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1 - FURTO

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ESTUDOS E PESQUISAS PARA O CARGO DE DELEGADO DE POLÍCIA – ALLAN S. PEREIRA 
 
 
 
ÍNDICE 
Do Furto ................................................................................................................................................. 2 
Furto Simples ................................................................................................................................................. 2 
Características ................................................................................................................................................ 2 
Teorias da Consumação .................................................................................................................................. 2 
Furto Noturno ................................................................................................................................................. 4 
Equiparação à Coisa Móvel ............................................................................................................................ 5 
Furto Privilegiado ........................................................................................................................................... 5 
ESTUDOS E PESQUISAS PARA O CARGO DE DELEGADO DE POLÍCIA – ALLAN S. PEREIRA 
 
Dos Crimes Contra o Patrimônio 
Do Furto 
 
Furto Simples 
 
Art. 155 – Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: 
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
Características 
• O objeto jurídico é a propriedade e aposse legítima, e o objeto material é a coisa alheia movel. 
• A conduta típica pode-se entender, de forma simples, como sendo o núcleo da figura típica; o verbo, 
nesse caso, é SUBTRAÇÃO. 
• Pela teoria da inversão da posse, o crime consuma-se no momento da subtração da coisa, e não na 
posse mansa e tranquila. 
• Objeto material é o elemento sobre o qual recai a conduta do agente. Nessa situação, no crime de 
fro, é a coisa MÓVEL, o objeto passível de assenhoramento de forma ilícita do bem. 
A tentativa é possível em todas as modalidades deste crime. 
 
FIQUE LIGADO! 
• Não existe furto de bem imóvel, poderá configurar outro crime, não o crime de furto. 
• Para configurar o crime de furto, faz-se necessário que o objeto furtado seja de terceira pessoa 
(COISA ALHEIA); não existe a possibilidade de furtar um objetopróprio. 
Exemplo: “A”, com intenção de furtar uma relojoalheria, dirige-se a ela. Enquanto experimentava 
marcas extremamente valiosas, aproveita o momento de descuido do vendedor para tentar substituir um 
relógio original pelo seu, uma réplica perfeita. Contudo, por ERRO (delito putativo), acaba apanhando 
seu próprio relógio. 
Nessa situação, NÃO houve crime, pois o agente ERROU sobre um dos elementos do tipo – subtrair coisa 
alheia (subtraiu coisa própria) móvel – dizemos “delito putativo”, porque de acordo com a intenção do 
agente, eleimaginava estar praticando furto. 
• Oelemento subjetivo éo DOLO, avontade, ou avontade de furtar (animusfurandi). 
 
Teorias da Consumação 
 
ESTUDOS E PESQUISAS PARA O CARGO DE DELEGADO DE POLÍCIA – ALLAN S. PEREIRA 
3 
 
 
 
• TEORIA DA AMOTIO (momento da apreensão da coisa – STF/STJ): segundo essa teoria, a 
consumação ocorre quando a coisa subtraída passa para o poder do agente, mesmo que em um 
curto espaço de tempo, independentemente de deslocamento ou posse mansa ou pacífica. 
Exemplo: um meliante caminha atrás de sua possível vítima em praça pública, com o intuito de furtar sua 
carteira que está aparecendo para fora do bolso. Um policial, observando a situação, coloca-se em 
caminhadaatrásdomeliante. Nomomentoemqueestesacaacarteira davítima, mesmo sem elaperceber, o 
policialprendeosuspeito em flagrante, poisocrimejá está consumado. 
• TEORIA DA ABLATIO (momento da posse mansa e tranquila – DOUTRINA): segundo essa 
teoria, não basta o agentedispor do bem, ele deve ter a posse mansa e tranquila do objeto furtado, ou 
seja, sair da esfera em que o bem estava. 
Exemplo: um assaltante entra em uma residência com intenção de furtar joias e aparelhos eletrônicos. 
Casoapolíciasejaalertadaeconsigaapreenderoassaltanteaindadentrodaresidência, o crime de furto NÃO 
estaria consumado, pois o agente não havia saído da residência, muito menos disposto da posse efetiva do 
bem. 
FIQUE LIGADO! Mesmo que a teoria da ablatio não seja mais adotada para os julgados nos tribunais 
superiores, as questões podem vir abordando oconceito desta teoria. 
 
