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Adaptações fisiológicas da gestação Introdução: As modificações fisiológicas envolvem todos os sistemas, temporariamente, mas o suficiente para criar situações biológicas, corporais, mentais, espirituais e sociais que devem ser diferenciadas entre o que chamamos de normal e patológico. Sinais e sintomas: - Enjoos, náuseas - Ausência de menstruação - Cólicas - Seis sensíveis Uma gestação pode ir até 42 semanas, por conta dos calculos da última menstruação e a ovulação as vezes não serem tão precisos. Na 20º semana pode começar pode começar as contrações, a diferença entre uma contração normal e a do parto é que na contração de parto tem dor. Modificações: Sistema genital: ● Mudança na coloração pelo aumento da circulação local Útero: ● Aumento da capacidade do volume de 50g a 100g pela demanda da vascularização estar aumentada. ● Amolecimento do colo uterino e maior vascularização, porém se mantém firme até final da gestação. ● Região entre o colo do útero e o colo se tornam funcionalmente contráteis e futuramente passará pelo mecanismo de dilatação. ● Com o aumento placentário progressivo a um aumento do fluxo sanguíneo na região do útero placentário. Licenciado para - Bruna Lima Araújo - Protegido por Eduzz.com Sistema endócrino: ● Progesterona: Sintetizada inicialmente pelo corpo lúteo (até a 10º semana) depois a placenta se torna a sintetizadora de progesterona. - É um hormônio importante na implantação da gravidez - Redução do tônus da musculatura lisa: o utero inibe contratibilidade uterina - Edemaciação em MMII - Constipação no estômago - Aumento da frequência miccional - Na mama está associada a produção de leite ● Estrógeno: até a 20º semana é sintetizada pela corrente sanguínea da mãe; após a 20º semana é produzida cerca de 90% pelo feto através das glândulas supra renais - Desenvolvimento uterino - Aumento dos ductos mamários (prolactina) - Embebição gravídica: retenção hidrica na gestação ● Relaxina: Sua maior concentração é no 1º trimestre, a ação da relaxina ainda não é muito conhecida, porém alguns estudos identificam como função o amolecimento e dispersão das fibras de colageno (ligamentos, fáscias e tendões). - Acontece a inibição da atividade uterina - Relaxamento da sínfise púbica e região sacral - É importante se atentar a quedas pois o amolecimento de algumas estruturas podem favorecer a mais quedas Sistema Cardiovascular: ● FC: tem um aumento progressivo até o final da gestação (10 a 15 bpm) ● Aumento do VS na 6º semana ● DC aumenta no início da gestação e diminui no final (por causa ) ● A uma hipertrofia cardíaca ● PA pode diminuir ao longo da gestação pela queda da resistência vascular Sistema respiratório: Uma ação da progesterona no centro respiratório, faz com que ocorra uma aumento na frequência respiratório e amplitude de respiração (hiperventilação) Aumento na capacidade respiratória na fase inspiratória às custas da diminuição do volume residual (esta relacionado com o aumento do útero próximo ao diafragma) Média da FR em repouso: 10 a 15 rpm Dispneia: sintoma muito comum associado a hiperventilação mecanicas no toraxe alteração na percepção da respiração normal. Licenciado para - Bruna Lima Araújo - Protegido por Eduzz.com Sistema gastrointestinal: Nauseas e vomitos: essa etiologia ainda não é totalmente esclarecida, mas pode estar associada à produção aumentada de Beta HCG e progesterona. Predominante entre a 6º e 16º semana gestacional Boca: as gengivas são as mais acometidas, geralmente estão hiperemiadas e amolecidas e a salivação é excessiva. Obs: É importante questionar a gestante sobre a última ida ao dentista pela facilidade de infecções que podem ocorrer e serem prejudiciais. Pirose: queimação associada a diminuição do tonus muscular Constipação intestinal: diminuição da motilidade (peristaltismo) Hemorróidas: A prisão de ventre pode ser um fator desencadeante Sistema tegumentar: Modificações na vascularização: eritema palmar ( aumento do número de manchas avermelhadas normais na palma da mão ) Telangiectasias: pequenos vasos sanguíneos dilatados na pele, mucosa ou em qualquer lugar do corpo Mamilos, axilas, linha