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Introdução à Microbiologia e Propriedades dos Microrganismos

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MICROBIOLOGIA
Caro(a) aluno(a),
A Universidade Candido Mendes (UCAM), tem o interesse contínuo em proporcionar um
ensino de qualidade, com estratégias de acesso aos saberes que conduzem ao
conhecimento.
Todos os projetos são fortemente comprometidos com o progresso educacional para o
desempenho do aluno-profissional permissivo à busca do crescimento intelectual. Através
do conhecimento, homens e mulheres se comunicam, têm acesso à informação, expressam
opiniões, constroem visão de mundo, produzem cultura, é desejo desta Instituição, garantir
a todos os alunos, o direito às informações necessárias para o exercício de suas variadas
funções.
Expressamos nossa satisfação em apresentar o seu novo material de estudo, totalmente
reformulado e empenhado na facilitação de um construtor melhor para os respaldos
teóricos e práticos exigidos ao longo do curso.
Dispensem tempo específico para a leitura deste material, produzido com muita dedicação
pelos Doutores, Mestres e Especialistas que compõem a equipe docente da Universidade
Candido Mendes (UCAM).
Leia com atenção os conteúdos aqui abordados, pois eles nortearão o princípio de suas
ideias, que se iniciam com um intenso processo de reflexão, análise e síntese dos saberes.
Desejamos sucesso nesta caminhada e esperamos, mais uma vez, alcançar o equilíbrio e
contribuição profícua no processo de conhecimento de todos!
Atenciosamente,
Setor Pedagógico
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA .................................................................................... 4 
PROPRIEDADES GERAIS DOS VÍRUS ................................................................................. 6 
ESTRUTURA VIRAL ............................................................................................................... 8 
REPLICAÇÃO VIRAL ............................................................................................................ 11 
VÍRUS E CÂNCER ................................................................................................................. 13 
PRÍONS E VIROIDES ............................................................................................................. 14 
PROPRIEDADES GERAIS DAS BACTÉRIAS ................................................................ 14 
MORFOLOGIA BACTERIANA ............................................................................................. 15 
MEMBRANA CELULAR ....................................................................................................... 17 
REGIÃO NUCLEAR OU NUCLEOIDE................................................................................. 18 
RIBOSSOMOS ......................................................................................................................... 18 
INCLUSÕES ............................................................................................................................ 19 
PAREDE CELULAR ............................................................................................................... 19 
PAREDE CELULAR DAS BACTÉRIAS GRAM-POSITIVAS ............................................ 20 
PAREDE CELULAR DAS BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS .......................................... 21 
PAREDE CELULAR DAS BACTÉRIAS ÁLCOOL ÁCIDO RESISTENTES ..................... 22 
COLORAÇÃO DE GRAM ...................................................................................................... 22 
CÁPSULA ................................................................................................................................ 24 
PILI ........................................................................................................................................... 25 
FLAGELO ................................................................................................................................ 26 
PROPRIEDADES GERAIS DOS FUNGOS ....................................................................... 27 
PROPRIEDADES GERAIS DOS FUNGOS ........................................................................... 28 
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A IMPORTÂNCIA DOS FUNGOS EM NOSSA VIDA ........................................................ 35 
CRESCIMENTO MICROBIANO ......................................................................................... 36 
CRESCIMENTO MICROBIANO ........................................................................................... 36 
FATORES QUE INTERFEREM NO CRESCIMENTO MICROBIANO .............................. 38 
FATORES NUTRICIONAIS ................................................................................................... 41 
FATORES FÍSICOS E QUÍMICOS QUE CONTROLAM O CRESCIMENTO 
MICROBIANO ........................................................................................................................ 43 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 44 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 45 
 
 
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INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA 
 
A Microbiologia é um ramo da ciência que estuda os microrganismos, que são 
organismos muito pequenos, não visíveis a olho nu. 
Os microrganismos compreendem um grupo amplo de seres vivos, que na maioria das 
vezes são encontrados na forma unicelular e apresentam a propriedade de realizar suas funções 
vitais, como produção de energia, crescimento e reprodução, sem depender de outras células. 
Entre eles, estão as bactérias, os fungos, os protozoários, as algas e os vírus. Este último grupo 
possui natureza acelular e enquadra-se entre os seres vivos e a matéria inanimada. 
Há uma enorme diversidade de microrganismos que possui um grande espectro de vias 
metabólicas, que permitiram sua sobrevivência em distintas condições ambientais, como nas 
fontes termais, nas geleiras, na água, no solo, na vegetação e em outros seres vivos. E, apesar 
de não serem vistos, eles desempenham importantes funções para a manutenção do meio 
ambiente. 
Veja, a seguir, algumas funções importantes dos microrganismos. 
1. Alguns microrganismos possuem a propriedade de captar a energia do Sol e 
armazená-la em moléculas que são utilizadas como alimento para outros organismos. 
2. Eles são os grandes recicladores da matéria orgânica. Decompõem organismos 
mortos, produtos da excreção de outros seres vivos. 
3. São utilizados na degradação de resíduos poluentes (como solventes, pesticidas, 
óleos), em um processo conhecido com biorremediação. 
4. Por meio da decomposição da matéria orgânica, os microrganismos disponibilizam 
nitrogênio, carbono e enxofre na forma acessível para as plantas absorverem. 
5. As vias metabólicas dos microrganismos têm sido exploradas pela indústria de 
alimentos na produção de iogurte, queijo, pão, cerveja, vinho, entre outros, e pela 
indústria farmacêutica na produção de hormônios, por meio de microrganismos 
manipulados geneticamente (Biotecnologia) e de antibióticos. 
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6. Na área da Saúde, o conhecimento da biologia dos microrganismos permitiu a 
produção de vacinas, assim como o uso de bacteriófagos (vírus que infectam 
bactérias) para controle de infecções bacterianas. 
7. Na agricultura, os microrganismos são utilizados para fazer o controle de pragas. 
8. O conhecimento da genética dos microrganismos permitiu o desenvolvimento do 
Projeto Genoma, que atua no sequenciamento do DNA genômico de diferentes 
espécies. 
9. Na produção de energia, os microrganismos podem ser utilizados em processos de 
fermentação para a produção de biocombustíveis, como, por exemplo, o etanol, que 
é uma matriz energéticamenos poluidora. A maior parte do gás natural (metano) é de 
origem bacteriana. 
A frase do ilustre pesquisador francês Louis Pasteur (18221895) resume de maneira 
brilhante a atuação dos microrganismos na natureza: "O papel dos infinitamente pequenos na 
natureza é infinitamente grande". 
Apesar da grande biodiversidade dos microrganismos, eles podem ser classificados em 
quatro tipos principais: 
1. Microrganismos patogênicos: são aqueles que causam doenças infecciosas. Estima-se 
que menos de 1% dos microrganismos existentes são patogênicos. Exemplos: vírus HIV, 
causador da AIDS; vírus Influenza, causador da gripe; e o Mycobacterium tuberculosis, 
causador da tuberculose. 
2. Microrganismos não patogênicos: não causam infecções. 
3. Microrganismos oportunistas: são aqueles que vivem na superfície ou no interior dos 
seres vivos, inibindo o crescimento de microrganismos patogênicos na superfície onde 
estão. No entanto, quando a imunidade do hospedeiro diminui, ou quando a superfície 
onde habitam sofre uma lesão, estes microrganismos podem penetrar outros tecidos e 
causar infecção. Exemplos: Candida albicans causa monilíase, o popular "sapinho", em 
recém-nascidos; herpes, que se manifesta em imunodeprimidos. 
 
