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Contextos educacionais e o ensino da Língua Portuguesa

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2ºAula
Contextos educacionais
Alunos,
Após a apresentação dos conceitos de Língua e Linguagem, é preciso defini-las por meio 
dos contextos educacionais. Para tal, nossa aula contará com textos produzidos por diversos e 
consagrados estudiosos que apresentam suas definições sobre o tema. Com isso, objetiva-se propiciar 
uma base teórica para o pensar a respeito do ensino-aprendizagem e, assim, dimensionar o trabalho 
contextualizando-o a partir dos elementos essenciais para o entendimento do processo. 
Esses elementos expressam a necessidade do saber fazer quando se trata de formação do sujeito, 
de maneira a fornecer-lhe subsídios para a utilização dos elementos comunicativos plenos e que 
ultrapasse o simples reproduzir regras e, sim, capaz de ampliar sua relação com o mundo. Faz-se 
necessário ressaltar que, sem base teórica, será um trabalho infrutífero, visto que aquele que ensina 
deve entender todos os conceitos inseridos no processo para que este seja pertinente.
Porém, como tudo que envolve a educação, é apenas uma etapa cumprida para que possamos 
chegar ao objetivo sonhado, uma sociedade competente nas relações com a Língua Portuguesa. Assim, 
não poderíamos deixar de apresentar um olhar mais humanizado nas questões de prática. A seção 1: 
Teoria e Prática, buscar-se-ão caminhos além dos propostos pelas políticas públicas de educação para 
o ensino da língua materna.
 Não há formação sem ação e essa não deve se restringir ao Estado nem a um grupo privilegiado, 
já que, no Brasil, o acesso aos meios educacionais é um direito de todos, constituído por lei. Porém, 
não se deve esquecer que só isso não basta, é preciso que, além de uma educação de qualidade, 
a sociedade civil como um todo assuma seu papel de disseminadora das questões que envolvem 
o aprendizado da língua, afinal, contemporaneamente, os indivíduos que não agem no mundo de 
maneira transformadora tendem a serem massa de manobra.
Ao longo das reflexões propostas destacou-se o papel formador e transformador da educação 
no contexto social, portanto, não é possível pensar em ações para o seu desenvolvimento sem o olhar 
questionador da sociedade, já que é nela que se concretizam todos os aspectos elencados. Porém 
assumir essa função formadora não é tarefa fácil, principalmente, em uma sociedade acostumada, e 
acomodada, a transferir as obrigações de educar ao Estado.
Bons estudos!
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
•	 compreender a importância dos PCN’s na organização dos temas educacionais;
•	 refletir sobre o processo de ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa em seus contextos pedagógicos e sociais;
•	 desenvolver os aspectos estruturantes do ensino significativo da Língua Portuguesa; 
•	 definir os elementos fundamentais da transformação social pautada no domínio da língua materna.
18Conteúdo e Met. do Ens. da Lingua Portuguesa e Matemática nos Anos Iniciais do Ens. Fund.
1 - Teoria e Prática
2 - PCN’s: Língua Portuguesa
3 - Sobre o ensino da Língua Portuguesa
4 - O que ensinar em Língua Portuguesa?
Seções de estudo
1 - Teoria e Prática
Esta aula da disciplina de Conteúdo e metodologia 
do ensino da Língua Portuguesa nos anos iniciais do 
ensino fundamental propõe uma reflexão a respeito dos 
PCN’s no fomento das ações educacionais. Sob esse olhar, 
buscar-se-ão os contextos nos quais é possível que, não só 
a comunidade escolar, mas, também, toda a sociedade civil 
deixe de ser espectadora e adote uma postura ativa que não 
dependa apenas das ações estatais de formação do indivíduo 
competente, construindo, assim, o verdadeiro significado da 
aprendizagem.
Não se aprende sem estrutura, mas, esperar que o Estado 
se responsabilize por todos os elementos que possibilitam 
que a educação signifique acesso ao conhecimento e, 
consequentemente, à inserção social como cidadão, é abrir 
mão de decidir que futuro construir para uma nação mais 
justa e igualitária, pois, nem sempre é de interesse daquele que 
gerencia o pensamento crítico e transformador que advém do 
conhecimento por meio do pensamento.
(Fonte: https://www.cpt.com.br/pcn/pcn-parametros-curriculares-nacionais-do-
1-ao-5-ano. Acesso em 20 ago 2017.)
Antes de tudo, vale ressaltar: não existe fórmula mágica 
para a educação, muito menos para os contextos relacionados 
ao ensino da Língua Portuguesa nos anos iniciais do ensino 
fundamental, especialmente, porque, como visto nas aulas 
anteriores, a língua materna antes de ser formalizada pertence 
ao falante, ou seja, chega até ele de maneira natural. Esclarecida 
essa relação, tomaremos os Parâmetros Curriculares Nacionais 
(PCN’s) como uma ferramenta de auxílio e orientação para 
a realização de um trabalho mais significativo na busca pelo 
domínio dos elementos formais da Língua Portuguesa; 
lembrando não ser a única regulação do processo de ensino/
aprendizagem no Brasil. 