nigra e períneo: aumento de circulação Cloasmas: manchas escuras que aparecem no rosto, com alterações hormonais ou muita exposição ao sol Estrias: geralmente são consequências de ruptura da derme, estão relacionadas também com o ganho exagerado de peso >16kg Varizes: podem estar relacionadas com a diminuição do retorno venoso Mamas: Tubérculos de Montgomery: glándulas sebáceas Hiperpigmentação: pele mais resistente durante a amamentação, após o parto é precedido o colostro de cor amarelada rico em nutrientes e anticorpos. Licenciado para - Bruna Lima Araújo - Protegido por Eduzz.com Sistema Urinário: Aumento do tamanho de peso e tamanho dos rins, 30 a 50% de aumento de filtração. Relaxamento da musculatura lisa (esfíncter externo) Predisposição a infecção urinária (disúria)dor, polaciúria, urgência miccional Aumento da pressão intra abdominal pelo útero gravídico Desejo miccional e incontinência urinária Licenciado para - Bruna Lima Araújo - Protegido por Eduzz.com Exercícios na gestação Benefícios: - Evita ganho de peso - Reduz o estresse cardiovascular - Previne trombose e varizes - Estimula a boa postura (conscientização corporal) - Previne algias e diabetes - Facilita no desprendimento fetal/ redução no expulsivo - Diminui o risco de cesárea Obs: É esperado que no exercício a gestante apresente aumento PA,FC,DC e FR. As gestantes alcançam sua capacidade de exercício máxima em níveis mais baixos de atividade. Contraindicações Relativas: - Hipertensão arterial - Anemia - Bronquite crônica - Doenças da tireoide - Obesidade excessiva/ baixo peso extremo Contraindicações absolutas: - Cardiopatia em atividade - Tromboflebite - Embolia pulmonar recente - Doença infecciosa aguda - Doença hipertensiva grave - Suspeita de sofrimento fetal - Hemorragia uterina (descolamento prematuro da placenta) - Bolsa rota - Crescimento fetal restrito - incompetência cervical - Gestação múltipla - Ausência da assistência pré natal Riscos Maternos: - Lesões musculoesqueléticas - Complicações cardiovasculares Licenciado para - Bruna Lima Araújo - Protegido por Eduzz.com - Abortamento espontâneo - Parto prematuro - Hipoglicemia Riscos Fetais: - Sofrimento fetal - Restrição de crescimento intra uterino - Malformações fetais - Prematuridade Sinais de alerta: - Dor (principalmente lombar/pélvica) - Sangramento - Perda de líquido amniótico - Dispneia - Tontura/ desmaio - Taquicardia Observações importantes dadas pelo comitê de ginecologia e obstetrícia: - FC não pode ser maior que 140 bpm - Atividades mais pesadas não devem ultrapassar de 15 min - No 3º trimestre não realizar exercícios em decúbito dorsal - Evitar manobra de valsalva - Ingestão calórica e de líquido deve ser aumentada - Temperatura máxima não deve ultrapassar 38ºC Programa de exercícios - Risco do exercício (baixo, médio e alto) sempre levar em consideração a vida da paciente antes da gestação - Levar sempre em consideração as preferências da gestante - Avaliar sempre as condições físicas pré-gestacionais - Tempo: 30 a 50 min - Frequência: até 3x na semana (lembrar de sempre ensinar o paciente os exercícios a serem realizados em casa para melhor autonomia) Baixo risco: caminhada, natação, hidroginástica Médio risco: Ciclismo, natação, tênis, musculação Alto risco: basquetebol, voleibol, hipismo, ginástica de alto impacto (saltos) Licenciado para - Bruna Lima Araújo - Protegido por Eduzz.com 1º trimestre (muito raro o paciente procurar o atendimento) Há um aumento de cuidados com os exames iniciais e cuidados pelo início da gestação ● Consciência corporal ● Exercícios respiratórios ● Exercícios metabólitos(ótimo na obesidade para um favorecimento na queda de edemaciamento) ● Exercícios de relaxamento (visualização de crescimento corporal) O corpo cresce de uma forma que o cérebro não entende. 2º trimestre Preservar as atividades anteriores ● Atividades aeróbicas ● Fortalecimento e manutenção da força muscular (incluir o assoalho pélvico) Nesse tempo já pode ser colocado os exercícios que serão eficientes segundo a avaliação do terapeuta. 