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FINANÇAS II

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FACULDADE VENDA NOVA DO 
IMIGRANTE - FAVENI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FINANÇAS II 
 
 
 
 
 
VENDA NOVA DO IMIGRANTE – ES 
2 
 
 
SUMÁRIO 
1 NOÇÕES GERAIS DE ORÇAMENTO ............................................................ 5 
1.1 Desenvolvimento orçamentário .................................................................... 6 
1.2. Controle orçamentário .................................................................................. 6 
1.3. Objetivos do controle orçamentário ........................................................... 11 
2 RISCOS X RETORNO ................................................................................... 13 
3 RISCO ........................................................................................................... 16 
4 TIPOS DE RISCO .......................................................................................... 17 
4.1 Risco de mercado ....................................................................................... 17 
4.2 Percebendo o risco de mercado ................................................................. 17 
4.3 Riscos Políticos .......................................................................................... 19 
4.4 Tipos de Riscos Políticos existentes ........................................................... 20 
4.5 Interdependência entre Risco Político e demais riscos .............................. 22 
4.6 Como os riscos políticos afetam os mercados?.......................................... 22 
4.7 Como os riscos políticos podem afetar empresas? .................................... 23 
4.8 Risco de taxa de Juros .............................................................................................................. 26 
4.9 Risco de câmbio externo ............................................................................ 34 
4.10 Curiosidades ............................................................................................. 36 
4.11 Risco de País ........................................................................................... 39 
4.12 Risco de Crédito ....................................................................................... 42 
5 INVESTIMENTO ............................................................................................ 45 
6 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS ................................................................... 46 
6.1 Payback ...................................................................................................... 47 
6.2 Valor Presente Líquido ............................................................................... 56 
6.3 Taxa Interna de Retorno ............................................................................. 59 
7 RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO ........................................................ 66 
8 MARGEM X GIRO ......................................................................................... 68 
2 
 
 
4 
9 RENTABILIDADE E RAMOS DE ATIVIDADES ........................ 71 
10 TAXA DE RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO (TRPL) 73 
11 RENTABILIDADE DA EMPRESA X RENTABILIDADE DO EMPRESÁRIO 73 
12 LIQUIDEZ CORRENTE OU LIQUIDEZ COMUM (LC)............ 75 
13 RENTABILIDADE ........................................................................................ 75 
14 TECNICAS TRADICIONAIS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS 79 
15 PROJETOS ÚNICOS E PROJETOS CONCORRENTES ...... 81 
16 ANALISE E COMPARAÇÃO DO VPL E DO PAYBACK ......... 83 
17 ANALISE E COMPARAÇÃO DO VPL, PAYBACK E A TIR. ... 83 
18 DECISÃO DE INVESTIMENTO ................................................................... 86 
19 DEFINIÇÃO E IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTABEIS..................................................................................................... 87 
19.1 A importância dos indicadores de rentabilidade ....................................... 89 
ANÁLISE DE INDICADORES FINANCEIROS ....................... 91 
19.2 Índices de liquidez .................................................................................... 91 
19.3 Índices de endividamento ......................................................................... 93 
19.4 Índices de rentabilidade ............................................................................ 94 
19.5 Análise de atividade .................................................................................. 96 
19.6 Análise Vertical e Horizontal ..................................................................... 97 
20 GESTÃO DE INVESTIMENTOS .................................................................. 99 
20.1 Decisão de Investimento......................................................................... 102 
20.2 Investimento ........................................................................................... 103 
20.3 Capital Circulante Líquido ....................................................................... 104 
20.4 Necessidade de Capital de Giro ............................................................. 105 
20.5 Investimento em ESTOQUE ................................................................... 106 
20.6 Investimento em CLIENTES ................................................................... 108 
20.7 Financiamento de Fornecedores ............................................................ 109 
20.8 Saldo de Tesouraria ............................................................................... 110 
2 
 
 
20.9 Capital de Giro ........................................................................................ 110 
20.10 Ativos Fixos .......................................................................................... 111 
20.11 Importância Estratégica ........................................................................ 111 
20.12 Eficiência dos Ativos Permanentes ....................................................... 112 
20.13 Modelo de Sensibilidade: Estrutura Enxuta dos Ativos ......................... 114 
21 BIBLIOGRAFIA .......................................................................................... 118 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
1 NOÇÕES GERAIS DE ORÇAMENTO 
 
 
 
Fonte: centrodeestudoseformacao.com.br 
 
 
Fazer um orçamento é uma atividade comum e cotidiana para todos. Qualquer 
serviço demanda um planejamento antes de sua realização, para verificar as 
perspectivas e alcançar os resultados previstos. E, se do ponto de vista pessoal já é 
difícil colocar boas estratégias em prática e tomar decisões, imagine para uma grande 
corporação? 
Nesse caso, o setor financeiro e a gestão de uma empresa precisam trabalhar 
juntos para manter os recursos equilibrados e ter o controle total dos mesmos, visando 
a maximização dos lucros e o crescimento de toda a organização. Essas noções são 
aprimoradas tanto com a experiência, na prática diária e com materiais auxiliares. 
É nesse contexto que se destaca a administração financeira e orçamentária e 
sua importância para o cotidiano. Além de garantir estabilidade frente às 
adversidades, é necessário também pensar na concorrência, na posição no mercado, 
na responsabilidade social, ou seja, em toda uma evolução que só acontece com um 
planejamento estratégico eficiente. 
 
6 
 
 
1.1 DESENVOLVIMENTO ORÇAMENTÁRIO 
 
Desenvolver um orçamento é parte ideal de um planejamento estratégico. 
Inerente a qualquer empresa, pode incluir um ou vários tipos, seja de modo isolado ou 
conjunto. Com base em um objetivo simples ou global, obedecer a etapas torna- se 
essencial para que o resultado apareça – avaliando hipóteses, executando as ações 
e verificando os efeitos. 
Tal processo não é totalmente linear, ainda mais quando se trata de economia. 
Um mês nunca será igual ao outro, os períodos mudam conforme vários cenários, e 
essa oscilação pode tanto auxiliar quantoatrapalhar um cronograma orçamentário 
empresarial. Mas, independentemente de como será o retorno, o controle total dos 
procedimentos evita grandes contratempos e abre margem para boas soluções. 
Além disso, ele deve estar sempre acompanhado de muitos materiais 
auxiliares, como relatórios detalhados e as métricas referentes ao setor que deseja 
trabalhar: vendas, produção, custos, gestão de capital, entre outros. 
Se a ideia é reduzir um gasto, por exemplo, é essencial fazer um amplo estudo 
acerca desse fator e a partir daí avaliar as alternativas necessárias para colocar em 
prática. Pode parecer simples, mas o impacto pode ser negativo e afetar outras áreas 
e atividades caso não haja profundidade na análise – por isso que o desenvolvimento 
orçamentário depende de uma equipe tanto financeira quanto dos gestores 
responsáveis. 
O setor financeiro, considerado o "combustível" de uma empresa, só deve agir 
perante as decisões das lideranças. Já estas devem apresentar os pontos fortes e 
fracos de tal cenário, mostrando o que é mais indicado baseado em sua análise 
técnica e qualificação. Por mais que um gestor tenha conhecimento do ramo, somente 
aqueles que vivenciam no dia a dia e lidam com os processos podem dizer o que é ou 
não funcional, aquilo que atrapalha e o que agrega. 
 
1.2. CONTROLE ORÇAMENTÁRIO 
 
Controle orçamentário é um sistema de planejamento econômico-financeiro 
das operações de uma empresa, e de fiscalização da execução do programa 
https://www.centrodeestudoseformacao.com.br/blog/lideranca-curso-online
7 
 
 
preestabelecido. Nos tempos atuais não há lugar para organismos que não saibam 
planejar o progresso. Em face da viva e agressiva concorrência e das frequentes e 
violentas variações nas estruturas econômicas do mundo, qualquer organização que 
deseje progredir, ou, pelo menos, sobreviver, tem de planejar suas atividades e cuidar 
para que prossigam no sentido previsto pelo plano. Acima de tudo a empresa precisa 
diligenciar para que os resultados de seus esforços sejam efetivos, o que se 
demonstra pela obtenção do lucro projetado. 
 
Fonte: www.citisystems.com.br 
 
 
Uma empresa industrial mantém sua existência por sua eficiência na conversão 
dos diversos elementos para produzir melhor e mais barato o produto final; 
basicamente, porém, qualquer empresa se inicia e se mantém em operação graças 
ao seu poder aquisitivo. Deste modo, para adquirir as necessárias máquinas, 
dependências, mãos-de-obra, materiais etc., uma empresa industrial tem de possuir, 
inicialmente, poder aquisitivo à altura necessária, seja em forma de dinheiro, seja em 
forma de crédito. O dinheiro e o crédito representam valores que devem ser 
submetidos a uma série de transformações para assegurar a existência da empresa. 
Desde a formação da empresa e durante todas as fases de sua operação ocorre um 
fluxo de transformação de valores. 
Esse fluxo é concepção econômica que pode ser representada 
esquematicamente, de modo semelhante à representação das concepções 
http://www.citisystems.com.br/
8 
 
