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Imunidade aos Microrganismos Reciprocidade para as coisas boas. Imunidade para as coisas ruins.” Tati Zanella “ Docente: DSc. José Bruno Nunes Ferreira Silva Discentes: Ana Caroline Gonçalves De Sá Novaes Joanilson Júnior João Vitor Nunes Climaco João Marcos Souza Joaquim Fernandes De Morais Neto Marcelo Paulino Galhardo Marcus Vinicius Carvalho Rodrigues Zuleika Santiago De Medeiros Carneiro Visão Geral das Respostas Imunes aos Microrganismos Grande variação de respostas Abbas et al. 2019 Bactérias intra e extracelulares. Ex.: E. coli. Vírus. Ex.: Sars-Cov-2. Parasitas multicelulares. Ex.: A. duodenale. Fungos. Ex.: Candida albicans. Protozoários. Ex.: Trypanosoma cruzi. Visão Geral das Respostas Imunes aos Microrganismos Abbas et al. 2019 Aspectos Gerais Defesa mediada por mecanismos da imun. Inata e adaptativa O sistema imune responde de maneira especializada A patogenicidade do MO se relaciona com a sua capacidade de evadir ou resistir ao SI Alguns MO estabelecem infecções latentes Lesão tecidual em resposta ao MO Defeitos na imun. Inata ou adaptativa levam a suscetibilidade a infecções Imunidade às Bactérias Extracelulares Imunidade às Bactérias Extracelulares Abbas et al. 2019 Replicação fora da célula hospedeira Liberação de toxinas Indução da inflamação Destruição Tecidual Endotoxinas (ex: LPS) e exotoxinas (ex: toxina diftérica) Imunidade Inata às Bactérias Extracelulares Abbas et al. 2019 Ativação do Sistema Complemento Ativação do Sistema Complemento Formação do MAC Recrutamento e ativação de leucócitos Aumento da opsonização Peptidoglicanos e LPS: via alternativa Manose: via da lectina Imunidade Inata às Bactérias Extracelulares Abbas et al. 2019 Ativação de fagócitos e inflamação Receptores de manose, scavenger, FC, Toll-like Estimulam a atividade microbicida ⏫ secreção de citocinas = migração de leucócitos Promovem a fagocitose Receptores de superfície Imunidade Inata às Bactérias Extracelulares Abbas et al. 2019 Ativação de Células Linfoides Inatas (ILCs) ILC3 IL-17, IL-22 e GM-CSF Intensificação da barreira epitelial e recrutamento de neutrófilos Imunidade Adaptativa às Bactérias Extracelulares Abbas et al. 2019 Bloqueia a infecção Neutraliza as toxinas Elimina os microrganismos Imunidade humoral: © www.mozaweb.com/ 12 BACTÉRIA ENCAPSULADA © www.mozaweb.com/ 13 Place your screenshot here BAÇO Produção de anticorpos Eliminação fagocítica de bactérias encapsuladas Abbas et al. 2019 14 IgG, IgM e IgA IgG1 e IgG3 IgM, IgG1 e IgG3 Abbas et al. 2019 15 As respostas Th17 recrutam neutrófilos e monócitos, promovendo inflamação local. © 2020 Ministério da Saúde © https://lifekorea.ru/ Efeitos Lesivos das Respostas Imunes às Bactérias Extracelulares Abbas et al. 2019 SEPSE INFLAMAÇÃO TNF, IL-6 e IL-1 IFN-γ e IL-12 Espécies Reativas ao Oxigênio (ROS) Enzimas lisossômicas Abbas et al. 2019 17 Ativação policlonal de células T por superantígenos bacterianos. Imunoevasão por Bactérias Extracelulares Abbas et al. 2019 Scavenging de espécies reativas de oxigênio 04 Bactérias catalase-positivas (incluindo estafilococos e muitas outras). Resistência à fagocitose 03 Pneumococcus; Neisseria meningitidis. Inibição da ativação do complemento 02 Muitas bactérias Variação antigênica 01 Neisseria gonorrhoeae; Escherichia coli; Salmonella typhimurium. Abbas et al. 2019 19 Mecanismos de Imunoevasão Os genes de pilina sofrem conversão gênica Alterações químicas no LPS Antígenos de superfície em blebs de membrana Imunidade às Bactérias Intracelulares Abbas et al. 2019 Imunidade Inata às Bactérias Intracelulares A resposta imunológica inata