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MATÉRIA - PENAL III - CRIMES CONTRA O PATRIMONIO E DIREITO AUTORAL

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DIREITO PENAL III
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Os crimes contra o patrimônio estão previstos nos artigos 155 a 183 do CP. 
Estes delitos estão divididos em sete capítulos: 
 Do Furto 
 Do Roubo e da Extorsão 
 Da Usurpação
 Do Dano 
 Da Apropriação Indébita 
 Do Estelionato e outras fraudes 
 Da Receptação 
Existe ainda o capítulo VIII – Disposição Gerais – Escusas Absolutórias
FURTO - O art. 155 trata da conduta daquele que subtrai, para si ou para outrem, coisa alheia móvel. Segundo a lição da maior parte dos doutrinadores, o delito de furto tutela a propriedade, a posse e a detenção legítimas da coisa móvel. 
a) Subtrair – tirar, tomar para si, assenhorar - O conceito em si é simples, mas não se iluda: o delito de furto é cheio de nuances e detalhes que demandam um estudo mais aprofundado deste tipo penal. 
b) Coisa alheia – substância corpórea passível de apreensão e transporte – valor econômico ou afetivo.
Nesse sentido, vamos iniciar a análise do art. 155 destrinchando exatamente o que o legislador quer dizer com coisa alheia móvel, segundo a doutrina majoritária. 
Conceito de Coisa - é todo objeto de natureza corpórea. A primeira observação que precisamos fazer sobre a coisa furtada é a seguinte: O valor da coisa pode ser tanto financeiro como sentimental.
Dessa forma, não cabe ao autor de furto alegar que o delito por ele praticado é irrelevante pois a coisa furtada não possui valor de mercado. Se houver valor sentimental ou afetivo, basta! A lista de coisas que podem ser objeto material de furto é praticamente infinita. 
Afinal de contas, tudo aquilo que possui algum valor econômico ou sentimental integra a lista de objetos materiais do delito. 
Entretanto, é importante observar o seguinte posicionamento do STJ, no sentido de que não podem ser objeto material do crime de furto: Isso ocorre pois, segundo o STJ, esses objetos não possuem valor econômico que possa ensejar a caracterização de um delito contra o patrimônio. 
Note, no entanto, que se o indivíduo que pegou as folhas de cheque ou o cartão tiver êxito em sua utilização (por exemplo, preenchendo o cheque e falsificando a assinatura com o objetivo de sacar o dinheiro), poderá ocorrer o delito de estelionato, a depender do caso! 
Conceito de “Alheia” O segundo termo que precisamos avaliar trata da caracterização da coisa como alheia. Obviamente, a coisa alheia trata de um objeto material que pertence a um terceiro. De maneira não tão óbvia, a caracterização do objeto do furto como coisa alheia pelo legislador faz com que a coisa sem dono não possa ser objeto de furto! A coisa sem dono não pode ser objeto de furto.
Da mesma forma, a coisa própria não pode ser objeto material do delito de furto. Por esse motivo, mesmo que o indivíduo furte “de volta” uma coisa sua que estava em poder de terceiro, não haverá o crime previsto no art. 155. 
· Res nullius – coisa de ninguém
· Res derelicta – coisa abandonada
· Res deperdita – coisa perdida – apropriação de coisa achada – Art. 169 § único, II
Cuidado! A subtração de coisa perdida não caracteriza o delito do art. 155, e sim do art. 169, inciso II! Apropriação de coisa achada II – quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de restitui-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de quinze dias. Pena – detenção, de um mês a um ano, ou multa. 
Conceito de “Móvel” Além de todos os pré-requisitos sobre o objeto material do crime de furto que analisamos até agora, a coisa alheia ainda deve ser móvel, ou seja, deve ser passível de ser removida para outro local. Além desse conceito básico, temos ainda a chamada coisa móvel por equiparação, prevista expressamente no parágrafo 3º do art. 155, 
· Cadáver - art. 211
· Órgão p/ transplante – art. 14 Lei 9434/97
· Ser humano – Art. 148, 159, 249
c) Para si ou para outrem – assenhoreamento definitivo – animus furandi ou animus res sibi habendi.