 
eletrônicas ou mecânicas. Da mesma forma pela qual o engenheiro industrial 
esquematiza e generaliza as diversas fases técnicas de sua operação fabril, ao 
economista cumpre esquematizar as funções econômicas inerentes à vida de uma 
empresa. Em nosso caso estamos interessados no fluxo de transformação de valores. 
A empresa começa pela aquisição do capital, o que vai ser feito através da 
venda de ações ou cotas. Estas são adquiridas pelo público em geral ou por um grupo 
limitado de pessoas que hajam por bem constituir a sociedade. Dá-se início, assim, 
ao fluxo da transformação de valores. Emitem-se, preliminarmente, certificados ou 
títulos provisórios de ações, cotas e debêntures, cambiáveis e negociáveis por 
dinheiro ou crédito. Esta é, aliás, a primeira conversão de valores, a primeira das 
etapas principais do fluxo econômico: o financiamento. 
De posse do dinheiro ou do crédito, a empresa passa a adquirir prédios, 
máquinas, materiais etc., e a contratar diversos serviços, telefone, direção, mão-de- 
obra etc. Essa operação, claro está, altera de imediato, a situação financeira da 
empresa e o seu grau de solvência, porquanto faz com que o capital líquido se 
transforme, parcialmente, em ativo fixo e inventário. É a segunda conversão de 
valores, a conversão pela compra, que constitui a segunda das etapas principais do 
fluxo econômico. 
Utilizando máquinas, materiais e serviços, a empresa industrial enceta a 
fabricação de seus produtos. Parte do valor do ativo fixo é incorporado nos produtos 
pela depreciação. Os materiais transformam-se em produto através do esforço da 
equipe de fábrica. Nesse ponto os valores que representam o uso do ativo fixo, dos 
materiais e de parte dos serviços estão sendo convertidos em valor do produto a ser 
colocado no mercado. Dá-se, então, pela operação fabril, a terceira das etapas 
principais do fluxo econômico: a transformação da matéria-prima em produto. 
A quarta e última etapa desse esquema geral de fluxos econômicos de uma 
empresa industrial é a conversão pelas "Vendas" é um dos serviços mais importantes 
para a vida do negócio. Tem por objetivo suscitar e manter no público o desejo de 
possuir o produto fabricado pela empresa, mesmo em casos onde o preço do produto 
exceda seu valor utilitário real. Esse serviço requer pessoal e equipamento; o valor 
do uso do equipamento e dos esforços do pessoal de vendas 
9 
 
 
adiciona-se ao custo do produto. Adiciona-se, também, a esse custo o valor dos 
serviços da administração da empresa. 
Por outro lado, o uso do capital que se permite converter em produto não pode 
ser gratuito. Assim, ao custo do produto adiciona-se agora o valor do custo de uso do 
capital necessário para sua fabricação. Esse custo é pela empresa considerado lucro. 
Na verdade, porém, o lucro é o custo do uso do capital empregado pela empresa em 
suas operações. O valor desse custo é muito flexível, variando de acordo com as 
condições do mercado e as regras gerais do comércio. Deste modo, a conversão pelas 
vendas é a última etapa principal, onde o valor de todos os elementos convertidos em 
produto é transformado, de novo, em dinheiro ou em crédito, e se fecha o ciclo das 
transformações. Compreende-se que muitas funções das diversas etapas 
supracitadas não se desenvolvem simultaneamente, e que o grau de deslocamento 
das fases pode ter qualquer magnitude, a administração ou a gerência. 
É possível, também, que uma empresa possa ter vários fluxos econômicos 
independentes, cada um fora de fase com os outros. Todos, porém, devem obedecer 
a uma ordem de sequência funcional, começando e terminando da mesma maneira, 
mesmo que em nível e tempo diferentes. 
As variações nas intensidades dos fluxos, as diferenças em nível ou fase e os 
demais aspectos de cada fluxo devem ser cuidadosamente estudados e atentamente 
observados durante seu percurso. Aqui, como em qualquer ramo da ciência ou da 
tecnologia, para se obterem bons resultados dos fenômenos usados e operados é 
necessário compreender bem as bases da existência desses fenômenos, suas 
origens e as razões de seu comportamento, sem o que não se poderá tirar proveito 
deles. O dirigente de uma empresa, portanto, não pode ignorar o funcionamento e a 
interdependência de todos os fatores presentes, internos e externos, que atuem por 
dentro e por fora de cada um dos fluxos econômicos e que possam influir em suas 
diversas etapas. 
A direção de qualquer atividade - especialmente daqueles cujos elementos, 
complexos e interdependentes, estejam, na maioria, sujeitos a influências externas - 
há de sempre ser considerada sob os prismas estudo, planejamento e controle. Esses 
três pontos são essenciais e constituem o único esquema básico para a formação de 
qualquer sistema de controle orçamentário. Ao redor deles o sistema 
10 
 
 
pode assumirqualquer forma, de acordo com as necessidades específicas da 
empresa e características às suas operações. 
É claro que as grandes empresas são sempre beneficiadas pelos sistemas 
completos. As operações das pequenas empresas não justificam tais despesas, nem 
exigem sistemas rígida e pormenorizadamente elaborados. Contudo, tanto no caso 
das grandes quanto no das pequenas empresas o estudo das situações e o 
consequente planejamento das atividades, de conformidade com as perspectivas, 
são, inegavelmente, indispensáveis. Mesmo para a pequena empresa é altamente 
vantajoso o exame de suas possibilidades futuras, sejam elas a curto ou em longo 
prazo. Como resultado de tal exame, o ajuste das operações para as situações 
encontradas torna-se mais fácil e seguro; sua principal utilidade é a de facultar 
decisões claras, bem definidas, evitando dúvidas e hesitações nas consequentes 
ordens que devam ser dadas. 
Decisões e ordens firmes e bem definidas criam um clima de segurança, que 
se propaga tanto para dentro como para fora da empresa. 
A Figura apresenta um esquema das funções básicas do planejamento. 
 
 
 
 
Fonte: dx.doi.org 
 
 
Cerca de 50%, ou talvez mais, dos administradores que não usam o controle 
orçamentário organizado apresentam, como causa de sua atitude negativa, a 
11 
 
 
instabilidade das condições econômicas existentes no mundo inteiro, especialmente 
no Brasil. Alegam que a amplitude das variações das condições econômicas, bem 
como a grande frequência e imprevisibilidade das ocorrências desses fenômenos, 
anula os resultados de qualquer trabalho de programação econômico-financeira. À luz 
dos acontecimentos ocorridos no Brasil desde 1961, o argumento parece-nos, à 
primeira vista, muito justo. Não cremos, com efeito, exista empresa que, durante os 
anos de 1961, 1962 e 1963, haja seguido, até ao fim, o programa orçamentário 
estabelecido no começo de cada um desses períodos anuais. 
A propósito, assistindo uma empresa no preparo de seu orçamento para 24 
meses. O programa orçamentário original e os resultados dos estudos econômicos 
constituíram excelente ponto de partida para novas considerações. Cada vez que se 
tornava necessário um reajustamento, era ele estudado e executado com rapidez, em 
tempo muito mais curto que o que tinha sido necessário para o estudo original. 
Referido programa orçamentário, embora tenha ficado obsoleto em pouco tempo, 
permitiu medirmos a grandeza das variações que se estavam verificando, o que, por 
sua vez, nos possibilitou o cálculo das grandezas das reflexões sobre todos os 
aspectos da operação, inclusive o cálculo exato dos novos custos e do financiamento 
necessário, tanto a curto como em longo prazo. 
Se a empresa não tivesse suas operações financeiras bem planejadas, o 
estudo dos ajustes não poderia ser feito em tempo suficiente para evitar o prejuízo 
certo e a situação embaraçosa que ameaçavam o bom nome da organização. Ela 
seria virtualmente surpreendida pela súbita falta de meios para liquidação dos 
compromissos assumidos. 
 
1.3. OBJETIVOS DO CONTROLE ORÇAMENTÁRIO 
 
 
O objetivo principal do controle orçamentário é proporcionar à administração a 
possibilidade de controlar, por subordinação, as duas relações gerais básicas: 
• As despesas com relação à receita; 
• Os custos, por unidade, do produto acabado com relação ao lucro. 
A comparação das despesas a serem desembolsadas com as que forem 
planejadas dá-se o nome de controle de despesas. Tal controle implica a observação 
das despesas já efetuadas e do comportamento das variações, e requer 
12 
 
 
sejam determinadas as razões das diferenças e a tomada de decisão para os ajustes 
no plano das despesas. 
Chama-se controle de custos por unidade de produto acabado a permanente 
observação dos valores a serem convertidos no produto final. E mister que os dados 
atinentes ao fluxo econômico - que se desenvolve dentro da empresa - sejam colhidos, 
relacionados e comparados. As relações são feitas por unidade ou por parte de 
produto e demonstram o grau de rentabilidade das operações e os valores dos 
diversos esforços que constituem parte do produto. 
Enquanto o objetivo acima exposto esclarece a função do controle 
orçamentário, o seu caráter geral esconde alguns aspectos importantes que devemos 
esclarecer agora para a perfeita compreensão do assunto, muito embora tenhamos 
de aludir às ações posteriores cujo trato pertence à esfera da metodologia. Como 
desejamos conferir a esta exposição um sentido, não somente de subordinação (já 
expresso no objetivo principal), mas, também, de planejamento, passaremos a 
especificar, desde já, quatro outros objetivos nos quais se escoram os esquemas de 
qualquer tipo de controle orçamentário: 
 Planos para o funcionamento e direção das futuras operações; 
 Controle dos meios e despesas de acordo com o plano 
preestabelecido; 
 Planos para otimizar os lucros e eliminar os desperdícios; 
 Eliminação das possibilidades de erro e fraude. 
Essa reformulação do objetivo principal demonstra, primeiramente, que o 
controle orçamentário é um instrumento inerentemente ligado ao planejamento do 
futuro da empresa a longo e a curto prazo e que não podemos garantir a boa execução 
dos planos sem ter estabelecido um sistema de controle. 
Por sua própria natureza o controle é, definitivamente, instrumento da alta 
administração; instrumento que permite reconhecer onde haja riscos nas decisões a 
serem tomadas e calcular sua grandeza. Não podendo os riscos serem evitados, as 
informações sobre estes, obtidas através de estudos e cálculos, permitem estimar as 
possibilidades de êxito numa situação perigosa, ou tirar proveito da má situação. 
Usando um sistema bem formulado e elaborado, o trabalho da administração deixa de 
ser um tatear na escuridão; passa a desenvolver-se como experiência planejada, onde 
algumas das dificuldades naturais ao ambiente podem ser previstas e 
13 
 
 
contornadas de antemão, reduzindo-se ao mínimo o efeito dos obstáculos que 
permanecem no caminho. 
 