4. Microrganismos saprófitas: degradam material orgânico. 
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PROPRIEDADES GERAIS DOS VÍRUS 
 
A palavra vírus vem do latim e significa "veneno", "toxina", e está relacionada à 
descoberta do primeiro vírus, o vírus mosaico do tabaco, que ataca folhas dessa planta, 
deixando-a com manchas amareladas, conforme você pode observar na Figura 1. 
 
 
Figura 1 Folha de tabaco infectada com vírus do mosaico do tabaco. 
 
Na tentativa de realizar o isolamento do agente causador desta doença, o pesquisador 
Dmitri Iwanowski realizou a filtragem da seiva de uma planta doente e pretendia isolar a 
"suposta bactéria" causadora da doença, uma vez que esperava que ela ficasse retida no filtro. 
Para sua surpresa, ele descobriu que o agente causador da doença apresentava pequeno 
peso molecular, passando através dos poros do filtro, pois a seiva filtrada, ao ser aplicada nas 
folhas de uma planta de tabaco saudável, induzia a doença. Por causa desse fato, passou-se a 
denominar esses agentes filtráveis de "vírus". 
Somente após vários anos, e com o desenvolvimento da microscopia eletrônica, foi 
possível isolar e visualizar o vírus mosaico do tabaco, que você pode observar na Figura 2. 
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Figura 2 Fotomicroscopia eletrônica do vírus do mosaico do tabaco. 
 
Os vírus são partículas infecciosas muito pequenas, com formas e tamanhos variados 
(veja Figura 3), que não possuem natureza celular ou organelas intracitoplasmáticas; são 
desprovidos de maquinaria bioquímica para realizar a síntese macromolecular de proteínas e do 
seu ácido nucleico, impedindo sua autonomia para multiplicar-se. Dessa forma, devem, 
obrigatoriamente, estar dentro de uma célula para se multiplicar, utilizando a maquinaria 
bioquímica da célula hospedeira. Por essa razão, todos os vírus são parasitas intracelulares 
obrigatórios. 
Outra característica dos vírus é que eles apresentam um único tipo de ácido nucleico: ou 
DNA ou RNA, nunca possuindo ambos. 
 
 
Figura 3 Representação de diferentes tipos de vírus. 
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ESTRUTURA VIRAL 
 
As partículas virais, por não apresentarem natureza celular, possuem uma estrutura 
bastante simples, caracterizada pela presença de seu material genético (DnA ou RnA), que é 
revestido por uma cápsula proteica. Entretanto, em alguns tipos de vírus, há um revestimento 
externo adicional, que é chamado de envelope, constituído por uma camada bilipídica de 
fosfolipídios, proteínas e glicoproteínas, semelhante à membrana celular. 
Os vírus que não possuem envelope são denominados vírus não envelopados, enquanto 
os vírus que possuem envelope são os vírus envelopados. 
Alguns vírus especializados em infectar bactérias (bacteriófagos) apresentam uma 
estrutura mais elaborada, com estruturas especializadas para realizar a fixação e a invasão das 
células bacterianas e, por isso, são chamados de vírus complexos. Uma partícula viral completa 
recebe o nome de vírion. 
Nos vírus não envelopados, o capsídeo apresenta natureza proteica, como você pode 
observar na Figura 4. Cada unidade proteica do seu capsídeo é chamada de capsômero, que 
pode ser de um único tipo ou não. As proteínas do capsídeo possuem a função de reconhecer a 
célula hospedeira. 
 
 
Figura 4 Representação esquemática de um vírus não envelopado. 
 
 
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Os vírus envelopados repetem a estrutura dos vírus não envelopados, e são acrescidos 
do envelope, conforme demonstra a Figura 5. De acordo com o tipo de vírus, o envelope pode 
possuir projeções externas de glicoproteínas, as espículas, que têm a função de se ligar a 
proteínas de superfície de membrana da célula hospedeira. 
O envelope é adquirido durante o processo de saída do vírus da célula, onde ele utiliza 
parte das membranas celulares (membrana nuclear ou plasmática), associadas a suas proteínas, 
para construir o envelope. 
A estrutura do envelope, por ser parcialmente originada da célula hospedeira, protege 
as partículas virais do ataque do sistema imunológico e também facilita a disseminação das 
partículas virais para novas células, por intermédio da fusão com a membrana celular das 
células hospedeiras. 
 
Figura 5 Representação esquemática de um vírus envelopado. 
 
Há uma grande variedade de bacteriófagos, mas a maioria possui genoma de DNA. São 
desprovidos de envelope e possuem estruturas acessórias como bainha e fibras da cauda, que 
auxiliam no processo de fixação e invasão das bactérias. 
Observe o esquema representativo de um bacteriófago na Figura 6. Veja que o capsídeo 
ou cabeça possui uma forma poliédrica, onde se localiza o DNA. O restante da estrutura viral é 
a cauda, que é composta por uma bainha e possui estrutura helicoidal contrátil. 
As células bacterianas apresentam uma estrutura semirrígida chamada de parede celular. 
É uma membrana celular externa, uma barreira que os bacteriófagos necessitam romper para 
invadir a célula. 
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Figura 6 Representação esquemática de um bacteriófago. 
 
