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Ergonomia e Ginastica Laboral Portfólio -2

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO – CEUCLAR
CURSOS DE GRADUAÇÃO À DISTÂNCIA
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – BACHARELADO
 
Ergonomia e Ginástica Laboral
Alexandre Bernardo de Carvalho
8027336
BATATAIS/SP – 2020
CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO – CEUCLAR 
CURSOS DE GRADUAÇÃO À DISTÂNCIA
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – BACHARELADO
 PORTFÓLIO SOBRE
	
	
	
Ergonomia e Ginástica Laboral
Atividade sobre: Ergonomia e Ginástica Laboral , do Curso de Educação Física – Bacharelado do Centro Universitário Claretiano – EAD, como parte dos requisitos necessários para a aprovação na disciplina de Ergonomia e Ginástica Laboral 
Aluno (a): Alexandre Bernardo de Carvalho
R.A.: 8027336
 Professor (a) /Tutor (a) a Distância:
 Carmen Aparecida Malagutti de Barros
BATATAIS/SP – 2020
1) A Ergonomia possui um caráter multidisciplinar, analisando o trabalho de forma global. Baseado nisso, ela contempla três domínios relacionados com a execução da Tarefa. Descreva-os e diferencie estes domínios.
Ergonomia Física: domínio que contempla as características da anatomia humana, Antropometria, Fisiologia e Biomecânica e sua relação com os aspectos físicos da atividade. Enquadram-se nessa categoria o estudo das posturas no trabalho, o manuseio de materiais, os movimentos repetitivos, os distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho, o projeto de postos de trabalho e os aspectos relacionados à segurança e à saúde do trabalhador. 	
Ergonomia Cognitiva: domínio que inclui a abordagem dos processos mentais, como a percepção, memória, raciocínio, resposta motora e seus efeitos nas interações entre as pessoas e outros elementos de um sistema. O foco dessa abordagem está no estudo da carga mental de trabalho, na tomada de decisões, na interação homem-computador, no estresse ocupacional e nos efeitos do treinamento.	
Ergonomia Organizacional: domínio que aborda a otimização dos sistemas sócio-técnicos, abrangendo as estruturas organizacionais, regras e processos. Entre os focos de atenção dessa abordagem estão incluídos o projeto de trabalho, a programação do trabalho em grupo, a organização temporal do trabalho, o projeto participativo, o trabalho cooperativo, a cultura organizacional, as organizações em rede e a gestão da qualidade.
2) Descreva sobre a História do Trabalho e sua relação com o Taylorismo.
O desenvolvimento da Ergonomia da estava inserida dentro das condições sócio-econômica da época, que vivia com dificuldade pela falta de mão de obra qualificada. E os ergonomistas pra atender essa demanda direcionaram seus olhares as questões de insalubridade, condições de trabalho, dimensionamento dos homes e equipamentos, adaptação dos instrumentos e ferramentas de trabalho e na organização do trabalho. Com a evolução dos movimentos sociais reivindicando melhores condições de trabalho e o surgimento dos sindicatos de trabalhadores, cresceram em número as demandas em Ergonomia que buscavam respostas para problemas relacionados às más condições de trabalho, à organização dos tempos de trabalho (ritmos e turnos) e à rejeição da fragmentação de tarefas, produto da divisão exacerbada do trabalho que teve origem no final do século 19, com o movimento chamado Taylorismo. As primeiras fábricas surgidas não tinham nenhuma semelhança com a fábrica moderna. Eram sujas, barulhentas, perigosas e escuras, e as jornadas de trabalho chegavam a 16 horas diárias, sem férias, em regime de semiescravidão, imposto por empresários autoritários. Onde começou a surgir um movimento de administração científica conhecida como Taylorismo, que tinha alguns princípios: 
Encontrar uma melhor maneira: Descobrir leis, para realizar o trabalho da melhor maneira, é o primeiro passo para a obtenção de uma produção eficiente.
Pessoas certas para as tarefas: para Taylor, as pessoas são diferentes. Assim, elas devem ser selecionadas "cientificamente" para executar determinadas tarefas.
