendiculares, pode ser dada pelo ângulo formado entre o vetor resultante e um dos vetores componentes. Em relação à mesma figura acima, temos: R V B sen ou R V Asen Yx == O sentido do vetor resultante de dois vetores perpendiculares é dado pela seta. Exercícios: Determine o vetor resultante dos vetores V1 e V2 na figura abaixo: Determine o vetor resultante dos vetores A e B na figura abaixo: A= 7 B= 24 Determine o vetor resultante dos vetores M e N na figura abaixo: M= 21 N= 20 Determine o vetor resultante dos vetores R e S na figura ao lado: R= 18 S= 24 V1 Vy Vx B A B A M N S R V1-21 Resultante de dois vetores que tem a mesma direção: 10 caso: Os vetores têm o mesmo sentido: Somam–se os módulos e mantém-se o sentido e a direção. 20 caso: Os vetores têm sentidos diferentes: Subtraem-se os módulos e conserva-se a direção. O sentido do vetor resultante será o mesmo daquele que tiver maior valor absoluto. Exercícios: Determine o vetor resultante dos vetores A e B na figura abaixo: Determine o vetor resultante dos vetores C e D na figura abaixo: Observe o triângulo ABC: α×=⇒=α α×=⇒=α senFF F F sen cosFF F F cos Y Y X X Note que ∝ é o ângulo formado entre o eixo Fx e a força F. Exemplo numérico: seja F = 40 N e α = 45º Temos: N287,04045senFFy N287,04045cosFFx =×=°×= =×=°×= Exercícios: Encontre as componentes ortogonais Fx e Fy para cada força apresentada abaixo. É necessário fazer os desenhos, construindo os ângulos dados com seu valor verdadeiro: Fy Fx F A B B A DC Y F X 55° Y X F 35° V1-22 Forças concorrentes: 10 caso: Apenas duas forças perpendiculares Intensidade: 22 2 1 2 FFR += Direção R F arcsen 2=α Sentido: Indicado pela figura: Exercícios: Calcule a força resultante em cada um dos sistemas abaixo: F2 = 7 F1 = 6 FA = 12 FB = 5 FX = 15 FY = 25 20 caso: Apenas duas forças não perpendiculares para α < 90° Intensidade: AcosFF2FFR 21 2 2 2 1 2 ×××++= Direção: 12 F senλ R senα F senβ R senα =⇒= Sentido: Indicado pela figura F1 F2 R F1 F2 FB FA FX FY F2 F1 R β λ α V1-23 Exercícios: Encontre a força resultante do sistema abaixo: 40 F 60 F yX == !! 30 Quando α > 900 devemos desenhar o ângulo complementar até o plano de 180° utilizar a região da nova figura onde o ângulo é < 900 neste ponto temos o valor do ângulo complementar e a hipotenusa que na figura inicial era um cateto, com as projeções desenhadas localizamos o ângulo de 90° que gerou um triângulo retângulo nos possibilitando o cálculo do cateto no eixo Y que por sua vez também será o cateto Y da figura inicial nos possibilitando por Pitágoras determinarmos a resultante final. Exemplo: 40 caso: Forças concorrentes, em qualquer quantidade, formando ângulos conhecidos com as direções perpendiculares X e Y. Neste caso, projetamos todas as forças nos dois eixos. Encontramos a resultante no eixo x (RX), e a resultante no eixo Y (RY) e aplicamos o caso de duas forças perpendiculares. Calcule a força nos sistemas abaixo: 80 F 70 F 60 F 321 === !!! F1x = 60. cos 45 = 42,42 FiY = 60. sen 45 = 42,42 F2x = 70. cos 30º = 60,62 F2Y = 70. sen 30º = 35 F3x = 80. sen 60º = 69,28 F3Y = 80. cos 60º = 40 42,37F3y -F2y F1y 48,87F3x - x F2 -F1x =+= 15 F 30 F 20 F 321 === !!! mmy y 6410,3460sen.40 40 60sen =°=∴=° mmR RyFR 915,52 6410,3440 22222 = +=∴+= Eixo X Eixo Y Rua Artur Moreira, 197 – Jd. Marek - Santo André – SP - CEP: 09111-380 Fone: (0xx11)4458-5426 - Cel: (0xx11)9135-2562 - E-mail: cpautproj@uol.com.br CP. AUT. PROJ. PROJETOS INDUSTRIAIS TREINAMENTO E CONSULTORIA TÉCNICA Elaboração: Proj. Carlos PaladiniVolume 2 Índice Vol. 2: ! Roldanas..............................................................pág. 1 ! Plano inclinado.....................................................pág. 3 ! Sarilho.................................................................pág. 4 ! DINÂMICA............................................................pág. 5 Potência, exemplos, exercícios ! Conceitos de Hidráulica.........................................pág. 7 Princípio de Pascal, Escalas Rockwell, exercícios. ! Conceito de Momento...........................................pág. 10 ! Classificação de esforços.......................................pág. 12 - Tipos de vínculos...............................................pág. 12 ! Cálculo das Reações de Apoio...............................pág. 14 ! Cargas Distribuídas..............................................pág. 15 Cálculos, Resoluções, exercícios. ! Forças Inclinadas.................................................pág. 20 V2 - 1 Roldanas A roldana ou polia é constituída geralmente de madeira ou metal. Ela pode girar em torno de um eixo fixo ou móvel, dando origem aos dois tipos de roldana. Na roldana fixa, ou polia fixa, comparecem FA e FR aplicadas na corda. Este tipo de polia apenas transmite movimento, não ampliando ou reduzindo esforços, ou seja: Na roldana móvel, ou polia móvel, comparecem as forças FA e FR. Neste tipo de polia, a Força de ação é equivalente à metade da força de reação. Na roldana móvel ocorrem dois movimentos diferentes: rotação da polia em torno do seu eixo e movimento de translação da polia, que muda de posição. Pode-se combinar polias móveis e fixas, formando as chamadas talhas exponenciais. 2 R A F F = FA = FR V2 - 2 Exemplo: Talha exponencial com 3 roldanas móveis. Talha exponencial com 7 roldanas móveis. Para talha exponencial, temos: FA = força de ação FR = força de resistência n = número de polias móveis n R A F F 2 = V2- 3 Exercícios: Para cada um dos esquemas abaixo, determine F. Plano inclinado É constituído de uma superfície inclinada em relação à horizontal. O plano inclinado é representado geometricamente por um triângulo retângulo, onde a hipotenusa corresponde ao comprimento do plano; um dos catetos é a base e o outro é a altura. V2 - 4 No plano inclinado, a força de ação FA é sempre paralela à superfície do plano e a força de resistência é perpendicular à base do plano. θ : declive do plano inclinado. Utilizando a equação de equilíbrio para o plano inclinado e decomposição de forças, pode- se concluir que: ou Exercícios: Um plano inclinado tem declividade de 450. Um peso de 200 Kgf vai ser arrastado pelo plano. Calcule a força de ação necessária. Sarilho É um cilindro horizontal sobre o qual se enrola uma corda. A força de ação é aplicada na manivela do sarilho e a força de resistência é aplicada na extremidade livre da corda. FA = FR . sen θ L h F R .FA = FA . R = FR . rAplicando a equação de equilíbrio para o sarilho, tem-se: R : comprimento da manivela r : raio do cilindro V2- 5 Exercícios: a) Um