Aleatoreamente, um bacteriófago pode colidir com a parede celular de uma bactéria, na 
extremidade da cauda do bacteriófago. As fibras da cauda interagem com moléculas da parede 
celular bacteriana, promovendo a sua adesão. Posteriormente, as fibras da cauda liberam a 
enzima lisozima, que degrada a parede celular, produzindo um poro na parede celular, a bainha 
contrátil contrai e, por propulsão, o material genético viral é introduzido no citoplasma da 
bactéria hospedeira. Veja a sequência na Figura 7. 
 
 
Figura 7 Representação esquemática de um bacteriófago invadindo uma célula 
bacteriana. 
 
 
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REPLICAÇÃO VIRAL 
 
De modo geral, os vírus multiplicam-se em seis passos, como demonstra a Figura 8. 
 
Figura 8 Esquema dos passos da replicação viral. 
 
Entenda, a seguir, cada um desses passos: 
1) Adesão (adsorção): por meio de moléculas do envelope (espículas) ou do capsídeo 
(capsômero), a partícula viral adere-se à membrana celular da célula hospedeira. 
2) Penetração: é a introdução do vírion ou de seu material genético no interior da célula 
hospedeira. 
3) Desnudamento (perda da cobertura): se for o caso, o vírus perde o capsídeo, ou 
também o envelope, para expor seu material genético. 
4) Síntese: ocorre a síntese de novas cópias domaterial genético viral e a síntese das 
proteínas virais. 
5) Montagem (maturação): processo em que o vírion é montado por meio das 
biomoléculas disponíveis (ácido nucleico e proteínas virais). no caso dos vírus 
envelopados, o vírion só é finalizado durante a saída do vírus da célula por 
brotamento, onde ele utiliza parte da membrana da célula contendo proteínas virais 
para constituir seu envelope. 
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6) Liberação: na saída da célula, as partículas virais podem lisá-la ao saírem 
coletivamente. Existem alguns casos de saída da célula por brotamento em que as 
partículas virais saem de maneira mais controlada, não submetendo a célula 
hospedeira à lise. 
Os bacteriófagos podem se replicar por meio do ciclo lítico ou por meio do ciclo 
lisogênico. Ao fazer o ciclo lítico como o da Figura 9, os bacteriófagos seguem os passos da 
replicação viral descritos; porém, durante a fase de liberação, eles lisam a célula hospedeira, 
uma vez que liberam coletivamente a enzima lisozima, que rompe com a parede celular 
bacteriana, permitindo que as partículas virais escapem para invadir outras células. 
Observe que no ciclo lisogênico, ainda na Figura 9, após o passo da penetração, o 
material genético viral é incorporado ao material genético bacteriano, e nesta condição ele é 
chamado de prófago. O vírus pode permanecer latente como um prófago no interior da célula 
bacteriana por um período longo de tempo. Cada vez que esta bactéria em lisogenia se 
multiplicar, as células descendentes levarão consigo uma cópia do prófago. Eventualmente, o 
prófago pode sofrer um estímulo externo (falta de nutrientes, presença de drogas) e iniciar o 
ciclo lítico. O vírus do herpes, que promove lesões bolhosas nos lábios, é um exemplo de vírus 
que faz ciclo lisogênico, ele permanece no interior das células do sistema nervoso. Porém, 
quando a imunidade do indivíduo enfraquece, este vírus entra no ciclo lisogênico, migra para 
as células epitelias dos lábios e multiplica-se causando as lesões bolhosas nos lábios. 
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Figura 9 Esquema dos ciclos de replicação lítico e lisogênico dos bacteriófagos. 
 
VÍRUS E CÂNCER 
 
Estima-se que 15% dos cânceres humanos sejam resultantes de infecções virais. Como 
no caso dos bacteriófagos que fazem o ciclo lisogênico, alguns vírus que infectam as células 
animais também podem inserir seu material genético no genoma humano em sítios aleatórios, 
transformando as células em um tumor maligno. 
Ao se integrar ao genoma humano, o vírus induz a síntese das proteínas virais; algumas 
destas proteínas interrompem o efeito dos genes supressores de tumores e, dessa forma, a célula 
hospedeira passa a se dividir descontroladamente. 
 
 
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 PRÍONS E VIROIDES 
 
Príons e viroides são agentes semelhantes aos vírus, porém não possuem a característica 
de um vírion completo. 
O príon é uma proteína infecciosa que apresenta resistência a calor e a agentes químicos 
e replicação lenta. Acredita-se que esta proteína pode ser originada por mutação ou adquirida 
por meio da ingestão de alimento contaminado, uso de produtos médicos contaminados 
(hormônios, sangue e transplantes) e transmissão por meio de instrumentos contaminados de 
procedimentos cirúrgicos. 
Estudos indicam que o príon (proteína alterada) tem a capacidade de atuar sob as 
proteínas de membrana de células nervosas, removendo-as da membrana celular e convertendo-
as em príons (proteína com conformação alterada). Com isso, promovem alterações 
degenerativas no cérebro, como a encefalopatia espongiforme, em que as células nervosas vão 
gradativamente morrendo, dando um aspecto esponjoso ao encéfalo. 
A doença humana mais conhecida é a doença de Creutzfeudt-Jacob, que tem sido 
associada à ingestão de carne infectada de gado portador de encefalopatia espongiforme bovina, 
popularmente conhecida como a "doença da vaca louca". 
Os viroides, por sua vez, correspondem a moléculas de RNA de baixo peso molecular, 
que não contêm informação genética para a síntese de uma proteína, não possuindo capsídeo 
ou envelope. 
Alguns viroides causam doenças em plantações de interesse comercial, como no caso 
de plantações de tomate, em que o príon induz a doença de atrofia apical do tomate. 
 
Propriedades Gerais das Bactérias 
 
Iremos abordar os aspectos da morfologia interna e externa das bactérias. Você terá a 
oportunidade de conhecer os principais tipos de bactérias existentes em relação à composição 
da parede celular, uma estrutura localizada externamente à membrana celular. Além disso, você 
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aprenderá uma técnica de coloração, a coloração de Gram, que diferencia as bactérias Gram-
positivas das Gram-negativas. 
Espera-se que, ao final desta unidade, você seja capaz de reconhecer a morfologia e a 
fisiologia das estruturas bacterianas e que seja apto a distinguir os tipos de bactérias em relação 
à composição da parede celular. 
 