3º trimestre Preservar e evoluir as atividades anteriores Focar nas necessidades da gestante para o parto 34-35 semanas : inclui massagem perineal (pode ser feita pelo terapeuta, paciente ou parceiros) abordagem específica realizada por volta de 2x na para melhorar a consciência, relaxamento, perineo e paredes vaginais de flexibilidade para ajudá la durante o parto Cesárea: Também é recomendado para aliviar a tensão da musculatura 37 semanas: interrupções de contração do assoalho pélvico, ou seja exercícios de resistência e força. Início de exercícios de relaxamento, sincronização e exercícios expulsivos Exercícios abdominais: Os músculos abdominais com a gestação tem a diástase que é fisiológica por conta do crescimento da barriga ● Não é indicado realizar exercícios isométricos (abdominal comum) O paciente vai realizar a excêntrica (cai para traz) e em seguida o terapeuta a auxilia para voltar ou seja a flexão anterior de tronco não é realizada ● Deve ser trabalhado todos os músculos abdominais desde posterior para anterior (por último o reto) Licenciado para - Bruna Lima Araújo - Protegido por Eduzz.com Exercícios para assoalho pélvico - Aumento de força muscular do assoalho pélvico - Prevenção da IU na gestação - Prevenção da incontinência fecal no pós-parto - Redução do período expulsivo do parto - Prevenção do trauma perineal do parto Avaliação do assoalho pélvico Colocar a mão em V e solicitar a contração. Na contração é como se o períneo “fugisse” da mão Essa avaliação é importante para avaliar se o paciente está contraindo o músculo certo e não utilização a musculatura acessória (glúteo, reto, adutor) IMPORTANTE: Sempre lembrar que não existe protocolo específico e que cada paciente apresentará suas queixas unicas. Licenciado para - Bruna Lima Araújo - Protegido por Eduzz.com Resumo feito por @sara.fisio Prolapsos Genitais Introdução: O PV é caracterizado pelo deslocamento das vísceras pélvicas no sentido caudal no sentido do hiato genital. Fatores de risco para prolapsos genitais: Na literatura, não há dados específicos e suficientes sobre prevalência, incidência e história natural dos prolapsos genitais na população. É aceito o fato de que o relaxamento pélvico é comum em mulheres e tende a aumentar com o passar dos anos. As disfunções do AP deve-se a uma combinação de diferentes fatores que são divididos em intrínsecos e extrínsecos. Fatores Intrínsecos: Hereditários: defeitos do tecido conjuntivo seja genético, alguns autores demonstram que pacientes com parentes de 1 grau com IU tem risco três vezes maior de apresentarem, independente da idade, paridade e peso dos recém nascidos. Etnia : Pessoas de cor branca apresentam maior risco e maior gravidade dos prolapsos de órgãos pélvicos. Tecido conjuntivo : A alteração no metabolismo e na composição do colágeno predispõem a PG. Pessoas que possuem síndromes de Ehler-Danlos e Marfan e hipermobilidade articular apresentam risco elevado para prolapsos. Achados em mulheres com prolapsos: - Diminuição da resistência do tecido conjuntivo com aumento de idade e paridade; - Redução do colágeno em tecidos não responsáveis pela sustentação; - Aumento da degradação do colágeno; - Metabolismo alterado do colágeno; - Diminuição do conteúdo do colágeno; - Redução da solubilidade e aumento da atividade colagenolítica; - Redução do colágeno tipo III; - Redução da celularidade em redução da idade; - Aumento da proporção do colágeno tipo III/ I Alterações Neurológicas: espinha bífida oculta, podem ser assintomáticas e ter como sinal ao exame físico os prolapsos genitais, em consequências da diminuição de força dos tecidos por lesão nervosa. Alterações esqueléticas: variações na estrutura do eixo formado formado pela coluna e pelve podem estar associados aos prolapsos. Fatores extrínsecos: Gravidez e parto: Muitos autores evidenciam o parto vaginal um forte fator envolvido para o desenvolvimento de prolapsos. O parto vaginal pode causar danos ao AP em especial em alguns pacientes: ganho de peso superior a 13 kg durante a gestação, período expulsivo prolongado e esforço exagerado na expulsão fecal. O peso do recém nascido e circunferência craniana também podem ser fatores contribuintes. O parto vaginal traumático pode lesionar o nervo pudendo, principalmente quando o peso do recém