sarilho possui 1m de manivela e 25cm de raio. Determine o valor da força a ser aplicada na manivela para suspender um peso de 40 Kgf. b) A força de ação aplicada na manivela de um sarilho vale 10 Kgf. O comprimento da manivela é 80cm e o raio do cilindro é 20cm. Calcule a força de reação c)A manivela de um sarilho tem comprimento de 60cm e o diâmetro do sarilho é de 12cm. Um peso de 120N vai ser suspenso. Calcule a força de ação necessária. d)Deseja-se elevar a uma altura de 6m um objeto de 240N de peso. A manivela do sarilho utilizado tem 1m de comprimento e a força aplicada é de 40N. Calcule o raio do cilindro. e)No problema anterior calcule quantas voltas deverá efetuar a manivela. Associação de máquinas simples Duas ou mais máquinas simples, podem ser associadas. Deve-se estudar separadamente o equilíbrio de cadamáquina. Se cada uma delas estiver em equilíbrio, o conjunto todo estará em equilíbrio. Exercícios: Para cada combinação de máquinas simples abaixo, determine a força de ação: – DINÂMICA Trabalho de uma força Se uma força constante F, produz na sua própria direção, um deslocamento d , dizemos que ela realizou um trabalho τ definido da forma ilustrada ao lado: As unidades de trabalho são as seguintes: - No sistema internacional [τ ] = [ F ] . [ d ] = N . m = Joule (J) - No sistema MKS técnico [τ ] = [ F ] . [ d ] = Kgf . M = quilogrâmetro ( Kgm) V2 - 6 Se a direção da força não coincidir com a direção do deslocamento, o trabalho é calculado da seguinte forma: Exercícios: Uma força de 20N de intensidade, inclinada de 30° em relação à horizontal, produz um deslocamento horizontal de 8m. Calcule o trabalho realizado. Potência Qualquer máquina , para realizar um trabalho τ, gasta um certo tempo t Associaremos a ela uma grandeza física chamada potência, que medirá a rapidez com que ela realiza o trabalho. Simbolizaremos potência por P e definiremos da seguinte forma: No sistema internacional temos a seguinte unidade de potência: [ ] [ ][ ] (w) watts J t P ==τ= No MKS técnico, temos: [ ] [ ][ ] s kgm t P =τ= São usadas ainda as seguintes unidades práticas: 1 CV = 75 kgm/ s 735 w 1 HP = 76,04 kgm/ s = 746 w Exercícios: Calcule as potências de uma máquina que realiza um trabalho de 900 J em 18s. τ = F . d . cos θ t P τ= V2- 7 Hidráulica – Conceitos Conceito de pressão A idéia de pressão está associada à situação na qual uma força atua em sua superfície. Define-se pressão de uma força normal (perpendicular) em um ponto qualquer de uma superfície, ao quociente entre essa força e a área onde a mesma atua. Pr = pressão Fn = força normal A = área As unidades de pressão, são: - No SI [ ] [ ][ ] (Pa) Pascal m N A F Pr 2 n === No MKS técnico [ ] [ ][ ] 2 n m kgf A F Pr == Em outros sistemas ( unidades práticas) Kgf / cm2 , tf / m2 , libra - força / polegada2 (PSI), ... Exercícios: Uma força perpendicular de 80N é aplicada numa área de 0,05m2 . Calcule a pressão. Princípio de Pascal É um princípio aplicável à transmissão de pressão nos líquidos e pode ser enunciado da seguinte forma: Uma máquina hidráulica é um dispositivo que funciona baseado no principio de Pascal. A F Pr n= Os líquidos transmitem integralmente em todas as direções, as pressões que recebem V2 - 8 Seja: r : o raio de êmbolo menor ; R: o raio do êmbolo maior; f : a força aplicada no êmbolo menor; F: a força aplicada no êmbolo maior; Tem –se: Exercícios: O pistão menor de um elevador hidráulico tem 20cm2 e o pistão maior tem 300cm2 de área. Aplica-se uma força de 40Kgf no pistão menor. Qual a força obtida no maior? Por volta de 1.900 foi introduzida nas industrias o método de medir dureza por penetração e atualmente é o mais utilizado em relação ao risco e o choque. Dentro de ensaio de penetração temos: a) Ensaio de dureza BRINNELL ( HB ) Este ensaio é efetuado pela aplicação de uma carga padrão usualmente 500 ou 3000 Kg sobre a esfera de aço duro, de 10mm de diâmetro, a qual está em contato com o material a ser ensaiado. Após 10 a 30 segundos a carga é retirada e a impressão que se forma no corpo de prova é medida por um microscópio calibrado. O Valor assim obtido aplicado a fórmula. BRINNELL ou usado numa tabela já preparada, dá o valor da dureza. Observe na figura acima como a esfera de aço duro penetra no corpo de prova. A dureza de BRINNELL ( HB ) é dada pela fórmula: ( HB ) = ( )22 dDDD F2 −−⋅⋅π ⋅ (kgf / mm2) 22 R f r F = V2- 9 onde: HB= valor da dureza Brinnell a ser calculada F = força aplicada em Kgf D = diâmetro da esfera em mm d = diâmetro da impressão da esfera ( calota ) em mm Devemos observar que: O diâmetro da impressão deve estar na relação: 0,3D < d < 0,6D E que este ensaio se aplica em peças não temperadas: a saber materiais não ferrosos, ferro fundido, aço, peças laminadas, forjadas, etc., pois, se aplicarmos a materiais duros, como ferramentas de corte. As esferas de penetração serão danificadas. Para facilitar ainda mais o emprego dos ensaios Brinnell pode-se utilizar aparelhos Rockwell, e uma tabela que nos fornece a dureza Brinnell em função da leitura na escala Rockwell “C “, ou seja, em função da profundidade de penetração. Ensaio de dureza Rockwell ( HR ) As máquinas Rockwell utilizam pequenos penetradores com cargas relativamente pequenas, sendo portanto compactas; neste ensaio não medimos o diâmetro de impressão, mas sim sua profundidade com um comparador micrométrico. A dureza é expressa em função da profundidade e é lida diretamente no mostrador da máquina, mas há necessidade da aplicação de uma pré-carga para zerar o comparador. O processo normal de medir a dureza é: - Fixar o penetrador na máquina, colocar o corpo de prova, obter o melhor contato, aplicar a pré-carga, aplicar a carga maior, retirar a carga maior e fazer a leitura. Existem 3 escalas de ensaio Rockwell, a saber: Escala Rockwell B Utilizada para materiais de dureza média, utiliza-se um penetrador de esfera de aço de 1/16”de diâmetro (d = 1,59mm) e uma carga total de 100Kgf (pré-carga Fo = 10 Kgf e carga de 90Kgf). Escala Rockwell C Utilizada para materiais mais duros onde o penetrador é uma ponta de diamante em forma de cone com ângulo do vértice de 1200 e carga total de 150Kgf ( pré-carga Fo = 10Kgf e carga de 90Kgf). Escala Rockwell A Utilizado para materiais muito duro, com o mesmo penetrador da escala C e carga total de 60Kgf. O penetrador cônico de diâmetro é conhecido com o nome de “penetrador BRALE”. A dureza Rockwell (HR) pode ser utilizada em dois tipos de máquinas, que só diferenciam pela precisão de seus componentes, tendo ambas a mesma técnica de