 
 
2 RISCOS X RETORNO 
 
 
Uma das coisas mais importantes que um investidor deve saber é que não 
existe retorno sem risco, ou seja, quanto maior ou menor o risco de um determinado 
investimento, maior ou menor o retorno esperado. 
A relação risco versus retorno pode ser considerada “o teste da noite bem 
dormida”. Dizemos isso porque a mais importante decisão de investimentos que você 
faz é escolher o nível de risco que você está disposto a correr estando confortável 
com as flutuações de curto prazo deste investimento. 
O risco está associado ao grau de incerteza sobre o investimento no futuro. 
Quanto maior o grau de incerteza, maior o risco e maior o retorno esperado e vice- 
versa. Todo investidor deve escolher suas aplicações entre o menor risco possível e 
o maior retorno possível. Esta possibilidade de escolhas está representada no gráfico 
abaixo. 
 
 
Fonte: queroficarrico.com 
 
 
De acordo com Assaf Neto (2007), existem alguns fatores que podem ser 
determinantes para aferir o risco em relação ao retorno, são eles: 
14 
 
 
Volatilidade: Os mercados estão sempre analisando o que pode ou não 
acontecer no futuro e a expectativa causada por essa análise pode fazer com que os 
preços subam ou desçam. Também é importante conhecer vários tipos de risco: Em 
qualquer tipo de investimento, existem diferentes tipos de riscos, entre eles estão: 
• Risco de mercado - os riscos que provêm dos movimentos positivos e 
negativos que ocorrem sempre no mercado bolsista. 
• Risco político - o risco de determinado país mudar políticas que afetam 
aquilo em que se investiu. 
• Risco de taxas de juro - o valor do investimento pode ser afetado pela 
variação das taxas de juro. 
• Risco de crédito - quando determinada empresa ou indivíduo consegue 
pagar o que lhe foi emprestado ou os juros desse valor. 
• Risco de país - o risco associadoao facto de determinado país não ser 
capaz de pagar as suas obrigações financeiras. 
• Risco de câmbio externo - quando as variações das taxas de câmbio 
determinado país afetam o investimento. Usar a pirâmide de risco: A pirâmide de risco 
mostra os diferentes tipos de investimentos, desde o menos arriscado ao mais 
arriscado. E por último, compreender a relação entre risco e retorno: O investidor 
deverá ser capaz de avaliar os diferentes tipos de risco associados a cada tipo de 
investimento. 
Para Gitman (2004), risco é a possibilidade de perda financeira. Os ativos 
considerados mais arriscados são os que oferecem maiores possibilidades deperda 
financeira. Risco é usado como sinônimo de incerteza e refere-se à variabilidade dos 
retornos associados a um ativo. Retorno pode ser visto como tudo aquilo que um 
determinado investimento rendeu durante determinado período, pode se calcular um 
retorno de um ativo isoladamente ou o retorno de uma carteira de ativos, em que 
nesse último o retorno esperado é definido pela média ponderada do retorno de cada 
ativo em relação a sua participação no total da carteira. Com relação à avaliação do 
retorno de investimento existem também várias ferramentas, as mais comuns são: 
Payback ou Período de Recuperação: “ O período de payback, definido como 
o número esperado de anos necessários para recuperar o investimento original, foi o 
15 
 
 
primeiro método formal utilizado para avaliar projetos de orçamento de 
capital.”Brigham et. al, (2001, p.424). 
Payback Descontado: O conceito é parecido com o original. “O período de 
payback descontado é definido como o número de anos necessário para recuperar o 
investimento dos fluxos líquidos de caixa descontados.”Brigham et. al, (2001, p.424). 
Valor Presente Líquido – VPL: É um método mais completo que o payback, 
pois “é uma técnica de orçamento de capital sofisticada; encontrada ao se subtrair o 
investimento inicial de um projeto de valor presente de seus fluxos de entrada de 
caixa, descontados a uma taxa igual ao custo de capital da empresa.” Segundo 
Gitman (2001). 
E por fim, a Taxa Interna de Retorno – TIR: “A taxa interna de retorno (TIR) é a 
taxa de desconto que iguala o valor presente de fluxos de entradas de caixa com o 
investimento inicial associado a um projeto, por conseguinte tornando o VPL = $ 0” 
Gitman (2001, p.303). 
 
 
Fonte: metaconsultoria.com 
 
 
Os conceitos de risco e retorno são de grande importância para a área 
financeira e administrativa. A ideia de que o retorno deve crescer à medida que o 
risco aumenta é fundamental para a economia e administração modernas. Devido 
ao fato de pessoas racionais assumirem riscos; algumas questões relevantes 
devem ser colocadas. Qual o nível de risco relativo associado a cada possível 
decisão? Qual é a compensação de se optar por uma alternativa de maior risco? 
Tais questões exigem que os analistas definam, identifiquem, 
16 
 
 
analisem e meça o risco, decidindo desta forma qual é o retorno necessário para 
que determinada aplicação ou investimento, seja compensatório. 
 
3 RISCO 
 
 
As decisões financeiras quase nunca são tomadas em ambiente de total 
certeza em relação a seus resultados. Como estas decisões estão em grande parte 
voltadas para o futuro, a variável incerteza obrigatoriamente deve ser considerada 
como um aspecto significativo nas operações do mercado financeiro. Sempre que a 
incerteza associada à verificação de um evento possa ser quantificada por meio de 
uma distribuição de probabilidades dos diversos resultados previstos, diz-se que a 
decisão está sendo tomada sob uma situação de risco. 
Desta forma, o risco pode ser entendido pela capacidade de mensurar o estado 
de incerteza de uma decisão mediante o conhecimento das probabilidades associadas 
à ocorrência de determinados resultados ou valores. 
A ideia do risco, de forma mais específica, está diretamente associada às 
probabilidades de ocorrência de determinados resultados em relação a um valor 
médio esperado (retorno esperado, conceito que será visto mais adiante). É um 
conceito voltado para o futuro, revelando possibilidade de perdas financeiras. 
O risco é na maioria das vezes representado pela medida estatística do desvio 
padrão, indicando variabilidade de retornos associada a um determinado retorno 
esperado de um ativo. Os ativos que possuem grandes possibilidades de prejuízos 
são vistos como mais arriscados que aqueles com menos possibilidades de perdas. 
Exemplo: 
Um título da dívida americana que garante ao seu portador uma taxa de juros 
de 5% ao ano não possui riscos, pois não há uma variabilidade associada ao seu 
retorno. Porém um investimento em ações possui características completamente 
diferentes; o investidor pode ou não ganhar dividendos, além de poder existir uma 
grande variação dos preços destes ativos nos mercados secundários. 
Portanto, os títulos de dívida americana são, seguramente, os títulos de maior 
confiabilidade, além de apresentarem um mercado com extrema liquidez. Geralmente, 
em épocas de crise os investidores internacionais fogem das 
17 
 
 
aplicações de risco, muito mais rentáveis, para os títulos do governo dos EUA 
“fenômeno” conhecido como fuga para a qualidade. 
Quanto mais certo for o retorno esperado de um ativo, o que implica dizer que 
ele terá uma menor variabilidade (menor desvio padrão) menor será o risco ativo. 
Entretanto, em geral, ativos menos arriscados possuem baixos retornos. 
 
4 TIPOS DE RISCO 
 
 
4.1 Risco de mercado 
 
O risco de mercado em investimentos refere-se às oscilações que um 
determinado investimento pode ter ao longo do tempo. Imagine que você faça um 
investimento e aplique 100 mil reais e esse investimento possa oscilar e até ficar 
negativo em alguns momentos. Esse risco é medido pela volatilidade dos ativos 
escolhidos. 
A forma mais fácil de entender esse tipo de risco é olhando o mercado de 
ações, que pode ter desempenho completamente aleatório no comportamento de 
suas cotações. 
Essas oscilações são chamadas de risco de mercado justamente porque as 
condições do mercado se modificam e nessa modificação os títulos possuem 
variações em seus preços. 
 
4.2 Percebendo o risco de mercado 
 
Para mostrar de maneira simples como ocorre na prática o risco de mercado, 
vamos primeiro olhar um investimento que rende 100% do CDI, cujo risco de mercado 
é desprezível, pois ele vai simplesmente acompanhar o CDI diariamente sem qualquer 
tipo de variação adicional. Ou seja: primeiro vamos ver como se comporta um 
investimento com risco de mercado zero. 
18 
 
 
 
 
 
 
Veja que no caso acima, a aplicação que rende 100% do CDI possui uma curva 
suave, simplesmente acompanhando dia a dia a variação do CDI, que é o indicador 
já definido no momento do investimento. 
Agora, vamos observar uma outra aplicação que acompanhe por exemplo o 
Índice Bovespa. 
 
 
 
 
Veja que nesse gráfico nós temos um comportamento com grandes variações. 
Essas variações ocorrem justamente pelas oscilações que ocorrem no mercado de 
ações fazendo com que um determinado investimento possua desempenho 
completamente diferente ao longo do tempo. 
Se no risco de crédito, que expliquei num artigo anterior, quanto maior o risco 
maior a taxa de remuneração do investimento, no caso do risco de mercado, quanto 
maior o seu risco, maior também a expectativa de ganhos futuros. 
Porém, no caso do risco de mercado das ações, não há garantia de que essa 
rentabilidade obrigatoriamente será mais elevada, mas sim uma expectativa e, por 
isso, é recomendável que o investidor invista para prazos mais longos, quanto maior 
for o risco de mercado de um determinado investimento. 
19 
 
 
No caso das ações, é importante entender que elas não possuem risco de 
crédito pois, ao investir em ações, o investidor não está emprestando dinheiro para a 
empresa, mas sim tornando-se sócio. Portantonão é uma relação de credor e 
devedor, mas sim uma relação de sociedade, onde os frutos serão partilhados entre 
os acionistas na forma de dividendos e valorização da ação. 
 