Supervisão, recompensa e punição: para Taylor, a supervisão era essencial para assegurar que a melhor maneira de executar a tarefa fosse de fato empregada.
Sistema de incentivos salariais: Taylor acreditava que, se os trabalhadores entendessem a lógica que fundamentava o método de trabalho por ele proposto, com um sistema de incentivos salariais por peça, eles o utilizariam em benefício próprio. Esse incentivo recompensaria os operários que produzissem acima do nível esperado de produção, determinado "cientificamente" pela gerência, e penalizaria os operários que não conseguissem atingir esse nível.
3) Duas correntes se desenvolveram dentro da prática da Ergonomia. 
Descreva-as e cite em quais aspectos elas se diferenciam, dentro de uma análise ergonômica.	
Duas correntes acabaram se desenvolvendo dentro da Ergonomia: a anglo-saxônica, dos países de língua inglesa, conhecida como Ergonomia Física, e a Ergonomia francofônica, de países de língua francesa, conhecida como Ergonomia Cognitiva.	
Como o próprio nome sugere, a Ergonomia Física apresenta uma abordagem voltada para o ambiente, para o posto de trabalho, abordando fatores de risco de natureza física, biomecânica. Essa corrente orienta a ação ergonômica no sentido da concepção e/ ou transformação de dispositivos técnicos do trabalho como máquinas, ferramentas, postos de trabalho, programas etc., priorizando uma Ergonomia baseada nas características antropométricas, fisiológicas, cognitivas do trabalhador, de modo a tornar sua tarefa o menos dispendiosa possível. De acordo com a visão anglo-saxônica, aspectos relacionados às condições de trabalho como absenteísmo, lesão, baixa qualidade e elevados níveis de erro humano são vistos como problemas vinculados ao sistema em vez de problemas relativos às pessoas. A solução para tal problema estaria no planejamento de um sistema de trabalho melhor, e não simplesmente numa melhor administração ou concessão de incentivos aos trabalhadores para torná-los mais motivados. A Ergonomia Cognitiva tem a situação real como pressuposto-base para verificar os aspectos do trabalho que constituem fatores de risco para o trabalhador. Ou seja, enquanto a Ergonomia Física adota o conceito de adaptação da máquina ao homem, a Ergonomia Cognitiva desenvolve sua análise visando à adaptação do trabalho ao homem, numa abordagem que enfoca os aspectos psicossociais da organização do trabalho de forma mais ampla. Ambas são contra o conceito vigente de adaptar o homem ao trabalho, como foi objetivo do enfoque da Administração Científica. O foco central dessa corrente não está restrito à reformulação do posto e ao desenvolvimento de ferramentas de trabalho, mas sim na busca de compreender e atuar sobre a organização do trabalho e no conjunto de fatores que atuam na causa do problema. Essa é a Ergonomia que atenta a todos os ângulos que definem a situação de trabalho, desde os aspectos físicos como iluminação, temperatura etc.; aspectos cognitivos, como a memória, linguagem etc.; e, finalmente, os aspectos psíquicos relacionados aos níveis de conflito no interior da representação consciente ou inconsciente das relações entre o indivíduo e a situação, ou seja, a organização do trabalho.
4) Descreva sobre os principais pressupostos da Ergonomia utilizados na sua prática como princípios básicos e a importância destes princípios para a análise ergonômica do trabalho.	
A Ergonomia desenvolveu-se como ciência ao longo dos anos e sua prática é guiada por três princípios básicos: a interdisciplinaridade, a análise da situação real de trabalho e a participação dos sujeitos.
Interdisciplinaridade é o princípio que destaca a importância da análise das condições de trabalho sob diferentes perspectivas. Pelo estudo das capacidades, limitações e demais características do ser humano, é possível projetar boas ideias homem-posto de trabalho, adequando a atividade de trabalho de modo a garantir a qualidade operacional deste projeto.