operação: a máquina padrão mede a dureza HR comum e a máquina mais precisa mede a dureza HR superficial. Devemos lembrar que a pré-carga de dureza Rockwell comum é sempre de 10Kgf e no caso da HR superficial a pré-carga é sempre de 3Kgf. V2 - 10 1- Conceito de momento: Momento de uma força em relação a um ponto,. É o produto dessa forma pela distância existente entre o ponto e a linha de ação dessa força. M = F. d. M = Momento de uma força em relação ao ponto P F = Força aplicada d = Distância entre o ponto P e a linha de ação da força. Nota: A distância d sempre é tomada numa perpendicular à linha de ação da força. Unidades usuais: Momento: [ mm Kgf ; cm Kgf ; M kgf ;N m ; N mm] Força: [ Kgf ; N] Distância: [ mm ; cm ; m] Exemplos: a) Calcular o momento da força F em relação ao ponto P V2- 11 Força Em relação ao ponto Momento F1 B F4 I F5 J F2 G F1 H F3 I F6 E F2 C F3 H F5 B F4 E b) Calcular o momento da força F1 e F2 em relação aos pontos A e B Momento da Força F1 em relação ao ponto A M= F.d D = Distância da linha de ação de F1 até o ponto A = a F = Força = F1 M = Momento = M= F1 a M = 50 Kgf. 120mm M = 6000 Kgfmm ou M = 6 Kgfm Momento da força F1 em relação ao ponto B M = F. d D = Distância da linha de ação de F1 até o ponto B = a F = Força = F1 M = Momento = M= F1.b M= 50Kgf. 120mm M= 6000 Kgfmm ou M = 6 Kgfm Momento da força F2 em relação ao ponto A M= F. d Distância da linha de ação de F2 até o ponto A = b Força = F2 Momento = M= F2. B M= 80 Kgf 40mm. M= 3200 Kgfmm ou M= 3,2Kgfm Momento da força F2 em relação ao ponto B M= F. d Distância da linha de ação de F2 até o ponto B = zero Força = F2 Momento = M= F2. zero M= 80. 0 M= 0 Calcule o momento da força em relação ao ponto considerado e anotar o resultado no quadro. F1 = 300 Kgf F4 =70 Kgf F2 = 100 Kgf F5 = 200 Kgf F3 = 50 Kgf F6 = 80 Kgf V2 - 12 2- Classificação dos esforços Os esforços podem ser classificados da seguinte maneira: a) Esforços externos ativos São as cargas externas que atuam diretamente num componente mecânico. b) Esforços externos reativos São as cargas externas que procuram anular os esforços externos ativos, para que o corpo se mantenha em equilíbrio. c) Esforços internos solicitantes São os esforços a que um elemento construtivo é submetido, quando solicitado por cargas externas ativas e reativas. d) Esforços internos resistentes São as forças internas características de cada material que buscam oferecer resistência aos esforços aplicados. Os esforços externos reativos surgem por intermédio dos vínculos que são dispositivos destinados a impedir um, dois ou três movimentos em determinadas direções. TIPOS DE VÍNCULOS 10 Tipo: Apoio fixo Reage às cargas aplicadas nos sentidos horizontal e vertical em relação ao seu eixo Exemplos: HA = Reação Horizontal no ponto A VA = Reação Vertical no ponto A V2- 13 20 Tipo: Apoio móvel Reage às cargas aplicadas somente no sentido vertical em relação ao seu eixo Exemplos: VA = Reação vertical no ponto A 30 Tipo: Engastamento Reage às cargas aplicadas nos sentidos horizontal e vertical em relação ao seu eixo, e também ao movimento de rotação ( momento ) Exemplo: HA = Reação horizontal no ponto A VA = Reação vertical no ponto A MA = momento no ponto A V2 - 14 3- Cálculo das reações de apoio No campo da estática, para que um corpo se mantenha em equilíbrio, é necessário que satisfaça 3 condições: 1- A somatória das forças aplicadas na horizontal deve ser igual a zero 2- A somatória das forças aplicadas na vertical deve ser igual a zero 3- A somatória dos momentos aplicados em relação a um ponto qualquer deve ser igual zero. Exemplo: a) Calcular as reações de apoio nos pontos A e B da figura abaixo: O apoio A não permite o movimento nos sentidos horizontal e vertical, portanto vai reagir nesses dois sentidos, correspondendo ao apoio fixo. O apoio B impede o movimento da barra somente no sentido vertical sendo, portanto, um vínculo do tipo apoio móvel. Esquematicamente, temos a seguinte figura: Nota: Os sentidos indicados para as reações de apoio foram adotados, baseados no bom senso. O próprio cálculo demonstrará se o sentido adotado foi o correto ou não, como veremos no exemplo seguinte. Adota-se um referencial: Executam-se as equações de equilíbrio: ∑ FH = 0 ∑ FV = 0 HA = 0 VB = 3,75 Tf 1º) ∑ FH = 0 2º) ∑ FV = 0 VA - 10 + VB = 0 (I) 3º) ∑ MA = 0 10 x 3 - VB x 8 = 0 30 = VB x 8 8 30 VB = ∑ Ma = 0 V2- 15 Nota: As reações VA e HA não ocasionam o momento em relação ao ponto A, uma vez que a linha de ação dessas forças passam pelo mesmo ponto considerado. Substituindo VB na equação (I) , temos: VA – 10 + 3,75 = o VA = 10 – 3,75 b) Calcular as reações de apoio no ponto A O apoio A não permite o movimento nos sentidos horizontal, vertical e de rotação, logo, trata-se de um vínculo do tipo engastamento. Note que os valores de VA e MA são negativos. Quando isto ocorre, significa que o sentido adotado não foi o correto. Os sentidos corretos para as reações, neste exemplo, são os seguintes: 4- Cargas distribuídas Até agora, consideramos a carga aplicada num ponto, isto é, concentrada naquele lugar. A rigor, não existe carga concentrada: Toda carga é distribuída sobre uma linha, superfície ou volume. Quando a região da aplicação da carga for muito pequena, comparada com as dimensões da peça em estudo, podemos considerar que a carga atua de forma concentrada. VA = 6,25 Tf ∑ FH = 0 HA – 80 = 0 ∑ FV = 0 VA + 50 = 0 MA - 50 x 200 = 0 - MA - 10000 = 0 - MA = 10000 HA = 80 kgf VA = - 50 kgf MA = -10000mm.Kgf ∑ MA = 0 V2 - 16 Há casos, entretanto, em que a carga se distribui no trecho considerado, como por exemplo: a carga de uma parede sobre uma viga, a pressão do líquido sobre as paredes de um reservatório ou ainda, o peso próprio da viga. Para efeito de cálculo das reações de apoio, quando se tem carga distribuída, devemos substituir este carregamento por uma carga concentrada equivalente, aplicada no centro de forças. V2- 17 Exemplos: Calcular as reações de apoio das figuras abaixo: Para efeito de cálculo das reações de apoio, podemos substituir a carga distribuída por uma concentrada equivalente. A figura, com as reações de apoio, fica da seguinte forma: Calculando o valor das reações: Referencial 96kgf 0,8m x m 120kgf L w x F 0,4m 2 0,8m / 0,8m 800mm L 2 1 === == == HA = 0 VA = 52,36 kgf VB = 43,64kgf ∑ FH = 0 ∑ FV = 0 VA – 96 + VB = 0 (I) ∑ MA = 0 96 x 1000 – VB . 