· Furto de uso – não há crime – Exc.: Art. 241 COM
Você já ouviu falar na figura do furto de uso? O furto de uso nada mais é do que a conduta do indivíduo que subtrai um objeto com a intenção de utilizá-lo e devolvê-lo logo em seguida. O furto de uso, em nosso ordenamento jurídico, é fato atípico, ou seja, não é uma conduta criminosa e não está abarcada pelo tipo penal do art. 155. Isso ocorre porque acaba faltando o elemento previsto no trecho para si ou para outrem. Oras, o indivíduo subtraiu para uso e devolução, não pretendia destinar o objeto para si próprio ou para um terceiro, de modo que não ocorre a perfeita adequação de sua conduta ao tipo penal (a tipicidade).
· Estado de necessidade
· Furto famélico
Sujeito Ativo – QQ pessoa, menos o possuidor ou o proprietário (Exc. 346).
Se o sujeito estava na posse – apropriação indébita
Se a participação do agente for posterior ao furto – receptação (180) ou favorecimento (349)
Sujeito Passivo – QQ pessoa física ou jurídica, titular da posse, detenção ou propriedade.
SUJEITO ATIVO O furto é crime comum, o qual não exige qualidade especial do agente delitivo. No entanto, segundo a lição da maioria, o proprietário da coisa não pode ser autor do crime de furto. Por isso, cuidado! Se o proprietário subtrai coisa própria que se encontra na legítima posse de terceiro, incorre no delito de exercício arbitrário das próprias razões (art. 345 do Código Penal), e não do delito de furto em si. 
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA 
Já sabemos o conceito do delito de furto, e estudamos de forma detalhada os elementos descritivos do tipo penal. Tendo em vista que o furto é um crime material (possui um resultado naturalístico), devemos então compreender em que momento ocorre a sua consumação – tema que por muito tempo gerou polêmica na doutrina e na jurisprudência.
Consumação – (a perda ou destruição parcial ou total da res)
TEORIAS
a- Concretatio – basta tocar a coisa
b- Apprehensio rei – basta segurar a coisa
c- Amotio – remoção da coisa do seu lugar
d- Albatio – coisa colocada em segurança pelo agente no local em que se destinava.
JURISPRUDÊNCIA – DUAS POSIÇÕES BÁSICAS
1- O furto estará consumado no momento em que o agente tem a posse tranquila da coisa, ainda que por pouco tempo. A coisa saiu da esfera de vigilância.
2- O furto estará consumado com a saída da coisa da esfera de vigilância do dono e posse do agente. Não há necessidade de posse tranquila.
Tentativa – Admitida, pois o furto é crime material.
Subsidiariedade – Dano, Violação de domicílio.
CRIME IMPOSSÍVEL - Ao estudar a parte geral do Direito Penal, aprendemos que estaremos diante de crime impossível quando o indivíduo tenta perpetrar a infração penal em situação de ineficácia absoluta do meio ou de absoluta impropriedade do objeto. 
Nesse sentido, havia divergência no sentido de existir ou não crime impossível no furto praticado em estabelecimento comercial quando existe sistema de câmeras e de vigilância, visto que a existência desse tipo de sistema reduz a chance de êxito do delito de furto. Para sanar esse questionamento, o STJ emitiu a Súmula n. 567, que você precisa conhecer: Súmula n. 567/STJ: Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto. 
Dessa forma, o STJ consolidou seu entendimento no sentido que a mera existência de monitoramento eletrônico ou de segurança no interior do estabelecimento comercial não torna, por si só, impossível a configuração do delito do art. 155. Dúvida frequente: O STF, em dois casos específicos (no ano de 2017 e após a edição da referida súmula do STJ) reconheceu a existência de crime impossível por considerar que a espécie de vigilância realizada sobre os acusados, com acompanhamento ininterrupto do trajeto da conduta delitiva, teria tornado impossível a consumação do crime, por absoluta ineficácia do meio empregado (RHC 144.516/SC). 
Isso não significa que o entendimento da Súmula n. 567 do STJ está superado. O própriojulgado ressalta que o reconhecimento do crime impossível depende da análise detalhada do caso concreto. Ademais, a própria doutrina é crítica do referido julgado. Lembre-se: Entendimento sumulado é uma coisa. Análise de caso concreto é outra. A chance de uma súmula ser cobrada em sua prova é muito maior, por isso muita atenção ao enunciado de questões sobre o assunto.
