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Afecções da glándulas mamárias de ruminantes

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CLÍNICA DE GRANDES ANIMAIS – BOVINOS 
AFECÇÕES DE GLÂNDULAS MAMÁRIAS DE RUMINANTES 
• Introdução: 
o Importância: 
▪ RELAÇÃO DIRETA COM A PRODUÇÃO LEITEIRA: 
• O Brasil é um dos maiores produtores de leite do mundo (possui uma grande influência no PIB nacional), se ocorre uma doença na 
mama destas vacas produtoras, os efeitos na produção podem ser intensos. 
▪ RELAÇÃO DIRETA COM A SAÚDE PÚBLICA: 
• Existem zoonoses que são transmitidas através do leite. 
▪ AS LESÕES DO TECIDO GLANDULAR MAMÁRIO PODEM SER IRREVERSÍVEIS 
o Fisiologia da lactação: 
▪ Fases: 
• Mamogênese: 
o Desenvolvimento estrutural das mamas, que ocorre desde a vida fetal até o período de maturidade. 
o Desenvolvimento de alvéolos e ductos mamários 
o Basicamente, a formação da mama que ocorre da vida fetal até a maturidade do animal, ou seja, é a única etapa que só ocorre uma 
vez na vida. 
• Lactogênese 
o Diferenciação e multiplicação das células alveolares mamárias síntese e secreção do leite 
o Onde a glândula se desenvolve para a produção de leite. 
• Galactopoiese 
o Período de amamentação (ordenha), com grande participação de Ocitocina. 
o Curva de Lactação: 
 
 
 
 
 
 
▪ Principais hormônios envolvidos no processo (Não precisa decorar, mas é bom ter uma noção): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Classificação dos Ruminantes: 
• A mama dos animais pode ser classificada de acordo com as divisões que possui. Importante saber que entre essas divisões existem 
membranas que impedem a comunicação de um teto para o outro (por isso algumas doenças podem acometer apenas um teto sem 
interferir nos outros). 
• Bimásticos: 
o Pequenos Ruminantes (assim como mulheres – duas metades) 
• Polimásticos: 
o Grandes Ruminantes (4 partes) 
 
 
 
 
 
 
• O volume de leite mantém um pico por 1 ou 2 semanas 
• Após este período começa ocorrer a involução da glândula 
mamária. 
• As células mamarias começam a morrer e necessitam de um 
período de recuperação, que é garantido pelo período seco. 
• Importante entender que as fases ficam se alternando, a vaca 
que atingiu a maturação, ao longo da vida ficará oscilando 
entre Lactogênese e Galactopoiese. 
• Em relação ao número de orifícios no teto: 
 
 
 
 
 
o Isto quer dizer que tem 1 ducto para todos os alvéolos do teto. Diferente de outras espécies 
como suínos que possuem vários. 
o Interfere no momento de administrar antibiótico, sendo os ruminantes os únicos animais 
possíveis de administrar pelo teto. 
▪ Como é feito o leite? 
• O açúcar possui 3 principais constituintes: Lactose (açúcar do leite), Caseína (proteína do leite) e Gorduras. 
o Galactose + glicose = LACTOSE (CHO) – 5,0% 
o Aminoácidos = CASEÍNA (proteína) – 3,5% 
o Micelas de gordura (lipídios) – 3,5% 
o Água - 88% → O que significa que um animal produtor de leite deve beber muita 
água! 
• Esses componentes que estão no leite, são decorrentes da dieta, então este animal 
precisa estar muito bem nutrido. 
• Os componentes do leite, provém do sangue. Para ter noção: 1 litro de leite, precisa 
de 500 litros de sangue. Ou seja, o sangue que circula em torno dos alvéolos precisa 
passar vezes suficiente para contabilizar como 500 litros de sangue. (por isso uma 
vaca leiteira pode beber até 80 litros de água por dia) 
▪ Anatomia do úbere (não precisa decorar, apenas ter noção): 
• Irrigação sanguínea 
o Como os nutrientes são retiradas da circulação, é importante estar sempre avaliando as condições desta. 
o E como é feita essa irrigação sanguínea? 
 