2200 = 0 Substituindo VB em (I) VA - 96 + 43,64 = 0 V2 - 18 Substituindo a carga distribuída por uma concentrada: Calculando as reações de apoio: Referencial 75kgf 2 0,3m x m 500kgf 2 1 x wo F 0,1m 3 0,3m 3 1 0,3m 300mm 1 === == == HA = 80kgf VB = 740,63kgf VA = 234,37kgf ∑ FH = 0 HA -80 = 0 ∑ FV = 0 VA - 75 - 900 + VB = 0 (I) ∑ MA = 0 75 x 450 + 900 x 950 - VB x 1200 = 0 substituindo VB em (I) VA - 75 - 900 + 740,63 = 0 V2- 19 Resolução HB = 0 VA = 13 Tf ∑ FH = 0 -HB = 0 ∑ FV = VA -FI + 8 + F2 + VB = 0 VA - 18 + 8 – 15 + VB = 0 (I) ∑ MB = 0 VA x 14,7 - 18 x 11,2 + 8 x 6 - 15 x 2,5 = 0 VA x 14,7 - 191,1 = 0 7,14 1,191 VA = 2,5m 2 5m 2 L L 15Tf5mx m 3Tf L x wF 2m 3 6m 3 1 L 18Tf 2 6m x m 6Tf 2 1 x woF 2 2 1 1 === === === === Substituindo: VA em (i) VA - 18 + 8 - 15 + VB = 0 13 - 18 + 8 - 15 + VB = 0 VB = -13 + 18 + 8 + 15 VB = +12 Tf V2 - 20 5 – Forças Inclinadas Para calcularmos as reações de apoio em uma estrutura que apresenta esforços externos ativos em forma de forças inclinadas, devemos antes, decompor essas forças. Usando as componentes dessas forças, efetuamos toda a seqüência de cálculos vista anteriormente. Exemplo: 0 2x2 2x 60 cos x 5 cos x F F F F cos =β= =β F2x = 2,5 Tf 0 11y 1 1y 45 cos x 3 cos x F F F F sen =∝= =∝ F1 y = 2,121 Tf 0 1X1 1 1X 45 cos x 3 cos x F F F F cos =∝= =∝ F1X = 2,121 Tf 0 2y2 2 2y 60 sen x 5 sen x F F F F sen =β= =β F2Y = 4,330 Tf Decomposição das forças: Rua Artur Moreira, 197 – Jd. Marek - Santo André – SP - CEP: 09111-380 Fone: (0xx11)4458-5426 - Cel: (0xx11)9135-2562 - E-mail: cpautproj@uol.com.br CP. AUT. PROJ. PROJETOS INDUSTRIAIS TREINAMENTO E CONSULTORIA TÉCNICA Elaboração: Proj. Carlos PaladiniVolume 3 Índice Vol. 3: ! DIAGRAMA DOS ESFORÇOS.................................pág. 1 Cálculos, gráficos, exemplos, exercícios - Cálculo das Reações de Apoio...........................pág. 7 - Convenções de Sinais.......................................pág. 8 - Equivalência de Forças Transferidas..................pág. 11 - Diagrama dos Esforços solicitantes, em corpos com carga distribuída......................pág. 16 V3 - 1 As forças que ficam dispostas: 6 – Diagrama dos esforços internos solicitantes ( D. E. I. S.) O projeto de um componente mecânico, deve ser iniciado pela determinação das seções críticas deste componente, onde ocorrem os valores máximos das forças de tração, compressão, cortante e momento fletor. Esses cálculos se simplificam bastante se construirmos um gráfico onde são marcados os valores das forças e do momento para quaisquer seções, em relação à distância X medida de uma extremidade do trecho considerado. CONVENÇÃO DE SINAIS ∑ FH = 0 HA + 2,121 – 2,5 = 0 ⇒ ∑ FV = 0 VA – 2,121 + 2 – 4,33 + VB = 0 (I) ∑ MA = 0 2,121 x 2 – 2 x 5 + 4,330 x8 – VB x 10 = 0 ⇒ Substituindo VB em (I) VA – 2,121 + 2 – 4,33 + 2,888 = 0 ⇒ HA = 0,379 Tf VB = 2,888 Tf VA = 1,563 Tf { M AH H { Q C T { Θ∩ ⊕∪ Θ ⊕ Θ ⊕ N Referencial: V3 - 2 Exemplos: a) Primeiro devemos calcular as reaçõesde apoio b) A seguir, divide-se a viga em trechos, a , b , c , d , etc.... Cada trecho é limitado por forças aplicadas nas suas extremidades, isto é, não deve aparecer nenhuma força ao longo do trecho, a não ser em seus extremos. ∑ FH = 0 8 -HB = 0 ⇒ ∑ FV = 0 VA - 10 - 20 + VB = 0 (I) ∑ MA = 0 10 x 2 + 20 x 5 - VB x 7 = 0 ⇒ Substituindo VB em (I) VA - 10 - 20 + 17,14 = 0 ⇒ HB = 8 kgf VB = 17,14 kgf VA = 12,86 kgf Referencial: Os esforços ficam assim configurados: V3 -3 c) Adota-se um sentido para análise, por exemplo, da direita para a esquerda e estuda-se cada trecho separadamente. Transfere-se todos os esforços à direita do ponto X considerado, desprezando aqueles que estão à esquerda. Trecho (a) Normal: Em relação ao ponto X, a força normal exerce um esforço de compressão, Observe que o sinal negativo indica compressão de acordo com a convenção de sinais. Cortante: Em relação ao ponto X, o esforço cortante “gira” no sentido ante–horário, portanto, negativo. Momento: Em relação ao ponto X, o esforço de 8 Kgf não causa momento, porém, a força de 17,14 sim. Como X é um ponto qualquer do trecho (a), podemos atribuir valores para X a fim de determinarmos o momento em cada ponto, ou seja: Trecho (a) – comprimento em 2m: Para X = 0 – Ma = 17,14. 0 = 0 0,5 17,14. 0,5 = 8,57 m Kgf 1,0 17,14. 1,0 = 17,14 1,5 17,14. 1,5 = 25,71 2,0 17,14. 2,0 = 34,28 Trecho (b) Normal : Na = -8 Kgf. Qa = -17,14 Kgf Ma = 17,14 . x Nb = - 8 Kgf V3 - 4 Em todo segmento à direita de X só existe o esforço de compressão de 8 Kgf. Cortante: Qb = -17,14 + 20 Em relação ao ponto X , a força cortante de 17,14 Kgf “gira” no sentido ante - horário e a de 20 Kgf no sentido horário. Momento: Mb = 17,14 . ( 2+X) – 20 X Mb = 34, 28 + 17,14 x – 20 x Trecho (b) – comprimento 3 m: Para x = 0 - Mb = 34,28 0,5 32,85 1 31,42 1,5 29,99 2 28,56 2,5 27,14 3 25,7 Trecho (c) Normal: Também neste trecho, só existe uma força de compressão de 8 Kgf. Cortante = QC = -17,14 + 20 +10 Qb =2,86 Kgf Momento da força de 20 Kgf em relação ao ponto X (traciona as fibras de cima) Momento da força de 17,14 Kgf em relação ao ponto X (traciona as fibras de baixo) Nota: (2+X) = distância da linha de ação da força de 17,14Kgf. até o ponto X. Mb = - 2,86 x + 34,28 NC = - 8 Kgf QC = 12,86 Kgf V3 -5 Os esforços de 20 e 10 Kgf “giram” no sentido horário enquanto que o de 17,14 no sentido anti –horário . Momento MC = 17,14 ( 5 + x ) – 20 (3 + x ) –10 . x MC = 35,7 + 17,14 x – 60 – 20 x -10 x Trecho (c) – comprimento 2 m Para x = 0 - MC = 25,7 0,5 19,27 1 12,84 1,5 6,41 2 0 Após termos efetuado os cálculos, podemos traçar o gráfico: Obs.: O diagrama dos momentos é sempre traçado do lado tracionado. Momento da força de 10 Kgf em relação a X Momento da força de 20 Kgf em relação a X Momento da força de 17,14 Kgf em relação a X MC = -12,86 x + 25,7 V3 - 6 a) Traçar o D.E.I.S. da figura abaixo: Decomposição das forças: F1X = 30. cos 45 0 F2x = cos 60 0 F1Y = 30 . sen 45 0 F2y = 8 . sen 60 0 F1X. = 21,213 Kgf F2x = 4 Kgf F1Y = 21,213 Kgf F2Y = 6,928 Kgf V3 -7 Cálculo das reações de apoio ∑ FH = 0 21,213 – 4 – HB = 0 ∑ FV = 0 VA – 21,213 + 10 – 20 + VB – 6,928 = 0 (I) ∑ MB = 0 VA x 10 – 21,213 x 7 + 10 x 6-20 x 4 = 0 Substituindo VA em (I) 16,849 – 21,213 + 10 – 20 + VB – 6,9928 = 0 HB = 17,213 Kgf VA = 16, 849 kgf VB = 21, 292 kgf Referencial: V3 - 8 Convenções de sinais { N AH H { Q C T { N Θ∩ ⊕∪ Θ ⊕ Θ ⊕ Trecho a) Trecho b) Trecho c) NA = - 4 – 17,213 Qa = + 6, 928 – 21,292 Ma = -6,928 x X + 21,292 x X NA = - 21,213 kgf Qa = - 14,364 kgf Ma = 14,364 kgf X 0 1 2 3 4 Ma 0 14,364 28,728 43,092 57,456 Nb = - 4 – 17,213 Qb = + 6, 928 – 21,292 + 20 Mb = -6,928 (4 + X) + 21,292 ( 4 + X) –20 X Mb = -27,712 – 6,928 X + 85,168 + 21,292 X – 