4.3 Riscos Políticos 
 
Mudanças repentinas na política brasileira estão impactando cada vez mais o 
ambiente de negócios e, portanto, nas estratégias das empresas. Pesquisas recentes 
realizadas pelas consultorias McKinsey e PwC, apontam um aumento expressivo no 
número de executivos que acreditam que a instabilidade política dentro e fora do país 
é o fator de maior preocupação para os seus negócios no curto, médio e longo prazo. 
Nesse contexto, investidores e líderes empresariais necessitam conhecer os fatores 
que movem os riscos políticos e as ferramentas necessárias para lidar com eles. 
Risco político é a capacidade de uma determinada ação política impactar a 
economia e os mercados. Não diferente de nenhuma outra forma de risco – como os 
já conhecidos riscos econômicos, de crédito ou até de desastres naturais – riscos 
políticos são geralmente mais difíceis de quantificar e prever, razão pela qual muitas 
vezes são desconsiderados. 
Como mercados e empresas têm lidado com o risco político? De uma forma 
geral, investidores e empresários costumam lidar com riscos políticos de 4 formas: 
 
I. Mais comum, é simplesmente ignorá-los, já que se trata de um campo 
complexo e, portanto, os tomadores de decisão acabam ignorando os 
fatores políticos na esperança de que o problema desapareça. 
II. Através do ‘band-wagon’, ou seja, seguir as mesmas políticas ou 
decisões tomadas pelos grandes players. A estratégia adotada por uma 
grande multinacional acaba se tornando a estratégia universal de todos 
os players do mercado. Certamente esse não é o melhor caminho, visto 
que cada investidor tem realidades e objetivos distintos, criando 
necessidades diferentes. 
20 
 
 
III. A confiança no ‘expert interno’ – normalmente um executivo com algum 
conhecimento sobre o país em questão (seja por ter vivido no local ou 
algo do gênero), que atua como uma espécie de conselheiro. 
IV. Refere-se à prática de ‘tentativa-e-erro’. Como variáveis políticas são 
consideradas parte integrante de um grupo macro, que envolve 
economia, tecnologia e sociedade – e não como uma variável sensível 
e específica – as decisões são tomadas e, em caso de haver 
problemas, são implementadas medidas de correção. Num momento 
futuro, o padrão de resposta para o evento X anterior é reutilizado, com 
pouca ou nenhuma eficácia. 
 
Porque investidores e executivos costumam desconsiderar o risco político na 
tomada de decisão? Primeiramente, as variáveis políticas são complexas e difíceis de 
serem incorporadas nos modelos tradicionais de risco. Da mesma forma, gestores de 
risco tendem a incluir somente dados quantificáveis em suas análises. Diferentemente 
de variações cambiais ou de juros, que dispõem de base de dados histórica e 
permitem o estabelecimento de padrões, os riscos políticos envolvem uma gama de 
fatores não necessariamente quantificável e tabulada. 
Essencialmente, variáveis não-exatas são difíceis de serem incorporadas por 
métodos puramente econômicos e financeiros. Não há meios de se ‘quantificar’ 
instabilidade política, tampouco suas reverberações. Porém, isso não significa que é 
impossível entender e mensurar os riscos políticos. A análise de risco político 
possibilita estudar as diversas variáveis políticas tais como; 
regimes/culturas/instituições/ideologia e trazer à luz os possíveis impactos e 
consequências para os negócios em questão. 
 
4.4 Tipos de Riscos Políticos existentes 
 
Na tabela abaixo estão listados os tipos mais decorrentes de riscos políticos. 
Embora seja possível pensar numa série maior de possibilidades de riscos inerentes 
a determinado país, estes subgrupos abrangem a maioria dos riscos em questão. 
21 
 
 
 
Geopolítico 
1. Tensões com vizinhos 
2. Guerras 
3. Mudanças na distribuição de poder 
4. Sanções econômicas/embargos 
Energia 1. Decisões políticas que afetam a 
organização de fornecimento e demanda 
Terrorismo 1. Danos/destruição da propriedade 
2. Sequestros 
Tensão política doméstica 1. Reorganização política (dissolução de 
coalizões, queda de liderança, etc.) 
2. Nacionalismo 
3. Instabilidade social 
4. Revolução 
5. Guerra civil 
6. Golpe de Estado 
Expropriação 1. Propriedade confiscada 
2. Nacionalização de setor 
Quebra de contrato 1. Quebra de contrato pelo governo 
2. 17. ‘Wrongful calling of letters of credit’ 
Risco para o mercado 
financeiro / Riscos 
cambiais / Repatriação 
de lucros 
1. Regulação de mercado 
2. Calote na dívida e variações de mercado 
3. Repatriação de lucros 
Discriminação/Favorecimento 1. Tributação de cunho discriminatório 
2. Corrupção 
Incertezas 1. Efeitos do aquecimento global 
22 
 
 
 
 2. Efeitos de mudanças demográficas 
3. Eventos políticos incertos 
 
 
 
4.5 Interdependência entre Risco Político e demais riscos 
 
Embora riscos políticos sejam essencialmente diferentes de outros tipos de 
risco, ambos podem estar interligados, dependendo da evolução de determinado 
evento. Uma mudança de governo pode gerar alterações ideológicas capazes de 
priorizar um papel maior para o Estado na condução da economia. Por exemplo, a 
recente expropriação da petrolífera YPF pelo Governo da Argentina (evento político) 
criou um alto nível de incertezas sobre a estabilidade para os investimentos que, num 
futuro próximo, é improvável que alguma empresa do setor se arrisque a investir 
naquele país (impacto econômico negativo decorrente do evento político). 
Acontecimentos desta natureza são específicos e podem indicar 
imprevisibilidade, entretanto o monitoramento dos ambientes nos quais se faz 
negócios é uma ferramenta que pode ajudar o investidor e empresa a se prepararem 
para tal possibilidade. 
 
4.6 Como os riscos políticos afetam os mercados? 
 
Risco político pode afetar diretamente os valores de títulos de dívidas, ações, 
moedas e commodities. A forma pela qual se dá tal impacto vai depender de variáveis 
específicas. 
Eventos políticos domésticos, como a deterioração de uma coalizão ou troca 
de ministros de Estado, podem gerar incertezas nos mercados e, não obstante, 
governos também podem impor medidas regulatórias ou novos sistemas tributários 
que podem atingir, diretamente, investidores e empresários de determinados setores. 
O conhecimento da dinâmica política de determinado país não se traduzirá em uma 
previsão sobre a subida ou descida nos preços de determinado ativo, mas possibilitara 
o investidor a compreender forças que poderão atingir seu investimento e, em tempo, 
elaborar estratégias alternativas. 
23 
 
 
A tabela abaixo apresenta um grupo geral de possíveis eventos e 
consequências – diretas e indiretas – nos mercados; 
 
 
 
Ações Governamentais Ações não-governamentais 
Impacto direto – Desvalorização de moeda- 
Controles monetários 
– Calote na dívida 
– Mudanças de regulação 
– Ativos de bancos confiscados 
– Boicotes- Greves 
– Terrorismo 
– Guerra civil 
Impacto indireto 
(geram incertezas nos 
mercados) 
– Declarações de guerra- 
Mudanças na composição do governo 
– Declarações públicas 
– Eleições 
 
 
 
 
4.7 Como os riscos políticos podem afetar empresas? 
 
Através da análise dos efeitos da globalização, é possível ter uma boa 
compreensão de como os riscos políticos podem decisivos na criação de uma 
estratégia de sucesso ou fracasso. 
24 
 
 
 
 
Fonte: brasilsoberanoelivre. blogspot.com 
 
 
Um dos principais efeitos deste processo foi a ascensão dos mercados 
emergentes. Nas últimas duas décadas, o crescimento dos emergentes expôs um 
elevado grau de riscos até então deixados de lado. O desconhecimento sobre as 
dinâmicas domésticas de tais mercados pode ser crucial para o sucesso de um 
investimento. Em mercados emergentes, o cenário político influenciatanto, ou mais, 
a evolução de um empreendimento do que os próprios fatores econômicos. De uma 
forma geral, dado o baixo grau de institucionalização destes países, uma decisão 
política tem maior impacto sobre o desempenho da empresa do que uma variação 
cambial, por exemplo. 
Porém, é importante ressaltar que o cenário atual de crise nos países 
desenvolvidos demonstrou o quão relevante ainda é o papel das questões políticas 
nesses mercados. Por exemplo, embora na crise da dívida europeia o gatilho tenha 
sido de cunho econômico, a natureza, a estratégia de contenção e solução da mesma 
é de ordem puramente política. 
Ou seja, mitigar riscos políticos não é apenas um fator crítico de sucesso para 
empresas atuantes em economias emergentes, mas também em desenvolvidas. 
Qual a importância da análise do risco político para os investidores e empresas 
brasileiras? 
25 
 