Cabe aos Parâmetros Curriculares Nacionais 
nortearem os educadores em sua tarefa 
educativa para a formação de cidadãos 
conscientes de seu papel na sociedade. 
Por meio dos PCN, os professores podem 
rever objetivos, conteúdos, formas de 
encaminhamento das atividades, expectativas 
de aprendizagem e maneiras de avaliar. Da 
mesma forma, os parâmetros podem auxiliar 
o educador, ajudando-o a refl etir sobre a 
prática pedagógica, de forma coerente com os 
objetivos propostos. 
Visto por esse ângulo, 
o professor se apresenta 
como um coordenador de 
atividades que organiza 
e atua em conjunto com os alunos, guiado pelos PCN’s, ele 
auxilia na construção e no acesso à uma relação mais precisa 
com a Língua Portuguesa, pois, só ele é capaz e capacitado 
para a observação dos pontos que devem ser estimulados e 
reforçados no contexto da aprendizagem escolar.
1.1 - Organização dos PCN’s
É importante observar 
a organização proposta 
pelos PCN’s quanto à área 
de conhecimento:
Disponível em: https://www.cpt.com.
br/pcn/pcn-parametros-curriculares-
nacionais-do-1-ao-5-ano. Acesso em 
20 ago 2017.
 Disponível em: http://parametros-
curricularesnacionais.blogspot.com.
br/2016/05/estrutura-dos-parame-
tros-curriculares.html. Acesso em 20 
ago 2017.
Para uma melhor atuação docente é importante que se 
conheça e entenda a proposta elencada pelos parâmetros; não 
se busca aqui criar uma unanimidade em relação a eles, mas, 
sim, ressaltar que, considerando as dimensões geográficas e, 
principalmente as culturais que formam a nação brasileira; é 
19
necessário que as ciências da educação tenham um ponto 
de partida, com objetivo de oportunizar a todos, docentes e 
discentes, o acesso democrático ao contexto educacional, como 
ressaltado anteriormente, a base de uma educação significativa. 
Assim, vale lembrar, que cabe a cada professor agir de maneira 
que sua prática educacional ultrapasse as barreiras da teoria.
Uma característica predominante nas propostas atuais 
e presente nos parâmetros voltados ao Ensino Fundamental de 
1º ao 5º ano é a organização da escolaridade em ciclos que objetiva 
maior integração do conhecimento, não se deve confundi-la 
com a não reprovação, apenas como uma melhor maneira de 
entender os conteúdos sem a segmentação do regime seriado. 
A cumprir tal objetivo, formaram-se as áreas de acordo com 
sua função instrumental e, assim como algumas das questões 
abordadas, foram separadas em livros e sua incorporação dá-se 
por um tratamento transversal, ou seja, a concepção teórica das 
áreas e de seus componentes curriculares são permeadas pelas 
questões sociais.
Assim, confirma-se a necessidade de que a ação 
educacional seja pensada por todos os envolvidos no processo, 
pois, não basta seguir uma metodologia de estruturação de 
conteúdos escolares, é imprescindível que essa seja um retrato 
das necessidades para o desenvolvimento do cidadão pautado 
no conhecimento lato, amplo, e que possa permiti-lo modificar 
sua relação com o mundo.
É claro que há muito a ser feito e melhorado nos PCN’s, 
mas só a prática pode lançar luz àqueles pontos que aindaprovocam o debate, afinal, quando o assunto é a qualidade da 
educação, não se pode negar a influência política e econômica 
que envolvem as políticas públicas no contexto real de sua 
ação. Porém, cabe aos educadores participarem da busca por 
uma educação mais igualitária e agir nesse sentido, envolvendo-
se nas decisões e conscientizando a comunidade escolar das 
necessidades de melhoria para diminuição das desigualdades.
Por terem uma estrutura flexível, os PCN 
poderão possibilitar uma proposta pedagógica, 
voltada às decisões regionais e locais sobre 
currículos e sobre programas de transformação 
da realidade educacional empreendidos pelas 
autoridades governamentais, pelas escolas e 
pelos professores. Tudo isso com o objetivo 
de garantir que, respeitadas as diversidades 
culturais, regionais, étnicas, religiosas e políticas, 
a educação possa participar do processo de 
construção da cidadania, com base na igualdade 
de direitos entre os cidadãos. 
Outro a aspecto que 
deve ser analisado quanto 
à ação dos parâmetros são 
as tendências pedagógicas, 
longe de haver uma unanimidade, inúmeras são as seguidas 
pelas escolas brasileiras, sejam públicas ou privadas, também 
não havendo uma forma pura delas, pois, a diversidade de 
olhares permite que haja uma mescla de aspectos de mais 
de uma presente nas propostas pedagógicas. No entanto, é 
possível identificar a presença de quatro grandes tendências: a 
tradicional, a renovada, a tecnicista e as marcadas centralmente 
por preocupações sociais e políticas.
•	 Pedagogia tradicional é uma proposta de educação, 
centrada no professor, cuja função se define como a de vigiar 
e aconselhar os alunos, corrigir e ensinar a matéria. 