20X Nb = - 21,213 kgf Qb = 5,636 kgf Mb = - 5,636 X + 57, 456 X 0 1 2 Mb 57,456 51,82 46,184 NC = - 4 – 17,213 QC = 6,928 – 21,292 + 20 – 10 MC = - 6,928 (6 + X) + 21,292 (6 + X) – 20 (2 + X) + 10 X MC = - 41,568 – 6,928 X + 127,752 + 21,292 X – 40 –20 X + 10 X NC = - 21,213 kgf QC = - 4,36 4 kgf MC = 4,364 X + 46,184 X 0 1 MC 46,184 50,548 V3 -9 Trecho d) Cálculo das reações de apoio Nd = - 4 – 17,213 + 21,213 Qd = 6,928 – 21,292 + 20 – 10 + 21,213 Md = - 6,928 ( 7 + x ) + 21,292 ( 7 + x ) – 20 ( 3 + x ) + 10 ( 1 + x ) – 21,213 x x Md = - 48, 496 - 6,928 x + 149,044 + 21,292 x - 60 - 20 x + 10 + 10 x - 21,213 x Nd = 0 Qd = 16,849 kgf x 0 1 2 3 Md 50,548 33,699 16,85 0 Md = - 16,849 x + 50,548 ∑ FH = 0 - HA + 30 = 0 ∑ FV = 0 VA + 40 – 50 = 0 ∑ MA = 0 50 X 7 – 40 X 4 + MA = 0 HA = 30 kgf VA = 10 kgf MA = 190 m kgf { N AH H { Q C T { N Θ∩ ⊕∪ Θ ⊕ Θ ⊕ Referencial Traçar o D.E.I.S. da figura abaixo: V3 - 10 Na = 30 kgf Qa = 0 Ma = 0 Nb 30 kgf Qb = 50 kgf Mb = - 50 . x x 0 1 2 3 Mb 0 - 50 - 100 - 150 Trecho (a) Trecho (b) Trecho (c) Qc = 50 - 40 Mc = - 50 x ( 3 + x ) + 40 x x Mc = - 150 - 50 x + 40 x Nc = 30 kgf Qc = 10 kgf Mc= -10 x -150 x 0 1 2 3 4 Mc - 150 - 160 - 170 - 180 - 190 V3 -11 Equivalência de forças transferidas Quando houver aplicação de uma força num elemento construtivo diferente daquele que deseja obter o D. E. I. S. deve-se transferir as forças para o elemento em estudo. Exemplo: a) A barra CDE é soldada no ponto C. Determinar o DEIS. Da viga AB. Como o elemento em estudo é a viga AB, devemos transferir a carga de 3Kgf para esta viga. A carga de 3Kgf. exerce um esforço vertical no ponto de ligação C e, também, um momento de 3Kgf x 1,1m = 3,3mKgf. Substituímos, então, a carga concentrada por uma força e um conjugado (momento) aplicados no ponto C. A barra AB com a transferencia da carga, fica da seguinte forma: V3 - 12 Cálculo das reações de apoio: ∑ FH = 0 ∑ FV = 0 VA - 8 + 3 + VB = 0 (I) ∑ MA = 0 8 x 2 – 3 x 5 –3,3 – VB x 9 = 0 O sinal negativo de Va indica que o sentido correto é: Va Substituindo Va em (I) VA - 8 + 3 +( -0,256 ) = 0 HA = 0 Va = - 0,256 kgf VA = 5,256 Kgf Referencial V3 -13 b) Determinar o D.E.I.S. da viga AB { N AH H { Q C T { N Θ∩ ⊕∪ Θ ⊕ Θ ⊕ Trecho (a) Trecho (b) Qb = 0,256 - 3 Mb = - 0,256 ( 4 + x ) + 3 x x + 3,3 Mb = - 1,024 – 0,256 x +3 x + 3,3 Na = 0 Q a = 0,256 kgf Ma = - 0,256 x x x 0 1 2 3 4 Ma 0 - 0,256 - 0,512 - 0,768 - 1,024 Nb = 0 Qb = - 2,744 kgf Mb = 2,744 x + 2,276 x 0 1 2 3 Mb 2,276 5,02 7,764 10,508 Trecho (c) Qc = 0,256 – 3 + 8 Mc = - 0,256 ( 7 + x ) + 3 ( 3 + x ) + 3,3 – 8 x Mc = - 1,792 - 0,256 x + 9 + 3 x + 3,3 – 8 x Nc = 0 Mc = - 5,256 x + 10,508 x 0 1 2 Mc 10,508 5,252 0 Qc = 5,256 kgf V3 - 14 Decompondo a força inclinada: Transferindo as forças: Cálculo das reações de apoio: Fy = 1,732 Tf Fx = 2 x sem 30º = Fy = 2 x cos 30º = Fx = 1 Tf ∑ FH = 0 HA - 1 = 0 ∑ = Fv = 0 -VA + 3 – 1,732 = 0 ∑ MA = 0 - MA - 3 x 2 + 3,598 + 1,732 x 5 = 0 MA = 6,258 Tf VA = 1,268 Tf HA = 1 Tf { N AH H { Q C T { N Θ∩ ⊕∪ Θ ⊕ Θ ⊕ Referencial Original = Tranf. Fy + Transf Fx = Final V3 -15 Traçando o D.E.I.S. Trecho (a) Trecho (b) Qb = 1,732 – 3 Mb = - 1,732 ( 3 + x ) – 3,598 + 3 x Mb = - 5,196 – 1,732 x – 3,598 + 3 x Na- Qa = 1 Tf Ma = - 1,732 x – 3,598 x 0 1 2 3 Ma -3,598 - 5,33 - 7,062 -8,794 Nb = -1 Tf Qb = - 1,268 Tf Mb = 1,268 x – 8,794 x 0 1 2 Mb - 8,794 - 7,526 - 6,258 Na=-1Tf Qa = 1,732 Tf V3 - 16 Diagrama dos esforços solicitantes, em corposcom carga distribuída: A resolução deste tipo de problema é semelhante àquela aplicada nos casos de carga concentrada. A diferença básica, consiste em substituirmos a carga distribuída no trecho considerado, por uma concentrada equivalente. Para facilitar o entendimento, tomemos os exemplos das questões abaixo: a) Traçar o D.E.I.S. da seguinte figura: Cálculo das reações de apoio: ∑ FH = 0 ∑ FV = 0 VA - F - 25 = 0 VA - 40 – 25 = 0 ∑ MA = 0 - MA + F x 3,5 + 25 x 7,2 = 0 - MA + 40 x 3,5 + 25 x 7,2 = 0 {N AH H {Q C T {N Θ∩ ⊕∪ Θ ⊕ Θ ⊕ F = W x L = 10 x 4 = F = 40 kgf HA = 0 VA =65 kgf MA = 320 m kgf Referencial Rua Artur Moreira, 197 – Jd. Marek - Santo André – SP - CEP: 09111-380 Fone: (0xx11)4458-5426 - Cel: (0xx11)9135-2562 - E-mail: cpautproj@uol.com.br CP. AUT. PROJ. PROJETOS INDUSTRIAIS TREINAMENTO E CONSULTORIA TÉCNICA Elaboração: Proj. Carlos PaladiniVolume 4 Índice Vol. 4: ! Gráficos, cálculos..................................................pág. 1 ! BARICENTRO OU CENTRO DE GRAVIDADE............pág. 3 - Centro de grávidade algumas figuras conhecidas.........pág. 4 ! CÁLCULO ANALÍTICO...........................................pág. 6 ! MOMENTO DE INÉRCIA........................................pág. 7 ! TEOREMA DE STEINER.........................................pág. 8 Cálculos, exemplos ! GENERALIDADE...................................................pág. 12 - Propriedades mecânicas dos materiais...........................pág. 13 - Tensões de alongamento dos materiais (TABELA I)........pág. 15 - Módulo de Elasticidade.................................................pág. 16 - Tensão Admissível........................................................pág. 16 - Fator de Segurança.....................................................pág. 17 Tabela II, Cargas. ! CLASSES DE RESISTÊNCIA..................................pág. 18 ! RESISTÊNCIA À TRAÇÃO.....................................pág. 20 Exemplos, gráficos, exercícios V4 - 1 Trecho (b) A força F substitui a carga distribuída na distância x Trecho (a) Na = 0 Qa = 25 kgf Ma = - 25 x x x 0 0,5 1,0 1,5 1,7 Ma 0 - 12,5 - 25 - 37,5 -42,5 F = W x x V4 - 2 Qc = 25 + F Qc = 25 + 40 Mc = - 25 x ( 5,7 + x ) - F. ( 2 + x ) Mc = - 25 ( 5,7 + x ) - 40 ( 2 + x ) Mc = - 142,5 - 25 x - 80- 40 x Nc = 0 Qc = 65 kgf Mc = - 65 x – 222,5 x 0 0,5 1,0 1,5 Mc - 222,5 - 255 -287,5 - 320 Trecho c) A força F substitui a carga distribuída na distância de 4m F = W x L F = 10 x 4 F = 40 Kgf Qb = 25 + F Qb = 25 + W x x Qb = 25 + 10 x x O esforço cortante depende da distância x Mb = - 25 x ( 1,7 + x ) - 2 . x F Mb = - 42,5 - 25 x – W . x . 2 x Mb = - 42,5 - 25 x – 10 . 