 
Com o final da Guerra Fria e a expansão da globalização, mercados e fluxos 
de capitais tornaram-se interconectados como nunca antes na história. As últimas 
crises econômicas — México (1994), Ásia (1997), Rússia (1998), EUA (2008) e 
Europa (2009) — e suas repercussões no resto do mundo são prova disso. 
Logo após a queda da União Soviética, o papel do Estado como ator econômico 
central perdeu espaço e políticas de privatização se tornaram prioridade na ordem 
político-econômica mundial. Hoje, principalmente com a ascensão dos mercados 
emergentes, o Estado vem novamente se posicionando como o principal player; 
entretanto, inserido num contexto global diferente de 20 anos atrás. De forma similar, 
as ações tomadas pelos governos para conter os efeitos da crise deixam claro o papel 
central que governos ainda detém no contexto atual. Ou seja, na economia global, 
atores locais, por menores ou mais coadjuvantes que sejam, são partes essenciais do 
todo, fazendo com que suas decisões internas tenham ainda maior impacto. 
O cenário econômico brasileiro contribui para relevância dos assuntos políticos 
internacionais. Com o aumento da internacionalização de empresas brasileiras e o 
status do país de 6a maior economia do globo, a análise e gestão de riscos políticos 
é essencial para evitar uma exposição desnecessária a riscos e aproveitar 
oportunidades únicas. Em 2010, o aumento de receitas das empresas brasileiras no 
exterior foi de 27%, com ativos no exterior ultrapassando a casa dos USD 100 bilhões. 
Consequentemente, é crucial que investidores e executivos brasileiros tenham um 
conhecimento maior sobre as dinâmicas que movem o mundo e os países nos quais 
tem investimentos. 
Fica claro que os rumos da economia mundial são ditados por acontecimentos 
globais, e o Brasil está totalmente inserido nesse contexto. Portanto, mais do que 
nunca, os tomadores de decisão brasileiros precisam de ferramentas e análises que 
os auxiliem no entendimento da infinidade de acontecimentos no cenário internacional 
e, principalmente, suas inferências na cadeia econômica. 
Como mitigar riscos políticos? 
Uma série de medidas podem ser tomadas para mitigar riscos políticos. Embora 
sejam muito específicos e heterogêneos por natureza, vejamos algumas ações 
básicas capazes de minimizar a exposição aos mesmos; 
26 
 
 
Diversificação: levando em conta a impossibilidade de completa mitigação, 
qualquer estratégia de investimento deve buscar diversificar seus riscos. 
Análise e Monitoramento: Um alto nível de conhecimento do país é fundamental 
para uma estratégia bem-sucedida de mitigação de riscos políticos. O entendimento 
de tradições políticas, culturais, econômicas e sociais é essencial para tanto. O 
analista de risco político existe para este fim. 
Estratégias de entrada e saída. Identificar os países mais propensos a crises, 
como guerras civis ou revoltas populares, pode contribuir para uma elaboração previa 
de planos de mitigação de riscos. Três estratégias principais devem ser levadas em 
consideração: entrada, contenção e saída. Analisar e entender bem a realidade 
política e histórica do país antes de investir é condição básica para mitigar riscos 
futuros. Contenção de riscos pode diminuir perdas e planejar uma saída sem 
solavancos é importante para evitar grandes perdas. 
Responsabilidade Social e Relações Públicas. Desenvolver políticas e práticas 
que satisfaçam os interesses de diversos stakeholders da sociedade. Tais estratégias 
facilitam a condução dos negócios do país, além de contribuir para fortalecer os laços 
políticos. 
Seguro de Risco Político: apesar da existência de apólices de seguro contra 
risco político, sua eficácia é limitada e custosa. 
4.8 Risco de taxa de Juros 
 
 
A taxa de juros é um índice utilizado em economia e finanças para registrar a 
rentabilidade de uma poupança ou o custo de um crédito. Chama-se taxa de juros aos 
diferentes tipos de índice que se empregam na medida de rentabilidade das 
poupanças ou que se incorporam ao valor de um crédito. 
A taxa de juros é uma relação entre dinheiro e o tempo dado que podem 
beneficiar a um poupador que decide investir seu dinheiro em um fundo bancário, ou 
seja, que se soma ao custo final de uma pessoa ou entidade que decide obter um 
empréstimo ou crédito. A taxa de juros é calculada em porcentagem e com frequência 
aplica-se de forma mensal ou anual. Isto é, que os juros permitem que uma pessoa 
que quer gerar rendimentos a partir de suas poupanças, coloque suas rendas em uma 
conta no banco, e este lhe dará um ganho mensal estipulado de acordo com a 
quantidade de dinheiro investida e o tempo durante o qual se 
27 
 
 
comprometa a deixar esse montante num prazo fixo, por exemplo. Por outro lado, se 
uma empresa ou indivíduo tem a necessidade ou desejo de obter dinheiro por 
empréstimo, o prestamista aplicará uma taxa de juros sobre o dinheiro emprestado 
que dependerá do tempo em que se compromete em devolver e da quantidade de 
efetivo que se estenda ao interessado. 
Existem dois tipos de indicadores que permitem medir a taxa de juros. A taxa 
de juros nominal ou TIN, que é a porcentagem aplicada na hora de realizar o 
pagamento dos juros. E a taxa anual equivalente ou TAE, que mede qual é o ganho 
ao final de um dado ano, de forma padrão. 
A taxa de juros é aplicada em todos os tipos de operações financeiras e são 
uns dos valores mais considerados na hora de realizar transações econômicas a curto, 
médio e longo prazo. 
No Brasil, a otimização da margem financeira 1 num contexto mais amplo nunca 
foi muito explorada, pois os bancos têm sua rentabilidade determinada 
significativamente em função da inflação. Mas, à medida que economia se 
desenvolver e o processo inflacionário declinar, administrar a margem financeira será 
de vital importância, tanto no que se refere a maximização de resultados quanto à 
própria continuidade da entidade. 
Em outras palavras, quando as taxas flutuam, em economias de baixa inflação, 
em função de oscilações econômicas ou por competitividade de rendimentos 
bancários se tornam voláteis e sensíveis, necessitando o acompanhamento e as 
atuações da administração se tornem mais efetivos. 
Portanto, um banco em uma economia mais desenvolvida atua com uma maior 
sensibilidade às taxas de juros, em função de fatores endógenos ou exógenos. 
Endógenos são os fatores associados à composição dos ativos passivos, á qualidade 
e maturidade dos empréstimos e à maturidade dos fundos captados. Fatores 
exógenos incluem condições econômicas e o nível das taxas de juros. Um banco deve 
tentar gerenciar os fatores endógenos. mas ele somente pode tentar antecipar os 
fatores exógenos. 
 
 
1Margem Financeira consiste na diferença entre as receitas de juros, geradas pelas aplicações, e as 
despesas de juros, geradas pelas captações. Em outras palavras. Margem Financeira é o resultado da receita 
financeira deduzida da despesa financeira de um determinado produto financeiro. 
Fonte: Silvio Aparecido de CarvalhoAdministrando risco de taxas de juros em instituições financeiras 
Doutor em Ciências Contábeis pela FEA/USP. 
28 
 
 
Atendo-se à perspectiva dos bancos, o cenário econômico gera profundas 
implicações. A aceleração nos negócios durante a expansão econômica, de maneira 
conjunta com acréscimos nas taxas de juros, deve ter efeitos anormais na margem 
financeira. Esses efeitos se traduzem na taxa de juros, no volume e no mix das 
operações. 
Lembramos que, em mercados competitivos, tanto as fontes de fundos como 
os usos desses fundos restringem a habilidade do banco em operar com a mais alta 
margem financeira, ou seja, com "spread"2 . 
 
 
 
Fonte:exame.abril.com.br 
 
 
Os efeitos no volume ocorrem, simplesmente, devido à intensa demanda de 
crédito durante os períodos de rápido crescimento econômico, forçando para taxas 
mais altas e, portanto, gerando maiores níveis de ativos e passivos. Os efeitos de mix 
são sentidos na mudança dos "portfólios' em direção a ativos de maior rentabilidade 
(exemplo: empréstimos), afastando-se de ativos com baixas taxas (exemplo: títulos 
governamentais). O efeito das taxas de juros em situação de 
 
2 "Spread" - financeiramente, significa uma taxa bruta que a instituição financeira cobra do tomador de 
empréstimos, além do seu custo de captação para obtenção de recursos. Esta taxa bruta visa cobrir as despesas em 
que a instituição financeira incorre para captar recursos (inclusive o risco da aplicação), e ainda proporcionar 
resultados para remunerar os acionistas. 
Fonte: Silvio Aparecido de Carvalho Administrando risco de taxas de juros em instituições financeiras 
Doutor em Ciências Contábeis pela FEA/USP. 
29 
 
 
expansão da economia tende a melhorar a margem financeira, em função do 
acréscimo dos rendimentos do ativo, que podem ser reduzidos ou neutralizados pelo 
efeito negativo do aumento marginal das taxas nos custos dos fundos e de aumento 
de risco de inadimplência nos empréstimos". 
A grande disparidade na sensibilidade aos juros entre os bancos e o 
prognóstico de que as taxas de juros possam flutuar significativa e rapidamente nos 
anos vindouros leva-nos a crer que os bancos necessitarão de técnicas para gerenciar 
a sensibilidade ás taxas de juros. Este artigo apresenta as técnicas "gap"3 e "duration, 
abordadas em profundidade em minha tese de doutoramento 'Desenvolvimento de 
Novas Técnicas rara a Gestão Bancária no Brasil". 
Definição de Taxa de Juros 
 