consiste em fagócitos e nas células Natural Killer (NK); Citocinas: IL-12, IL-15, IFN-γ; DNA bacteriano no citosol estimula as respostas do interferon tipo I através da via STING. ↪ cGAS → cGAMP de ATP em GTP → STING → kinase TBK-1 → NF-kB → IRF-3 → IFN-1 Abbas et al. 2019 Sensor de DNA cGAS (sintase de monofosfato guanosina/monofosfato de adenosina) reconhece o DNA no citosol e catalisa a síntese de cGAMP (monofosfato de guanosina-adenosina-monofosfato cíclico) de ATP em GTP. O isômero formado funciona como 2º mensageiros que ativa a proteína STING no reticulo endoplasmatico. STING reconhece fitas de DNA no citosol, ativa a kinase TBK-1, a qual induz a produção de (factor nuclear kappa B) NF-kB que fosforila o ( fator regulador de interferon 3) IRF-3. IFR-3 será homodimerizado e desloca-se para o núcleo, onde vai estimular o IFN-1. A imunidade inata pode controlar o crescimento bacteriano. Abbas et al. 2019 Imunidade Inata às Bactérias Intracelulares A células infectadas expressam ligantes que vão ativar as células NK. As células dendríticas e os macrófagos produzem IL-12 e IL-15, que também são responsáveis pela ativação da célula NK. A célula NK ativada produz IFN-γ que ativa os macrófagos e promove a morte da bactéria fagocitada. Imunidade Adaptativa às Bactérias Intracelulares Imunidade mediada por células; Células T CD4+ matam microrganismos que são ingeridos e sobrevivem dentro de fagócitos; ↳ TH1 Expressam CD40 e secretam IFN-γ, dois estímulos que ativam macrófagos Abbas et al. 2019 Sob influência da IL-12, diferenciam-se em efetoras TH1; Ativam macrófagos, induzindo a produção de várias substâncias microbicidas, incluindo espécies reativas de oxigênio, o óxido nítrico e enzimas lisossomais; Imunidade Adaptativa às Bactérias Intracelulares Linfócitos T citotóxicos CD8+ (CTLs) destroem células infectadas, quando os microrganismos escapam aos mecanismos de morte dos fagócitos. 25 Abbas et al. 2019 Estimulam respostas de células T CD8+ se os antígenos bacterianos forem transportados para o citosol ou se as bactérias escaparem dos fagossomos e entrarem no citoplasma das células infectadas Além da morte celular direta, as células T CD8+ secretam IFN-γ e, assim, contribuem para a ativação clássica dos macrófagos na defesa do hospedeiro e em reações de hipersensibilidade. Imunidade Adaptativa às Bactérias Intracelulares Aspecto histológico granulomatoso, podendo ocorrer comprometimento funcional local; Ativação dos macrófagos pode gerar lesão tecidual - Tuberculose; 26 Abbas et al. 2019 As diferenças de respostas das células T a microrganismos intracelulares são importantes na progressão da doença e da evolução clínica - Hanseníase lepromatosa e tuberculóide. Tuberculose: bacilos se multiplicam lentamente causando, inicialmente, uma inflamação leve que é contida por macrófagos alveolares. Algumas bactérias conseguem sobreviver no interior de macrófagos e após alguns dias são reconhecidas e ativam os linfócitos TCD4+, que secretam IFN-gama para ativar os macrófagos. Contudo, os bacilos são resistentes e continuam a provocar as respostas das células T. COm isso, inicia-se a formação de granulomas e necrose caseosa. Hanseníase: Lepromatosa possui alta concentração de anticorpos, mas fraca resposta mediada por células, com isso, há intenso crescimento bacteriano mas com ativação inadequada de macrófagos, que resulta em lesóes destrutivas na pele e no tecido adjacente. Tuberculóide há uma forte imunidade mediada por células, mas uma baixa contage, de anticorpos. Gera granulomas que se formam em torno dos nervos e produzem defeitos nos nervos sensoriais periféricos e lesões traumáticas