 
 
 
 
 
 
• Linfonodos: 
o O linfonodo retromamário fica aumentado quando há inflamação da glândula mamária. 
o Estes são os principais linfonodos mamários, que agem na drenagem do excesso de líquido. 
• Morfologia Interna 
o Nos Alvéolos, existem as células secretoras ou epiteliais. Estas 
atuam por meio da transferência de soluto (do capilar sanguíneo 
para o interior da glândula mamária). Estas células que morrem 
com o tempo (involução da glândula mamaria) e precisam ser 
renovadas (período de Lactogênese) 
o As células mioepiteliais, também estão presentes no alvéolo e 
sofrem uma ação direta da ocitocina no momento da ejeção do 
leite. Estas células contraem e diminuem o lúmen do alvéolo. O 
leite sai dentro do lúmen em direção ao ducto. 
Suínos Equinos 
Alvéolos, onde fica o leite 
Orifício do teto 
Ducto 
Alvéolos Mamares 
 
• Irrigação Nervosa 
o Basicamente para saber que a ocitocina é liberada pelo sistema nervoso. 
▪ A hipófise recebe um estímulo, libera ocitocina que age no corpo 
diretamente no teto do animal, estimulando a ejeção de leite. 
o Não é preciso decorar o nome de todos os nervos, mas entender que 
existem vários na região próximo as mamas e que algumas vezes o animal 
pode apresentar disfunção na ejeção do leite, devido a uma lesão nervosa 
(erros de manejo que podem levar a uma compressão do nervo) 
• Estrutura Suspensória 
o Existem ligamentos importantes no úbere dos animais, que ajudam a manter o formato. Caso haja 
alguma alteração nestes ligamentos, o úbere permanece constantemente com um formato alterado. 
o Exemplo: Lesão no ligamento médio → tetos divergentes (para fora); Lesão de ligamento lateral → tetos convergentes (para dentro). 
o Fisiologicamente: Quando a mama está repleta de leite, os tetos ficam divergentes, quando está sendo ordenhada, ficam 
convergentes. 
 
 
 
 
 
SEMIOLOGIA DA GLÂNDULA MAMÁRIA 
 
 
 
 
 
 
• Exame de Glândula Mamária: 
o Inspeção Direta: 
▪ Análise de Atitude: 
• O animal pode apresentar posição antiálgica (que é o afastamento de membros posteriores), na tentativa de não encostar no úbere, 
pois está inflamado 
• O animal pode apresentar dificuldade de se levantar, atitude chamada de DOWNER COW (síndrome da vaca caída), que ocorre em 
processos dolorosos, como inflamação da glândula mamária 
▪ Análise da Conformação dos tetos: 
• Ferimentos/Lesões, prolapsos, supranumerários (mini tetos que possuem canal muito pequeno e não sai leite, o grande problema é 
que aumenta a chance de leite residual durante a ordenha), assimetria. 
• Basicamente análise na conformação de alterações que predispõem a uma mastite. 
• Algumas vezes só a inspeção direta já garante uma noção do prognóstico. Exemplo: Lesões muito profundas no teto, normalmente 
possuem um prognóstico ruim. 
• Forma e Cor: 
o Normalmente quando há mastite, ocorre um avermelhamento do úbere; porém existem bactérias que também provocam um 
escurecimento. 
• Aumento de volume: 
o Edema pela inflamação, Abcesso 
• Diminuição de Volume: 
o Devido a fibrose, em um processo crônico 
o Inspeção Indireta: 
▪ Análise da Temperatura dos tetos: 
• Não é muito comum, mas pode ser feito a termografia. Por meio de um aparelho que mostra por cores, onde está a inflamação. 
▪ Análise do Ducto: 
• Teloscopia, uma endoscopia do teto. Não é comum, mas pode ser utilizado em casos de obstrução. 
o Palpação Direta: 
▪ Consistência do úbere: 
• A consistência normal é Tenso Elástica (macia, de gordura) 
• Em casos de Mastite, está mais firme/dura 
▪ Sensibilidade do úbere: 
• Se houver inflamação, vai haver sensibilidade 
▪ Temperatura do úbere: 
• Na maior parte das infecções bacterianas, há aumento de temperatura 
• Porém, nas gangrenoses, que são outro tipo de infecção, existe uma diminuição de temperatura (por diminuição da irrigação 
sanguínea) 
▪ Avaliação do Teto: 
• Por meio do movimento de rolamento, observa-se se há algum conteúdo mais endurecido dentro da cisterna do teto. 
• Tomar muito cuidado para não levar contaminação de um teto para o outro. 
• O normal é que haja um conteúdo flutuante. 
▪ Linfonodos: 
• Se conseguir palpar o linfonodo retromamário, quer dizer que está aumentado. 
▪ Pregueamento de Pele (avaliação da tensão da glândula mamária): 
• Quando há uma tensão aumentada da glândula mamária, fica difícil realizar o pregueamento de pele. Ou seja, quanto mais tenso mais 
difícilfica realizar o pregueamento e maiores são as chances de haver uma inflamação. 
o Palpação Indireta: 
▪ Sonda: 
• Muitas vezes além de ser um método de diagnóstico, acaba sendo de tratamento também, por exemplo em casos de obstrução. 
• Exame do Leite: 
o Macroscópico: 
▪ Volume 
• Além do histórico que auxilia saber se houve uma diminuição da produção de leite, este exame permitir analisar o volume. 
• Não é normal uma vaca leiteira produzir apenas alguns jatos de leite (só se tiver sido recentemente ordenhada) 
▪ Cor 
• A cor do leite é branca, qualquer alteração se busca uma causa. 
• Cores alteradas: Avermelhado, Amarelado, Acinzentado e algumas outras alterações; 
• Fase da lactação 
o Dependendo da fase de lactação que o animal está, pode variar a coloração. 
o Estrias de sangue no leite podem ocorrer em início e principalmente final de lactação. 
o Se for colostro, o leite fica com uma coloração amarelada. 
• Tipo de alimentação 
o A tonalidade de branco do leite, é garantida pelos solutos presentes nele, produtos adquiridos através da alimentação. Se o 
animal estiver com déficits nutricionais pode haver alterações de consistência (mais ralo) e de coloração. 
• Agente bacteriano 
o Bactérias gangrenosas costumam provocar um ambiente mais acinzentado 
• Contaminantes 
o Contaminação que ocorra no momento da ordenha (iodo, sujeira do ambiente etc.) 
▪ Consistência 
• Alimentação 
o Se houver déficit nutricional o leite pode se tornar mais ralo 
 