 
Uma taxa de juros, ou taxa de crescimento do capital, é a taxa de lucratividade 
recebida num investimento. De uma forma geral, é apresentada em bases anuais, 
podendo também ser utilizada em bases semestrais, trimestrais, mensais ou diárias, 
e representa o percentual de ganho realizado na aplicação do capital em algum 
empreendimento. 
Por exemplo, uma taxa de juros de 12% ao ano indica que para cada unidade 
monetária aplicada, um adicional de R$ 0,12 deve ser retornado após um ano, como 
remuneração pelo uso daquele capital. (Thuesen, 1977) A taxa de juros, 
simbolicamente representada pela letra i, pode ser também apresentada sob a forma 
unitária, ou seja, 0,12, que significa que para cada unidade de capital são pagos doze 
centésimos de unidades de juros. Esta é a forma utilizada em todas as expressões de 
cálculo. 
A taxa de juros também pode ser definida como as razões entre os juros, 
cobráveis ou pagáveis, no fim de um período de tempo e o dinheiro devido no início 
do período. Usualmente, utiliza-se o conceito de taxa de juros quando se paga por um 
empréstimo, e taxa de retorno quando se recebe pelo capital emprestado. 
Portanto, pode-se definir o juro como o preço pago pela utilização temporária 
do capital alheio, ou seja, é o aluguel pago pela obtenção de um dinheiro 
 
 
3No Brasil, nos meios bancários, a palavra "gap' tem sido traduzida como desbalanço 
entre ativos e passivos sensíveis à taxa de juros". 
Fonte: CARVALHO. Silvio de. up.cit. nota 9. 
30 
 
 
emprestado ou, mais amplamente, é o retorno obtido pelo investimento produtivo do 
capital. 
Genericamente, todas as formas de remuneração do capital, sejam elas lucros, 
dividendos ou quaisquer outras, podem ser considerados como um juro. Quando uma 
instituição financeira decide emprestar dinheiro, existe, obviamente, uma expectativa 
de retorno do capital emprestado acrescido de uma parcela de juro. Além disso, deve-
se considerar embutido na taxa de juros os seguintes fatores: 
 Risco - grau de incerteza de pagamento da dívida, de acordo, por 
exemplo, com os antecedentes do cliente e sua saúde financeira; 
 Custos Administrativos - custos correspondentes aos levantamentos 
cadastrais, pessoal, administração e outros; Análise de Projetos de 
Investimentos. 
 Lucro - parte compensatória pela não aplicação do capital em outras 
oportunidades do mercado, podendo, ainda, ser definido como ganho 
líquido efetivo; 
 Expectativas Inflacionárias - em economias estáveis, com inflação anual 
baixa, é a parte que atua como proteção para as possíveis perdas do poder 
aquisitivo da moeda. 
 
O Valor do Dinheiro no Tempo 
 
 
O conceito do valor do dinheiro no tempo surge da relação entre juro e tempo, 
porque o dinheiro pode ser remunerado por certa taxa de juros num investimento, por 
um período de tempo, sendo importante o reconhecimento de que uma unidade 
monetária recebida no futuro não tem o mesmo valor que uma unidade monetária 
disponível no presente. 
Para que este conceito possa ser compreendido, torna-se necessário a 
eliminação da ideia de inflação. Para isso, supõe-se que a inflação tecnicamente 
atinge todos os preços da mesma forma, sendo, portanto, anulada no período 
considerado. 
Assim, um dólar hoje vale mais que um dólar amanhã. Analogamente, um real 
hoje tem mais valor do que um real no futuro, independentemente da inflação apurada 
no período. 
31 
 
 
Esta assertiva decorre de existir no presente a oportunidade de investimento 
deste dólar ou real pelo prazo de, por exemplo, 2 anos, que renderá ao final deste 
período um juro, tendo, consequentemente, maior valor que este mesmo dólar ou real 
recebido daqui a 2 anos. 
Conclui-se, pelo fato do dinheiro ter um valor no tempo, que a mesma quantia 
em real ou dólares, em diferentes épocas, tem outro valor, tão maior quanto a taxa de 
juros exceda zero. Por outro lado, pode-se dizer que este dinheiro varia no tempo em 
razão do poder de compra de um real ou dólar ao longo dos anos, dependendo da 
inflação da economia, como será visto adiante. 
Utilizando da representação gráfica denominada Diagrama dos Fluxos de Caixa 
(Cash-Flow). Este diagrama é traçado a partir de um eixo horizontal que indica a 
escala dos períodos de tempo. O número de períodos considerado no diagrama é 
definido como o horizonte de planejamento correspondente à alternativa analisada. 
(Oliveira, 1982). 
Cabe ressaltar que é muito importante a identificação do ponto de vista que 
está sendo traçado o diagrama de fluxos de caixa. Um diagrama sob a ótica de uma 
instituição financeira que concede um empréstimo, por exemplo, é diferente do 
diagrama sob a ótica do indivíduo beneficiado por tal transação (Thuesen, 1977). 
A figura mostra um exemplo de um diagrama genérico de um fluxo de caixa. 
Convencionou-se que os vetores orientados para cima representam os valores 
positivos de caixa, ou seja, os benefícios, recebimentos ou receitas. Já os vetores 
orientados para baixo indicam os valores negativos, ou seja, os custos, desembolsos 
ou despesas. 
 
Representação de um Diagrama de Fluxo de Caixa 
Considerando: 
32 
 
 
i - taxa de juros para determinado período, expressa em percentagem e 
utilizada nos cálculos na forma unitária. 
Ex.: rendimento de dez por cento ao ano i = 0,10 ou 10 % a.a. 
n - número de períodos de capitalização. 
Ex.: aplicação de um capital por 5 meses - n = 5 
P - valor equivalente ao momento presente, denominadode Principal, Valor 
Presente ou Valor Atual. 
Ex.: aplicação de R$ 10.000 efetuada hoje - P = 10.000 
J - juros produzidos ou pagos numa operação financeira. 
Ex.: um capital de R$ 5.000 rendeu R$ 300 ao final de 1 ano -J = 300 
M - valor situado num momento futuro em relação à P, ou seja, daqui a n 
períodos, a uma taxa de juros i, denominado Montante ou Valor Futuro. 
Ex.: uma aplicação de R$ 15.000, feita hoje, corresponderá a R$ 19.000 daqui 
a n períodos, a uma taxa de juros i - M = 19.000. 
R - valor de cada parcela periódica de uma série uniforme, podendo ser 
parcelas anuais, trimestrais, mensais etc. 
Ex.: R$ 5.000 aplicados mensalmente numa caderneta de poupança 
produzirá um montante de R$ 34.000 ao fim de n meses - R = 5.000 
 
Por convenção, todas as movimentações financeiras, representadas em cada 
período dos diagramas de fluxo de caixa, estão ocorrendo no final do período. 
Por exemplo, um pagamento efetuado no segundo ano de um diagrama de 
fluxo de caixa significa que esta saída de dinheiro ocorreu no final do ano 2. 
 
Tipos de Formação de Juros 
 
 
Os juros são formados através do processo denominado regime de 
capitalização, que pode ocorrer de modo simples ou composto, conforme apresentado 
a seguir: 
 
Juros Simples 
 
 
No regime de capitalização a juros simples, somente o capital inicial, também 
conhecido como principal P, rende juros. Assim, o total dos juros J resultante da 
33 
 
 
aplicação de um capital por um determinado período n, a uma taxa de juros dada, 
será calculado pela fórmula: 
 
 
 
 
 
A taxa de juros deverá estar na mesma unidade de tempo do período de 
aplicação, ou seja, para um período de n anos, a taxa será anual. Logo, pode-se 
calcular o total conseguido ao final do período, ou seja, o montante M, através da 
soma do capital inicial aplicado com o juro gerado. O montante pode ser expresso, 
para este caso, por: M = P + J, originando a fórmula M = P (l + i.n). 
Nos meios econômicos e financeiros, o emprego de juros simples é pouco 
frequente. 
O reinvestimento dos juros é prática usual e a sua consideração na consecução 
de estudos econômico-financeiros deve ser levada em conta, até mesmo por uma 
questão de realismo. (Oliveira, 1982) 
 
Um desafio para você! 
Um capital de R$ 10.000,00 foi aplicado por 3 meses, a juros simples. Calcule 
o valor a ser resgatado no final deste período à taxa de 4 % a.m. 
 
Resolução 
Juros acumulados: J3 = 10.000. 3. 0,04 = 1.200 
Como M = J + P, o valor resgatado será: M = 1.200 + 10.000 = 11.200 
 
 
Juros Compostos 
 
 
No regime de capitalização a juros compostos, os juros formados a cada 
período são incorporados ao capital inicial, passando também a produzir juros. 
A expressão que permite quantificar o total de juros resultante da aplicação de 
um principal P, a uma taxa de juros i, durante n períodos, é mostrada a seguir: 
34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2,5 % 
Um desafio para você! 
Calcule os juros pagos numa aplicação de R$ 5.000 por 6 meses, à taxa de 
a.m., sob o regime de juros compostos. 
Resolução: 
Juros em 6 meses: J6 = 5.000. [(1+ 0,025)6 -1] = 798,47 
 
 
 
 
 
4.9 Risco de câmbio externo 
 
Pode-se entender por risco cambial a possibilidade das taxas de câmbio entre 
moedas dos países exportadores e importadores se moverem adversamente entre a 
data da cotação e a data da liquidação de um negócio. Ou a possibilidade de uma 
perda ou de um ganho resultante de uma variação nas taxas de câmbio entre moedas. 
A seguir veremos alguns tipos de Riscos Cambiais: 
Aprenda mais! 
 