secundárias da pele, mas com menos destruição de tecidos e uma escassez de bactérias nas lesões. Uma possível razão para as diferenças nestas duas formas de doença pode ser a existência de diferentes padrões de diferenciação de células T e produção de citocinas nos indivíduos. Alguns estudos indicam que os pacientes com a forma tuberculoide da doença produzemIFN-γ e IL-2 em lesões (indicativo de ativação da célula TH1), enquanto os pacientes com hanseníase lepromatosa produzem menos IFN-γ e podem apresentar uma fraca imunidade mediada por células e incapacidade de controlar a propagação das bactérias. Imunoevasão por Bactérias Intracelulares Abbas et al. 2019 27 A dificuldade de eliminação por fagócitos é a razão pela qual bactérias tendem a causar infecções crônicas que podem durar anos. Imunidade aos Fungos Imunidade contra Fungos Considerações Gerais: As infecções fúngicas, também chamadas de micoses, são importantes causas de morbidade e mortalidade em seres humanos. Algumas infecções fúngicas são endêmicas e outras são chamadas de oportunistas, pois acometem principalmente pessoas imunodeficientes. A imunidade comprometida é o fator predisponente mais importante para infecções fúngicas clinicamente significativas. Pouco se sabe sobre a imunidade antifúngica quando comparada à imunidade contra bactérias e vírus. Abbas et al. 2015 Imunidade Inata e Adaptativa aos Fungos Os principais mediadores da imunidade inata contra fungos são os neutrófilos e macrófagos. Os fagócitos e células dendríticas reconhecem os organismos fúngicos através dos TLRs e dos receptores do tipo lectina chamados dectinas. Os neutrófilos presumivelmente liberam substâncias fungicidas, tais como as espécies reativas de oxigênio e enzimas lisossomais e fagocitam os fungos para a morte intracelular. A imunidade celular é o principal mecanismo de imunidade adaptativa contra infecções fúngicas. Abbas et al. 2015 Imunidade Inata e Adaptativa aos Fungos Abbas et al. 2015 As respostas TH1 são protetoras em infecções fúngicas intracelulares, como a histoplasmose, mas estas respostas podem provocar a inflamação granulomatosa, que é uma importante causa de lesão tecidual no hospedeiro nessas infecções. As principais funções das células TH17 são recrutar leucócitos para os locais de infecção e estimular a inflamação. A maioria das ações são mediadas pela IL-17. Imunidade Inata e Adaptativa aos Fungos As células dendríticas ativadas através do receptor de lectina produzem citocinas indutoras de TH17, como IL-6 e IL-23. Além disso, estimulam a inflamação e os neutrófilos e monócitos recrutados destroem os fungos. TGF-beta é outra citocina que contribui para a diferenciação de linfócitos TH17. A IL-23 atua na proliferação e sobrevida desse tipo celular. Abbas et al. 2015 Imunidade Inata e Adaptativa aos Fungos Ativação clássica M1 dos macrófagos está intimamente ligada às ações microbicidas contra fungos. Abbas et al. 2015 Imunidade aos Vírus Imunidade aos Vírus Considerações gerais: Os vírus são os microrganismos intracelulares obrigatórios que utilizam os componentes do ácido nucleico e a maquinaria da síntese de proteínas do hospedeiro para se replicar e se espalhar; Os vírus tipicamente infectam diversos tipos de células utilizando moléculas de superficie de células normais como receptores para entrar nas células; Dentro das células, os vírus podem causar lesão tecidual e doenças por umas série de mecanismos; A replicação viral interfere na síntese de proteínas e funções das células normais, o que leva à lesão e por fim à morte da célula infectada. Abbas et al. 2019 Imunidade Inata e Adaptativa aos Vírus A infecção é