2 x2 Nb = 0 x 0 1 2 3 4 Qb 25 35 45 55 65 Qb = 10 x + 25 Mb = - 5 x 2 – 25 x – 42,5 A carga distribuída gerou uma equação de 20 grau x 0 1 2 3 4 Mb - 42,5 - 72,5 - 112,5 -162,5 -222,5 V4 -3 BARICENTRO OU CENTRO DE GRAVIDADE Chamamos de centro de gravidade ou baricentro de uma figura plana ao ponto no qual toda área desta figura está concentrada. As coordenadas do baricentro são dadas por: 321 33221 1 G S S S x . S x. S x .S X ++ ++ = 321 332211 G S + S + S Y. S + Y. S + Y.S =Y Y I W = V4 - 4 Caso trabalhemos com figuras simétricas, seus baricentros estarão localizados coincidentemente em seus centros geométricos (centro de gravidade). Exemplos: CENTRO DE GRAVIDADE O centro de gravidade no caso de um estampo é o ponto onde fixa-se a espiga e o mesmo localiza-se no centro das forças, dando assim um perfeito equilíbrio entre elas. Com isso podemos dizer que o centro de gravidade pode encontrar-se no centro da base superior (cabeçote) do estampo ou fora deste, dependendo das posições dos punções e das forças que atuam neles. Quando a espiga estiver colocada fora do centro de gravidade, provocará a origem de forças laterais que forçarão as guias do martelo da prensa, fazendo com que este desça em desnível ocasionando com isso um trabalho irregular no estampo e na prensa. Cada figura geométrica tem seu próprio centro de gravidade, assim sendo:, segue abaixo: CENTRO DE GRAVIDADE DE ALGUMAS FIGURAS CONHECIDAS: Centro de gravidade do semicírculo. H = 0, 42 44 x R Centro de gravidade de um setor circular com 90º H = 0, 6002 x R Centro de gravidade de uma semicircunferência. H = 0, 6366 . R α . . 3 180º . sen . R . 2 H qualquer.circular setor um de gravidade de Centro π α= Um segmento de reta tem o centro de gravidade no seu ponto médio. O círculo tem o centro de gravidade em seu centro. V4 -5 3 h y 3 b x = = π.3 .4 R y = α α .3 2.R.sen=y π.3 4R yx == ( )β β 3. 2 sen2.R. =y Centro de gravidade de um arco de 90° H = 0,9003 . R πα α . 180 . sen . R H círculo de arco um de gravidade de Centro °= V4 - 6 CÁLCULO ANALÍTICO Para o cálculo analítico de um conjunto de punções, processa-se da seguinte forma: Determina-se o centro de gravidade de cada elemento (punção) com seu valor. Força ou perímetro. Traça-se os eixos X e Y em posições arbitrárias e perpendiculares entre si. Dimensiona-se a posição de cada centro de gravidade com relação aos eixos X e Y e calcula-se a posição do centro de gravidade do sistema com as fórmulas que seguem a figura abaixo: Exemplo: Calcular o baricentro da figura abaixo: N321 Ny3y2y1y Y N321 Nx3x2x1x x F...FFF F . N...F . C F . b F . a G F...FFF F . N...F . C F . b F . a G ++++ ++++ = ++++ ++++ = x y s x . s y . s I 9 7 20 180 140 II 2 4 32 64 128 Somatória ∑ 52 244 268 5,154mm 52 268 s s. y y 4,692mm 52 244 s s. xx G G == ∑ ∑= == ∑ ∑= V4 -7 Exemplo: MOMENTO DE INÉRCIA Momento de inércia de uma figura em relação a um eixo é definido como sendo a somatória dos produtos das áreas pelo quadrado das distâncias ao eixo considerado. Notas: 1- A unidade do momento da inércia, sendo o produto da área pela distância ao quadrado, é, naturalmente: mm4; cm4; pol4; etc.. 2- O momento de inércia em relação a um eixo nunca é negativo ou nulo, é sempre uma grandeza positiva. 3- De um modo geral, quanto maior o momento de inércia, maior será a resistência à flexão da peça. Alguns resultados: 2 2 x.Sy S.y x ∑=Ι ∑=Ι h . b S 12 12 33 =⇒=⇒= hbyIbhxI GG P h 3 G 64 y 65 x 34 y 45 x 5 y 20 x mm 240 8 . 30 S mm 680 68 . 10 S mm 400 40 . 10 S 33 22 11 2 3 2 2 2 1 == == == == == == 1320 40720 1320 65 . 240 34 . 680 5 . 400 y 1320 54200 240 680 400 65 . 240 45 . 680 20 . 400 x G G ==++= == ++ ++= 41,06 mm 30,84 mm V4 - 8 TEOREMA DE STEINER Translação de eixos Freqüentemente recaímos no seguinte problema: Conhecemos o momento de inércia em relação a um eixo que passa pelo centro de gravidade e queremos conhecer o momento de inércia em relação a outro eixo. Para calcularmos o momento de inércia em relação a um eixo qualquer, basta acrescentarmos ao momento de inércia relativo ao baricentro, o produto da área pelo quadrado da distância entre os dois eixos: 458 D . π x 128 D . π y I 4 G 4 G =⇒= I 2 h . b S 36 36 33 =⇒=⇒= hbyIbhxI GG 4 d . π S 64 D . π y I x 24 GG =⇒==I )d-D ( 4 π S )d-D ( 64 π y I x 2244GG =⇒==I h/3 G b/3 2 4 GG a S 12 a y I x =⇒==I G d G V4 -9 Pelo exposto anteriormente sabemos que: Para determinar quanto um perfil de dimensões fora do nosso uso rotineiro resiste, devemos proceder como segue: 1. Criamos um eixo vertical y e um eixo horizontal x, tangenciamos ambos os eixos na extremidade vertical e horizontal da secção que se deseja calcular. Após isto feito, deveremos setorizar o perfil em setores conhecidos. Exemplo: quadrado, triângulo, retângulo, etc. 2. Devemos numerar cada setor e, logo após, determinar o centro de gravidade de cada setor e as áreas. Após isto feito,faremos a equação que nos possibilita encontrarmos o centro de gravidade da peça completa. Logo após, determinamos, através da equação de somatórias, o momento de inércia no eixo x e no eixo y. De posse desses dados, verificaremos em qual dos eixos a força está sendo aplicada para que com isto determinemos o valor do módulo de resistência (WF); sendo y Iyyou Ixx WF = , sabe-se que Ι = valor calculado do momento de inércia, y = a distância do centro de gravidade total da peça até a fibra mais afastada da peça. Neste ponto, partimos para a equação que nos fornecerá a incógnita desejada, ou seja, Mf, força, distância ou fσ . Exemplo: IX = Σ I xG + Σ S . ∆ y2 IY = Σ I yG + Σ S . ∆ x2 Centro de gravidade X1 = 10 Y1 = 35 X2 = 10 Y2 = 35 X3 = 23,33 Y3 = 28,33 X4 = 25 Y4 = 7,5 X5 = 47,5 Y5 = 8 V4 - 10 Áreas Centro de gravidade da figura Momento de inércia ∴⇒= ∴⇒= ∴⇒= ∴⇒= ∴⇒= 8.5.5 15.50.4 2 40.10 2 . 3 4 10.14,3 4 . 2 40.20.1 22 hbS hbS hb S d S hbS π S1 = 800 cm2 S2 = -78,53 S3 = 200 cm2 S4 = 750 cm2 S5 = -40 cm2 ( ) ( ) 47,1631 5,47.4025.75033,23.20010.53,7810.800 5.54.43.32.21.1 −+++−+= Σ ++++= Gx S XSXSXSXSXS Gx Gx = 17,61 cm 47,1631 8.405,7.75033,28.20035.52,7835.800 −++−=Gy Gy = 22,202 cm Ιx = ΣΙXG + ΣS . y2 2 2 4 33 4 33 4 33 4 44 4 33 ,2021631,47.22137802,74IX ΣS.YΣIXGIX cm 213,33 12 5.8 12 b.h IXG5 cm 14062,5 12 50.15 12 b.h IXG4 cm 17777,77 36 10.40 36 b.h IXG3 cm 78,490 64 10.14,3 64 . IXG2 cm 106666,67 12 20.40 12 b.h IXG1 += +=∴ =∴= =∴= =∴= −=∴= =∴= dπ ΙX = 942001,29 cm4 V4 -11 Calcular o momento de inércia da figura abaixo em relação ao baricentro e dos eixos X e y. 4 y 33 y 4 x 33 x 4 y 33 y 4 x 33 x cm 25,2I 12 3.1 12 hb I cm 25,0I 12 1,3 12 bh I II iguraF cm 333,0I 12 1.4 12 hb I cm 333,5I 12 4.1 12 bh I I Figura IGIIG IGIIG IGIG IGIG ==== ==== ==== ==== cm 1,929 7 13,5 s 5 . 