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Tema: Meningite e Leptospirose Palestrante Prof.ª Dr.ª Daiane Medeiros I Congresso Brasileiro On-line de Enfermagem para Concursos e Residências Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Resumo Curricular Bacharel e Licenciada em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba. Doutora e Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal da Paraíba. Especialista em Enfermagem do Trabalho. Atualmente exerce a função de coordenadora do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem Nova Esperança - FACENE, João Pessoa-PB. Docente do Programa de Pós-Graduação em Saúde da Família da FACENE. Líder do grupo de pesquisa Organização do Trabalho e do Cuidado em Saúde da Família. Membro dos Grupos de pesquisa: "Núcleo de Estudos em HIV/aids, Saúde e Sexualidade - NEHAS"; "Estudos Epidemiológico-Operacionais em Tuberculose" e " Grupo de Estudo e Qualificação em Tuberculose". Atuou como Enfermeira na Diretoria de Atenção à Saúde no município de João Pessoa-PB. Revisora da Revista da Escola de Enfermagem da USP e da Revista Cogitar e Enfermagem. Membro do corpo editorial da Revista de Ciências da Saúde Nova Esperança. Membro do Comitê de Ética em Pesquisa das Faculdades Nova Esperança. Possui experiência na área de Enfermagem, com ênfase na Atenção Primária à Saúde, atuando principalmente nos seguintes temas: coordenação e gestão do cuidado; tuberculose; HIV; avaliação de serviços de saúde. Meningite Fonte: UXÍA, 2012. É a inflamação das meninges (membranas protetoras), que cobrem o encéfalo e a medula espinhal. A inflamação é geralmente causada por infecção do líquido que circula entre as meninges, cérebro e medula espinhal. Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 TIPOS DE MENINGITE Não infecciosas Infecciosas Meningite Haemophilus influenzae b (Meningite por haemophilus); Streptococcus pneumoniae (Meningite Pneumocócica); Neisseria meningitidis (Doença Meningocócica); Mycobacterium tuberculosis (Meningite Tuberculosa). Meningites Bacterianas P ri n ci p ai s ag en te s et io ló gi co s Meningite Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 1. (Pref. de São José-SC/IESES/2019) A meningite é um processo inflamatório das meninges. Trata-se de uma doença grave e endêmica que pode acometer indivíduos de qualquer idade e é causada por diversos agentes infecciosos como bactérias, vírus, parasitas e fungos. As meningites bacterianas são, do ponto de vista clínico, as mais graves. Com relação as meningites bacterianas é correto afirmar: a) As bactérias mais frequentemente causadoras de meningite são: Mycobacterium (meningococo), Haemophilus influenzae tipo b e o Streptococcus-pneumoniae (pneumococo). b) As bactérias mais frequentemente causadoras de meningite são: Bordetelapetussis (meningococo), Haemophilus influenzae tipo b e o Streptococcus- pneumoniae (pneumococo). c) As bactérias mais frequentemente causadoras de meningite são: Neisseria meningitidis (meningococo), Haemophilus influenzae tipo b e o Streptococcus- pneumoniae (pneumococo). 1. (Pref. de São José-SC/IESES/2019) d) As bactérias mais frequentemente causadoras de meningite são: Clostridium tetaniemeningitidis (meningococo), Haemophilus influenzae tipo b e o Streptococcus-pneumoniae (pneumococo). Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Vírus do gênero Paramyxovirus (Caxumba); Vírus HSV-1 e HSV-2 (Herpes tipo 1 e 2); Vírus RNA do gênero Morbillivirus (Sarampo); Vírus varicela-zóster (Varicela, Herpes zóster). Meningites Virais P ri n ci p ai s ag e n te s et io ló gi co s Meningite Doença meningocócica é uma infecção bacteriana aguda; Sendo a meningite meningocócica a mais frequente delas e a meningococcemia a forma mais grave da doença; No Brasil é a principal causa de meningite bacteriana. Doença Meningocócica Neisseria meningitidis (meningococo) é gram-negativo, aeróbio, imóvel, pertencente à família Neisseriaceae. Agente etiológico Meningococos – 12 sorotipos Meningococo – A, B, C, Y, W e X Crianças – menores de 5 anos Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 2. (Pref. de Vitória-ES/AOCP/2019) Sobre a meningite meningocócica causada pela Neisseria meningitidis, é correto afirmar que a) é uma bactéria gram-negativa aeróbica. b) o meningococo ocorre em cinco sorotipos capsulares: A, B, C, D e Y. c) provoca sintomas como febre, dor de cabeça, torcicolo, náuseas, dores nas articulações e no fundo dos olhos, podendo progredir para convulsões e coma. d) não existe nenhum tipo de vacina. Dica de estudo! Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Estuda que a vida muda! Meningite - Parte 2 Palestrante Profª Dra. Daiane Medeiros Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 *No RN a febre nem sempre está presente. **Relevante apenas em crianças menores de 2 anos. ***A erupção pode ser mesmo visível em tons de peles mais escuras-verificar planta dos pés e palma das mãos. Febre*; Cefaleia Náuseas e vômitos Rigidez de nuca Sinal de Kerning e Brudzinski. Alteração no estado mental; Convulsões Tempo de enchimento Capilar > 2 s Taquicardia e/ou Hipotensão Extremidades frias Débito urinário ↓ Abaulamento da fontanela** Petéquias*** Irritabilidade, Gemência Quadro Clínico Sinal de Kerning positivo Limitação dolorosa da extensão da perna, quando se traciona positivamente a coxa sobre a bacia, assim como as pernas sobre as coxas. Sinal de Brudzinski positivo Limitação da flexão do pescoço, com flexão involuntária da perna sobre a coxa e dessa sobre a bacia. Meningite Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 4. (Pref. de Lagoa Grande-MG/COTEC/2019) Durante o exame físico, o enfermeiro utiliza alguns testes para fazer a avaliação do paciente. Existe um teste que é indicado para avaliação de irritação meníngea, por exemplo, nos casos de meningite. O sinal é observado quando o paciente passa da posição deitada para sentada. O paciente faz a flexão das coxas sobre a bacia, assim como das pernas sobre as coxas, e toda tentativa de extensão das pernas é impossível e muito dolorosa. Esse teste é o(a): a) Teste de Lasegue. b) Prova de Lewinson. c) Sinal de Kernig. d) Teste de Romberg. Transmissão Contato direto pessoa a pessoa por meio de secreções respiratórias de pessoas infectadas, assintomáticas ou doentes. A transmissão por fômites não é importante. Meningite Meningites virais Via fecal/oral Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 3. (Pref. de Bombinhas-SC/FEPESE/2019) Com uma relativa frequência, a imprensa noticia casos de Meningite Meningocócica que ocorreu em diversas cidade do Estado de Santa Catarina. A forma de transmissão dessa doença é por: a) Exposição à urina de animais infectados, principalmente roedores. b) Contato prolongado de indivíduos suscetíveis com pacientes bacilíferos não tratados, especialmente no ambiente intradomiciliar c) Contato sexual, com penetração da bactéria através da pele ou mucosa com solução de continuidade. d) Contato íntimo de pessoa a pessoa (pessoas que residem no mesmo domicílio ou que compartilham o mesmo dormitório em internatos, quartéis, creches, etc.), através de gotículas das secreções da nasofaringe. e) Meio de veiculação hídrica e alimentar, cuja transmissão pode ocorrer pela forma direta, pelo contato com as mãos do doente ou portador, ou forma indireta, guardando estreita relação com o consumo de água ou alimentos contaminados com fezes. Notificação Compulsória Tanto a ocorrência de casos suspeitos isolados como a de surtos devem ser notificadas até, 24 horas, para o desencadeamento das ações de vigilância epidemiológica e controle. Meningite Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 8. (Pref. do Rio de