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Peça processual

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 46ª VARA CIVEL DA COMARCA X ESTADO X.
PROCESSO Nº 000.111.222-3
JOSÉ PEDRO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade RG nº 000.000.000/0, inscrito no CPF nº 000.000.000-00, residente e domiciliado na Rua xx, nº00, município, Estado, vem, perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, que recebe intimações na xx, não conformado com a r. sentença de fls., prolatada nos autos da Ação de cobrança em epígrafe, que move contra JOÃO PAULO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade RG nº 000.000.000/00, inscrito no CPF nº 000.000.000-00, residente e domiciliado na Rua x, nº 00, município, Estado, interpor RECURSO DE APELAÇÃO, com fulcro no art. 513 do CPC, conforme razões que seguem anexa.
Requer a atribuição dos regulares efeitos e posterior remessa ao Tribunal de Justiça competente.
Cumpre informar que seguem acostadas as guias referentes ao preparo. 
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local, 29/10/2020.
Advogado
OAB/UF nº 000.000
RAZÕES DE RECURSO DE APELAÇÃO
Origem: 46ª VARA CIVEL DA COMARCA DE X ESTADO DE X
Apelante: José Pedro
Apelado: João Paulo
EGRÉGIO TRIBUNAL
COLENDA CÂMARA
NOBRES JULGADORES
I – SÍNTESE DOS FATOS
O apelante ajuizou ação de cobrança para receber a quantia de R$ 32.000,00 devida pelo apelado. Em defesa arguiu ilegitimidade de parte por não ser sua assinatura no documento.
Requereu-se, em réplica, a produção de prova pericial, a qual foi indeferida pelo magistrado sob o argumento de ser completamente diferente a assinatura do apelado no instrumento de mandato do documento que demonstra a existência da dívida.
Ao final foi acolhida a preliminar arguida, extinguindo-se o processo sem resolução do mérito, nos termos do art. 267, VI do CPC.
Em que pese o notório conhecimento do juízo a quo, ao julgar o presente caso, não foi aplicado o costumeiro saber que lhe é peculiar, razão pela qual a r. sentença deverá ser anulada, uma vez que, caso seja mantida, causará grandes prejuízos ao apelante.
II- DA SENTENÇA RECORRIDA 
O juízo a quo proferiu a seguinte sentença “Observo, realmente, que a assinatura aposta no referido documento é completamente diferente da assinatura do réu no instrumento de mandato de fls., razão pela qual entendo que a primeira é nitidamente falsa. Diante desse fato, desnecessária qualquer prova, acolho a preliminar arguida, extinguindo o processo, sem resolução do mérito, nos termos do artigo 267, VI, do Código de Processo Civil. O autor arcará com as custas do processo e com o pagamento de honorários sucumbenciais de 10% (dez por cento) do valor da causa”.
III- DO DIREITO
 Incumbe à recorrente ressaltar que a justificação apresentada pelo Magistrado de 1º Grau, ao extinguir o processo sem julgamento do mérito, com fundamento no art. 267, inciso VI, do Código de Processo Civil, é inadequada diante da presente demanda, pois trata-se de um objeto complexo que para a devida solução da lide faz-se necessário a produção de provas perticiais. O magistrado não possuí reconhecimento técnico para realizar a prova pericial para reconhecer a autoria da assinatura no documento, pois requer que sejam realizados diversos testes por perito qualificado, portanto não pode no presente caso a perícia ser indeferida, conforme previsto pelo art. 464, I, pois para a pretensão que o autor almeja obter o mesmo é um agente importantíssimo, uma vez que sua prova técnica permitirá que os direitos e garantias individuais do requerente sejam atendidos e a veracidade de autora seja garantida, para fundamento e decisão da justiça.
IV – RAZÕES PARA A ANULAÇÃO 
Em que pese a liberdade do juiz para a apreciação das provas produzidas, conforme art. 131 do CPC, o art. 420 do mesmo diploma legal apresenta um rol de situações nas quais o julgador indeferirá a produção de prova pericial, todavia, dentre elas não se amolda o caso em questão, por demandar conhecimento técnico especial.
Nesse sentido, o juízo a quo, ao indeferir a produção da prova pericial e julgar o caso somente pela comparação da assinatura firmada pelo apelado no documento da dívida e na procuração outorgada, extrapolou o limite de sua competência legal, uma vez que o nobre magistrado não possui os conhecimentos técnicos necessários para a realização de uma perícia grafotécnica, a qual demonstrará, por sua vez, a veracidade da assinatura firmada pelo apelado, ocasionando o cerceamento da defesa do apelante.
Assim, por se tratar de conhecimento técnico especial, a produção de prova pericial não poderia ter sido indeferida, razão pela qual a r. sentença deve ser anulada.
V - DO PEDIDO 
Diante do exposto requer-se o conhecimento do presente recurso para, no mérito, dar provimento para anular a decisão recorrida, retornando os autos para o juízo a quo, a fim de se proceder a produção da prova requisitada com a prolação de uma nova sentença, afastando, por conseguinte, o ônus da sucumbência, por ser medida de justiça.
Local, 23/11/2020.
Advogado
OAB/UF nº 000.000

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