MORFOLOGIA BACTERIANA 
 
As bactérias são células procarióticas, constituídas de uma única célula e desprovidas 
de envelope nuclear. Possuem um cromossomo circular único, porém algumas bactérias podem 
possuir informação genética extracromossômica, que está presente em pequenas moléculas de 
DNA circular, chamadas de plasmídios. 
As bactérias não possuem em seu citoplasma as organelas membranosas, típicas das 
células eucarióticas; possuem apenas os ribossomos, que realizam a síntese proteica. 
As células procarióticas são muito pequenas em relação às células eucarióticas. 
Enquanto as células procarióticas possuem um diâmetro que varia de 0,1 µm a 60 µm, as células 
eucarióticas podem apresentar um diâmetro de 2 µm a 200 µm. Dessa forma, a relação 
superfície/volume é maior nas células procarióticas. 
Ter uma elevada relação superfície/volume significa que nenhuma parte do interior da 
célula está distante da superfície e que os nutrientes externos podem chegar rapidamente a 
qualquer parte da célula, pois a velocidade com que os nutrientes ou as substâncias excretadas 
entram ou saem da célula é inversamente proporcional ao tamanho celular. Por essa razão, as 
células procarióticas, em condições favoráveis, se multiplicam rapidamente. 
Para você ter uma ideia do impacto do tamanho celular em relação à velocidade do 
crescimento celular entre as células eucarióticas e procarióticas, basta avaliar o tempo médio 
que elas demoram a se dividir: uma bactéria, em média, demora 20 minutos para se multiplicar, 
enquanto a média das células do corpo humano é de 24 horas. 
Encontramos na natureza uma variedade muito grande em relação à forma da célula 
bacteriana. Veja, na Figura 10, as formas mais comuns: 
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Figura 10 Representação de formas e arranjos bacterianos. 
Repare na diversidade de formas: 
1) coco: forma esférica; 
2) bacilo: forma de bastão; 
3) vibrião: forma de vírgula; 
4) 4) espirilo: forma ondulada; 
5) 5) espiroqueta: forma espiral. 
 
Além de apresentarem formas típicas, algumas bactérias são encontradas em grupos, 
formando diferentes arranjos: 
1) diplococo: dois cocos; 
2) tétrade: 4 cocos em cubo; 
3) sarcina: 8 cocos em cubo; 
4) estreptococo: uma série de cocos em cadeia; 
5) estafilococo: arranjo semelhante ao cacho de uva; 
6) diplobacilo: dois bacilos unidos; 
7) estreptobacilo: vários bacilos em cadeia. 
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Veja, na Figura 11, a estrutura geral das bactérias, composta por: 
 
• membrana celular; 
 
• citoplasma, que contém a região nucleoide, onde está o cromossomo único,ribossomos, 
grânulos e vesículas. 
 
Figura 11 Esquema representativo da estrutura geral das bactérias. 
 
Externamente à membrana, a bactéria possui parede celular e a presença facultativa de 
algumas estruturas, como cápsula, pili (pelos) e flagelo. 
Essas estruturas serão estudadas a partir de agora com mais detalhes. 
 
MEMBRANA CELULAR 
 
A membrana celular das bactérias é estruturalmente semelhante à membrana das 
células eucarióticas. Ela segue o modelo mosaico fluido; é composta por uma camada bilipídica, 
proteínas e carboidratos. Sua principal função é a permeabilidade seletiva, isto é, fazer a seleção 
das moléculas que entram e saem da célula. 
O diferencial da membrana celular das bactérias é que ela apresenta maior quantidade 
de proteínas, uma vez que esta célula é desprovida das organelas membranosas, e as funções 
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dessas organelas são transferidas para a membrana celular, como por exemplo: a síntese de ATP 
e a síntese de componentes da parede celular. Ela também auxilia na replicação do DNA. 
 
REGIÃO NUCLEAR OU NUCLEOIDE 
 
As células bacterianas são desprovidas de envelope nuclear. Sua região nuclear, também 
chamada de nucleoide, localiza-se no centro da célula onde está a presença de um único 
cromossomo circular, conforme Figura 3. Algumas bactérias possuem ainda moléculas de DNA 
circular menores, chamadas de plasmídios, que complementam o DNA cromossômico e, 
geralmente, possuem genes de resistência a antibióticos. 
 
Figura 12 Esquema representativo da estrutura bacteriana nucleoide. 
 
RIBOSSOMOS 
 
Os ribossomos são abundantes no citoplasma bacteriano. Apresentam formato esférico 
e estão relacionados à síntese de proteínas. 
Os ribossomos das bactérias são ligeiramente menores que os ribossomos das células 
eucarióticas. 
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O coeficiente de sedimentação é a taxa que mede a velocidade de sedimentação em um 
tubo submetido à centrifugação, e é expresso em unidades de Svedberg (S). Os ribossomos das 
células procarióticas possuem 70S, enquanto o das células eucarióticas é de 80S. 
Alguns antibióticos têm a capacidade de se aderir exclusivamente aos ribossomos 70S, 
bloqueando a síntese proteica nas bactérias, sem exercer este efeito nas células eucarióticas, 
como a eritromicina e a estreptomicina. 
 
INCLUSÕES 
 
As inclusões servem para a célula armazenar substâncias importantes para o seu 
metabolismo. A quantidade das inclusões pode variar, dependendo da quantidade de nutrientes 
disponível no ambiente. 
No citoplasma bacteriano, podem ser encontrados dois tipos de inclusões: 
• grânulos: contêm um aglomerado de moléculas compactadas que ficam 
armazenadas no citoplasma. Os grânulos não são delimitados por uma membrana. 
Exemplo: grânulos de glicogênio (um polímero de glicose, que serve como fonte 
de energia) e grânulos de pirofosfato (polímero de fosfato, importante para várias 
vias metabólicas). 
• vesículas: são estruturas que armazenam moléculas (gases e lipídios) que são 
delimitadas por uma membrana. 
 
PAREDE CELULAR 
 
A parede celular é uma estrutura semirrígida, localizada na parte externa da membrana 
celular, que tem como componente principal o peptideoglicano, que é um polímero formado 
por moléculas de n-acetilglicosamina e ácido n-acetilmurâmico. Essas moléculas se alternam 
na composição das cadeias e as moléculas de peptideoglicano se sobrepõem, formando uma 
rede que confere rigidez à parede celular. Veja na Figura 13. 
 
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Figura 13 Esquema representativo de moléculas de peptideoglicano. 
 
Mas por que razão as bactérias necessitam desta estrutura externa rígida? 
Esta estrutura é necessária porque, como a pressão intracitoplasmática é equivalente a 2 
atmosferas, para suportar esta pressão sem estourar, as bactérias desenvolveram a parede 
celular, que desempenha um importante papel na manutenção da forma da célula. 
De acordo com a composição da parede celular, as bactérias podem ser divididas em 
três grupos: bactérias Gram-positivas; bactérias Gram-negativas; bactérias álcool-ácido-
resistentes. Estudaremos, a seguir, sobre cada tipo e bactéria. 
 