 
 
▪ Composição química 
• Pode haver diminuição dos constituintes do leite em caso de inflamações. 
 
 
 
 
 
 
▪ Como realizar estas avaliações? 
• TESTE DE TAMIS CANECA DE FUNDO ESCURO 
1. Contenção do animal 
2. Realiza-se a higienização dos tetos (pré dipping – solução hipoclorito de sódio diluído) 
3. Despeja o leite dos 4 tetos na caneca de fundo escuro 
4. Classifica a secreção de acordo com: Consistência, Volume e Cor 
• CMT (California Mastitis Test) 
o Método qualitativo 
o Utilizado em casos que o primeiro teste deu negativo, porém a suspeita de mastite é alta 
o Neste teste despeja-se o leite e observa se ocorre uma alteração da consistência (em formato de gel). 
o A alteração da consistência ocorre, pois há um reagente onde o leite é despejado. Este reagente só reage em leucócitos, se houver 
uma quantidade grande de leucócitos → acontece a reação → mastite. 
o A classificação desta reação é dada em “cruzes” (+++) 
• Ph 
o PH (LEITE NORMAL: 6,5 A 6,8) 
o PH (LEITE MAMITOSO/MASTITICO: MAIS ALCALINO) 
▪ Quando o leite da vaca está alcalino, quer dizer que ela desenvolveu um mecanismo contra a bactéria: 
• As bactérias tendem a deixar o leite mais ácido, então o organismo do animal tenta compensar deixando mais alcalino. 
• Quando analisa o Ph em casos de mastite ele vai estar alcalino! 
o PH (COLOSTRO: ≤ 6,4) 
o PH (FINAL DA LACTAÇÃO: TENDE A NEUTRO 
o ALTERAÇÕES DA COMPOSIÇÃO NO LEITE MAMITOSO/MASTITICO: 
▪ Aumento das PROTEÍNAS DO SANGUE (entrada de componentes do leite, devido a inflamação) 
▪ Diminuição da LACTOSE (por CONSUMO, MICROBIANO) 
▪ TRANSUDAÇÃO DE CLORETO DE SÓDIO DO SANGUE PARA O LEITE 
o Microscópico: 
▪ Contagem de células somáticas (CCS) 
• Método Quantitativo 
• Como já foi dito, a mastite é uma inflamação das mamas, todo processo inflamatório vai ter muitos leucócitos (células inflamatórias). 
• Este exame, mede a quantidade destas células, pois quando maior a inflamação, mais alto esse número será. E em animais saudáveis 
a quantidade é mínima. 
o Bioquímico: 
▪ 
o Microbiológico: 
▪ Exame de Identificação de Agente 
o Coleta de Amostras Estéreis: 
o Limpa a ponta do teto com álcool 
o Ordenha o teto dentro de um tubo estéril e envia a amostra para análise laboratorial. 
o Se for uma bactéria, já realiza o antibiograma. 
o Realizado para identificar o microrganismo causador da doença, principalmente em casos que o animal já foi tratado e não apresentou 
melhora (caso de resistência bacteriana, ou vírus, algas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Afecções de Glândula Mamária 
o EDEMA DE ÚBERE 
o CONCEITO: acúmulo excessivo de fluido nos espaços teciduais intercelulares 
o ESCORE DE CLASSIFICAÇÃO: 
▪ 1 = sem edema 
▪ 2 =leve 
▪ 3 = moderado 
▪ 4 = severo 
▪ 5 = muito severo 
o FORMAS CLÍNICAS 
▪ Aguda ou Fisiológica 
• Sem doença prévia 
• 2-3 semanas antes e após o parto 
• Mais comum em novilhas: animais menos adaptados a ordenha, ficam estressadas, liberando adrenalina, com isto o leite não é 
ejetado corretamente. 
• Vacas de alta produção: úbere grande pode ocasionar acúmulo de leite que acaba comprimindo os vasos sanguíneos e 
comprometendo vasos linfáticos e não necessariamente irá causar patologia (facilmente se resolve com ordenhas mais 
frequentes) 
▪ Crônica ou Patológica 
o Persiste por meses 
o Permanece mesmo no pós-parto 
 