prevenida por interferons do tipo I como parte da imunidade inata e os anticorpos neutralizantes contribuem para a imunidade adaptativa. Uma vez que a infecção é estabelecida, as células infectadas são eliminadas pelas células NK na resposta inata e pelos CTL na resposta adaptativa. Abbas et al. 2019 A, cinética das respostas imunológicas inata e adaptativa para uma infecção viral. B, Mecanismos pelos quais a imunidade inata e adaptativa previne e erradica as infecções de vírus. A imunidade inata mediada por interferons do tipo I, que impedem a infecção e pelas células NK, que eliminam as células infectadas. A imunidade adaptativa é mediada por anticorpos e pelos CTLs, que bloqueiam a infecção e destroem as células infectadas, respectivamente. Imunidade Inata contra Vírus Os principais mecanismos de imunidade inata contra vírus são a inibição da infecção por interferons do tipo I e a destruição das células infectadas mediada pelas células NK. A infecção por diversos vírus está associada à produção de interferons tipo I por células infectadas, especialmente por células dendríticas do tipo plasmocitoide. Os interferons tipo I têm a função de inibir a replicação viral em ambas as células infectadas e não infectadas. Abbas et al. 2015 Imunidade Inata contra Vírus As células NK destroem as células infectadas devido a não expressão de MHC classe I. Abbas et al. 2015 As células NK destroem as células infectadas devido a não expressão de MHC classe I, que é muitas vezes “desligado” nas células infectadas por vírus como um mecanismo de fuga dos CTLs. Quando uma infecção por vírus ou outro estresse inibe a expressão do MHC de classe I nas células infectadas e induz a expressão de ligantes ativadores adicionais, o receptor inibidor da célula NK não é ocupado e o receptor ativador age sem oposição para desencadear respostas das células NK, tais como morte das células-alvo e secreção de citocinas. Imunidade Adaptativa contra Vírus A imunidade adaptativa contra as infecções virais é mediada pelos anticorpos, que bloqueiam a ligação do vírus e entram nas células hospedeiras, e por CTLs, que eliminam a infecção matando as células infectadas. Abbas et al. 2015 Os anticorpos são eficazes contra os vírus apenas durante a fase extracelular das vidas desses microrganismos. Os anticorpos antivirais ligam-se ao envelope viral ou aos antígenos do capsídeo e funcionam principalmente como anticorpos neutralizantes para impedir a fixação e a entrada do vírus nas células hospedeiras. Dessa forma, evita-se tanto a infecção inicial quanto a disseminação célula a célula. Além da neutralização, os anticorpos podem opsonizar partículas virais e promover a sua depuração por fagócitos. A ativação do complemento também pode participar da imunidade viral mediada por anticorpos, principalmente através da promoção de fagocitose e possivelmente pela lise direta de vírus com envoltórios lipídicos. Imunidade Adaptativa contra Vírus A Imunidade mediada por anticorpos contra vírus tem como funções: Neutralização - prevenir a invasão das células pelos vírus. Estimular a fagocitose. Iniciação da virólise pelo sistema complemento. Agregação de partículas virais. Abbas et al. 2015 Fonte: Departamento de Patologia da UNESP. Imunidade Adaptativa contra Vírus A eliminação dos vírus que residem dentro das células é mediada por CTL, que matam as células infectadas. Em infecções latentes, o DNA viral persiste nas células do hospedeiro, mas o vírus não se replica ou destrói as células infectadas. Em algumas infecções virais, a lesão no tecido pode ser causada por CTLs. Abbas et al. 2015 Fonte: Departamento de Patologia da UNESP. A maioria