PAREDE CELULAR DAS BACTÉRIAS GRAM-POSITIVAS 
 
A parede celular das bactérias Gram-positivas, conforme esquema da Figura 14, 
caracteriza-se pela presença de uma camada espessa, com cerca de 90% de peptideoglicano. 
Inseridas na camada de peptideoglicano, as bactérias Gram positivas possuem ácido teicoico. 
 
MADIGAN et. al. (2004, p. 72). 
Figura 14 Estrutura da parede celular de bactérias Gram-positivas. 
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PAREDE CELULAR DAS BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS 
 
A parede celular das bactérias Gram-negativas, como você pode observar no esquema 
da Figura 15, possui uma estrutura mais complexa. 
Inicialmente, ela possui duas membranas, a membrana externa e membrana interna. 
Entre as duas membranas, há uma camada fina de peptideoglicano. A membrana externa é mais 
permeável que a membrana interna, e possui o lipopolissacarídeo (LPS) fixado em seu lado 
externo. Esse LPS é responsável por causar febre e diminuir a pressão sanguínea pela dilatação 
dos vasos sanguíneos. 
Outro fator exclusivo da parede celular das bactérias Gram-negativas é a presença de 
um espaço entre a membrana interna e a camada de peptideoglicano, chamado de periplasma 
ou espaço periplasmático. Esse espaço possui enzimas digestivas que metabolizam 
substâncias nocivas às bactérias, incluindo alguns antibióticos. 
 
MADIGAN et. al. (2004, p. 75). 
Figura 15 Esquema representativo de moléculas da parede celular de bactérias 
Gramnegativas. 
 
 
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PAREDE CELULAR DAS BACTÉRIAS ÁLCOOL ÁCIDO RESISTENTES 
 
As bactérias álcool ácido resistentes recebem este nome porque, depois de coradas, se 
tratadas com soluções ácidas, não perdem a sua coloração. Pertencem ao gênero 
Mycobacterium sp. 
A parede celular das micobactérias, como mostra o esquema da Figura 16, caracteriza-
se pela elevada quantidade de lipídios (60% do peso da parede celular). O alto teor lipídico 
confere a elas algumas propriedades, como crescimento lento, resistência a ácidos, resistência 
a detergentes e resistência a antibióticos comuns. 
 
Figura 16 Esquema representativo da parede celular da bactéria álcool ácido-resistente 
Mycobacterium sp. 
COLORAÇÃO DE GRAM 
 
A coloração de Gram foi desenvolvida pelo médico dinamarquês Hans Christian Gram 
em 1884. É uma coloração diferencial para bactérias Gram-positivas e Gram-negativas. 
Observe este método de coloração na Figura 8. Após a fixação, ou seja, a adesão das 
bactérias à lâmina microscópica, por secagem natural ou aquecimento rápido, as bactérias são 
inicialmente coradas por um minuto com coloração violeta. A seguir, acrescenta-se lugol 
(solução de iodo), que é uma substância mordente, isto é, fixará a coloração violeta no interior 
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da célula. Posteriormente, as lâminas são lavadas com uma solução de etanol e acetona e 
contracoradas com o corante safranina, de cor vermelho-sangue. 
Este método permite diferenciar as bactérias Gram-positivas das Gram-negativas, 
devido à diferença na quantidade de peptideoglicano na parede celular destas bactérias. 
Ambas as bactérias se coram com o corante violeta, porém, ao serem lavadas com a 
solução de álcool e acetona, as bactérias Gram-negativas, por possuírem uma camada fina de 
peptideoglicano, permitem a saída do corante violeta e ficam incolores. Já as bactérias Gram-
positivas, por possuírem uma camada espessa de peptideoglicano,ao serem lavadas com álcool 
e acetona, retêm o corante violeta em seu citoplasma. 
Ao final da coloração, as bactérias Gram-positivas permanecem com coloração azul ou 
roxa, enquanto as bactérias Gram-negativas são coradas com a safranina após a lavagem com a 
solução de álcool e acetona, adquirindo cor vermelha. Veja na Figura 17. 
 
 
Figura 17 Esquema da coloração de Gram. 
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 Figura 18 Coloração de Gram. 
 
 
CÁPSULA 
 
Ao lado externo da parede celular de algumas bactérias, há um depósito de material 
polissacarídico, com espessura variada, que é denominada de cápsula ou camada limosa. 
Esta camada polissacarídica está relacionada com a adesão às células do hospedeiro, e 
funciona como um mecanismo de escape das funções do sistema imune, uma vez que a cápsula 
dificulta o reconhecimento dos antígenos bacterianos presentes na parede celular pelas células 
desse sistema. 
Além disso, a presença da cápsula protege as bactérias contra a dessecação, pois seus 
carboidratos interagem facilmente com moléculas de água. Veja uma imagem de uma cápsula 
na Figura 19: 
 
Figura 19 Cápsula bacteriana. 
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PILI 
 
Os pili (plural do latim pilus, significa "pelos") são prolongamentos externos pequenos 
e ocos, não associados com a promoção da motilidade bacteriana. Há dois tipos de pili: 
• Pili de ligação: também chamados de fímbrias, são curtos e estão relacionados 
à adesão das bactérias nas superfícies das células dos hospedeiros ou de rochas, na água, entre 
outros. Essas estruturas aumentam a patogenicidade bacteriana. Veja a Figura 20. 
 
 
Figura 20 Pili de ligação (fímbrias). 
 
• Pili sexual: é mais longo que o pili de ligação. Promove uma conexão entre duas 
células bacterianas e funciona como um canal de transferência de material genético (DnA 
plasmidial) entre as bactérias. Este processo de transferência de material genético é chamado 
de conjugação. É um evento que aumenta a variabilidade genética e pode conferir resistência 
aos antibióticos para a bactéria receptora, uma vez que o DNA plasmidial pode conter genes de 
resistência a antibióticos. Veja a Figura 21. 
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Figura 21 Pili sexual ligando as bactérias. 
 
Observe, no esquema da Figura 22, como ocorre a conjugação. 
 
Figura 22 Esquema representativo de conjugação bacteriana. 
 