o SINAIS CLÍNICOS 
▪ Pele mais tensa (prova de pregueamento – pressão muito aumentada) 
▪ Sinal de Godet + 
▪ Abdução de membros posteriores (indicativo de dor e desconforto) 
▪ Dificuldade de locomoção e de permanecer em decúbito (o animal não encontra uma posição confortável, fica completamente 
inquieto, sempre variando de posição) 
▪ Edema em áreas adjacentes do abdômen e períneo (O edema tende a se estender pelo corpo, pode haver acúmulo do líquido em 
regiões ventrais) 
▪ Simetria de úbere (diferente da mastite) 
▪ Dermatites na face lateral do úbere (por causa do atrito com o membro do animal) 
o COMPLICAÇÕES 
▪ Maior vulnerabilidade a lesões 
▪ Deterioração dos ligamentos suspensores (pois o úbere tende a ficar mais penduloso, esta deterioração pode ser até irreversível) 
▪ Dermatites 
▪ Mastites (pelo acúmulo de leite residual nos quartos mamários) 
o CAUSAS 
▪ Herdabilidade (mais relacionado com edema fisiológico) 
▪ Distúrbios circulatórios 
• Gestação: 
o se o útero cresce muito, fica pesado e pode comprimir os vasos do úbere, porém é um evento considerado fisiológico 
• Retorno venoso deficiente: 
o Pode ocorrer alteração da veia do leite, devido a erros de manejo. 
o Uma prática comum nas propriedades é a aplicação de ocitocina diretamente nesta veia, podendo lesiona-la (trauma na veia -
trombose), pois apesar de calibrosa é sensível. 
▪ A aplicação de ocitocina ocorre em casos como obstrução de teto, estimular as novilhas a ejetarem o leite ou até mesmo 
para acelerar a descida do leite em vacas grandes produtoras. 
o Outro problema desta aplicação de ocitocina é o feedback negativo para a hipófise, fazendo com que não libere ocitocina 
endógena. 
Fisiológica diminui no pós-parto 
Enquanto a patológica permanece 
• Hipoproteinemia (Ig – colostro): 
o Durante o pré parto, pode haver uma diminuição sérica de proteínas, pois estas estão sendo mobilizadas para a produção de 
colostro. 
• Dieta 
• Período seco longo: 
o 45 a 60 dias é o ideal 
o Durante o período seco, o animal fica sem ser ordenhado e isto aumentam as chances de acumular leite residual e isto é uma 
predisposição a edemas e a mastite. 
o DIAGNÓSTICO: 
▪ é feito basicamente com histórico, anamnese e sinais clínicos (EXAME CLÍNICO) 
o TRATAMENTO: 
▪ Aumentar número de ordenhas 
• Em casos mais simples é um tratamento eficiente 
▪ Diurético 
• Furosemida (casos moderados a severo) 
▪ Reposição de Cálcio 
• se administrar furosemida, pois há perda de eletrólitos 
▪ Corticoide 
• tomar cuidados, por exemplo: 
o em vacas gestantes ou lactantes não aplicar pois pode passar para o feto/bezerro) 
▪ Antibiótico (quando há mastite associada) 
• Aplicação intramamária 
• não é indicado em lactantes, porém é feito a campo 
▪ Duchas (?) 
• agem como massagens – mas pode predispor a mastite por levar sujeira para o teto 
• caso realize: só lavar os tetos 
▪ Suporte de úbere 
• evita romper ligamentos 
o PROFILAXIA 
▪ Manejo grupos de risco: 
• Novilhas: ocitocina com doses baixas para estimular o animal enquanto ele não se adapta, depois fazdesmame do medicamento 
• Vacas de alta produção: aumenta o número de vezes que se faz a ordenha 
▪ Caminhadas antes e após parto: 
• estimula a circulação – principalmente em vacas de alta produção 
▪ Dieta equilibrada 
▪ Ordenhas frequentes 
▪ Água a vontade 
▪ Vitamina E (antioxidantes) 
▪ Pomadas se houver dermatite associada: 
• cicatrizantes, inflamatórias 
• Manter local limpo para evitar miíase 
o MASTITE 
o CONCEITO: 
▪ Processo inflamatório quase sempre decorrente da presença de microrganismos infecciosos, como bactérias, vírus, algas e fungos. 
o IMPACTOS ECONÔMICOS: 
▪ Queda de produção leiteira e de derivados 
▪ Queda da qualidade do leite (diminuição dos nutrientes do leite) 
▪ Custos com tratamento (medicamentos, veterinário) 
▪ Descarte de leite (resíduo de antibiótico no leite) 
▪ Descarte prematuro de vacas (variando conforme a gravidade da doença) 
o Como ocorre? 
▪ A grande parte ocorre do ambiente para o teto 
▪ Falta de higiene na hora da ordenha é a principal causa. O esfíncter abre e as bactérias entram, aumentando o número de células 
