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CITOLOGIA INFLAMATÓRIA CERVICO-VAGINAL MAGNUS SÉRGIO Farmacêutico Prof. de Citologia Clínica Objetivos de aprendizagem: – Avaliar conceitos básicos da citologia inflamatória. – Analisar as alterações citológicas, citoplasma e núcleo, do processo inflamatório. – Determinar o agente causador do processo inflamatório. 14/10/2020 2 Objetivos de aprendizagem: – Agentes causais da inflamação – Sinais cardinais da inflamação – Como a inflamação é vista na citologia – Mediadores da inflamação – Cascata da inflamação – Inflamação X infecção 14/10/2020 3 Citologia inflamatória • Introdução – O trato genital feminino está em contato direto através da vagina com o ambiente externo, propiciando a instalação de infecções. – Os seguintes sintomas podem ser associados às infecções: • Secreção vaginal anormal, prurido, dor e sangramento. 14/10/2020 4 Citologia inflamatória • Introdução – O objetivo primordial da citologia cervicovaginal é a detecção de lesões pré- cancerosas do colo uterino, – A citologia possibilita: • O reconhecimento e a avaliação da intensidade dos processos inflamatórios. • Em muitas casos é possível estabelecer o agente causal. – Para o estudo da microflora vaginal: • È recomendada a colheita de amostras do fundo de saco posterior da vagina. Essa é uma das razões da opção pela colheita tríplice, que representa material da ectocérvice, endocérvice e também da vagina. • A princípio, deve-se considerar que a simples presença de micro-organismos no esfregaço não sinaliza para infecção. • Vários fatores influenciam a microflora vaginal, entre eles: – Fisiológicos (parto, gravidez, menopausa), – Patológicos (insuficiência hepática, distúrbios hormonais, distúrbios metabólicos como diabete) – Locais (DIU, diafragma, exposição sexual). esfregaço não sinaliza para infecção. 14/10/2020 5 Citologia inflamatória • Características citológicas gerais – Exsudato leucocitário • É representado por leucócitos polimorfonucleares neutrófilos e piócitos, além de histiócitos e bactérias que podem recobrir áreas extensas da amostra. – Pode impossibilitar ou dificultar a avaliação oncológica (amostras insatisfatórias ou satisfatórias mas limitadas para a avaliação). – Nesses casos, é imperativo repetir o exame após tratamento da infecção. – Hemácias • As hemácias bem e mal conservadas às vezes são encontradas nos esfregaços, particularmente nas infecções por Trichomonas vaginalis. • As pacientes idosas são mais suscetíveis a sangramento devido à atrofia do epitélio. 14/10/2020 6 Citologia inflamatória 14/10/2020 7 Citologia inflamatória 14/10/2020 8 Citologia inflamatória • Alteração do padrão citológico – Corresponde à mudança no predomínio do tipo celular esperado para a idade da paciente. – O encontro de numerosas células parabasais em mulheres na idade reprodutiva é anormal e pode ser resultante de erosão ou ulceração do epitélio devido a processos inflamatórios. – A presença inesperada de numerosas células escamosas superficiais em mulheres pós-menopausadas sem reposição hormonal pode ocorrer devido a um aumento da vascularização, geralmente nas infecções por Trichomonas. 14/10/2020 9 Citologia inflamatória • Alterações inflamatórias nos esfregaços citológicos cérvico vaginais. • a - Fundo purulento. Papanicolaou, 400x. Numerosos neutrófilos são comuns nos processos inflamatórios agudos. Quando se sobrepõem às células epiteliais em mais de 75% do esfregaço, a amostra é considerada insatisfatória para a avaliação. 14/10/2020 10 Citologia inflamatória • Alterações inflamatórias nos esfregaços citológicos cérvico vaginais. • b - Cervicite crônica folicular. Papanicolaou, 400x. Numerosos linfócitos em diferentes estágios de maturação. 14/10/2020 11 Citologia inflamatória • Alterações inflamatórias nos esfregaços citológicos cérvico vaginais. • c - Vacuolização citoplasmática. Papanicolaou, 400x. Célula parabasal com vacúolos citoplasmáticos, provavelmente pelo acúmulo anormal de água. • Trata-se de alteração degenerativa que pode se associar a processos inflamatórios. 14/10/2020 12 Citologia inflamatória • Alterações inflamatórias nos esfregaços citológicos cérvico vaginais. • d - Anfofilia e pseudoeosinofilia citoplasmática. Papanicolaou, 400x. O citoplasma das células se apresenta corado em duas cores (anfofilia) ou assumindo cor rósea intensa (pseudoeosinofilia) devido a alterações na estrutura proteica nos processos inflamatórios. 14/10/2020 13 Citologia inflamatória • Alterações inflamatórias nos esfregaços citológicos cérvico vaginais. • e - Halos perinucleares e cariólise. Papanicolaou, 400x. Na cariólise (seta), há a dissolução nuclear, restando uma área clara em substituição do núcleo. • É um halo claro citoplasmático que se cora mais claramente ao redor do núcleo. – Em células intermediárias, indica uma alteração citoplasmática – Em células superficiais é normal, indica uma retração nuclear. – Também é uma alteração sugestiva de trichomonas. 14/10/2020 14 Citologia inflamatória • Alterações inflamatórias nos esfregaços citológicos cérvico vaginais. • f - Núcleos tumefeitos com pregueamento das bordas nucleares (setas). Papanicolaou, 400x. A tumefação nuclear se deve ao acúmulo de água nos núcleos. Nesta figura também se observa hipocromasia nuclear devido à desnaturação das proteínas nucleares, alterando a sua afinidade pela hematoxilina. 14/10/2020 15 Citologia inflamatória • Alterações inflamatórias nos esfregaços citológicos cérvico vaginais. • g - Cariorrexe. Papanicolaou, 400x. Na cariorrexe há a fragmentação dos núcleos (setas), indicando morte celular. 14/10/2020 16 Citologia inflamatória • Alterações inflamatórias nos esfregaços citológicos cérvico vaginais. • h - Alterações reativas e degenerativas. Papanicolaou, 400x. A célula assinalada exibe núcleo volumoso com cromocentros e borda nuclear espessada, representando alterações reativas. • As outras células na vizinhança mostram alterações degenerativas (cariólise, halos perinucleares). 14/10/2020 17 Citologia inflamatória • Alterações inflamatórias nos esfregaços citológicos cérvico vaginais. • i - Células endocervicais com aumento nuclear e binucleação. Papanicolaou, 400x. Essas alterações reativas são associadas às vezes a processos inflamatórios. 14/10/2020 18 Pela sua atenção, muito obrigado.
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