FLAGELO 
 
O flagelo consiste em uma estrutura longa e fina que, se fixada na membrana celular e 
na parede celular, possui a função de promover a locomoção. É composto de subunidades de 
uma proteína chamada de flagelina, que confere ao flagelo uma forma helicoidal. 
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Em relação ao flagelo, as bactérias são classificadas como: 
 
1. atríquias: bactérias desprovidas de flagelo; 
2. monotríquias: possuem um flagelo; 
3. anfitríquias: possuem dois flagelos em polos opostos; 
4. lofotríquias: possuem dois ou mais flagelos em uma extremidade; 
5. peritríquias: possuem flagelos em toda a periferia bacteriana. 
 
Veja, na Figura 23, a seguir, uma representação esquemática desses tipos de flagelos 
bacterianos. 
 
Figura 23 Representação dos tipos de flagelos bacterianos. 
 
Propriedades Gerais dos Fungos 
 
Nesta unidade, iremos estudar os fungos, um grupo de microrganismos eucariotos 
bastante diverso e amplamente distribuído na natureza. 
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Aqui, você aprenderá a distinguir a morfologia dos fungos filamentosos e 
leveduriformes, bem como conhecer as principais classes de fungos e suas formas de 
multiplicação. 
Espera-se que, ao final deste estudo, você seja capaz de reconhecer a estrutura fúngica 
e desenvolva habilidades para distinguir os fungos das bactérias e dos vírus. Além disso, espera-
se que você compreenda a importância desses seres vivos para nossa vida. 
 
PROPRIEDADES GERAIS DOS FUNGOS 
 
Os fungos compreendem um grupo diverso de organismos eucariotos que podem 
sobreviver tanto em hábitat aquático quanto terrestre. São heterotróficos, nutrindo-se de outros 
seres vivos, podendo ser: 
• saprófitas: alimentam-se de matéria orgânica em decomposição; 
• simbiontes: vivem em simbiose (relação entre dois organismos que promove 
vantagem mútua); 
• comensais: vivem em comensalismo (relação em que um organismo se beneficia 
de outro, sem prejudicá-lo ou beneficiá-lo). 
Por apresentarem algumas características típicas, os fungos são classificados em um 
reino separado, o Reino fungi. 
Os fungos são diferenciados de outros organismos eucariotos por possuírem na parede 
celular os polissacarídeos quitina e glucana e porque, em sua membrana celular, o ergosterol 
entra no lugar do colesterol. 
Morfologicamente, os fungos podem ser leveduriformes (leveduras) ou filamentosos 
(bolores). 
As leveduras ou fungos leveduriformes são fungos unicelulares, com aspecto esférico. 
Na maioria das vezes, elas se reproduzem assexuadamente por brotamento. Neste processo, 
uma célula-mãe dá origem a uma protuberância, que cresce e posteriormente se separa dela, 
deixando cicatrizes. 
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Uma levedura bastante útil para o homem é a do gênero Saccharomyces, mostrada na 
Figura 24. Ela é utilizada na fabricação de pães e na produção de bebidas alcoólicas. 
 
Figura 24 Levedura de Saccharomyces cerevisiae. 
 
Os bolores ou fungos filamentosos, como os da Figura 25, são multicelulares. São 
compostos por filamentos, estruturas tubulares chamadas de hifas, que se alongam em suas 
extremidades e crescem ao longo de uma superfície, ramificando-se e formando uma massa 
compacta, o micélio. 
 
Figura 25 Microscopia eletrônica de varredura de Penicillium sp. 
 
As hifas podem ser septadas, isto é, divididas por septos ou paredes transversais, ou não 
septadas, chamadas de hifas cianocíticas. 
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As hifas que crescem na superfície sólida do meio de cultura ou sob a matéria orgânica 
são as hifas vegetativas. As hifas que se projetam para o ar acima da superfície sólida são 
chamadas de hifas aéreas. Observe o esquema da Figura 26, que apresenta esses dois tipos de 
hifas. 
 
 
Figura 26 Esquema representativo das hifas de um fungo. 
 
As hifas aéreas podem conter estruturas especializadas, conhecidas como conídios, que 
são esporos assexuados (não derivados da fusão de gametas), facilmente transportados pelo ar 
e dispersos na natureza. 
Alguns fungos produzem esporos sexuais, resultantes da fusão de gametas ou de hifas 
especializadas (gametângios), ou da fusão de células haploides, com o propósito de formar uma 
célula diploide que, posteriormente, sofrerá meiose e mitose para produzir esporos individuais. 
Existem ainda os fungos dimórficos, que podem existir na forma de levedura ou na 
forma filamentosa, de acordo com a temperatura. Alguns fungos patogênicos humanos são 
dimórficos. 
Em relação às bactérias, os fungos apresentam um crescimento lento, com um tempo de 
multiplicação celular de horas. 
Observe a seguir, na Figura 27, a transição de um fungo dimórfico, induzido, pela 
temperatura, a mudar do estado filamentoso (micélio) para o estado de levedura. 
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STURME, M. H. J. et. al. (2011). 
Figura 27 Morfologia de células do fungo dimórfico P. brasiliensis, induzidas a sofrer 
a transição micélio-levedura por um aumento de temperatura de 26 oC para 37oC. 
 
 
Os fungos são divididos em cinco filos: 
1) Cythridiomycota: compreende umgrupo de fungos primitivos, caracterizados 
pela presença de flagelo em algum estágio do seu ciclo de vida. A maioria deles é aquática. Sua 
parede celular contém quitina e glucanos (polissacarídeos). Podem ser unicelulares ou 
multicelulares, sendo a maioria saprófita ou parasita. 
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2) Zygomycota (zigomicetos): possuem parede celular com quitina e hifas não 
septadas. O mais conhecido é o Rhizopus nigricans, representado nas Figuras. O bolor negro 
que cresce nos pães e nas frutas contém hifas aéreas com esporos. Quando são transportados 
pelo vento e caem sobre a matéria orgânica, estes esporos germinam e originam novas hifas. 
Entretanto, pode ocorrer também a reprodução sexuada, com a fusão nuclear de hifas de cepas 
diferentes, gerando zigotos em uma estrutura rígida chamada de zigósporo. 
3) 
 
Figura 28 Esquema representativo do Rhizopus nigricans. 
 
Figura 29 Rhizopus nigricans apresentando esporos. 
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Figura 30 Esquema representativo do ciclo de reprodução do Rhizopus nigricans. 
 