somáticas (de defesa) dentro da glândula, ocasionando um processo inflamatório. 
▪ CCS (contagem de células somáticas) a partir de 200. 000, já considerado mastite; o limite é 500 000 (no 
tanque) para vender o leite. 
▪ Importante lembrar que a infecção não ocorre de um quarto para o outro, pois existe uma membrana que 
separa os quartos mamários. Por isso se diz que é uma infecção localizada. 
▪ Quando a infecção está perceptível o úbere inflamado se torna assimétrico. 
▪ Ao longo do tempo ocorre cronificação da inflamação, provocando fibrose, endurecimento e diminuição deste teto 
o FATORES PREDISPONENTES 
• Quando ocorre um desequilíbrio na Interação microrganismos x vacas x meio ambiente: 
o Quando há um aumento exacerbado de microrganismos no ambiente, normalmente este fator está associado a limpeza do 
local. 
o Além disto deve-se ter cuidado com as próprias vacas, não permitindo que fiquem em lama ou ambientes muito sujos. 
• Práticas de manejo: 
o Este tópico é muito amplo, mas basicamente também diz respeito as questões de higiene. 
o Exemplo: 
o o pano utilizado para secar os tetos, que normalmente, é usado para vários animais. 
o O vácuo da ordenhadeira tem que ser recuado de uma forma adequada: se for muito forte, acaba prolapsando os tetos, ao longo 
tempo podem ocorrer lesões irreversível no esfíncter deste teto. O problema é que nas propriedades os funcionários comumente 
deixam este vácuo muito forte, para que o leite seja sugado mais rapidamente. 
• Individual de cada animal (não dá para corrigir, mas dá para selecionar – separar estes animais da produção) 
o Conformação dos tetos 
▪ Tamanho e formação dos tetos: 
o “nem muito grande nem muito pequeno”, para acoplar a ordenhadeira é necessário que tenham tamanho e formato 
adequado 
▪ Ligamentos: 
o Se os ligamentos estiverem frouxos, acabam deixando os tetos tortos ou muito tensos 
▪ Integridade e oclusão dos tetos: 
o Após a ordenha a vaca produz um tampão nos tetos, isto a protege contra a entrada de microrganismo. Porém, alguns animais 
demoram mais para formação deste tampão e acabam sendo mais predispostos a contaminação pós a ordenha. 
o Tetos com feridas (por causas traumáticas/ordenhadeira) também se tornam mais predispostos. 
o CLASSIFICAÇÃO 
▪ Existem três classificações possíveis: Se há manifestações; Das que tem manifestações quais a gravidade delas e sobre qual agente 
infeccioso está contaminando. 
▪ Quanto à manifestação dos sintomas – se há ou não sintomas 
• Mastite Subclínica 
o NÃO CAUSA SINTOMAS NENHUM NO ANIMAL 
o Mais perigosa pois dissemina de forma desapercebida/silenciosamente no rebanho, uma importante fonte de contaminação. 
o INAPARENTE 
o Não há sintomas, mas sim uma queixa principal dos produtores: REDUÇÃO DA PRODUÇÃO LEITEIRA 
o Para diagnóstico desta doença é imprescindível que a propriedade tenha o monitoramento destes animais (sabendo exatamente 
o volume diário produzido) 
o O leite não terá alteração visível (apenas na mastite clínica); porém terá alteração na sua composição: 
▪ Se está acontecendo uma inflamação no teto, obviamente o leite terá um AUMENTO NO NÚMERO DE CCS; ou seja, estará 
cheio de células inflamatórias. 
▪ Os exames a campo que podem comprovar se o animal possui ou não está afecção são: 
• CMT: o teste mais rápido e eficaz para realizar na propriedade (se der uma cruz ”+”, já se inicia o tratamento do animal) 
• CCS: é uma análise laboratorial precisa, porém demorada (é bom, mas não é rápido) 
• Mastite Clínica 
o SINAIS CLÍNICOS EVIDENTES 
▪ É possível se ter alterações: > 
▪ Em GLÂNDULA MAMÁRIA e LEITE 
▪ Ou apenas no leite 
▪ Apenas na glândula mamária é incomum 
▪ Exame clínico: 
• Varia conforme os graus 
• Sinais mais comuns nos tetos: 
o Avermelhamento 
o Assimetria 
o Aumento de temperatura 
o Sensibilidade dolorosa 
o Diminuição do volume de leite produzido 
• Algumas mastites podem ter sinais diferentes como tetos cianóticos. Isto ocorre, pois, algumas bactérias são gangrenosas, 
ou seja, diminuem a perfusão sanguínea na glândula mamária. 
• Exame de pregueamento com tensão aumentada (tecido do teto se torna mais endurecido) 
 