•	 Pedagogia renovada, o centro da atividade escolar não é 
o professor nem os conteúdos disciplinares, mas sim o aluno, 
como ser ativo e curioso. O mais importante não é o ensino, 
mas o processo de aprendizagem.
•	 Pedagogia tecnicista valoriza a tecnologia. O professor 
passa a ser um mero especialista na aplicação de manuais e 
sua criatividade fica restrita aos limites possíveis e estreitos da 
técnica utilizada. A função do aluno é reduzida a um indivíduo 
que reage aos estímulos de forma a corresponder às respostas 
esperadas pela escola, para ter êxito e avançar.
•	 Vertentes pedagógicas, centradas nas preocupações 
sociais e políticas. 
	– Pedagogia libertadora: analisam-se os problemas, seus 
fatores determinantes e organiza-se uma forma de atuação 
para que se possa transformar a realidade social e política. O 
professor é um coordenador de atividades que organiza e atua 
conjuntamente com os alunos.
	– Pedagogia crítico-social dos conteúdos: entende que não 
basta ter como conteúdo escolar as questões sociais atuais, 
mas que é necessário que se tenha domínio de conhecimentos, 
habilidades e capacidades mais amplas para que os alunos 
possam interpretar suas experiências de vida e defender seus 
interesses de classe. 
Todas essas 
considerações devem ser 
pautadas nas necessidades 
de cada unidade escolar, 
bem como, permeadas 
quando da estruturação de um planejamento eficaz que 
realmente possa orientar os professores em seu trabalho em 
sala de aula, além de nortear as questões que envolvem o 
diagnóstico e a resolução de problemas que dificultam o êxito 
nas atividades escolares.
Porém, tudo o que foi dito até agora não terá efeito sem, 
do aspecto docente, formação continuada, salários adequados, 
planos de carreira; e os discentes, livros didáticos e acesso 
aos recursos multimidiáticos, além do contexto adequado ao 
aprendizado. Esses aspectos ultrapassam os PCN’s e devem 
ser uma preocupação de todos.
Por meio dos parâmetros, a prática escolar deve 
favorecer o desenvolvimento das habilidades 
dos alunos para que estes, além de aprenderem 
os conteúdos, possam compreender melhor 
a realidade, participando, de forma crítica, 
das relações sociais, políticas e culturais 
diversificadas. Isso levará os educandos a 
exercerem, de forma efetiva, a cidadania. E 
é a escola que irá escolher, como objeto de 
ensino, conteúdos que estejam ligados às 
questões sociais, que marcam cada momento 
histórico, cuja aprendizagem e assimilação são 
as consideradas essenciais para que os alunos 
possam exercer seus direitos e deveres. 
Disponível em: https://www.cpt.com.
br/pcn/pcn-parametros-curriculares-
nacionais-do-1-ao-5-ano. Acesso em 
20 ago 2017.
Disponível em: https://www.cpt.com.
br/pcn/pcn-parametros-curriculares-
nacionais-do-1-ao-5-ano. Acesso em 
20 ago 2017.
Disponível em: https://www.cpt.com.br/pcn/pcn-parametros-
curriculares-nacionais-do-1-ao-5-ano. Acesso em 20 ago 2017.
20Conteúdo e Met. do Ens. da Lingua Portuguesa e Matemática nos Anos Iniciais do Ens. Fund.
2 - PCN’s: Língua Portuguesa
Observando-se a relação dos sujeitos com o mundo, a 
relação no contexto escolar também se pauta na apropriação, 
transformação e interação quando se deparam com o 
conteúdo, ou seja, com o processo de desenvolvimento 
da linguagem. Isso contribui para que as dimensões que 
influenciam o conhecimento da língua sejam pertinentes em 
sua estruturação formal, assim, é preciso que haja o espaço 
para a prática em um contexto histórico, aliada à sistematização 
teórica dos conhecimentos.
A partir desse contexto, apresentam-se como eixos da 
ação no ensino da linguagem:
(Fonte: PCN, Brasil, 1998)
De maneira mais específi ca, considerar a 
articulação dos conteúdos nos eixos citados 
signifi ca compreender que tanto o ponto de 
partida como a fi nalidade do ensino da língua 
é a produção/recepção de discursos. Quer 
dizer: as situações didáticas são organizadas 
em função da análise que se faz dos produtos 
obtidos nesse processo e do próprio processo. 
Essa análise permite ao professor levantar 
necessidades, difi culdades e facilidades dos 
alunos e priorizar os aspectos que serão 
abordados. Isso favorece a revisão dos 
procedimentos e dos recursos linguísticos 
utilizados na produção e a aprendizagem 
de novos procedimentos/ recursos a serem 
utilizados em produções futuras. 
Tem-se, assim, os 
conteúdos das práticas, 
ligados à caracterização do 
processo de interlocução 
(USO) e os que se referem à construção de instrumentos 
para análise do funcionamento da linguagem com 
objetivo de ampliar a competência discursiva do sujeito 
(REFLEXÃO)..