4) Ascomycota (ascomicetos): recebem este nome porque produzem esporos 
sexuados dentro de uma estrutura em forma de saco, o asco. Possuem hifas septadas com um 
poro central. Nos fungos filamentosos, a reprodução assexuada ocorre com a produção de 
conídios nas extremidades das hifas. Veja esse tipo de reprodução na Figura 31. Já na 
reprodução sexuada, como você pode observar na Figura 9, uma hifa produz um ascogônio e 
outra hifa próxima produz um anterídio. Eles se fundem e, em seu interior, ocorre a fusão 
nuclear, com a produção de um zigoto que se divide em 8 núcleos dentro de cada asco, formando 
8 ascósporos, que são expelidos e produzem novas hifas. As leveduras estão incluídas neste 
grupo, apesar de se reproduzirem assexuadamente. 
 
Figura 31 Esquema representativo da reprodução assexuada dos ascomicetos. 
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Figura 32 Esquema representativo da reprodução sexuada dos ascomicetos. 
 
5) Basidiomycota (basidiomicetos): são fungos que possuem uma estrutura 
sexuada em forma de clava, chamada de basídio. São conhecidos popularmente como 
cogumelos. Em seu ciclo de vida, que você pode observar na Figura 33, os esporos sexuais 
germinam formando hifas com septos. No micélio, ocorre a fusão das hifas. As hifas 
dicarióticas se desenvolvem e produzem basídios, gerando os basidiósporos. 
6) 
 
Figura 33 Esquema representativo do ciclo de vida dos basidiomicetos. 
 
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Alguns cogumelos são produtores de toxinas letais para o homem, como o Amanita 
muscaria da Figura 34: 
 
Figura 34 Cogumelo Amanita muscaria. 
 
7) Deteromycota (fungos imperfeitos): são chamados de imperfeitos porque não 
possuem o estágio sexuado em seu ciclo de vida. 
 
A IMPORTÂNCIA DOS FUNGOS EM NOSSA VIDA 
 
Nos ecossistemas, os fungos são decompositores, uma vez que sua sobrevivência está 
vinculada à excreção de enzimas que degradam a matéria orgânica. Eles podem ser 
considerados os grandes recicladores de matéria orgânica da natureza. 
Para inibir seus competidores no meio ambiente, os fungos secretam algumas 
substâncias tóxicas como os antibióticos. A maioria dos antibióticos do mercado farmacêutico 
é derivada de fungos. Vale a pena relembrar que o primeiro antibiótico a ser descoberto por 
Alexander Fleming, em 1928, foi a penicilina, um derivado do fungo Penicillium sp. 
A indústria farmacêutica também se beneficiou de substâncias derivadas de fungos que 
possuem atividade imunossupressora, administradas em pacientes transplantados. 
Na indústria de alimentos, tem-se a utilização dos fungos nos processos de fermentação 
para a produção de bebidas alcoólicas, pães, queijos entre outros alimentos, além de alguns 
serem consumidos, como é o caso do champignon, do shitake e do shimeji, que apresentam alto 
teor de proteínas. 
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Os fungos, por serem organismos eucariotos, são um excelente modelo de estudo sobre 
estes, e têm sido utilizados pela biotecnologia na produção de biofármacos. 
Já os fungos que parasitam insetos podem ser extremamente úteis para o controle de 
pragas nas plantações (biocontrole), evitando o uso de pesticidas químicos. 
 
Crescimento Microbiano 
 
Nesta unidade, iremos abordar dois temas importantes: o crescimento microbiano e o 
controle do crescimento microbiano. Aqui, você aprenderá quais são os principais fatores 
físicos e nutricionais que podem afetar a multiplicação microbiana. 
Em nosso cotidiano, há circunstâncias em que o crescimento microbiano é desejável, 
como, por exemplo, na preparação de um pão, em que se acrescenta fermento biológico à 
mistura de farinha, leite e açúcar. à medida que as leveduras crescem neste ambiente, elas 
utilizam o açúcar para fermentar a massa; neste processo, seu crescimento é bem-vindo. No 
entanto, em algumas circunstâncias, o crescimento microbiano pode ser indesejável, como o 
crescimento de microrganismos nos alimentos, tornando-os impróprios ao consumo, ou em uma 
situação de uma infecção, em que se procura minimizar seu crescimento. 
Espera-se que, ao final desta unidade, você seja capaz de reconhecer os fatores que 
interferem no crescimento microbiano, que aprenda a identificar as fases desse crescimento e 
reconheça os agentes químicos e físicos que exercem atividade microbicida. 
 
CRESCIMENTO MICROBIANO 
 
Em Microbiologia, a palavra "crescimento" refere-se ao aumento do número de células. 
A maioria das bactérias se multiplica por meio da fissão binária, demorando, em média, 20 
minutos para se desenvolver. 
O crescimento microbiano pode ser monitorado por meio da contagem do número de 
células em uma cultura microbiana em função do tempo. Com esses dados, constrói-se um 
gráfico chamado de curva de crescimento microbiano, como o da Figura 35. 
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Figura 35 Gráfico da curva de crescimento microbiano. 
 
Por meio da análise da curva de crescimento microbiano, pode-se observar que há quatro 
fases distintas: 
1) fase Lag: nesta fase, as células microbianas estão em processo de adaptação ao meio 
de cultura. Aqui, as células aumentam seu volume e acumulam adenosina trifosfato 
(ATP), que são moléculas que armazenam energia, porém a multiplicação celular é 
baixa. 
2) fase Log (logarítmica) ou exponencial: após o período de adaptação, as células se 
multiplicam em velocidade exponencial. Neste período, as células se multiplicam em 
velocidade máxima devido à grande disponibilidade de nutrientes no meio de cultura. 
3) fase estacionária: à medida que ocorre o gasto dos nutrientes no meio de cultura, o 
número de células que se multiplicam é igual ao número de células que morrem, 
mantendo constante o número de células vivas. 
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4) fase de morte: com a crescente escassez de nutrientes no meio de cultura, as células 
começam a morrer coletivamente, reduzindo de forma drástica o número de células 
viáveis. 
 
FATORES QUE INTERFEREM NO CRESCIMENTO MICROBIANO 
 
Para que o crescimento microbiano ocorra com êxito, é necessário encontrar as 
condições físicas (pH, temperatura, pressão osmótica) e químicas ideais (fatores nutricionais) 
para os microrganismos se multiplicarem. Vejamos agora a influência desses fatores para o 
crescimento microbiano. 
 