 
A partir das definições acima, pode-se perceber que os resultados de 
uma mesma operação sob o regime de juros simples, que evolui de forma 
linear, e sob o regime de juros compostos, que segue a forma exponencial, 
sempre sofrerão uma defasagem crescente em função do aumento dos 
períodos de tempo. 
35 
 
 
 Risco da Exposição: dada uma visão particular ou previsão, procura- 
se determinar em que medida o fluxo de caixa será afetado; 
 Risco de Previsão: avalia a probabilidade de oscilação da taxa no 
período do negócio para que se possa ter uma noção da cobertura do 
mesmo; 
 Risco de Mercado e de Transação: considera os riscos ligados a cada 
mercado em particular e a probabilidade de uma transação não 
decorrer como o esperado; 
 Risco do Sistema: considera as lacunas ou fraquezas do sistema de 
gestão da exposição aos riscos na empresa. 
A quem afeta o risco cambial? 
As empresas que trabalham com divisas estrangeiras, deverão preocupar-se 
com a gestão eficiente do risco cambial. Essas empresas esperam do Governo - por 
meio da Política Cambial – esclarecimentos dos riscos que correm nesse mercado. A 
partir do momento em que a empresa está ciente, ela assume os riscos e sabe que 
estará vulnerável a fatores externos, os quais fogem ao controle da gestão interna da 
mesma. Também cabe à empresa um minucioso planejamento para alcançar a 
minimização dos custos, bem como a maximização dos ganhos, determinando qual 
margem do fluxo de caixa estará vinculado à taxa cambial. 
Risco cambial e as empresas 
Algumas medidas podem afetar diretamente as empresas que operam com o 
risco cambial, são elas: 
 Decréscimo nas taxas de câmbio 
O decréscimo nas taxas de câmbio torna a moeda nacional mais barata face 
às restantes. A desvalorização da moeda tem um efeito benéfico sobre as 
exportações, que se tornam mais competitivas. Consequentemente tem um efeito 
nefasto sobre as importações. Funciona como instrumento corretor de desequilíbrios 
da balança de pagamentos. Se um Estado não produz um determinado bem essencial, 
a sua importação não diminui face às alterações das taxas de câmbio. 
É preciso ter em conta que, em longo prazo, em Estados com elevada 
dependência das importações, a descida das taxas de câmbio é geradora de inflação. 
 Subida das taxas de câmbio 
36 
 
 
A subida das taxas de câmbio tem o efeito contrário. As exportações perdem 
competitividade no mercado concorrencial, tornando as importações mais baratas. 
Consequentemente, as empresas nacionais reduzem o seu volume de vendas, o que 
gera menos receitas fiscais e desemprego. 
Minimizando os efeitos do risco cambial nas empresas. Os caminhos para se 
evitar ou minimizar os riscos cambiais nos negócios empresariais passa por uma 
Gestão de responsabilidade, eficiência e eficácia. 
Mesmo o melhor administrador, não conseguirá conhecer tudo o que se passa 
na empresa em detalhes, mas o seu trabalho é assegurar que os sistemas de 
controles adequados dos riscos sejam implementados. 
Algumas formas de minimizar o risco cambial: 
 Evitá-lo: a melhor forma de evitar o risco cambial é obter financiamento 
na moeda local; 
 Estabelecer políticas sobre a exposição e a gestão cambial: determinar 
políticas e medidas específicas antes de aceitar a exposição cambial; 
 Explorar instrumentos de cobertura cambial: é crescente o número de 
instituições que trabalham com este produto, disponíveis em algumas 
divisas, porém, com alto custo. 
 
4.10 Curiosidades 
 
Por que os economistas erraram em prever o tombo da economia brasileira em 
2015? 
Visto lá de janeiro, o ano parecia passar longe de um cenário tão recessivo 
como o atual. 
A economia brasileira deve fechar 2015 com um crescimento de 0,55% e uma 
inflação de 6,6%, bem próxima ao teto da meta. Já o dólar terminará o ano sem 
ultrapassar a barreira dos três reais. Não, você não leu errado. Essas eram as 
estimativas de dezenas de instituições financeiras levantadas pelo Banco Central e 
divulgadas no primeiro boletim do tipo, o semanal Focus, de 2015, com as previsões 
para o ano. Pena que faltou combinar a expectativa com a realidade. Visto lá de 
janeiro, o ano de 2015 parecia passar longe de um cenário tão recessivo como o de 
37 
 
 
hoje, porém a poucos dias do fim do ano já é mais fácil acertar a pontaria. Tanto o 
BancoCentral como os analistas de mercado coincidem que o tombo da economia 
brasileira será grande: um recuo do PIB de, no mínimo, 3,6% e a uma inflação 
encerrando 2015 acima dos 10%. 
A bola de cristal dos economistas do mercado financeiro, no entanto, costuma 
mesmo falhar. Nos últimos cinco anos, as previsões colhidas com um ano de 
antecedência se revelaram bastante mais otimistas do que o resultado real. Com 
exceção do ano 2010, todas as estimativas do crescimento do país foram 
superestimadas. Em 2012, por exemplo, os economistas falavam em um avanço de 
3,3% da atividade econômica, mas ele acabou sendo bem menor: um pífio 
crescimento de 0,9%, que revelou uma diferença de 2,4 pontos percentuais entre a 
expectativa e a realidade. O mesmo aconteceu nas projeções do câmbio. Acertar a 
pontaria do valor do dólar foi difícil. Em 2013, por exemplo, a estimativa era de que a 
moeda norte-americana fechasse cotada a 2,08 reais, mas ela foi a 2,34. 
 
 
Fonte: brasil.elpais.com 
 
 
Dessa vez, a bola de cristal parece ter se esfumaçado ainda mais. As previsões 
para 2015 se revelaram particularmente mais erradas na opinião do economista Luis 
Eduardo Assis, ex-diretor de política monetária do Banco Central. “Acho que houve 
uma subestimação dos efeitos da Operação Lava Jato, uma dificuldade de antever os 
desdobramentos da crise política e uma espécie de superestimava da capacidade do 
ministro Joaquim Levy de fazer um ajuste fiscal. Tudo isso gerou um otimismo que 
acabou não prevalecendo. As incertezas fizeram o dólar subir muito mais e o câmbio 
pressionou a inflação”, explica. 
38 
 
 
Por que é tão difícil ter um bom palpite sobre o futuro econômico do país? A 
resposta é simples para Assis. “Não há uma metodologia que assegure esses valores 
e o que os economistas fazem sempre é arriscar e muitos tendem a seguir os palpites 
da maioria”. Dos indicadores, a inflação seja talvez a mais fácil de prever para o 
próximo ano, sugere Assis. “Neste ano, tivemos um choque de câmbio e de energia 
elétrica na faixa de 50% o que pressionou o IPCA. Dificilmente, vamos ter uma nova 
desvalorização cambial, com um dólar a 6 reais por exemplo. Nem um novo aumento 
na conta de luz vai ser anunciado. Por isso, acredito que as previsões estão certas 
quanto à queda da inflação em 2016, mas falar em um valor exato é impossível”, 
explica. 
O economista chefe do banco Santander, Mauricio Molan, acredita que os erros 
das previsões são comuns devido aos fatores surpresas ao longo do ano. “Em 2015 
o erro veio particularmente da diferença entre a teoria e a prática”, diz. No fim do ano 
passado, a meta de superávit primário (economia para pagamento da dívida pública) 
era de 66,3 bilhões de reais e acabou sendo cortada pela metade, agora em 
dezembro, quando o Planalto fechou uma proposta 30,5 bilhões de reais. No papel, 
segundo o economista, Joaquim Levy entrou no Ministério da Fazenda para fazer um 
ajuste agressivo, colocar a dívida do país em uma trajetória estável e preparar o 
terreno para 2016 de retomada de crescimento. “Mas as dificuldades enfrentadas por 
Levy, a recessão mais profunda e a crise política instaurada que gerou uma falta de 
coalizão frustraram as expectativas deste ano. O próprio ajuste de câmbio foi 
decorrência desse impasse político”, explica. 
A divergência, maior que a habitual, entre as previsões entre o início e o fim do 
ano se deu em grande parte pela perda de credibilidade no rumo da economia 
brasileira e a queda de popularidade da presidenta Dilma Rousseff, opina Fernando 
Sampaio, economista da LCA. “O investidor perdeu a confiança, sabíamos que seria 
um ano ruim, mas acabou sendo catastrófico”, diz. Sampaio também avalia que os 
desdobramentos da Lava Jato pesaram na queda do PIB. “Ela travou o setor de 
construção e todos os principais players também ficaram travados, emperrando o 
crédito também”. 
“A operação foi um ingrediente a mais de um processo maior que é a crise 
política”, explica. Se não bastasse a maré de más notícias ao logo do ano, a cereja do 
bolo chegou no apagar das luzes de 2015 com a notícia do rebaixamento da nota 
39 
 
 
do Brasil pela agência Fitch. Ela foi a segunda das três grandes agências de risco a 
tirar o grau de investimento do Brasil, o que pode significar uma provável saída de 
recursos investidos no Brasil, já que alguns fundos de investimento exige o selo de 
pelo menos duas agências para manter suas aplicações. Poucos dias depois após o 
rebaixamento, Joaquim Levy, deixou o cargo de Ministro da Fazenda e no seu lugar 
assumiu Nelson Barbosa, criando ainda mais incerteza sobre o cenário econômico. 
Para 2016, as últimas projeções revelam que a economia brasileira ainda 
manterá uma trajetória bem negativa. O Banco Central, que costuma ter uma previsão 
mais otimista fala em uma queda de 1,9% da atividade econômica, enquanto os 
analistas de mercado financeiro desenham um tombo bem maior de 2,8% a 3% do 
PIB. Já os preços devem ceder um pouco e a inflação deve baixar para 6,2%, segundo 
o BC. O câmbio deve se manter acima dos quatros reais. 
No entanto, o que a história nos mostra é que todos esses valores são mera 
especulação. Se fizer previsões para o próximo mês, em meio às incertezas da crise 
política econômica e brasileira, já é tarefa árdua para os economistas, imagine para 
todo o ano. “Temos projeções muito mais pessimistas que as dos últimos tempos para 
2016. Talvez, os economistas errem todos outra vez e o próximo ano seja melhor que 
o esperado”, diz Assis. Tomara.4 
 
