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O direito das etnias germânicas era essencialmente consuetudinárias, não possuindo por ocasião da queda de roma documentos escritos. Assim o direito privado romano permaneceu como Direito das populações romanizadas enquanto os invasores germânicos mantiveram os seus costumes ancestrais. Desta dominação, resultou uma opção pela aplicação do princípio da personalidade do direito, em detrimento do princípio da territorialidade, pelo menos durante alguns séculos, pois a diferença entre do direito romano e o direito dos povos germânicos era tão grande que os invasores germânicos não puderam impor o seu modelo jurídico. Além disso, os reis germânicos encontraram no direito público romano reforço considerável da sua autoridade. Essa aplicação do princípio da personalidade a par da queda do Império Romano do ocidente, permitindo a continuidade da tradição romana. A expressão direito germânico indica as instituições e os sistemas jurídicos existentes nas diversas nações bárbaras de origem teutônica que se apossaram da Europa após a queda do Império Romano do Ocidente, no ano 476. Predominava entre os invasores o direito de origem costumeira, particularista, rudimentarmente desenvolvido e fortemente impregnado de sentido comunitário. O sistema romano-germânico ou Civil Law é o Sistemas Jurídicos mais disseminado no mundo, baseado no Direito Romano, tal como interpretado pelos glosadores a partir do século XI e sistematizado pelo fenômeno da codificação do direito, a partir do século XVIII. Diferencia-se dos outros direitos em seu respeito pelo valor individual, e característica psicológica baseada num sentimento de independência pessoal unida ao culto de valentia e a força. O direito germânico reflete o caráter dos povos manifestando as mais fracas tendências individualistas e subjetivas. Consideravam o direito sobretudo como um poder pertencente ao indivíduo, à família, à tribo. Outra característica dos direitos de tradição romano-germânica é a generalidade das normas jurídicas, que são aplicadas pelos juízes aos casos concretos. Difere portanto do sistema jurídico anglo-saxão (Common law), que infere normas gerais a partir de decisões (judiciais proferidas a respeito de casos individuais. O direito brasileiro é considerado uma fusão entre o direito romano-germânico (civil law) e o direito norte-americano (common-law), tendo em vista que a constituição brasileira foi herdada do sistema norte-americano, sendo baseada no common law na qual possibilita a formalização da teoria do judge-made law (jurisprudência), enquanto o Brasil adotou também a tradição romano-germânica do civil law, onde a construção do direito se baseia unicamente pelo legislador (code-based legal systems).
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