Referência Bibliografia: BARACHO, ELZA. Fisioterapia aplicada à saúde da mulher, 6 ed, 2018. Licenciado para - Bruna Lima Araújo - Protegido por Eduzz.com Resumo feito por @sara.fisio nascido é superior a 4 kg e o período expulsivo é prolongado. Efeitos hormonais: a pós- menopausa e a senilidade contribuem para o desenvolvimento de prolapsos. Condições que aumentam a pressão abdominal: A tosse crônica e a obesidade são fatores etiológicos importantes para o desenvolvimento de prolapsos genitais e incontinência urinária de esforço. Constipação intestinal crônica: os esforços defecatórios crônicos contribuem para neuropatias progressivas e disfunção do AP. Exercício e trabalho físico: atividades que necessitam constantemente de levantamento de peso, acarreta elevação repetidas de pressão intra-abdominal que são relacionadas ao desenvolvimento de prolapsos. Trauma cirúrgico: Cirurgias para corrigir distúrbios do AP podem desenvolver prolapsos nas regiões não operadas. O tabagismo também pode ser um fator para prolapsos genitais. Quadro Clínico: O quadro clínico envolve vários sintomas e órgãos envolvidos, não necessariamente precisa ter associação direta dos sintomas urinários, locais, sexuais e intestinais com o grau do prolapso, tornando a avaliação complexa e individual. Sintomas urinários: Entre as disfunções do trato urinário, a mais comum envolvida é a incontinência urinária de esforço, tempo de micção prolongado e mudança de posição para iniciar a micção. Sintomas locais: pressão ou sensação de peso vaginal, dor vaginal e perineal ou visualização de protusão de tecido vaginal além do hímen. Pode ser notado a presença de lesões ulceradas no tecido prolapsado, estes sintomas são considerados específicos do prolapso e ocorrem somente quando a protrusão do tecido ultrapassa o hímen. Sintomas sexuais: dificuldade de penetração, diminuição da sensação vaginal e causar lassidão vaginal e dor ou desconforto ao coito. Sintomas intestinais : prisão de ventre, dificuldade ou desconforto para evacuar, evacuação incompleta. Diagnóstico dos prolapsos: O exame físico é a avaliação mais importante para o diagnóstico. Debe ser realizados screening neurológico (S2-S4), exame pélvico padrão, com espéculo vaginal, toque bimanual e determinação da simetria e força muscular dos elevadores do ânus. O estudo urodinâmico tem sido muito utilizado, para avaliar a presença de incontinência urinária. Exames de imagem podem ser feitos para pacientes com grandes prolapsos de parede posterior (estágio III e IV), para uma avaliaçãomais completa. Nestes casos a abordagem cirúrgica é a melhor opção. Classificação dos Prolapsos: Pode ser de parede anterior, posterior ou apical da vagina. Referência Bibliografia: BARACHO, ELZA. Fisioterapia aplicada à saúde da mulher, 6 ed, 2018. Licenciado para - Bruna Lima Araújo - Protegido por Eduzz.com Resumo feito por @sara.fisio Baseada na apresentação do órgão em prolapso: - Cistocele (parede vaginal anterior) - Prolapso uterino (descida do útero para a vagina) - Retocele (parede vaginal posterior) Graduação: Leva-se em consideração o intróito vaginal. Tratamento: A tomada de decisão para o tratamento pode variar : - Gravidade do prolapso - Sintomas associados - Estado geral da saúde - Preferências do paciente O tratamento conservador é baseado no uso de pressários (órteses vagianais) além de orientações de estilo de vida. Pessários: Dura em média por 3 meses. Deve ser orientado ao paciente a manutenção e limpeza. É necessário fazer fisioterapia neste tipo de tratamento Obs: o pessário não deve causar desconforto e expulsão Referência Bibliografia: BARACHO, ELZA. Fisioterapia aplicada à saúde da mulher, 6 ed, 2018. Licenciado para - Bruna Lima Araújo - Protegido por Eduzz.com Licenciado para - Bruna Lima Araújo - Protegido por Eduzz.com Licenciado para - Bruna Lima Araújo - Protegido por Eduzz.com Licenciado para - Bruna Lima Araújo - Protegido por Eduzz.com Licenciado para - Bruna Lima Araújo - Protegido por Eduzz.com Licenciado para - Bruna Lima Araújo - Protegido por Eduzz.com Licenciado para - Bruna Lima Araújo - Protegido por Eduzz.com
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