4.11 Risco de País 
 
Risco-país é um indicador utilizado para orientar os investidores estrangeiros a 
respeito da situação financeira de um mercado emergente. Precisamente, o risco- país 
é denominado EMBI+ (EmergingMarkets Bond Index Plus), sendo calculado por 
bancos de investimento e agências de classificação de risco. Tal termo foi criado pelo 
banco J.P.Morgan, em 1992, para poder orientar seus clientes sobre o direcionamento 
de seus investimentos, evitando aqueles países em que o risco de ocorrer uma crise 
financeira é maior. 
Para calcular o índice, os bancos levam em conta vários fatores, como o nível 
do déficit fiscal, o crescimento da economia, a relação entre arrecadação e a dívida 
de um país, as turbulências políticas, etc. Em outras palavras, o risco-país mostra a 
sobretaxa que um investidor está correndo o risco de pagar em relação ao 
4 Extraído: El País Economia por: Heloísa Mendonça – Economia no Brasil 
brasil.elpais.com 
40 
 
 
rendimento dos papéis da economia americana, uma vez que esta é considerada a 
mais solvente do mundo. 
O índice é calculado em pontos básicos, onde cada ponto corresponde 0,01 
ponto percentual de prêmio acima do rendimento dos papéis da dívida dos EUA. Se o 
risco-país do Brasil for 200, por exemplo, isso significa que os estrangeiros “merecem” 
um prêmio de 2 pontos percentuais de rendimento acima do que paga um igual papel 
americano. 
Ter um EMBI+ com altos pontos pode significar a repulsão de investimentos 
estrangeiros em um país, provocando grandes prejuízos na economia, uma vez que 
estes investimentos são essenciais para o desenvolvimento dos mercados 
emergentes. 
O investimento internacional é uma ótima maneira de diversificar qualquer 
carteira de ações. Mas investir na Itália ou na Nigéria não é o mesmo que investir nos 
Estados Unidos, por exemplo. O risco país é uma expressão criada para se referir aos 
riscos econômicos ou políticos de um país que possam afetar seus negócios e resultar 
em perdas nos investimentos feitos nas empresas deste país. Neste artigo, vamos dar 
uma olhada em quão rapidamente e facilmente medir e analisar o risco país. 
Medir o risco de um país pode ser um esforço complicado. Das leis fiscais à 
agitação política, os investidores têm de levar centenas, se não milhares, de diferentes 
fatores em consideração. Por exemplo, movimentos sólidos, comoum aumento das 
taxas de juros pode ajudar muito as empresas de um país e também o mercado de 
ações. Mas mesmo um comentário simples de um político proeminente insinuando 
planos para o futuro pode ter tão grande impacto. 
Analisando o Risco País 
Há muitas maneiras diferentes de analisar o risco de um país para se fazer 
investimentos. Desde o coeficiente beta para ratings soberanos, os investidores têm 
uma série de diferentes ferramentas à sua disposição para fazer esse tipo de análise. 
Os investidores internacionais geralmente utilizam uma combinação destas técnicas, 
a fim de determinar o risco de um país, bem como o risco associado ao investimento 
internacional e a segurança desses investimentos propriamente ditos. 
Existem alguns métodos que os especialistas utilizam para calcular e avaliar o 
risco de se fazer investimentos em um país: 
41 
 
 
Análise Quantitativa: O uso de estatísticas e cálculos para determinar o risco 
de investimentos em um país são dados como a relação da dívida com o PIB de um 
país, ou o coeficiente beta do índice MSCI para se determinar o índice de risco de um 
investimento em um determinado país. Os investidores internacionais podem 
encontrar essa informação em relatórios de agências de classificação, em revistas 
especializadas como a “The Economist”, e através de várias fontes online como a 
Wikipedia, por exemplo. 
Análise Qualitativa: O uso de análise subjetiva é também um meio de se 
determinar o risco, tais como notícias de última hora sobre o cenário político e as 
opiniões ou rumores de mercado que sejam realistas também são levados em conta 
para analisar o risco de investimentos em um determinado país. Os investidores 
internacionais podem encontrar este tipo de informação relevante em publicações 
financeiras especializadas, como “The Economist” e “The Wall Street Journal”, bem 
como pesquisando em agregadores de notícias internacionais, como o Google News. 
Entretanto, a maneira mais comum que os investidores utilizam o risco país é 
através dos chamados ratings soberanos. Ao levar em consideração esses fatores 
quantitativos e qualitativos, as agências de classificação para emissão de crédito de 
cada país e fazem para os investidores uma maneira fácil de analisar o risco de 
investimento em um país. As três agências de classificações mais consultadas e que 
têm a melhor reputação no mundo, conforme vemos frequentemente em nossos 
jornais são a Standard &Poors, Moody Investidores e Fitch Ratings. 
Os investidores internacionais podem determinar o risco-país usando um 
processo simples, composto de três passos simples, como se segue: 
 Verificação dos Ratings Soberanos: Olhar, analisar e classificar os 
ratings soberanos do país, baseados nos dados emitidos pelas 
agências de maior reputação do mercado, como a S & P, Moody e Fitch 
para conseguir um olhar com bastante consistência e base teórica para 
fazer uma análise a nível de investimentos do risco país. 
 Leia as últimas notícias: Mantenha-se informado, na melhor quantidade 
de fontes. Pesquise pelo Google News ou outros agregadores de 
notícias internacionais para qualquer notícia 
42 
 
 
econômica que se trata um país, como uma forma de pesquisa 
qualitativa e um agregador de informações. 
 Analise o risco da ação a tomar: Baseado em todas as informações que 
você coletou, determine o risco do investimento que precisa ser feito 
em específico, analisando bem os fatores quantitativos, como o 
coeficiente beta – um maior coeficiente beta equivale a um risco maior 
de investir o dinheiro. 
 
 
Fonte:economia.culturamix.com 
 
 
Só porque um país não tem uma boa qualificação e apresenta riscos a mais do 
que o outro, não significa que os investidores devem ignorar esse local para 
investimentos. Às vezes, o risco maior equivale a maiores retornos potenciais do 
investimento. Por exemplo, um país, estando em plena reforma econômica, pode ser 
mais arriscado naquele momento, mas o seu futuro, a longo prazo, pode ser brilhante, 
apresentando resultados finais muito satisfatórios. Os investidores internacionais 
podem, portanto, ainda incorporar risco em uma carteira diversificada, a fim de 
melhorar os retornos potenciais. 
 
4.12 Risco de Crédito 
 
Risco de Crédito é a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não 
cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras 
nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da 
deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de 
43 
 
 
ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de 
recuperação. 
A Gestão do Risco de Crédito é responsabilidade de todas as unidades de 
negócios. São elas que, em suas operações diárias, assumem risco tendo em vista a 
rentabilidade dos seus negócios. 
Cabe a estas áreas aplicar as políticas, procedimentos, sistemas e modelos 
para a identificação, avaliação, decisão, mitigação e mensuração do risco de crédito, 
em todo o ciclo de crédito (pré-concessão, concessão, monitoramento, cobrança, 
recuperação e renovação do crédito). 
As áreas de controle de risco, para desempenharem suas funções, têm acesso 
irrestrito às políticas, procedimentos, sistemas e modelos das unidades de negócio. 
 
Gestão de Crédito 
 
 
A gestão de crédito é composta pelas etapas de: decisão, formalização, 
monitoramento e cobrança, adaptados ao perfil dos clientes e segmentos. Esse 
processo é operacionalizado e controlado por sistemas que possibilitam o 
acompanhamento contínuo da qualidade da carteira de crédito. 
 
 
 
 
 
Fonte:cmo.adv.br 
44 
 
 
Um desafio para você! 
Surge a necessidade de um investimento na empresa onde você trabalha. Os 
motores elétricos Standard estão com sua vida útil encerrada e deverão ser 
substituídos por novos. A fábrica não está utilizando sua capacidade total, mas 
existem tratativas para a entrada de uma nova encomenda, quando serão necessárias 
novas máquinas. A substituição ocorrerá sem colocar o caixa da empresa no negativo, 
caso entre este novo serviço. Mas se isto não ocorrer? Como analisar esta 
necessidade de investimento? 
 
Riscos e incertezas 
 
 
O conceito de risco pode apresentar diferentes sentidos, dependendo do 
contexto em que estiver inserido. De forma simples, podemos dizer que existe uma 
situação de risco quando as probabilidades dos resultados das decisões são 
conhecidas. 
Mas existem casos em que não se conhecem as probabilidades dos resultados 
que poderão acontecer. É como “dar um tiro no escuro”. Este caso é conhecido como 
uma situação de incerteza. Uma incerteza permite definir várias possibilidades, mas 
não probabilidades. 
 
 
 
Um exemplo bem simples de risco e incerteza pode ser a construção de uma 
termelétrica para operar com gás natural, cujo preço esteja atrelado a uma moeda 
estrangeira, como o dólar. Se o valor do dólar sofrer mudanças muito rápidas e de 
Fique ligado! 
 
 
Risco – situação que permite conhecer as 
probabilidades quanto aos resultados das decisões. 
Incerteza – situação em que não se conhece as 
probabilidades quanto aos resultados das decisões. 
45 
 
 
forma imprevisível, ou seja, comportar-se com muita incerteza, maior será o risco 
deste projeto. 
 
Voltando ao desafio 
 
 
E o caso dos motores que necessitam ser substituídos? Veja que existe uma 
incerteza sobre a entrada ou não de um novo serviço. Com isto surge o risco de se 
fazer a substituição dos motores e não ter dinheiro para pagar a dívida gerada. Se for 
diminuída a incerteza de este negócio ser ou não realizado, menor será o risco para 
fazer este investimento. 
Risco e incerteza são dois conceitos diferentes. Define-se como situação de 
risco aquela em que as probabilidades dos resultados das decisões são conhecidas e 
como situação de incerteza, quando estas não são conhecidas. 
 
 
Quanto mais incertezas houver em um

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