Para que o objetivo final seja alcançado, é necessário que várias disciplinas como Fisiologia, Psicologia, Sociologia, Anatomia e práticas profissionais como a Medicina do Trabalho, o Design, a Sociotécnica e as Tecnologias de Estratégia e Organização interajam. Seus conteúdos se orientam para o design, Arquitetura e Engenharia, cuja inserção nesses quadrantes é basicamente a mesma.
A situação real de trabalho significa o que é feito e como é feito pelo trabalhador, ou seja, é a combinação entre os objetivos e metas determinados pela tarefa e as características pessoais do trabalhador, a experiência e o treinamento de que dispõe o indivíduo. Através da análise da atividade, podemos identificar e valorizar a variabilidade das situações de trabalho e a variabilidade biológica e psicológica dos trabalhadores.
Envolvimento dos sujeitos é um dos critérios mais importantes relacionados ao sucesso da intervenção ergonômica está vinculado à participação dos próprios trabalhadores no processo de identificação de problemas, proposição de sugestões e avaliação final das mudanças implementadas. A visão dos trabalhadores é uma fonte importante de informações para orientar as hipóteses iniciais e definir o plano de trabalho desde a etapa de avaliação e coleta dos dados até a implementação das mudanças e avaliação final da intervenção. A participação dos trabalhadores no processo da Análise Ergonômica do Trabalho pode se dar em reuniões com os representantes da organização pesquisada. A análise participativa permite a transformação das condições de trabalho por meio do auxílio à detecção de problemas, compreensão destes, sugestão de soluções, bem como validação da análise e das sugestões.
5) A Análise Ergonômica do Trabalho (AET) permite identificar e ajustar as condições de trabalho que possam trazer prejuízos a saúde do trabalhador. Baseado no protocolo de identificação de fatores de riscos dos postos de trabalho, elaborada pelo grupo Ergo & Ação e SimuCad da UFSCAR, cite os 14 itens que são analisados em uma situação de trabalho, registre e analise por meio de foto, uma situação real de trabalho na posição sentada. Analise os seguintes itens:	
a) Área de trabalho.	
b) Distância visual.	
c) Assento.	
d) Ângulo de visão.	
e) Espaço para pernas.	
f) Tipo de cadeira.
Local de trabalho: Deve ser horizontal, sendo que todas as ferramentas de trabalho devem estar situadas na superfície, respeitando os seguintes conceitos:
Área 1: área usual de trabalho: em torno de 20 cm, posicionado em frente ao trabalhador;
Área 2: Área de atividades leves e materiais;
Área 3: Área de atividades não frequentes: Utilizada apenas quando a área 2 estiver totalmente preenchida.
Altura do trabalho
Trabalhos com diferentes complexidades necessitam de alturas diferentes para sua realização, como por exemplo:
Trabalhos com alta demanda visual: deve-se trabalhar à 10-20 cm acima do cotovelo;
Trabalhos com pressão das mãos: deve-se trabalhar à 5-7 cm acima do cotovelo;
Trabalhos com movimentos livres: deve-se trabalhar um pouco abaixo do nível do cotovelo;
Trabalhos com materiais pesados: deve-se trabalhar de 10-30 cm abaixo do nível do cotovelo, sendo exigido que esse trabalho deva ser feito na posição de pé.
Visão:  está relacionado ao tamanho do objeto. Se o objeto de trabalho for pequeno, não existe a necessidade de uma distância muito grande. Esse objeto pequeno exige uma superfície de trabalho mais alta. Já objetos maiores necessitam de uma distância maior e não precisam estar em superfícies mais altas.
Espaço para pernas: deve existir um espaço entre a bancada e o assento suficiente para que as pernas possam ser movimentadas. Recomenda-se que esse espaço seja de 60 cm.
Já a profundidade a ser considerada é de 45 cm para o joelho, e no piso uma profundidade de 65 cm.
Referências Bibliográfica
Caderno de Referência de Conteúdo – CRC PADOVEZ, R. F. C. M. Ergonomia e Ginástica Laboral. Batatais: Claretiano, 2015. Material na Sala de Aula Virtual

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