 
• Alterações no leite: 
o TESTE DE TAMIS CANECA DE FUNDO ESCURO: 
▪ Exame mais indicado para mastite clínica 
▪ O leite pode acabar tendo diversas alterações visíveis e a mastite deve estar no diagnóstico diferencial 
▪ Um aspecto marcante para mastite é o leite com grumos. 
▪ Quanto à forma clínica (tipos de mastite clínica) – se tem sintomas, qual a gravidade? 
• Catarral: 
o Superficial, apenas porções ventrais do teto, leite aparentemente normal, mas com grumos 
o Esta fase catarral ainda pode ser dividida em duas etapas: 
▪ Aguda: 
• Sinais clínicos de inflamação evidentes 
▪ Crônica: 
• Sinais clínicos mais brandos, parênquima firme 
• Normalmente quando o tratamento não foi realizado, ou foi realizado de um modo ineficiente, ocasionando fibrose 
o Prognóstico: bom (se precoce) 
• Apostematosa: 
o Profunda (porções mais profundas do parênquima mamário), produção de pus (basicamente o leite vira um pus), abscessos, leite 
com aspecto de pus, sinais clínicos de inflamação evidentes 
o Prognóstico para vida: bom 
o Prognóstico para produção: ruim a reservado para o quarto de teto afetado (normalmente não se recupera) 
o Complicações: toxemia (por toxinas bacterianas na corrente sanguínea, afinal a área está cheia de microrganismo e ocorre 
vasodilatação, pois há uma inflamação), metástases piogênicas 
• Flegmonosa ou Grangrenosa: 
o difuso, cianose, gangrena, gás (acúmulo de gás no subcutâneo– enfisema), leite com aspecto de soro, sinais clínicos sistêmicos 
(febre, apatia), diminuição de temperatura nos tetos 
o Prognóstico para vida e para produção: ruim a reservado 
o Complicações: muitas, morte 
o Principal agente: Escherichia coli 
▪ Não são bactérias piogênicas (que ocasionam a produção de pus), mas diminuem a perfusão sanguínea no local. Isto resulta 
em gangrena (necrose de células) 
▪ Normalmente é uma afecção que rapidamente chega ao nível de gangrena 
▪ Quanto ao agente etiológico 
• Ambiental 
o Principais agentes: Coliformes (Escherichia coli, Klebsiella sp); Estreptococos ambientais (Streptococcus uberis, Streptococcus 
dysgalactiae); Staphylococcus epidermidis (mais comum) 
o Alta incidência de casos clínicos (pois existem muito mais agentes no meio ambiente do que na sala de ordenha) 
o Ocorre entre as ordenhas e durante a ordenha (menos frequentemente, normalmente associado a práticas de manejo com falta 
de higiene adequada) 
• Contagiosa 
o Principais agentes: Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae, Mycoplasma bovis, Corynebacterium bovis, algas 
o Alta incidência de casos subclínicos 
o Ocorre durante a ordenha 
o DIAGNÓSTICO 
▪ Classificação do tipo de mastite: 
• Teste da caneca telada / fundo preto/Tamis: 
▪ Diferencia se é clínica ou subclínica 
▪ Se utiliza os primeiros jatos para avaliar a presença de grumos 
▪ Se houver grumo, já se categoriza como mastite clínica 
▪ Se não houver grumos, mas existem queixas compatíveis com mastite subclínica (queda na produtividade), realiza-se o CMT 
• CMT (California Mastitis Test) 
▪ Confirma o diagnóstico de subclínica 
▪ Se houver realmente mastite Subclínica irá formar gel na reação 
▪ Esta formação do “gel”, é categorizada em cruzes (+/++/+++); quanto mais 
cruzes, mais intensa é essa formação. 
• CCS 
▪ Estimar quantidade de casos subclínicos diagnóstico 
▪ Individual > 200.000 cel/mL (estima o nível da mastite de cada vaca – importante 
pois é possível separar este animal da produção) 
▪ Tanque > 250.000 cel/mL (estima o nível de mastite na propriedade – chega ser 
até um método profilático para casos subclínicos) 
Padrões ideais 
 