dos CTLs específicos para vírus são células T CD8+ que reconhecem peptídios virais, citosólicos, geralmente sintetizados endogenamente e que são apresentados por moléculas de classe I do MHC. Se a célula infectada é uma célula de tecido e não uma célula apresentadora de antígenos(APC), como as células dendríticas, a célula infectada pode ser fagocitada pelas células dendríticas, que processa os antígenos virais e os apresenta para as células T CD8+ imaturas. As células T CD8+ sofrem uma proliferação maciça durante a infecção viral e a maioria das células em proliferação são específicas para alguns peptídios virais. Os efeitos antivirais de CTLs são principalmente devidos à morte de células infectadas, mas outros mecanismos incluem a ativação de nucleases dentro de células infectadas que degradam genomas virais e a secreção de citocinas, tais como IFN-γ, que ativa fagócitos pode apresentaralguma atividade antiviral. /// A latência é frequentemente um estado de equilíbrio entre a infecção e a resposta imune. Qualquer deficiência na resposta imune do hospedeiro pode resultar na reativação da infecção latente, com a expressão de genes virais que são responsáveis pelos efeitos citopáticos e pela a propagação do vírus. Estes efeitos citopáticos podem incluir a lise de células infectadas ou a proliferação descontrolada das células. Tais infecções latentes são comuns com o vírus de Epstein-Barr, e vários outros vírus de DNA da família dos herpes-vírus. /// A latência é frequentemente um estado de equilíbrio entre a infecção e a resposta imune. Qualquer deficiência na resposta imune do hospedeiro pode resultar na reativação da infecção latente, com a expressão de genes virais que são responsáveis pelos efeitos citopáticos e pela a propagação do vírus. Estes efeitos citopáticos podem incluir a lise de células infectadas ou a proliferação descontrolada das células. Tais infecções latentes são comuns com o vírus de Epstein-Barr, e vários outros vírus de DNA da família dos herpes-vírus. Imunidade Adaptativa contra Vírus Evasão da Resposta Imunológica pelos Vírus Os vírus desenvolveram numerosos mecanismos para fugir da imunidade do hospedeiro. Abbas et al. 2015 RE, retículo endoplasmático; HCV, vírus da hepatite C; HIV, vírus da imunodeficiência adquirida; TAP, transportador associado ao processamento de antígeno. Imunidade Adaptativa contra Vírus Os vírus podem alterar seus antígenos e, portanto, deixam de ser alvos da resposta imune. Abbas et al. 2015 Os antígenos afetados são mais comumente glicoproteínas de superfície reconhecidas por anticorpos, epítopos de células T, mas também podem ser submetidas à variação. Os principais mecanismos de variação antigênica são mutações pontuais e rearranjo dos genomas de RNA (em vírus de RNA), que conduzem a variação e mudança antigênica. Os genomas virais sofrem mutações nos genes que codificam proteínas de superfície, e a variação que ocorre como resultado é chamada de mudança antigênica. Devido à variação antigênica, um vírus pode tornar-se resistente à imunidade gerada na população pelas infecções anteriores. Imunidade Adaptativa contra Vírus Alguns vírus inibem a apresentação de antígenos de proteínas citosólicas associadas ao MHC de Classe I. Abbas et al. 2015 Os vírus produzem uma variedade de proteínas que bloqueiam diferentes etapas do processamento, transporte e apresentação de antígenos. A inibição da apresentação antigênica bloqueia a montagem e expressão de moléculas de classe I do MHC estáveis e a exposição de peptídeos virais. Como resultado, as células infectadas por estes vírus não podem ser reconhecidas ou mortas pelas CD8+ CTL. Alguns