SUBTRAÇÃO POR ARREBATAMENTO (CRIME DO TROMBADINHA) 
A subtração por arrebatamento, também conhecida por “crime do trombadinha”, ocorre naquelas situações em que o agente, depois de escolher a sua vítima, parte em direção a ela e, rapidamente, mediante um golpe ligeiro, ou “trombada”, arrebata-lhe, como regra, das mãos (bolsa, telefone celular etc.), do pescoço (colares, cordões etc.), do pulso (pulseiras, relógios etc.) os bens que pretendia subtrair. 
Há divergência doutrinária e jurisprudencial se tal fato se configuraria furto ou roubo. São precisas as lições de Weber Martins Batista quando afirma: “O furto por arrebatamento caracteriza uma hipótese de crime mais grave que a do furto simples, pois o ladrão demonstra maior audácia, mostra-se mais perigoso, razão por que deveria ser arrolada como uma forma de furto qualificado. Como isso não ocorre, impossível cobrir a falta com a aplicação da regra do art. 157 do Código Penal”. 
O Superior Tribunal de Justiça, analisando a hipótese concreta na qual a vítima havia sido derrubada pelo agente para que pudesse realizar a subtração dos bens a ela pertencentes, entendeu pelo reconhecimento do delito de roubo, conforme se verifica pela ementa abaixo transcrita: O emprego de empurrão contra a vítima para fins de lhe subtrair bem móvel configura violência física apta à caracterização do crime de roubo (STJ, HC 316.730/RS, Reynaldo Soares da Fonseca, 5ª T., DJe 26/08/2016). 
Esta Corte Superior tem entendimento no sentido de que o arrebatamento de coisa presa ao corpo da vítima que comprometa ou ameace sua integridade física, configurando vias de fato, bem como a prolação de ameaças verbais e a superioridade de sujeitos ativos, são suficientes para a caracterização das elementares da violência e da grave ameaça, e, em consequência, do crime de roubo (STJ, AgRg. no AREsp. 256213/ES, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, 5ª T., DJe 10/6/2013). Tendo sido a vítima atacada e derrubada por um trombadinha, inclusive com o comprometimento de sua integridade física, lesão corporal, o delito é classificado como roubo, e não como simples furto (REsp. 336 634/SP; REsp. 2001/0094363-8, Rel.ª Min.ª Laurita Vaz, 5ª T., DJ 30/6/2003, p. 285).
§ 1.º - Causa de aumento de pena – repouso noturno # ausência de luz solar
· Basta o repouso noturno, assim a casa pode estar desabitada, o furto pode ser na rua... (STF)
FURTO NOTURNO 
Seguindo em frente em nossa leitura do código penal, temos a figura do chamado furto noturno, que também pode ser chamado de furto majorado, haja vista o aumento de pena previsto na norma penal: § 1º A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno. 
A jurisprudência e a doutrina majoritárias entendem que não há a necessidade de que a vítima esteja presente no local do furto. Também não é necessário que a vítima esteja repousando. Praticado o furto no horário do repouso noturno, portanto, incidirá a majorante. 
Outro ponto importante: Por repouso noturno entende-se que há critério variável, o qual não se identifica necessariamente com o período da noite, mas com o tempo em que a cidade ou local costumeiramente se recolhe para o repouso diário (Sanches). 
É possível a aplicação da majorante do furto noturno no âmbito do furto qualificado? Tanto STJ quanto STF já decidiram pontualmente nesse sentido, de que a majorante em estudo é compatível com o furto qualificado previsto no art. 155, §4º. Sobre as novas qualificadoras inseridas pela Lei n. 13.654/2018, não há julgado expresso sobre o tema, mas a doutrina se posiciona favoravelmente nesse sentido, pelo mesmo motivo que justifica a compatibilidade com o §4º.
§ 2.º - Furto Privilegiado - Requisitos
· Primariedade do réu # Maus antecedentes
· Pequeno valor – até um salário mínimo # pequeno prejuízo (bagatela, insignificância)
FURTO PRIVILEGIADO 
No parágrafo 2º do art. 155, temos a modalidade chamada de furto privilegiado: § 2º Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa. 
É extremamente recomendável que você faça a leitura deste artigo diversas vezes. Sua literalidade costuma ser cobrada em provas de concurso de forma recorrente! Para a definição de coisa de pequeno valor, é importante observar que existe uma certa discricionariedade do magistrado ao analisar o caso concreto, para que ele determine o que pode ou não ser entendido como coisa de pequeno valor para fins de configuração do parágrafo em estudo.