4 y cm 0,929 7 6,5 s . G ==∑ ∑= == ∑ ∑= sxxG x y S x . S y . S I 0,5 3 4 2 12 II 1,5 0,5 3 4,5 1,5 ∑ 7 6,5 13,5 V4 - 12 GENERALIDADE Antes de entrar na parte de cálculos que é o objetivo fundamental deste trabalho, faremos, para a melhor compreensão da matéria, um retrospecto sucinto sobre o comportamento do material. Comportamento de um material: Quando a força age sobre um corpo, produz neste uma TENSÃO que pode ser de TRAÇÃO, COMPRESSÃO, CISALHAMENTO, FLEXÃO, TORÇÃO OU FLAMBAGEM. Todas as tensões produzidas no corpo, causa a este uma TRANSFORMAÇÃO. Se a tensão é pequena, o corpo volta ao seu estado (tamanho) normal assim que a força deixa de agir sobre o mesmo. A esta propriedade chamamos de ELASTICIDADE TRANSITÓRIA. Porém, se a tensão for muito grande, poderá causar ao corpo uma DEFORMAÇÃO PERMANENTE, isto é, o corpo poderá ficar permanentemente deformado mesmo após cessada a ação da força. Por outro lado, se a tensão for ainda maior, DEFORMAÇÃO PERMANENTE, poderá causar até uma RUPTURA do corpo. A maior tensão que o corpo pode suportar é definida como sendo o “LIMITE DE RESISTÊNCIA” ou “TENSÃO DE RUPTURA”. GRÁFICO DE TENSÃO X DEFORMAÇÃO. A fim de melhor caracterizar o comportamento de um material submetido às tensões progressivas, reproduzimos na figura a seguir o gráfico conhecido por TENSÃO X DEFORMAÇÃO. Este gráfico que representa um corpo sob a ação de uma força de tração, tem sua ordenada a indicação de tensão e na abscissa a deformação correspondente. Deformação --- !!!! L GÁFICO DE TENSÃO E DEFORMAÇÃO V4 -13 Os pontos assinalados na figura anterior representam: PONTO 01 LIMITE DE PROPORCIONALIDADE ( Lei de HOOKE). Nota: As deformações são proporcionais às tensões. PONTO 02 LIMITE DE ELASTECIDADE. Nota: Elasticidade é a propriedade que o material tem de retornar ao seu tamanho inicial assim que a força deixa de agir sobre o mesmo. PONTO 03 LIMITE DE ESCOAMENTO Nota: Caracteriza a perda da propriedade elástica do material. PONTO 04 LIMITE DE RESISTÊNCIA OU TENSÃO DE RUPTURA Nota: Maior tensão que o corpo pode suportar. PONTO 05 Instante que o corpo se rompe. Pela análise do gráfico verifica-se que o comportamento do material se subdivide em duas fases distintas, ou seja, FASE ELÁSTICA e FASE PLÁSTICA. A separação dessas fases se faz na transição entre o limite de elasticidade e o início do fenômeno do escoamento. É necessário observar que para os cálculos de peças que devem suportar os esforços, sem provocar as deformações permanentes, o material deverá trabalhar dentro do seu limite de elasticidade, numa faixa assinalada no gráfico como tensões admissíveis. A fase plástica do material tem sua aplicação nas operações em que exigem deformações permanentes das peças, como nos casos de estampagens, repuxos, dobramentos, laminações, etc... PRPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Conforme o que foi dito na parte introdutiva, dentre as propriedades mecânicas dos materiais, as de maior interesse para os cálculos de resistência são: Limite de resistência (TENSÃO DE RUPTURA TENSÃO DE ESCOAMENTO), ( Limite de escoamento), Alongamento, Módulo de elasticidade e a Dureza. Adotaremos para essas propriedades os seguintes símbolos: σR - Tensão de ruptura em Kgf/cm2 Os valores para os diferentes materiais se obtém, através de ensaios de tração, dividindo-se a maior carga suportada pelo corpo de prova pela área de seção original do mesmo: σesc. - Tensão de escoamento em Kgf cm2 . (σσσσ esc. ). (σσσσR ). = == 2cm em original SecçãoSo kgf; em máx. Carga Pmax. .max So P Rσ = =σ kgf em material do escoamento produz que CargaPesc. So .Pesc .esc [ ] [ ] [ ] [ ] ( ) 100 Lo Lo - L 100 Lo L em to Alongamen mm inicial oCompriment lo mm total to Alongamen l ou Deformação ,oAlongament 0 0 0 0 mn mm =∆=λ∈= =λ → →∆∈= ↑ Lo = Comprimento inicial do corpo de prova em mm; L= Comprimento final, após o rompimento do c . p . em mm. V4 - 14 E = Módulo de elasticidade em Kgf/cm2 Módulo de elasticidade é a relação existente entre a tensão e o alongamento do material observada dentro de seus limites de propriedade elástica. O módulo de elasticidade ou módulo de YOUNG, caracteriza a rigidez do material, isto é, sua habilidade de resistir a deformação. (Quanto maior o módulo de elasticidade maior a rigidez ao material). H = Número de dureza de Brinell Relação aproximada entre a dureza e a tensão de ruptura do material: Todas essas propriedades poderão ser obtidas através de ensaios, mas, para o uso em nossos cálculos, nos basearemos nos valores contidos na TABELA I. σr ≅ 0,36 . HB em kgf / mm2 (P/ Aços) σr ≅ 0,34 . HB em kgf / mm2(P/ Aços de liga) σR ≅ 36. HB em kgf / cm2 (p/ aços carbonos) σR ≅ 34. HB em kgf / cm2 (p/ aços de liga) E . S lo . l . F l lo E S F =∆ ∆= F = força kgf S = Área E = Módulo de elasticidade lo = Comprimento original V4 -15 TENSÕES MÉDIA DE ALONGAMENTO APROXIMADO DOS MATERIAIS Tensão de ruptura Em kgf /cm2 σ esc. Tração Kgf /cm2 Along λε % OBS.MATERIAL Tração σR Compres. σR -C Cisalham. σR -S Aço estr. SAE 1010 SAE 1015 SAE 1020 SAE 1025 SAE 1030 SAE 1040 SAE 1050 SAE 1070 4000 3500 3850 4200 4650 5000 5800 6500 7000 4000 3500 3850 4200 4650 5000 5800 6500 7000 3000 2600 2900 3200 3500 3750 4350 4900 5250 2000 1300 1750 1930 2100 2300 2620 3600 4200 30 33 30 26 22 20 18 15 9 Aços carbonos, recozidos ou normalizados. SAE 2330 SAE 2340 7400 7000 7400 7000 5500 5250 6300 4850 20 25 Aço níquel, recozido ou normalizado. SAE 3120 SAE 3130 SAE 3140 6300 6800 7500 6300 6800 7500 4750 5100 5600 5300 5900 6500 22 20 17 Aço níquel - cromo, recozido ou normalizado. SAE 4130 SAE 4140 SAE 4150 6900 7600 8150 6900 7600 8150 5200 5700 6100 5750 6500 6900 20 17 15 Aço Cr - Mo, recozido ou normalizado. SAE 4320 SAE 4340 8400 8600 8400 8600 6300 6500 6500 7400 19 15 Aço Ni – Cr – Mo, recozido ou normalizado. SAE 4620SAE 4640 SAE 4820 6200 8200 6900 6200 8200 6900 4650 6150 5200 5100 6700 4700 23 15 22 Aço Ni - Mo, recozido ou normalizado. SAE 5120 SAE 5140 SAE 5150 6100 7400 8150 6100 7400 8150 4600 5500 6100 4900 6200 7000 23 18 16 Aço Cr, recozido ou normalizado SAE 6120 6500 6500 4850 6400 18 Aço Cr – V , reco. ou nor. SAE 8620 SAE 8640 6200 7500 6200 7500 4650 5600 5600 6300 18 14 Aço Cr - Ni –Mo , recozido ou normalizado. AISI 301 AISI 302 AISI 310 AISI 316 7700 6300 6900 6000 7700 6300 6900 6000 5800 4700 5150 4500 2800 2480 3150 2460 55 55 45 55 Aço inoxidável Cr – Ni. AISI 410 AISI 420 4900 6700 4900 6700 3700 5000 2640 3500 30 25 Aço inoxidável Cr, Fo . Fo . 