vírus podem produzir proteínas que atuam como ligantes para receptores inibitórios das células NK e assim, inibir a ativação de células NK. Imunidade Adaptativa contra Vírus Alguns vírus produzem moléculas que inibem a resposta imunológica. Algumas infecções virais crônicas estão associadas à insuficiência de respostas CTL, o que permite a persistência viral. Os vírus podem infectar e destruir ou inativar as células imunocompetentes. · Abbas et al. 2015 Alguns vírus codificam moléculas, secretadas por células infectadas, que podem funcionar como antagonistas competitivos das citocinas, ou seja, eles codificam moléculas virais imunossupressoras. /// Este fenômeno tem sido chamado de exaustão, o que implica que as respostas imunológicas contra os vírus são iniciadas, mas interrompidas prematuramente. Existe evidência da exaustão de células T CD8+ nas infecções virais humanas crônicas, incluindo o HIV e a infecção pelo vírus da hepatite. /// HIV que infecta e elimina as células T CD4+. Imunidade contra parasitas Introdução aos parasitas Abbas et al. 2019 Na terminologia das doenças infecciosas, a infecção parasitária refere-se a infecção com parasitas de animais, tais como os protozoários, helmintos e ectoparasitas; Imagens de microscopia óptica evidenciam a infecção por Plasmodium simium. FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ (Fiocruz), Ministério da Saúde, Brasil. 2017. 500.000 mortes por ano Malária Dificuldades a eliminação dos parasitas Abbas et al. 2019 Ciclos de vida complexos Fármacos ineficazes Evasão da resposta imune Imunidade Inata aos Parasitas Abbas et al. 2019 A principal resposta da imunidade inata aos protozoários é a fagocitose. Alguns helmintos podem ativar a via alternativa do complemento. Os fagócitos podem atacar os parasitas helmintos e secretar substâncias microbicidas para matar organismos que são muito grandes para serem fagocitados. Imunidade Adaptativa aos Parasitas Diferentes protozoários e helmintos variam muito com relação às suas propriedades estruturais e bioquímicas, os ciclos de vida e seus mecanismos patogênicos. Abbas et al. 2019 Parasitas de vida extracelular Parasitas de vida intracelular Resposta imunológica mediada por células, em particular pela ativação de macrófagos por citocinas derivadas de células TH1. Resposta imunológica mediada por anticorpos específicos e respostas de CTL. Ativação de macrófagos por citocinas derivadas de células TH1 Abbas et al. 2019 Resposta imunológica mediada por anticorpos específicos Abbas et al. 2019 Imunoevasão por Parasitas Abbas et al. 2019 MECANISMOS DE EVASÃO IMUNE EXEMPLOS Variação antigênica Plasmodium, Tripanossomas Resistência adquirida ao complemento, CTLs Schistossomas Inibição das respostas imunes Filária Perda antigênica Entamoeba Estratégias para o Desenvolvimento de Vacinas Estratégias para o desenvolvimento de vacinas Erradicação completa ou quase completa de muitas doenças nos países desenvolvidos Nascimento da imunologia Princípio fundamental da vacinação Abbas et al. 2012 Estratégias para o desenvolvimento de vacinas Abbas et al. 2012 Estratégias para o desenvolvimento de vacinas Sucesso da vacinação na erradicação das doenças infecciosas Variação antigênica A maioria das vacinas trabalham induzindo a imunidade humoral Anticorpo de alta afinidade Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Duis sit amet odio vel purus bibendum luctus. Resposta imunológica do hospedeiro Latência Abbas et al. 2012 Vacinas Bacterianas e Virais Atenuadas e Inativadas Vacinas compostas a partir de microorganismos com virulência atenuada. Provocam toda resposta imunológica inata e adaptativa (tanto humoral quanto mediada por células). Maneira ideal de induzir a imunidade protetora. Vacinas de bactérias atenuadas produzem proteção limitada e eficácia por curto período de tempo. Vacinas virais vivas atenuadas são geralmente mais eficazes, frequentemente induzem a imunidade específica duradoura. Vacina contra a gripe Abbas et al. 2012 Vacinas de Antígeno Purificado (Subunidade) Compostas de antígenos purificados a partir de microrganismos ou toxinas inativadas e geralmente são administradas com um adjuvante. Prevenção de doenças causadas por toxinas bacterianas. Abbas et al. 2012 Vacinas de Antígenos Sintéticos Identifica-se a maioria dos antígenos ou epítopos microbianos mais imunogênicos para sintetizá-los no laboratório, e usar os antígenos sintéticos como vacinas. As vacinas feitas de antígenos derivados de DNA recombinante estão agora em uso para o vírus da hepatite, o vírus da herpes simples, o vírus da febre aftosa, os papilomavírus humano e o rotavírus. Abbas et al. 2012 Vacinas de Vírus Vivos Envolvendo Vírus Recombinantes Introduz-se os genes que codificam antígenos microbianos em um vírus não citopático e infecta-se pessoas com este vírus. O vírus funciona como uma fonte de antígeno em um indivíduo inoculado. Induzem o complemento total das respostas imunológicas, incluindo respostas CTL fortes. Problema:os vírus podem infectar as células hospedeiras e ainda embora eles não sejam patogênicos, podem produzir antígenos que estimulam respostas de CTL que matam as células hospedeiras infectadas. Abbas et al. 2012 Vacinas de DNA A inoculação de um plasmídeo que contém o DNA complementar (cDNA) que codifica um antígeno protéico leva às respostas imunes humoral e celular contra o antígeno. Os plasmídeos bacterianos são ricos em nucleotídeos CpG não metilados e são reconhecidos por um TLR (TLR9) em células dendríticas e outras células, provocando assim uma resposta imunológica inata que aumenta a imunidade adaptativa. Abbas et al. 2012 Adjuvantes e Imunomoduladores A maioria dos adjuvantes provoca a resposta imune inata, com aumento da expressão de coestimuladores e da produção de citocinas, tais como a IL-12, que estimula o crescimento e a diferenciação das células T. Apenas dois são utilizados em seres humanos: hidróxido alumínio gel de (que aparece para promover respostas de células B) Squalene (uma formulação lipídica que pode ativar fagócitos). Abbas et al. 2012 A Imunização Passiva A imunidade protetora também pode ser conferida pela imunização passiva, por exemplo, pela transferência de anticorpos específicos. Utilizada para o tratamento rápido de doenças potencialmente fatais causadas por toxinas. Curta duração. Não induz memória Abbas et al. 2012 Referências: ABBAS, Abul K.; PILLAI,Shiv; LICHTMAN, Andrew H.. Imunologia:Celular e Molecular. 9 ed. Rio De Janeiro: Editora Elsevier Ltda, 2019; c-di-AMP Secreted by Intracellular Listeria monocytogenes Activates a Host Type I Interferon Response BY JOSHUA J. WOODWARD, ANTHONY T. IAVARONE, DANIEL A. PORTNOY SCIENCE25 JUN 2010 : 1703-1705; Cyclic GMP-AMP Synthase Is a Cytosolic DNA Sensor That Activates the Type I Interferon Pathway BY LIJUN SUN, JIAXI WU, FENGHE DU, XIANG CHEN, ZHIJIAN J. CHEN SCIENCE15 FEB 2013 : 786-791; Ablasser, A., Goldeck, M., Cavlar, T. et al. cGAS produces a 2′-5′-linked cyclic dinucleotide second messenger that activates STING. Nature 498, 380–384 (2013); YASUDA, Keiko; TAKEUCHI, Yusuke; HIROTA, Keiji. The pathogenicity of Th17 cells in autoimmune diseases. In: Seminars in Immunopathology. Springer Berlin Heidelberg, 2019. p. 283-297.
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