USO REFLEXÃO
Prática de escuta e de leitura de 
textos / Prática de produção de 
textos orais e escritos
Desenvolvidos sobre os do eixo 
USO
1. historicidade da linguagem e da 
língua.
1. variação linguística: 
modalidades, variedades, 
registros.
2. constituição do contexto de 
produção, representações de 
mundo e interações sociais: 
sujeito enunciador; interlocutor;
fi nalidade da interação; lugar e 
momento de produção.
2. organização estrutural dos 
enunciados.
3. implicações do contexto de 
produção na organização dos 
discursos: restrições de conteúdo 
e forma decorrentes da escolha 
dos gêneros e suportes.
3. léxico e redes semânticas. 
4. implicações do contexto 
de produção no processo de 
signifi cação: representações dos 
interlocutores no processo de 
construção dos sentidos;
articulação entre texto e contexto 
no processo de compreensão;
relações intertextuais.
4. processos de construção de 
signifi cação.
5. modos de organização dos 
discursos.
(Fonte: PCN, Brasil, 1998. Adapt.)
Disponível em: https://www.cpt.com.
br/pcn/pcn-parametros-curriculares-
nacionais-do-1-ao-5-ano. Acesso em 
20 ago 2017.
Quanto aos conteúdos relacionados como pertinentes 
para o domínio da Língua Portuguesa, esses devem considerar 
a realidade de cada escola, bem como, sua proposta pedagógica 
e os elementos que a sustentam, além de respeitarem o grau de 
autonomia do sujeito, isso implica em observar as possibilidades 
e necessidades de aprendizagem.
Objetivos gerais de língua portuguesa para o ensino fundamental
O ensino de Língua Portuguesa deverá organizar-se de modo que os 
alunos sejam capazes de: 
• Expandir o uso da linguagem em instânciasprivadas e utilizá-la com 
efi cácia em instâncias públicas, sabendo assumir a palavra e produzir 
textos — tanto orais como escritos — coerentes, coesos, adequados 
a seus destinatários, aos objetivos a que se propõem e aos assuntos 
tratados; 
• Utilizar diferentes registros, inclusive os mais formais da variedade 
linguística valorizada socialmente, sabendo adequá-los às circunstâncias 
da situação comunicativa de que participam; 
• Conhecer e respeitar as diferentes variedades linguísticas do 
português falado; 
• Compreender os textos orais e escritos com os quais se defrontam 
em diferentes situações de participação social, interpretando-os 
corretamente e inferindo as intenções de quem os produz; 
• Valorizar a leitura como fonte de informação, via de acesso aos 
mundos criados pela literatura e possibilidade de fruição estética, sendo 
capazes de recorrer aos materiais escritos em função de diferentes 
objetivos; 
21
• Utilizar a linguagem como instrumento de aprendizagem, sabendo 
como proceder para ter acesso, compreender e fazer uso de informações 
contidas nos textos: identifi car aspectos relevantes; organizar notas; 
elaborar roteiros; compor textos coerentes a partir de trechos oriundos 
de diferentes fontes; fazer resumos, índices, esquemas, etc.; 
• Valer-se da linguagem para melhorar a qualidade de suas relações 
pessoais, sendo capazes de expressar seus sentimentos, experiências, 
ideias e opiniões, bem como de acolher, interpretar e considerar os dos 
outros, contrapondo-os quando necessário;
• Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de refl exão 
sobre a língua para expandirem as possibilidades de uso da linguagem 
e a capacidade de análise crítica; 
• Conhecer e analisar criticamente os usos da língua como veículo de 
valores e preconceitos de classe, credo, gênero ou etnia.
(Fonte: PCN, Brasil, 1998. Adapt.)
Assim, configura-se o ensino da língua materna, guiado 
pelos parâmetros com o objetivo, pelo menos teórico, de 
possibilitar o entendimento da língua em todas as suas 
vertentes, possibilitando que o aluno possa dominá-la em 
diversos contextos e, a partir dessa relação, transformar sua 
realidade utilizando o conhecimento comunicativo.
 Como dito anteriormente, não basta só o debate 
acadêmico sem a inclusão da sociedade como um todo, 
contribuindo para a fomentação de um currículo pertinente 
às necessidades e expectativas em busca de uma melhoria 
da relação com o mundo; além de construir uma ponte com 
as políticas públicas para a efetivação desse currículo com 
medidas práticas de investimento e valorização da educação. 
Esse discurso pode soar um tanta empoeirado, mas, apesar 
disso, ainda não se fez real.
3 - Sobre o ensino da Língua Portuguesa
O ensino da Língua Portuguesa no contexto escolar 
tem centralizado o debate sobre a melhoria da qualidade da 
educação no Brasil desde a década de 1980. No que tange 
o ensino fundamental é inegável que as relações de leitura e 
escrita são tidos como o aspecto mais contundente do que 
podemos chamar “fracasso escolar” , termo que possui dupla 
interpretação, pois refere-
se tanto ao desempenho 
dos alunos quanto ao dos 
professores, sem deixar de 
lado a ação do Estado e sua estruturação do ensino.