Janeiro-RJ/2019) De acordo com a Portaria nº 204/2016, a qual define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, constitui doença cuja notificação deve ser realizada em até 24 horas: a) hanseníase.b) hepatites virais. c) sífilis adquirida. d) doença meningocócica e outras meningites. Até 24h após início tratamento adequado Meningite Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Meningite Q U IM IO P R O FI LA X IA Prevenção de casos secundários Indicada para contatos próximos Não há recomendação para profissionais da saúde que atenderam o caso Antibiótico de escolha - Rifampicina 5. (Pref. de Salvador-BA/FGV/2019) A quimioprofilaxia da Meningite meningocócica é uma importante medida na prevenção de casos secundários e está indicada para: a) os casos suspeitos da doença e seus comunicantes. b) os casos confirmados da doença e seus comunicantes. c) somente para as pessoas que moram no mesmo domicílio. d) todos os profissionais da área de saúde que atenderam o caso de doença meningocócica. e) contatos próximos, como moradores do mesmo domicílio ou que compartilham o mesmo dormitório, comunicantes de creches e escolas. Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 6. (Pref. de Salvador-BA/FGV/2019) Com relação às meningites, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a verdadeira e F para a falsa. ( ) A quimioprofilaxia com rifampicina não está indicada para comunicantes de creches e escolas ou para pessoas diretamente expostas às secreções de casos suspeitos de doença meningocócica. ( ) A ceftriaxona está indicada no tratamento da meningite por Haemophilus influenzae. ( ) Em lactentes com meningite, a pesquisa de sinais meníngeos é extremamente difícil e a rigidez de nuca nem sempre está presente. Nestas circunstâncias, deve-se realizar o exame cuidadoso da fontanela bregmática. O abaulamento e/ou aumento da tensão da fontanela, aliados a febre, irritabilidade, gemência, inapetência e vômitos podem ocorrer na presença da doença. 6. (Pref. de Salvador-BA/FGV/2019) As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente, a) F – V – F. b) F – V – V. c) V – F – F. d) V – V – F. e) F – F – V. Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 7. (IF-PB/IDECAN/2019) Paciente, 12 anos, com quadro de febre de 39ºC, cefaleia e rigidez nucal de evolução aguda. Apresenta queda do estado geral, taquicardia e taquipneia. Admitido em serviço de emergência, sendo realizada punção lombar, a qual evidenciou: aspecto turvo, proteínas 98 mg/dL, glicose 20 mg/dL, leucócitos 600/mm³ (neutrófilos 67%, linfócitos 4%, monócitos 29%). Bacterioscopia com diplococos Gram-negativos. Nesse caso, qual o provável diagnóstico? a) Meningite bacteriana pelo Neisseria meningitidis. b) Meningite bacteriana por pneumococo. c) Meningite viral. d) Meningite tuberculosa. e) Meningite bacteriana por Haemophilus infuenzae. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias : guia de bolso. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde: volume único. 3.ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2019. Referências Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Estuda que a vida muda! Leptospirose Palestrante Profª Dra. Daiane Medeiros Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Sinonímias Doença de Weil Febre dos pântanos Tifo canino Doença infecciosa febril de início abrupto O espectro clínico pode variar desde um processo inaparente até formas graves. Agente etiológico: Bactéria do gênero Leptospira (L. interrogans + 200 sorotipos). Leptospirose Icterohaemorrhagiae Copenhageni 9. (SEMAE – Piracicaba-SP/VUNESP/2019) A leptospirose relacionada ao trabalho descrita em trabalhadores que têm contato com águas contaminadas, em sua forma ictérica, que evolui com insuficiência renal, fenômenos hemorrágicos e alterações hemodinâmicas, é também conhecida como doença de a) Vailly. b) Weil. c) Burton. d) Behcet. e) Wernicke. Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 10. (Pref. do Rio de Janeiro-RJ/2019) A leptospirose é uma doença endêmica no Brasil. Entretanto, torna-se epidêmica durante períodos chuvosos, em locais com condições inadequadas de saneamento e alta infestação de roedores infectados. Suas manifestações clínicas variam desde formas assintomáticas e subclínicas, até quadros clínicos graves, associados a manifestações fulminantes. O agente etiológico é uma bactéria do gênero Leptospira, cujos sorovares relacionados aos casos mais graves dessa doença, em nosso país, são respectivamente: a) Australis e Tarassovi. b) Icterohaemorrhagiae e Australis. c) Icterohaemorrhagiae e Copenhageni. d) Copenhageni e Tarassovi. Animais domésticos e selvagens: caninos, suínos, bovinos, equinos, ovinos e caprinos; Reservatório Rattus norvegicus é um dos mais patogênicos para o homem (Icterohaemorraghiae). Os principais são os roedores: rattus norvegicus (ratazana ou rato de esgoto), rattus rattus (rato de telhado ou rato preto) e mus musculus (camundongo ou catita); Leptospirose Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Fonte: FRAGA, 2014. Transmissão/humano exposição direta ou indireta à urina de animais infectados através da pele com presença de lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou através de mucosas; contato com sangue, tecidos e órgãos de animais infectados; acidental em laboratórios; e ingestão de água ou alimentos contaminados. Leptospirose Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 11. (Pref. de Uberlândia-MG/FUNDEP/2019) A leptospirose é uma zoonose potencialmente grave, causada pela Leptospira interrogans, que ocorre em várias regiões do mundo. Com relação a essa zoonose, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas. ( ) A lepstopirose canina é causada principalmente por leptospiras patogênicas do sorogrupo Icterohaemorrhagiae. ( ) Os gatos são os principais reservatórios das leptospiras dos sorogrupos Icterohaemorrhagiae e Canicola. ( ) Em geral, as vacinas utilizadas em cães contra leptospirose contêm bacterinas vivas do Sorovar Canicola e Copenhageni. ( ) As vacinas protegem os animais contra a doença clínica e contra o estado de portador. Assinale a sequência correta. a) V, F, F, F. b) F, V, V, V. c) V, V, V, F. d) F, F, F, V. Varia de 1 a 30 dias (média entre 5 e 14 dias). Período de Incubação Leptospirose Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Transmissibilidade Os animais infectados podem eliminar a leptospira através da urina durante meses, anos ou por toda a vida, segundo a espécie animal e o sorovar envolvido. Imunidade A imunidade adquirida pós-infecção é sorovar-específica, podendo um mesmo indivíduo apresentar a doença mais de uma vez se o agente etiológico de cada episódio pertencer a um sorovar diferente do(s) anterior(es). Leptospirose Autolimitada e regride entre 3 e 7 dias sem deixar sequelas. Diagnosticada como uma "síndrome gripal", "virose" ou outras doenças que ocorrem na mesma época, como dengue ou influenza. Ocorre a evolução para manifestações clínicas graves, que se iniciam após a primeira semana da doença. Fase precoce ou Leptospirêmica Fase tardia ou Imune Manifestação Clínica Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Manifestações clínicas específicas da fase precoce: Febre Cefaleia Mialgia/ artralgia Vômitos Anorexia Náuseas Hemorragia conjuntival Fotofobia/dor ocular Sufusão conjuntival Leptospirose Icterícia Insuficiência renal Hemorragia pulmonar SÍNDROME DE WEIL. Manifestações clínicas específicas da fase tardia: Leptospirose Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 O comprometimento pulmonar da leptospirose na fase tardia, ocasiona: tosse seca; dispneia; expectoração hemoptoica; dor torácica; cianose. Os casos com