 
 NÃO HÁ O CRIME DE FURTO NOS CASOS: 
1) Res nullius: São objetos que nunca foram de propriedade de outra pessoa, ou seja, nunca 
tiveram dono, 
Exemplo:umlagoemdeterminadaregião, semserdepropriedadedeninguém; casoalguém decida pescar 
nesse ambiente, não será considerado crime. 
2) Resderelicta: caso um objeto seja abandonado, também não será objeto de furto, pois o antigo 
proprietário não poderá dispor novamente do bem. 
Exemplo: suponhamos que um indivíduoabandone um televisor paraqueacoleta de lixoo recolha; alguém 
observa e posteriormente o apanha para si. Nessa situação, o antigo proprie- tário não faz jusarequerero 
bem novamente, pois seconfigurou oabandono. 
3) Res desperdicta: caso alguém localize um objeto perdido, não será considerado crime. Contudo, 
ATENÇÃO: existe uma modalidade específica nessa situação, que será considerada crime, mas que será 
abordada futuramente. 
Exemplo: suponhamos que alguém, em férias, caminhando pela orla de uma praia, venha a encontrar uma 
pulseira de ouro trazida pela maré. Nessa situação, não será considerado crime se o agente se apropriar 
do bem. 
4) Furto de uso: o elemento subjetivo do agente consiste em tomar posse do bem móvel já com a intenção de 
apenas usar, e devolver ao dono logo após o uso. 
Exemplo: “A”,vizinho de “B”, pegaafuradeira sem avisar seu vizinho– oqual havianegadoo empréstimo do 
objetoanteriormente– comafinalidade de utilizá-la. Apósousoda furadeira, “A” a devolve no mesmo lugar 
onde a pegou. 
ESTUDOS E PESQUISAS PARA O CARGO DE DELEGADO DE POLÍCIA – ALLAN S. PEREIRA 
4 
 
 
Suponhamos que ocorra um furto em uma agência bancária, onde o guarda de plantão estava dormindonasala 
devigilância,aindaassimocorreráaumentodepena? 
Nessa hipótese, Não haverá o aumento de pena, pois não era o momento de o vigilante descansar, e sim o de 
proteger o patrimônio. 
 
 Quadro comparativo 
 
 
 
 Furto Noturno 
 
Art. 155, § 1º – A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno. 
 
 
Caracteriza-se furtocom aumento de penaaquele praticado durante orepouso noturno; apena aumenta de 
1/3. A razão da majorante se dá devido ao maior perigo a que está submetido o bem jurídico diante da 
precariedade de vigilância por parte de seu titular. 
O entendimento é que o horário do repouso noturno varia de determinada região ou local, bem como não 
precisa necessariamente ser à noite: a depender da rotina de vida da vítima, seu horário de repouso pode ser 
durante o dia. 
É causa de aumento de pena, pois ocorre nessa circunstância menor vigilância e maior vulnerabilidade, o 
que enseja em maior desvalor da conduta, sendo irrelevante se a casa é ou não habitada, se é praticado em 
residência ou não, com moradores nela repousando, não exigindo que seja nas dependências, propriamente 
ditas, da casa. 
 
FIQUE LIGADO! Pouco importa se a casa está habitada ou não, ainda assim, o aumento será 
aplicado! 
 
 
 ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL ATUAL 
Exemplo: Imaginemos que “A” invada uma residência no período noturno e, para isso, ele realize 
arrombamento de uma porta, para subtrair bens. Ele responderá pelo crime de furto qualificado por 
rompimento de obstáculo, com aumento de pena, por se tratar de período de descanso noturno, 
ATENÇÃO: a situação hipotética acima era considerada errada, pois o repouso noturno só era aplicado ao 
furto simples (caput). Isso porque se alegava que o agente teria a pena aumentada tantopelaqualificadora do 
arrombamentoquantopelacircunstânciade terocorridoduranteo repouso noturno, ou seja, teria a pena 
aumentada duas vezes. Isso violaria o princípio do ne bis in idem, o qual impede que o agente seja 
responsabilizado pela mesma ação mais de uma vez. Porém, a jurisprudência hoje admite a previsão do 
aumento de pena tanto para o furto simples(caput)quantoparaofurtoqualificado. 
ESTUDOS E PESQUISAS PARA O CARGO DE DELEGADO DE POLÍCIA – ALLAN S. PEREIRA 
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 Equiparação à Coisa Móvel 
Art. 155, § 3º – Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico. 
Existem diversas equiparações com o furto de energia, acompanhemos algumas: 
 
 
 