Sabe-se que os índices brasileiros de repetência 
nas séries iniciais — inaceitáveis mesmo em 
países muito mais pobres — estão diretamente 
ligados à difi culdade que a escola tem de 
ensinar a ler e a escrever. Essa difi culdade 
expressa-se com clareza nos dois gargalos em 
que se concentra a maior parte da repetência: 
no fi m da primeira série (ou mesmo das duas 
primeiras) e na quinta série. No primeiro, por 
difi culdade em alfabetizar; no segundo, por não 
conseguir garantir o uso efi caz da linguagem, 
condição para que os alunos possam continuar 
a progredir até, pelo menos, o fi m da oitava 
série. 
Percebe-se assim 
a necessidade de uma 
reestruturação no ensino 
da Língua como forma de garantir, de fato, a apreensão dos 
conteúdos necessários ao domínio dos elementos básicos 
para a comunicação no mundo contemporâneo. 
Nos últimos dez anos, a quase-totalidade das 
redes de educação pública desenvolveu, sob a 
forma de reorientação curricular ou de projetos 
de formação de professores em serviço (em 
geral os dois), um grande esforço de revisão 
das práticas tradicionais de alfabetização inicial 
e de ensino da Língua Portuguesa. Seja porque 
a demanda quantitativa já estava praticamente 
satisfeita — e isso abria espaço para a questão 
da qualidade da educação —, seja porque a 
produção científi ca na área tornou possível 
repensar sobre as questões envolvidas no 
ensino e na aprendizagem da língua, o fato é 
que a discussão da qualidade do ensino avançou 
bastante. 
O avanço dos últimos 
anos possibilitou o 
surgimento de uma corrente 
de ensino pautada na democratização das oportunidades 
educacionais, além de sua dimensão política além do que 
relaciona-se aos aspectos intra-escolares. Isso só foi possível 
quando a pauta passou a considerar que o aluno não deveria ser 
o único responsabilizado pelo descrédito social da educação 
como um todo, foi necessário rever todos os pontos dessa 
complexa estrutura: dos professores às políticas públicas, 
passando por aspectos de gestão e orçamento.
Esse processo caracterizou-se pela mudança no eixo 
investigativo, ou seja, considerou-se como foco as questões 
de aprendizagem, esse deslocamento contou com a circulação 
entre os educadores de material científico que propunha 
um olhar mais aprofundado na gênese do trabalho docente 
considerando as diferenças sociais e econômicas entre os 
alunos, assim o “como se aprende” passou a figurar no rol 
dos problemas da educação, criando um pensamento de mão 
dupla com o “como se ensina”.
Assim, é possível salientar a importância dos estudos 
da Linguística que, a partir de autores como Cagliari (1989), 
Geraldi (1997, 2004), Lopes (1991), Possenti (1996), 
contribuíram para uma compreensão mais aprimorada da 
relação entre linguagem escrita e oral, pois elencaram as 
especificidades dessas modalidades, ressaltando que não 
falamos como escrevemos ou vice-versa. Esse aspecto 
colaborou com a superação da concepção na qual a escrita 
é uma mera representação da fala, bem como, auxiliaram na 
reformulação do conceito de texto, democratizando-a, ao 
considerar a relação entre aquele que escreve e aquele que lê.
Outra contribuição da ciência Linguística deu-se a partir de 
uma nova forma de interpretação do fenômeno das variações 
linguísticas como um processo absolutamente normal. Vale 
ressaltar que muitas crianças foram estigmatizadas no interior 
BRASIL, PCN’s de Língua Portuguesa 
para o Ensino Fundamental.1997.
BRASIL, PCN’s de Língua Portuguesa 
para o Ensino Fundamental.1997.
BRASIL, PCN’s de Língua Portuguesa 
para o Ensino Fundamental.1997.
22Conteúdo e Met. do Ens. da Lingua Portuguesa e Matemática nos Anos Iniciais do Ens. Fund.
da própria escola por apresentarem um padrão de fala 
diferente da norma culta. Possenti (2004), nesta perspectiva 
afirma:
As variações linguísticas são condicionadas 
por fatores internos da língua ou por fatores 
sociais, ou por ambas ao mesmo tempo (...) 
os alunos que falam dialetos desvalorizados 
são tão capazes quanto os que falam dialetos 
valorizados [...] (p.35).