Se a coisa tiver um valor INSIGNIFICANTE, ocorrerá a aplicação do princípio da insignificância, que tornará a conduta atípica (não haverá crime)! 
FURTO PRIVILEGIADO-QUALIFICADO 
Outro debate um pouco mais avançado e bastante relevante está na compatibilidade entre o furto privilegiado previsto no § 2º e as modalidades de furto qualificado. 
Em outras palavras: SERIA possível a existência de furto privilegiado-qualificado? Existem diversas posições e análises sobre essa temática, e até mesmo os Tribunais Superiores já mudaram seu posicionamento sobre o tema. Para fins de prova, atualmente considera-se mais seguro seguir o entendimento de que é possível a combinação dos referidos parágrafos. 
Para o STJ, é possível a existência do furto privilegiado-qualificado. É o que prevê a Súmula n. 511: É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP nos casos de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva. 
Cabe ressaltar que no mesmo sentido já decidiu o STF, no entanto, sem sumular o referido entendimento (HC 99.222).
§ 3.º - Equiparação à coisa móvel – Energia = elétrica, solar, térmica
· Eletricidade – antes de passar no medidor, se for alteração no medidor será estelionato.
· Desvio de água antes de passar no hidrômetro, se for usurpação – Art. 161 § 1.º
· Semen – energia genética
COISA MÓVEL POR EQUIPARAÇÃO
Por isso, quem faz o famoso “gato” nas redes de energia elétrica, de agua ou de telefone pratica o delito do art. 155, pois está furtando coisa móvel por equiparação! Cuidado! Seu professor não esqueceu do sinal de TV a cabo. Segundo o STF, ligação clandestina de TV a cabo é conduta atípica, não configurando o delito de furto! É o que prevê o Informativo 623, a saber: A 2ª Turma concedeu habeas corpus para declarar a atipicidade da conduta de condenado pela prática do crime descrito no art. 155, § 3º, do CP (“Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:... § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.”), por efetuar ligação clandestina de sinal de TV a cabo.
Reputou-se que o objeto do aludido crime não seria “energia” e ressaltou-se a inadmissibilidade da analogia in malam partem em Direito Penal, razão pela qual a conduta não poderia ser considerada penalmente típica. 
NOVO ENTENDIMENTO SOBRE ENERGIA ELÉTRICA 
A alteração do sistema de medição, mediante fraude, para que aponte resultado menor do que o real consumo de energia elétrica configura estelionato. STJ. 5ª Turma. AREsp 1.418.119-DF, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 07/05/2019 (Info 648). 
Outra interessante novidade nos foi apresentada no Informativo 648/STJ, no qual o referido Tribunal apresentou o entendimento, em um caso concreto, de que adulteração em sistema de medição de energia elétrica, mediante fraude, para apontar resultado menor do que o consumo real configura o crime de estelionato, e não o crime de furto!
Para facilitar o entendimento dessa novidade, segue breve tabelacomparativa: 
	Furto de Energia Elétrica
O famoso “Gato de Energia”
	Alteração do Sistema de Medição de energia elétrica
	Desvio de energia elétrica por meio de ligação clandestina, sem passar pelo medidor.
	Há alteração no sistema de medição instalado, mediante fraude, para que o resultado calculado seja menor do que o real consumo.
	É FURTO.
	É ESTELIONATO.
	Lembre-se, no furto mediante fraude, a fraude tem por objetivo diminuir a vigilância da vítima e possibilitar a subtração da coisa.
Dessa forma, o bem subtraído é retirado da posse da vítima sem que esta perceba o que está acontecendo.
Veja que, no caso da energia elétrica, a concessionária não sabe que está fornecendo a energia elétrica para aquele indivíduo.
Por isso entende-se que o autor está efetivamente subtraindo a energia da rede elétrica.
	Nesse caso, o objetivo da fraude é de fazer que a vítima incida em erro e voluntariamente entregue o objeto. 
Há uma falsa percepção da realidade. Aqui, a concessionária de energia SABE que está fornecendo a energia elétrica para aquele consumidor / residência, mas a fraude faz com que ela não perceba que o pagamento está a menor.
§ 4.º - Qualificadoras
I – Rompimento ou destruição de obstáculo –
A qualificadora em exame prevê duas modalidades de comportamento. 