 
 Furto Privilegiado 
Art. 155, § 2º – Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a 
pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa. 
Observações: 
1. O réu precisa ser primário. 
2. É necessário que o bem furtado seja de pequeno valor. 
3. O pequeno valor é considerado menor que um salário mínimo. (STJ) 
 
Consequências do reconhecimento do privilégio 
O texto legal confere três opções ao juiz que reconhece o privilégio. A pena originária de um crime de 
furto simples é de reclusão, de um a quatro anos, e multa, contudo, em se tratando de delito privilegiado o 
juiz poderá: 
A. Substituir a pena de reclusão por detenção 
B. Diminuir a pena privativa de liberdade de um a dois terços 
C. Aplicar somente a pena de multa 
As hipóteses A e B podem ser cumuladas porque não são incompatíveis. 
O juiz deve optar por cada uma delas de acordo com as características de casa caso concreto. 
Suponha-se, que o réu furtou coisa de pequeno valor e é primário, porém ostenta maus 
antecedentes. Como sabemos, os maus antecedentes não vedam o privilégio, mas o juiz poderá 
aplicar, dentre as hipóteses legais, o menor benefício ao réu. 
 
FIQUE LIGADO! 
O texto de lei diz que o juiz “pode” substituir a pena; porém, caso em prova apareça o termo “deve”, 
também estará correto, pois se trata de direito subjetivo do agente. 
Não se deve confundir pequeno valor da coisa com valor insignificante. 
ESTUDOS E PESQUISAS PARA O CARGO DE DELEGADO DE POLÍCIA – ALLAN S. PEREIRA 
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 Requisitos para o princípio da insignificância 
 
Lembre-se da mnemônica MARI! 
• Mínima ofensividade da conduta do agente. 
• Ausência de periculosidade social da ação. 
• Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento. 
• Inexpressividade da lesão jurídica provocada. 
 
Possibilidade de aplicação do privilégio ao furto qualificado 
 
1ª corrente: Não é possível. Se fosse possível a aplicação do privilégio ao crime qualificado, estaria o juiz 
autorizado a aplicar somente pena de multa a esse crime, o que não é admissível, pois acabaria sendo 
aplicada a mesma pena ao furto simples privilegiado e ao qualificado privilegiado, ofendendo assim o 
princípio da proporcionalidade. 
 
2ª corrente: É possível. Não há expressa vedação legal na coexistência dos institutos, e tudo que não é 
vedado é permitido. 
 
 
STF e STJ: É possível. Súmula nº 511 STJ: É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º 
do 
art. 155 do CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o 
pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva.
ESTUDOS E PESQUISAS PARA O CARGO DE DELEGADO DE POLÍCIA – ALLAN S. PEREIRA 
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II. com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; 
 
 Furto Qualificado 
 
Art. 155, § 4º – A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: 
I. com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa. 
É necessário que efetivamente danifique, destrua, quebre o OBSTÁCULO (fechadura, janela, porta, 
cadeado) para obter o bem. 
 
Aqui, vale uma diferenciação acerca de duas situações distintas. 
 
• Situação 1: “A” quebra o vidro de um carro com o fim de furtar uma bolsa que havia no interior do 
veículo. – Nesse caso, há o FURTO QUALIFICADO pelo rompimento ou destruição de obstáculo, 
Art. 155, § 4º, I. 
• Situação 2: “A” quebra o vidro do carro para furtar o próprio carro. – Nesse caso ocorrerá FURTO 
SIMPLES, Art. 155, caput. 
 
• Abuso de confiança: é uma confiança depositada na pessoa, aquela de convívio comum. 
Exemplo: empregada que fica sozinha na casa onde trabalha e, por isso, tem acesso ilimitado à residência. 
 
• Mediante Fraude: o agente subtrai o bem utilizando um meio fraudulento. 
Exemplo: ladrão obtém uniforme de uma companhia telefônica para conseguir entrar na residência e, no 
momento de distração do proprietário, aproveita e subtrai notebooks enquanto estava sozinho. 
 
OBS: Caso a proprietária entregue algum bem ao agente que está fazendo uso da fraude, será o crime 
de estelionato (Art. 171 do CP). 
 
Art. 171 – Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo 
alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: 
 
 Quadro Comparativo 
 
ESTUDOS E PESQUISAS PARA O CARGO DE DELEGADO DE POLÍCIA – ALLAN S. PEREIRA 
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• Escalada: são vários os tipos, e não o simples fato de pular um muro; pode ser um túnel, qualquer 
meio “anormal”. 
• Destreza: é o indivíduo que possui habilidades especiais, físicas ou manuais, utilizadas para cometer 
furto. 
Exemplo: o “batedor” de carteira que a retira do bolso da vítima sem que ela perceba. 
 