Assim contextualizado, o binômio ensino-aprendizagem 
passou a figurar com um sentido mais amplo do que se 
ensina e como se aprende, o que gerou uma reestruturação 
nos conceitos, bem como, nas relações escolares. Foi 
preciso considerar que não era mais possível agir somente 
nas estruturas pedagógicas formais e, sim, adequá-las as 
necessidades de cada educando, pois, só se aprende quando 
há sentido prático, ou seja, quando há aprendizagem 
significativa: “[...] para aprender a ler e a escrever, o aluno 
precisa construir um conhecimento de natureza conceitual: 
ele precisa compreender não só o que a escrita representa, 
mas também de que forma ela representa graficamente a 
linguagem”.Atualmente, o ensino 
da Língua Portuguesa, 
bem como de outras 
disciplinas, considera não 
só o conhecimento didático acumulado, mas conta com 
outras áreas como a psicologia (de aprendizagem e cultural) 
e as ciências da linguagem. Essas relações permitem uma 
contextualização social dos conteúdos escolares, atribuindo 
a eles um significado real, reforçando sua relevância no 
desenvolvimento educacional. Esse pensamento também 
atingiu a linguagem oral, pois, ao perceber que o aluno tem 
conhecimentos prévios da língua, linguagem e do mundo, 
a escola é capaz de adequar seus conteúdos a fazê-los 
parte do processo comunicativo cotidiano, auxiliando no 
desenvolvimento da adequação do contexto discursivo. 
Práticas que partem do uso possível aos alunos 
e pretendem provê-los de oportunidades de 
conquistarem o uso desejável e efi caz. Em 
que a razão de ser das propostas de leitura 
e escuta é a compreensão ativa e não a 
decodifi cação e o silêncio. Em que a razão de 
ser das propostas de uso da fala e da escrita é a 
expressão e a comunicação por meio de textos 
e não a avaliação da correção do produto. Em 
que as situações didáticas têm como objetivo 
levar os alunos a pensarem sobre a linguagem 
para poderem compreendê-la e utilizá-la 
adequadamente. 
No que se refere ao 
presente, a competência 
quanto ao domínio da 
língua transformou-se na principal característica do agente 
transformador da sociedade, apesar de inúmeras considerações 
a respeito da ação da tecnologia e sua desconstrução do 
conhecimento acadêmico, o que se percebe é que os sujeitos 
BRASIL, PCN’s de Língua Portuguesa 
para o Ensino Fundamental.1997.
cada vez mais dependem da educação formal para uma efetiva 
participação social, sem ela continuarão à margem. Pois, não é 
a tecnologia que transforma as relações educacionais e, sim, as 
mudanças na sua finalidade e o perfil social e cultural, assim, as 
necessidades de transformar acesso em sucesso no contexto 
educacional é o que realmente rege a demanda por um ensino 
de qualidade.
4 - O que ensinar em Língua 
Portuguesa?
As mudanças e reestruturações pelas quais têm passado o 
ensino da língua materna levam ao questionamento: O QUE 
ENSINAR EM LÍNGUA PORTUGUESA?. Já que o que 
se apresentou até agora foi uma nova contextualização do 
ensino diante da nova concepção de educação na sociedade 
contemporânea. 
Atualmente é necessário que o ensino da disciplina 
ultrapasse as paredes da sala de aula, ou seja, é preciso inserir 
na estrutura formal a prática do cotidiano além de contemplar 
as especificidades da fala, leitura e produção de textos desde 
os primeiros anos escolares. Só assim, haverá sentido no que 
se aprende e o aluno, sujeito dessa relação, desejará fazer parte 
desse mundo letrado, consciente do que lhe é oferecido.
BRASIL, PCN’s de Língua Portuguesa 
para o Ensino Fundamental.1997.
Para refl etir
Para refl etir sobre o ensino, vejamos um trecho do poema Pronominais 
de Oswald de Andrade: 
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
(ANDRADE, Obras completas, Volumes 6-7. Rio de Janeiro: Civilização 
Brasileira, 1972.).
Para sedimentar sua aprendizagem, sugerimos que procure refl etir e 
anote suas intepretações sobre o poema!
Análise do poema Pronominais 
O poema “Pronominais”, de Oswald de Andrade ressalta a proposta 
de reduzir a distância entre a linguagem falada e a escrita, uma das 
principais característica do Primeiro Tempo Modernista (1922-1930), 
renegando, desse modo, o passadismo acadêmico.
Neste poema, observa-se a defesa da colocação pronominal que segue 
o padrão fonético brasileiro – a próclise é mais comum -, diferente do 
padrão português que orienta a norma culta pela valorização da ênclise. 
No primeiro verso de Pronominais “Dê-me um cigarro”, exemplifi ca 
uma das muitas diferenças existentes entre a língua que a gramática 
normativa considera correta – norma culta – e a língua, geralmente, 
falada pela maioria das pessoas, como se percebe no último verso “Me 
dá um cigarro.”
Ao analisar Pronominais outra característica modernista foi destacada 
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pelo autor, o uso do verso livre, a fim de traduzir a liberdade plena da 
forma, a qual não significa ausência de ritmo, mas criar a cada verso um 
ritmo.
Ao escrever este poema o autor optou por ressaltar essas duas 
características, com o intento de acentuar outras particularidades 
como a procura pelo moderno, pelo polêmico e, ao mesmo tempo, 
o nacionalismo se manifesta em relação à linguagem, pois uma 
das mais importantes propostas do projeto artístico desse poeta é 
a ruptura com os padrões da língua literária culta e busca de uma 
língua brasileira, que incorporasse todos os “erros” gramaticais, 
vistos por ele como verdadeiras contribuições para a definição da 
nacionalidade.