 
 
▪ Classificação do Agente Etiológico: 
• Microbiológico: apenas em casos não responsivos aos tratamentos de amplo espectro 
• Este leite deverá ser colhido assepticamente, pois será realizado Cultura e Antibiograma: 
 
o TRATAMENTO 
▪ Clínica: 
• Ordenhas frequentes: 
o Diminui uma grande quantidade de bactérias junto com fatores inflamatórios 
• Ocitocina IV: 
o Para facilitar a ordenha 
• Antibiótico intramamário X sistêmico: 
o Intramamário apenas após a última ordenha (uma vez ao dia) 
o Sempre limpando antes da aplicação com álcool 70 para evitar 
maiores contaminações 
o Gentamicina, Amoxicilina, Cefquinoma (em último caso) 
o O grande problema do antibiótico intramamário, é que acaba 
ocasionando resíduos do fármaco no leite. 
o Antibiótico sistêmico apenas em situações onde há sinais sistêmicos (Apostematosa e Flegmonosa); porém associado ao 
intramamário. 
• AINE (Flunexim Meglumina) 
• Fluidoterapia (ajuda na recuperação de animais mais graves) 
• Ozonioterapia (terapia que ainda está sendo estudada) 
▪ Subclínica: 
• Ordenhas frequentes: 
o Diminui uma grande quantidade de bactérias junto com fatores inflamatórios 
• Ocitocina IV: 
o Para facilitar a ordenha

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