III. com emprego de chave falsa; 
 
Caso seja utilizada cópia da chave obtida ilicitamente, configura-se a qualificadora por chave falsa; 
mas se a chave utilizada no furto for a verdadeira, poderá haver a qualificadora por emprego de fraude, 
a depender de como o criminoso teve acesso a essa chave. 
A chave falsa não necessariamente precisa ser uma chave. Basta que seja qualquer instrumento 
utilizado, com ou sem forma de chave, destinado a abrir fechaduras. 
Exemplo: um clipe, uma chave de fenda ou mixa. 
 
 IV. mediante concurso de duas ou mais pessoas. 
 
Quando os agentes se reúnem para praticar um furto. 
 
FIQUE LIGADO! 
Esta qualificadora será aplicada aos maiores de idade, ainda que um dos integrantes do grupo seja 
menor de idade. 
Exemplo: autor mediato que usa um menor para cometer determinado crime. 
 
 
 Furto Qualificado-Privilegiado 
• O STF entende que há essa possibilidade, desde que não haja imposição isolada de pena de multa 
em decorrência do privilégio. 
• Nos crimes qualificados pelo concurso de agentes, nada impede que haja a aplicação, desde que 
presentes os requisitos para a aplicação do privilégio. 
 
Art. 155, § 5º – A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a 
ser transportado para outro Estado ou para o exterior. 
 
• Acompanhemos o grifo. Esse tipo penal tem por objetivo punir os agentes que furtam veículos 
automotores com destino aos países fronteiriços ao Brasil, bem como a outros Estados. 
• Esta circunstância aplica-se somente a veículos automotores. Logo, não abrange embarcações ou 
aeronaves. 
• O texto penal nada fala acerca do Distrito Federal. Contudo, a doutrina entende que este também está 
abrangido neste aumento. 
 
 Furto Famélico 
 
Trata-se de uma modalidade de ESTADO DE NECESSIDADE, e ocorre na situação em que o agente 
subtrai ALIMENTOS para saciar a sua fome ou a de sua família, pois se encontra em extremo estado de 
pobreza. 
→ Requisitos 
ESTUDOS E PESQUISAS PARA O CARGO DE DELEGADO DE POLÍCIA – ALLAN S. PEREIRA 
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FIQUE LIGADO! 
 
Convém observar que o furto famélico não se aplica apenas àquele que se encontra desemprega- 
do, mas também aos que, mesmo com emprego fixo, dispõem de recursos insuficientes. 
 
 Furto de Coisa Comum 
 
Art. 156 – Subtrair o condômino, coerdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, 
a coisa comum: 
Pena – detenção, de seis mesesa dois anos, ou multa. 
§ 1º – Somente se procede mediante representação. 
 
Características 
• Esse crime é de ação penal pública condicionada à representação. 
• Trata-se de crime próprio; logo, o sujeito ativo deve ser o próprio condômino, coerdeiro ou sócio da 
coisa comum. 
• O crime é cometido somente na modalidade DOLOSA. 
• A tentativa é perfeitamente possível, e a consumação dar-se-á no instante em que o sujeito ativo, 
depois de se apoderar da coisa, retirá-la da esfera de vigilância da vítima. 
 
Exemplo: o morador de um condomínio furta utensílios de cozinha do salão de festas do prédio. 
Nessa situação, ele também é detentor de certa parte do bem, visto que o pagamento da despesa com 
condomínio é utilizando para comprar tais objetos. 
 
Art. 156, § 2º – Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que 
tem direito o agente. 
 
Aqui, o bem deve ser INFUNGÍVEL. 
• Fungível: bem de natureza móvel e suscetível de ser substituída por outra da mesma espécie, 
qualidade e quantidade, ou seja, pode ser substituído a qualquer momento. 
Exemplo: caso uma planta de 10 reais na área comum do prédio seja subtraída, não haverá crime. 
• Infungível: trata-se de coisas específicas; nesse caso, o crime será consumado. 
ESTUDOS E PESQUISAS PARA O CARGO DE DELEGADO DE POLÍCIA – ALLAN S. PEREIRA 
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 ANOTAÇÕES E JURISPRUDÊNCIAS 
 
 
 
 
 
 
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