Potencial hidroxiliônico (pH) 
 
O potencial hidroxiliônico ou pH é um índice que expressa a acidez ou a alcalinidade 
de uma substância, como você pode observar na Figura 36. 
Em relação ao pH, as bactériassão divididas em: 
• Acidófilas: crescem na faixa de pH 0,1-5,4; 
• Neutrófilas: crescem na faixa de pH 5,4-8,5; 
• Alcalófilas: crescem na faixa de pH 7,0-11,5. 
 
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Figura 36 Distribuição dos microrganismos conforme o pH. 
 
 
Temperatura 
 
Cada microrganismo possui uma temperatura mínima, necessária à multiplicação 
celular, e uma temperatura máxima, que é o limite para que as suas enzimas não sejam 
desnaturadas e ele ainda continue a se multiplicar. Possui, também, uma temperatura ótima, que 
é a temperatura ideal para seu funcionamento enzimático e, consequentemente, para sua 
proliferação máxima. Observe o gráfico da Figura 37. 
 
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Figura 37 Gráfico do efeito da temperatura no crescimento microbiano. 
 
De acordo com a faixa de temperatura de crescimento, os microrganismos podem ser 
classificados em quatro categorias principais: 
1) psicrófilos: crescem em temperaturas baixas; 
2) mesófilos: sua temperatura ótima é média; 
3) termófilos: possuem temperatura ótima elevada; 
4) hipertermófilos: sua temperatura ótima é muito elevada. 
Veja, na Figura 38, um gráfico representativo dessa classificação: 
 
Figura 38 Gráfico da taxa de crescimento de diferentes tipos de microrganismos de 
acordo com a temperatura. 
 
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Oxigênio 
 
De acordo com a necessidade de oxigênio, os microrganismos são classificados em: 
1) Aeróbicos obrigatórios: necessitam de oxigênio para sobreviver; 
2) Anaeróbicos obrigatórios: morrem na presença de oxigênio; 
3) Microaeróbicos: necessitam de uma quantidade pequena de oxigênio para 
sobreviver; 
4) Anaeróbicos facultativos: sobrevivem na presença ou ausência de oxigênio; 
5) Anaeróbicos aerotolerantes: sobrevivem na presença do oxigênio, mas sem 
utilizá-lo em seu metabolismo. 
 
Observe esta representação na Figura 39: 
 
 
Figura 39 Representação dos diferentes tipos de requerimentos de oxigênio das 
bactérias. 
 
FATORES NUTRICIONAIS 
 
Os fatores nutricionais são importantes para que os microrganismos se multipliquem 
entre as principais fontes nutricionais. São eles: 
1) Carbono: é disponibilizado para as células na forma de carboidratos (glicose, 
frutose, sacarose e outros); 
2) Nitrogênio: é um importante componente dos ácidos nucleicos; 
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3) Fósforo e enxofre: são minerais utilizados na composição de aminoácidos, 
nucleotídeos, fosfolipídios e ATP; 
4) Oligoelementos: são necessários em pequenas quantidades (cloreto de sódio, 
magnésio, manganês, vitaminas, entre outros). 
 
Meios de cultura 
 
Para realizar o crescimento de um microrganismo em laboratório, é necessário, antes, 
conhecer seus requerimentos nutricionais. Dessa forma, é possível preparar o meio de cultura, 
que pode ser líquido ou sólido e contém nutrientes capazes de suportar o crescimento dos 
microrganismos. 
Observe, na Figura 40, os exemplos de meios de cultura sólido e líquido. 
Além de conter nutrientes, normalmente o meio de cultura contém uma solução-tampão 
para manter o pH do meio de cultura estabilizado no pH ótimo. E, após a inoculação (introdução 
do microrganismo neste meio de cultura), ele é mantido em sua temperatura ótima, em 
determinado período de tempo, que varia para cada microrganismo, para que haja crescimento 
microbiano. Observe esse crescimento nas figuras 40 e 41. 
 
 
Figura 40 Exemplos de meios de cultura Figura 41 Meio de cultura sólido com 
sólidos e líquidos. crescimento de colônias de bactérias. 
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Figura 42 Meio de cultura sólido com crescimento de colônias de fungos. 
 
Os meios de cultura sólidos contêm a mesma composição do meio líquido, com exceção 
do ágar, agente solidificador do meio de cultura, composto por uma mistura de dois 
polissacarídeos, acrescentado na concentração de 15% (peso/volume). 
 
FATORES FÍSICOS E QUÍMICOS QUE CONTROLAM O CRESCIMENTO 
MICROBIANO 
 
Agentes químicos microbicidas: 
 
1) Sabões e detergentes: os sabões, substâncias alcalinas que contêm sódio; os 
detergentes solubilizam lipídios e, na presença de água, suspendem sujeiras e 
microrganismos; 
2) Substâncias alcalinas ou ácidas: inibem o crescimento de microrganismos quando a 
situação de acidez ou alcalinidade impede o crescimento de um microrganismo, por 
não ser o seu pH ótimo. 
3) Halogênios (iodo, cloro e bromo): são eficazes na eliminação de bactérias e vírus. 
4) Metais pesados: prata, selênio, mercúrio e cobre, por exemplo, inibem o crescimento 
de bactérias. 
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5) Agentes alquilantes (formaldeído, glutaraldeído e óxido de etileno): exercem efeito 
microbicida porque possuem a capacidade de desnaturar proteínas e ácidos nucleicos. 
6) etanol 70%: o etanol, quando misturado à água na concentração de 70%, possui a 
propriedade de desnaturar proteínas. 
 
Agentes físicos microbicidas: 
 
1) calor (seco, úmido e pasteurização): o aumento da temperatura promove a morte 
microbiana por desnaturação proteica; 
2) refrigeração (4oC) e congelamento (-20oC): a diminuição da temperatura inibe a 
atividade enzimática dos microrganismos e diminui sua capacidade de multiplicação; 
3) secagem e liofilização (técnica de congelamento a seco): como os microrganismos 
necessitam de água para sobreviver, toda técnica que envolva a remoção de água, inibe 
o crescimento microbiano; 
4) radiação (luz ultravioleta, radiação ionizante): induz danos no DNA dos 
microrganismos, provocando sua morte. 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
Finalizamos aqui a obra Microbiologia, que buscou apresentar apenas uma referência e 
um apoio para o estudo dos conteúdos aqui abordados. 
Várias informações importantes podem ser encontradas nos livros usados como 
referência bibliográfica para a estruturação das unidades desta obra. 
Para melhor compreensão, busque informações em outras bibliografias. Esperamos que 
tenhamos contribuído para mais uma etapa do seu processo de formação. 
 
 
 
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sistema imunológico na saúde e na doença. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. 
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