comprometimento pulmonar podem evoluir para insuficiência respiratória aguda, hemorragia maciça ou síndrome de angústia respiratória do adulto e, muitas vezes, esse quadro precede o quadro de icterícia e insuficiência renal. Nesses casos, pode ocorreróbito nas primeiras 24 horas de internação. Leptospirose Insuficiência Renal Aguda; Miocardite; Pancreatite; anemia; Distúrbios neurológicos como: confusão, delírio, alucinações e sinais de irritação meníngea. Distúrbios visuais de origem central, neurite periférica, paralisia de nervos cranianos, radiculite, síndrome de Guillain-Barré e mielite. Complicações da Leptospirose Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Diagnóstico da Leptospirose Clínico LaboratorialEpidemiológico Devem ser realizados a partir do 7º dia de início dos sintomas Laboratoriais Fase precoce Fase tardia Cultura Reação em cadeia da polimerase (PCR) Ensaio imunoenzimático (ELISA-IgM) Microaglutinação (MAT) 12. (Pref. de Cabo de Santo Agostinho-PE/IBFC/2019) A escolha dos métodos diagnósticos específicos da Leptospirose podem variar de acordo com a fase da doença. Na fase tardia, os métodos sorológicos são, prioritariamente escolhidos para o diagnóstico dessa doença. Quanto aos dois principais métodos sorológicos de diagnóstico da Leptospirose e que devem ser realizados pelos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen), assinale a alternativa correta. a) Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) e Imunofluorescência Indireta (IFI). b) Imunofluorescência Direta (IFD) e Microaglutinação (MAT). c) Ensaio Imunoenzimático (ELISA-IgM) e Imunofluorescência Indireta (IFI). d) Microaglutinação (MAT) e Ensaio Imunoenzimático (ELISA-IgM). Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Estuda que a vida muda! Leptospirose – Parte 2 Palestrante Profª Dra. Daiane Medeiros Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Tratamento fase precoce- Criança A azitromicina e a claritromicina são alternativas para pacientes com contraindicação para o uso de amoxicilina. Tratamento fase precoce- Adulto Amoxicilina: 500mg, via oral, de 8 em 8 horas, por 5 a 7 dias. Doxiciclina: 100mg, via oral, de 12 em 12 horas, por 5 a 7 dias; Amoxicilina: 50 mg/kg/dia, via oral, a intervalos de 6 a 8 horas, por 5 a 7 dias. Obs.: A doxiciclina não deve ser utilizada em crianças menores de 9 anos, grávidas, pacientes portadores de nefropatias e hepatopatias. Tratamento da Leptospirose Tratamento fase tardia- Criança Ampicilina: 50 a 100 mg/kg/dia, via intravenosa, dividido em 4 doses . Tratamento fase tardia- Criança Cefotaxima: 50 a 100mg/kg/dia, via intravenosa, em 2 a 4 doses. Ceftriaxona: 80 a 100mg/kg/dia, via intravenosa, em uma ou 2 doses; Penicilina cristalina: 50 a 100 mil UI/kg/dia, via intravenosa, em 4 ou 6 doses. Tratamento da Leptospirose Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Tratamento fase tardia- Adulto Ampicilina: 1g, via intravenosa, de 6 em 6 horas . Tratamento fase tardia- Adulto Cefotaxima: 1g, via intravenosa, de 6 em 6 horas Ceftriaxona: 1 a 2g, via intravenosa, de 24 em 24 horas ; Penicilina G cristalina: 1.500.000UI, via intravenosa, em 6 em 6 horas. Tratamento da Leptospirose Caso suspeito Indivíduo com febre, cefaleia e mialgia, que apresente pelo menos um dos critérios abaixo elencados: Critério 1: presença de antecedentes epidemiológicos sugestivos nos 30 dias anteriores à data de início dos sintomas, como: • exposição a enchentes, alagamentos, lama ou coleções hídricas; • exposição a fossas, esgoto, lixo e entulho; • vínculo epidemiológico com um caso confirmado por critério laboratorial; • atividades que envolvam risco ocupacional, como coleta de lixo e de material para reciclagem, limpeza de córregos, trabalho em água ou esgoto, manejo de animais, agricultura em áreas alagadas; • residência ou local de trabalho em área