Com essa produção Oswald de Andrade reitera o pensamento de 
Anibal Machado – “Não sabemos definir o que queremos mas sabemos 
discernir o que não queremos.”
Disponível em: https://faciletrando.wordpress.com/2015/05/15/analise-poema-
pronominais-2/. Acesso em 20 ago 2017.
É possível observar que já no contexto literário do início 
do século XX havia uma crítica à linguagem culta, não somente 
por esta ser uma herança dos portugueses, mas, sobretudo 
nota-se o distanciamento daquela falada pelo brasileiro em 
suas relações cotidianas. Assim, o desafio que hoje se apresenta 
diante dos professores de ensinar dentro de um contexto social 
significativo, não é algo novo, pois permeia a imaginação dos 
autores brasileiros há bastante tempo.
Dessa perspectiva, a língua é um sistema de 
signos histórico e social que possibilita ao 
homem significar o mundo e a realidade. Assim, 
aprendê-la é aprender não só as palavras, mas 
também os seus significados culturais e, com 
eles, os modos pelos quais as pessoas do seu 
meio social entendem e interpretam a realidade 
e a si mesmas. 
Assim, é possível 
observar que a produção 
da linguagem, diante dos 
aspectos históricos da língua, é uma ação orientada por uma 
finalidade dentro de um processo interlocutório realizado 
nas práticas sociais, portanto, relaciona-se a diversos grupos 
em diferentes momentos. Pode-se, então, afirmar que sua 
produção realiza-se, também, em diversas situações e práticas 
do cotidiano, tanto individuais quanto coletivas.
Outro aspecto relevante é considerar essas interações 
sociais como fundamentais para o desenvolvimento da 
cidadania, bem como, da inserção em determinados grupos 
específicos, o que, mesmo na comunicação do cotidiano 
fará diferença quanto ao vocabulário, objetivo e assunto 
abordado. Por exemplo, é possível identificar, mesmo em 
conversas corriqueiras, a qual grupo de conhecimento 
pertencem aqueles que se comunicam, visto que, uma 
interação entre professores será essencialmente diferente 
que uma entre advogados.
Essas relações pautadas na linguagem verbal possibilitam 
uma representação da realidade (física e social) a partir do 
momento em que se vincula ao pensamento o que possibilita 
a representação e regulação do pensamento e da ação, além 
de permitir a comunicação de ideias interagindo com diversas 
naturezas do conhecimento; o que amplia os horizontes das 
relações interpessoais.
Essas diferentes dimensões da linguagem 
não se excluem: não é possível dizer algo 
a alguém sem ter o que dizer. E ter o que 
dizer, por sua vez, só é possível a partir 
das representações construídas sobre o 
mundo. Também a comunicação com as 
pessoas permite a construção de novos 
modos de compreender o mundo, de novas 
representações sobre ele. A linguagem, 
por realizar-se na interação verbal7 dos 
interlocutores, não pode ser compreendida 
sem que se considere o seu vínculo com 
a situação concreta de produção. É no 
interior do funcionamento da linguagem 
que é possível compreender o modo desse 
funcionamento. Produzindo linguagem, 
aprende-se linguagem.
Produzirlinguagem significa produzir 
discursos. Significa dizer alguma coisa 
para alguém, de uma determinada forma, 
num determinado contexto histórico. Isso 
significa que as escolhas feitas ao dizer, ao 
produzir um discurso, não são aleatórias 
— ainda que possam ser inconscientes —, 
mas decorrentes das condições em que esse 
discurso é realizado. Quer dizer: quando se 
interage verbalmente com alguém, o discurso 
se organiza a partir dos conhecimentos que 
se acredita que o interlocutor possua sobre o 
assunto, do que se supõe serem suas opiniões e 
convicções, simpatias e antipatias, da relação 
de afinidade e do grau de familiaridade que 
se tem, da posição social e hierárquica que se 
ocupa em relação a ele e vice-versa. Isso tudo 
pode determinar as escolhas que serão feitas 
com relação ao gênero no qual o discurso 
se realizará, à seleção de procedimentos 
de estruturação e, também, à seleção de 
recursos linguísticos. É evidente que, num 
processo de interlocução, isso nem sempre 
ocorre de forma deliberada ou de maneira a 
antecipar-se ao discurso propriamente. Em 
geral, é durante o processo de produção que 
essas escolhas são feitas, nem sempre (e nem 
todas) de maneira consciente. 
Portanto, faz-se imprescindível que aquilo que se 
ensina deve compor não somente o contexto conteudista, 
visto que o ensino no país ainda está sob a tutela da 
avaliação teórica, mas, também, permear todo o processo 
comunicativo social, ou seja, há de se buscar o equilíbrio 
entre teoria e prática dentro do ambiente escolar. Para 
isso é necessário que os educadores tenham a consciência 
de seu papel de mediadores do conhecimento, que sejam 
sensíveis quanto à percepção das dificuldades e anseios de 
seus alunos, bem como, estejam preparados para o desafio 
educacional imposto na sociedade contemporânea, o que 
só é possível quando formamos e somos formados sujeitos 
leitores.