1200 a 2400 6000 a 8500 -- -- - Cobre Latão Bronze Br. Fosf. Alumínio Metal pat. 2250 3420 2800 5250 1800 790 2250 3420 2800 5250 1800 790 1680 2550 2100 3950 1350 590 700 1200 -- 4500 700 100 45 57 50 25 22 18 V4 - 16 MÓDULO DE ELASTICIDAE ( VALORES MÉDIOS) AÇOS: Nota: Para a tensão de ruptura a cisalhamento torna-se: TENSÃO ADMISSÍVEL E FATOR DE SEGURANÇA TENSÃO ADMISSÍVEL:- Na resistência dos materiais, onde as peças a serem calculadas, deverão suportar os esforços, com segurança, isto é, sem provocar a deformação permanente, terá que ser considerada nos cálculos uma tensão menor do que a de escoamento, e aquém do limite máximo de elasticidade. A esta tensão que oferece à peça uma condição de trabalho sem perigo, chamamos de TENSÃO ADMISSÍVEL ( σσσσ). Todavia, deve-se ter em mente que as peças mecânicas podem trabalhar em condições diversas, ou seja, umas sujeitas às cargas estáticas, enquanto que outras, submetidas as cargas intermitentes, alternadas ou mesmo a choque. σσσσ = A tensão adm. representa portanto a tenção, limite com a qual pode-se dimensionar os componentes com segurança. σσσσ= A tensão de trabalho representa a tensão que a peça está sendo submetida. Todavia, deve-se ter em mente que as peças mecânicas podem trabalhar em condições diversas, ou melhor, umas sujeitas às cargas estáticas, enquanto outras, submetidas as cargas intermitentes, alternadas ou mesmo a choque. Dessa forma, ao se calcular uma peça, faz-se necessário conhecer a condição de trabalho da mesma, a fim de poder estabelecer uma tensão admissível compatível com o tipo de carga a suportar. Conhecendo-se de antemão, a condição de trabalho da peça a ser calculada e também o tipo de material mais apropriado para a construção dessa peça, pode-se estabelecer a tensão admissível atribuindo-se ao valor de sua tensão de ruptura um coeficiente que é denominado FATOR DE SEGURANÇA. σR = 0,6 a 0,8 . σR MÓDULO DE ELASTICIDADE MATERIAL TRAÇÃO (E) Kgf cm2 CISALHAMENTO (G) kgf cm2 Aços 2. 106 a 2,2. 106 0,77. 106 a 0,85. 106 Cobre 1 . 106 Alumínio 0,675 . 106 Bronze 0,9 . 106 Latão 0,8 . 106 σ σ σσ R s F s R F = σ = Tensão admissível em kgf /cm2 σR = Tensão de ruptura em kgf /cm2 Fs = Fator de segurança. V4 -17 FATOR DE SEGURANÇA :- O fator de segurança é uma relação entre as tensões de ruptura e admissível do material. Em princípio, o fator de segurança é determinado levando-se em consideração diversos fatores parciais, tais como: fator em relação as tensões de ruptura e escoamento, fator em função da homogeneidade do material, fator em função do tipo de carga a ser aplicada, condições de serviços, fator em função de causas desconhecidas, etc... Assim, a rigor o fator de segurança é expressa da seguinte forma: Sendo: Fs = Fator de segurança total; Porém, para os nossos cálculos de resistência adotaremos os valores de fatores de segurança já consagrados pela prática, baseados na qualidade do material e no tipo de carga aplicada à peça. Os valores desses fatores já englobam todos os demais acima referidos. Podemos distinguir quatro tipos de carga a saber: CARGA ESTÁTICA :- Quando uma peça está sujeita a uma carga constante, invariável no decorrer do tempo. CARGA INTERMITENTE:- Peça sujeita a uma carga pulsante, isto é, variável de zero a um valor máximo permitido, ( cilindro hidráulico simples ação dentes de engrenagem). CARGA ALTERNADA :- Quando uma peça está sujeita à uma carga reversível e repetitiva no decorrer do tempo. ( cilindro de dupla ação girante com carga). F = F1s. F2s . F3s .F4s ...... F1s, F2s, F3s, F4s .... = Fatores de segurança parciais. TIPOS 01 - Estática DE -------- 02 - Intermitente CARGA 03 - Alternada 04 – Brusca ou a choque V4 - 18 CARGA BRUSCA OU A CHOQUE:- Peça sujeita à variação brusca ou a choque, por exemplo, componentes de prensas em geral. Os valores de FATORES DE SEGURANÇA assim determinados estão representados na TABELA abaixo: TABELA II CLASSES DE RESISTÊNCIA RESISTÊNCIA À TRAÇÃO:- Quando uma barra for submetida a uma força (P), atuando no sentido do seu eixo, isto é, perpendicular a sua seção transversal, estará sofrendo uma tração e uma deformação que será a de acréscimo de comprimento. RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO:- Quando uma força (P) , agir no sentido longitudinal da peça, isto é, perpendicular a sua seção transversal, esta sofrerá uma compressão e um achatamento. FATOR DE SEGURANÇA ( FS ) C A R G A ESTÁTICA INTERM. ALTERN. BRUSCA Fo . Fo . Aço mole Aço duro Madeira 6 5 4 8 10 6 6 10 15 8 8 15 20 12 12 20 MATERIAL V4 -19 RESISTÊNCIA A CISALHAMENTO:- Quando duas forças (P) atuam sobre uma peça (rebite) , transversalmente ao seu eixo, sofrerá um cisalhamento, isto é, a peça tenderá a ser cortada. RESISTÊNCIA A FLEXÃO:- Quando uma força (P), atua sobre uma barra, perpendicularmente ao seu eixo, produzirá a flexão do referido eixo. RESISTÊNCIA A TORÇÃO:- Uma força (P) , agindo no plano perpendicular ao eixo da barra tenderá a girar cada seção transversal em relação às demais seções, torcendo-a. RESISTÊNCIA A FLAMBAGEM:- Se a barra submetida a compressão for de comprimento muito grande em relação a sua seção, ela se dobrará sob a ação da força (P), produzindo a flambagem. RESISTÊNCIA COMPOSTA:- Quando uma peça estiver sujeita a mais de uma classe de resistência, a mesma terá que ser calculada pela resistência composta, V4 - 20 P= 5000 Kgf Consultando a TABELA I, temos Material: SAE 1020 σ = 4200 kgf /cm2 E pela TABELA II, o fator de segurança relativo de carga considerada: F = 5 RESISTÊNCIA À TRAÇÃO DEDUÇÃO DA FÓRMULA DE TRAÇÃO Sendo: P = Carga ou força em Kgf que age no sentido longitudinal da peça, tracionando-a; S = Seção transversal da peça em cm2 σ = Tensão do material à tração em Kgf cm2 Observação: a) Quando uma força age sobre um corpo produz neste uma TENSÃO, que será tanto maior quanto maior for a força aplicada. Conclui-se daí que: TENSÃO É DIRETAMENTE PROPORCINAL A FORÇA. b) Se duas forças de mesma intensidade agirem, separadamente em dois corpos de seções transversais diferentes, a tensão será maior naquele que tem a seção menor, do que se conclue que: TENSÃO É INVERSAMENTE PROPORCIONAL A SEÇÃO. Deduz-se daí: Aplicação Exercício:- Considerando que a barra representada na figura acima seja de seção circular e de aço SAE 1020, determinar o diâmetro que deve Ter para suportar, com segurança, um esforço (P) estático, à tração, de 5000 Kgf. Solução:- A tensão admissível será: A seção necessária para suportar a carga com segurança será de: σ =σ==σ P S e S . P : Donde S P 2 5 R cm/kgf840 5 4200 F =σ =σ=σ 2cm 6S 840 5000 P S ≅ = σ = 785,0 6 d 0,785 S ou 4.S d Donde d . 0,785 4 d . S 2 2 = π = =π= d = 2,73 cm Fig.12 V4 -21 Exercício: ( A resolver): - Ainda com referência à fig anterior, admitindo-se que o diâmetro da barra seja de 50mm e o material SAE 2330, determinar a carga estática que pode ser
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