de risco para leptospirose. Leptospirose Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Caso suspeito Indivíduo com febre, cefaleia e mialgia, que apresente pelo menos um dos critérios abaixo elencados: Critério 2: Presença de pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas: • Icterícia; • Aumento de bilirrubinas; • Sufusão conjuntival; • Fenômeno hemorrágico; • Sinas de insuficiência renal aguda. Leptospirose Notificação Compulsória Tanto a ocorrência de casos suspeitos isolados como a de surtos devem ser notificadas até, 24 horas, para o desencadeamento das ações de vigilância epidemiológica e controle. Leptospirose Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Características epidemiológicas: No Brasil, é uma doença endêmica; Torna-se epidêmica em períodos chuvosos, principalmente nas capitais e áreas metropolitanas devido às enchentes associadas à aglomeração populacional de baixa renda, condições inadequadas de saneamento e alta infestação de roedores infectados; As regiões Sudeste e Sul concentram o maior número de casos confirmados, seguidas pelo Nordeste; Zoonose de grande importância social e econômica por apresentar alto custo hospitalar como também por sua letalidade. Leptospirose Limpeza e manutenção de galerias e de esgotos Controle Prevenção Controle da população de roedores Leptospirose Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Limpeza de reservatórios domésticos de água Controle Prevenção Limpeza da lama residual das enchentes Leptospirose Saneamento ambiental Controle Prevenção Cuidados com os alimentos Leptospirose Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 13. (Pref. de Itapevi-SP/VUNESP/2019) A leptospirose, é uma doença a) causada por vírus, que pode ser transmitido ao ser humano pela mordedura de roedores infectados. b) cujas medidas de saneamento do ambiente adotadas diminuem o risco de contato do ser humano com morcegos contaminados. c) que apresenta elevada letalidade, em torno de 90% nos casos mais graves, dependendo do local provável de infecção. d) infecciosa, causada por bactérias, transmitidas ao homem pela picada do carrapato conhecido como “carrapato estrela”, que infecta roedores e morcegos. e) que está relacionada às precárias condições de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. 14. (Pref. de Itapevi-SP/VUNESP/2019) As medidas de saneamento básico fazem parte do processo de promoção da saúde, pois muitas doenças estão relacionadas a sua ausência. Por exemplo, em áreas sujeitas a alagamentos, sem sistema de esgotamento sanitário nem rede de microdrenagem, onde não há coleta de resíduos domiciliares e a presença de ratos é elevada, pode ocorrer casos humanos de a) febre maculosa. b) sarampo. c) tripanossomíase. d) coqueluche. e) leptospirose. Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias : guia de bolso. Brasília: : Ministério da Saúde, 2010. ____. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde: volume único. 3.ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2019. ____. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Leptospirose: diagnóstico e manejo clínico. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. FRAGA, R.T. Identificação de proteases de leptospira envolvidas com mecanismos de escape do sistema complemento humano. 2014. 51f. Tese (Doutorado em Imunologia). Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014. Disponível em:<file:///C:/Users/PESSOAL/Downloads/TatianaRodriguesFraga_Doutorado_P%20(1).pdf> Acesso em set. 2018. Referências Estuda que a vida muda! Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Estuda que a vida muda! GABARITO 1 - C 2 - A 4 - C 3 - D 8 - D 5 - E 6 - B 7 - A 9 - B 10 - C 11 - A 12 - D 13 - E 14 - E MENINGITE LEPTOSPIROSE Juliana da gama Osório - 185.252.917-22 Estuda que a vida muda! Juliana da gama Osório - 185.252.917-22