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Dislipidemias

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Tratam-se de desordens no metabolismo das
lipoproteínas, caracterizadas pela elevação dos
níveis plasmáticos de triglicérides ou de alterações
dos níveis das lipoproteínas que transportam o
colesterol e as gorduras no sangue. Que podem ser
classificadas como:
Primárias - decorrentes de alterações
genéticas,
Secundárias - uso de medicamentos, hábitos
de vida ou doenças, como diabetes,
hipertensão, ou à combinação desses fatores.
Dislipidemias
G i s e l l y S . A l v e s
Nutrição clínica
Fisiopatologia
Fosfolipídios: Constituintes estruturais da membrana. 
Colesterol: Precursor dos hormônios esteroides, dos
ácidos biliares e da vitamina D; também é constituinte das
membranas celulares e participa na ativação de enzimas. 
Triglicerideos: Uma das formas de armazenamento
energético mais importantes no organismo, depositados
nos tecidos adiposo e muscular.
Ácidos graxos: são constituídos por uma cadeia
carbônica não ramificada, de comprimento variável,
contendo em uma das extremidades o grupo carboxílico e,
um grupo metila. Podem ser classificados como saturados,
monoinsaturados ou poliinsaturados. 
Para se compreender a fisiopatologia das dislipide-
mias e aterosclerose, é necessário enterder o
metabolismo dos lipídios. Os biologicamente
importantes são:
Transporte de lipídios no plasma
Apos B100 e B48 - formação intracelular das
partículas lipoproteicas.
Apo B100 e a Apo E - ligantes a receptores de
membrana
Apos CII, CIII e AI - co-fatores enzimáticos
Os lipídios são geralmente substâncias
hidrofóbicas, é necessário um meio para seu
transporte no plasma. Esse, é realizado pelas
lipoproteínas. Compostas por lipídios e proteínas,
denominadas apolipoproteínas (Apos). As Apos têm
diversas funções no metabolismo, são elas: 
As lipoproteínas são classificadas de acordo com
sua densidade:
Quilomicrons: São responsáveis pelo transporte no
plasma dos triglicérides originários da dieta.
Lipoproteína de muito baixa densidade (VLDL):
Rica em triglicérides, de origem hepática. Possui Apo B100,
Apo E e Apo C.
Lipoproteína de baixa densidade (LDL) : rica em
colesterol. Transporta o colesterol do fígado para os
tecidos periféricos. Possui Apo B100.
Lipoproteína de alta densidade (HDL): rica em
colesterol.Responsável pelo transporte reverso do
colesterol, levando colesterol dos tecidos para fígado.
Possui Apo A, Apo E e Apo C.
Hipercolesterolemia isolada: - decorrentes de
alterações genéticas,aumento do colesterol
total e/ou da fração LDL-colesterol. 
Hipertrigliceridemia isolada: - aumento dos
triglicerideos; 
hiperlipidemia mista: aumento do colesterol
total e dos triglicerideos; diminuição isolada do
HDL-colesterol (lipoproteína de alta
densidade) ou associada ao aumento dos
triglicérides ou LDL-colesterol.
Dislipidemias
G i s e l l y S . A l v e s
Nutrição clínica 
Colesterol
 total 
Classificação das dislipidemias
As dislipidemias apresentam correlação com a
manifestação de DCV, como a aterosclerose e, no
caso dos triglicerideos elevados também há risco
de desenvolvimento de pancreatite.
Valores de referência para diagnóstico
LDL HDL Triglicerideos
Aterosclerose
É uma doença inflamatória crônica de origem
multifatorial que ocorre em resposta à agressão
endotelial, acometendo principalmente a camada
íntima de artérias de médio e grande calibre. A
formação da placa aterosclerótica inicia-se com a 
agressão ao endotélio vascular devido a diversos
fatores de risco, como elevação de lipoproteínas
aterogênicas (LDL, IDL, VLDL, RQm), hipertensão
arterial e tabagismo.
Terapia nutricional 
Gorduras 
As gorduras da dieta não afetam somente os níveis
lipídicos séricos, como também influenciam
diretamente diferentes fatores de risco em
mecanismos distintos, estimulando ou protegendo
contra a aterosclerose.
Gorduras saturadas - As principais fontes
alimentares de gordura saturada são a gordura
das carnes em geral e a gordura do leite e seus
derivados. 
Colesterol: O colesterol é um álcool que, em sua
maior parte, circula no organismo esterificado
(associado a um ácido graxo). O colesterol
alimentar possui menor efeito sobre a elevação
plasmática do colesterol quando comparado à
gordura saturada, estando contido somente em
alimentos de origem animal.
Gorduras trans: apresentam a mesma correlação
positiva com o risco de DCV que as gorduras
saturadas.Atualmente, as margarinas não são
mais a maior fonte alimentar de gordura trans.
Gorduras poli-insaturadas: Reduzem o colesterol e
o LDL plasmáticos, por vários mecanismos, sendo
os principais: menor produção e maior remoção de
LDL e alteração da estrutura das LDL de modo a
diminuir o conteúdo de colesterol da partícula
Dislipidemias
G i s e l l y S . A l v e s
Nutrição clínica 
Nutrientes ingestão recomendada
Recomendações dietéticas 
para prevenção e tratamento
Alimentos coadjuvantes
Gorduras monoinstauradas - Representadas pela
série de ácidos graxos ômega-9, o ácido oleico é
considerado neutro, ou seja, não aumenta nem
diminui a concentração de colesterol e LDL.
Fibras - as solúveis aumentam a excreção dos
ácidos biliares, promovendo assim maior captação
de LDL pelo fígado e consequentemente redução
do colesterol plasmático, além do mecanismo de
ação é estimulado pelas bactérias intestinais.
Café - o café não filtrado eleva os níveis séricos
de colesterol, especialmente a fração LDL-
colesterol. Esse efeito deve-se à ação de duas
substâncias lipídicas, denominadas cafestol e
kahweol.
Soja - Apresenta efeito em reduzir os níveis de
colesterol sanguíneo, pela ação das proteínas da
soja e das isoflavonas. 
Antioxidantes, flavonoides e vitaminas -
Podem potencialmente estar envolvidos na
prevenção da aterosclerose por inibirem a
oxidação das LDL.
Bebidas alcoolicas - alcoólicas pode elevar os
níveis de triglicerideos e glicemia, aumentar a
pressão arterial e favorecer o ganho de peso.
Chocolate Amargo - Está relacionado com a
melhora da função endotelial e exerce influência
sobre vários fatores de risco para DCV. 
Conclusão 
A intervenção nutricional deve ser a primeira
medida não farmacológica a ser adotada no
tratamento das dislipidemias e deve ser
considerada como parte da mudança de estilo de
vida e não como uma estratégia passageira. O
plano alimentar deve ser individualizado e respeitar
preferências e hábitos do paciente. 
Medidas de educação nutricional são importantes
para que o paciente conheça os nutrientes e saiba
como organizar sua alimentação, visando mais
saúde e qualidade de vida. 
O papel do nutricionista como educador de saúde é
fundamental para o sucesso da terapia nutricional
nas dislipidemias.

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