BRASIL, PCN’s de Língua Portuguesa 
para o Ensino Fundamental.1997.
24Conteúdo e Met. do Ens. da Lingua Portuguesa e Matemática nos Anos Iniciais do Ens. Fund.
Durante o estudo de cada Seção da Aula é importante que faça 
resumos, utilize planilhas ou esquemas para condensar os conteúdos, 
reclassifi cando-os mentalmente. Estas estratégias podem facilitar a 
compreensão, bem como o link dos conteúdos com os conhecimentos 
adquiridos em outras disciplinas ou mesmo contextualizá-los na 
prática.
Bons estudos!
Retomando a aula
Findamos a aula. É claro que o debate em torno do 
currículo e suas infl uências não se encerra, e nem deve, a 
partir do pensar em quem, o quê e como se aprende, as 
transformações acontecem de maneira muito mais signifi cativa. Porém, 
é preciso um trabalho pautado em teoria e prática, esperamos tê-los 
inspirado nos contextos que regem os conteúdos e metodologias do 
ensino da Língua Portuguesa. 
... Vamos, então, recordar:
1 - Teoria e Prática
A primeira seção apresentou um olhar para os Parâmetros 
Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa colocando-o 
como um guia para os anos iniciais do ensino fundamental, 
pautou-se na observação de que, mesmo com aspectos ainda 
em debate, é necessário que haja uma configuração básica a 
respeito do ensino/aprendizagem no país, e isso deve servir 
como ponto de partida, não chegada. Ressaltou-se, também, 
a necessidade da participação de toda a comunidade escolar 
para uma melhor aplicação dos contextos educacionais.
2 - PCN’s: Língua Portuguesa
Nesta seção final, apresentou-se um olhar aos conteúdos 
contemplados como básicos ao ensino fundamental, bem 
como os objetivos gerais do ensino da Língua Portuguesa. 
Não há receitas nem soluções para a implantação deles, 
porém, mais uma vez, o papel docente é decisivo para as 
ações educacionais.
3 - Sobre o ensino da Língua Portuguesa
Nessa seção apresentou-se um retrospecto dos 
pensamentos que permeiam o debate sobre o ensino da 
língua materna no tocante aos anos iniciais do ensino 
fundamental, procurou-se mostrar a cronologia e os aspectos 
que influenciaram e influenciam o pensar no currículo como 
apenas um elemento do processo ensino-aprendizagem, não o 
único, mas que influencia diretamente no caráter democrático 
da educação.
4 - O que ensinar em Língua Portuguesa?
AA proposta dessa seção foi confrontar as relações entre 
conteúdos e metodologias relacionadas ao ensino da língua 
materna, alertando, assim, para as autonomias envolvidas em 
todo o processo e como lidar com essas variáveis sem excluí-
las do processo de domínio da Língua Portuguesa, ressaltado 
seu aspecto ligado à leitura e sua influência na transformação 
do sujeito.
Vale a pena
FREIRE, PAULO. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa 
ensinar. Paz e Terra, 1993.
JOLIBERT, J. (coord.). Formando crianças leitoras. Trad. B. C. 
Magne. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
KOCH, I. G. V.; ELIAS, V. M.. Ler e compreender: os sentidos 
do texto. São Paulo: Contexto, 2006
MORAIS, José. A arte de ler. São Paulo: Ed. da Universidade 
Estadual Paulista, 1996. 
PCN Vol. 2 - Parâmetros Curriculares Nacionais - Língua 
Portuguesa, Vários Autores.
Vale a pena ler
Coursera.org - É um dos mais conhecidos e uma das 
maiores plataforma de cursos online gratuitos do mundo. 
O site oferece conteúdo em Português também e esse ano a 
USP e a Unicamp entraram para o time de universidades que 
disponibilizam cursos por lá. Os temas são variados… dá para 
apender desde Chinês Básico com a Universidade do Arizona 
até Fundamentos do Design com a Universidade da Califórnia.
 Programaê - O site acredita que a tecnologia tem o poder 
de transformar, inclusive a educação. Por lá é possível aprender 
ou ensinar usando a tecnologia, através de games, desenhos e 
animações, e assim simplificar o aprendizado da programação.
MEC <http://portal.mec.gov.br>
<http://cev.org.br/biblioteca/critica-critica-dos-pcns-
uma-comcepcao-dialetica/>
<http://artenaescola.org.br/sala-de-leitura/artigos/
artigo.php?id=69395>
Vale a pena acessar
A História Sem Fim (Die unendliche Geschichte). 
Alemanha. 1984
O Senhor das Moscas (Lord of the Flies). Inglaterra. 
1990
Forrest Gump – O contador de histórias. EUA. 1994
O menino do pijama listrado (The Boy in the Striped 
Pyjamas). Inglaterra. 2008
Escola Primária ou Lições da infância (Obecná skola/ 
The Elementary School). (República Checa, 1991).
Ser e Ter. (França, 2002).
Waiting for Superman. (EUA, 2010)
A educação proibida. (Argentina, 2012)
Vale a pena assistir

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