No primeiro, o agente destrói o obstáculo, ou seja, usa de violência contra a coisa, destruindo, eliminando ou fazendo desaparecer aquilo que o impedia de levar a efeito a subtração. Pratica o crime de furto qualificado pela destruição de obstáculo o agente que, valendo-se de um pé de cabra, arrebenta o cadeado que impedia o acesso de estranhos ao local onde se encontravam acondicionados os aparelhos eletrônicos que foram objeto da subtração. 
Rompimento, conforme lições de Noronha, “designa a ação ou consequência de romper, que importa partir, despedaçar, separar, rasgar, abrir etc.”
Ainda podemos compreender o rompimento no sentido de afastar, eliminar o obstáculo, mesmo que o agente o preserve intacto. Assim, podemos raciocinar com a hipótese de que o agente, em vez de destruir, inutilizar o cadeado colocado para impedir a abertura de uma porta, consiga retirá-lo desaparafusando os suportes que os sustentavam, para, logo em seguida à subtração, recolocá-lo em seu lugar original. A destruição ou o rompimento do obstáculo podem ocorrer antes ou mesmo depois da apreensão da res.
II – a) abuso de confiança
Relação de confiança pressupõe liberdade, lealdade, credibilidade, presunção de honestidade entre as pessoas. Abusa o agente da confiança que nele fora depositada quando se aproveita dessa relação de fidelidade existente anteriormente para praticar a subtração. Dessa forma, também para que se caracterize a qualificadora em questão, será preciso comprovar que, anteriormente à prática da subtração, havia, realmente, essa relação sincera de fidelidade, que trazia uma sensação de segurança à vítima. No entanto, se o agente, ardilosamente, construir essa relação de confiança para o fim de praticar a subtração, fazendo com que a vítima incorra em erro no que diz respeito a essa fidelidade recíproca, o furto será qualificado pela fraude, e não pelo abuso de confiança.
A relação empregatícia pode ou não permitir a aplicação da qualificadora relativa ao abuso de confiança. Quando não for o caso da aplicação da qualificadora do abuso de confiança, poderá, dependendo da hipótese concreta, fazer-se incidir a circunstância agravante prevista na alínea f do inc. II do art. 61 do Código Penal (com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade).
b) fraude
Fraude, aqui, significa a utilização de meios ardilosos, insidiosos, fazendo com que a vítima incorra ou seja mantida em erro, a fim de que o próprio agente pratique a subtração. A fraude, portanto, é utilizada pelo agente a fim de facilitar a subtração por ele levada a efeito. Alerta também Hungria que “meio fraudulento é, também, qualquer ardil no sentido de provocar a ausência momentânea do dominus ou distraindo-lhe a atenção, para mais fácil perpetração do furto”
c) escalada
Escalada, na definição de Hungria, é “o ingresso em edifício ou recinto fechado, ou saída dele, por vias não destinadas normalmente ao trânsito de pessoas, servindo-se o agente de meios artificiais (não violentos) ou de sua própria agilidade. Tanto é escalada o galgar uma altura, quanto saltar um desvão (exemplo: um fosso), ou passar por via subterrânea não transitável ordinariamente (ex.: um túnel de esgoto). Se a passagem subterrânea é escavada adrede, o que se tem a reconhecer é o emprego de meio fraudulento”
d) destreza
Atua com destreza o agente que possui uma habilidade especial na prática do furto, fazendo com que a vítima não perceba a subtração. Weber Martins Batista, com a precisão que lhe é peculiar, acrescenta: “Destreza é soma de habilidade com dissimulação. O agente se 795 adestra, treina, especializa-se, adquire tal agilidade de mãos e dedos, que é capaz de subtrair a coisa como que em um passe de mágica. E usa essa habilidade extraordinária, excepcional, como arma para dissimular a subtração do bem”
Não age com destreza o agente, segundo opinião doutrinariamente predominante, quando a subtração é realizada contra vítima que dormia ou se encontrava embriagada, pois que, qualquer pessoa, em decorrência desses fatores, poderia fazê-lo.
III – emprego de chave falsa
Emprego de chave falsa – Considera-se chave falsa qualquer instrumento – tenha ou não aparência ou formato de chave – destinado a abrir fechaduras, a exemplo de grampos, gazuas, mixa, cartões magnéticos (utilizados modernamente nas fechaduras dos quartos de hotéis) etc.
Qualquer chave, desde que não seja a verdadeira, utilizada para abrir fechaduras deve ser considerada falsa, inclusive a cópia da chave verdadeira. O emprego de chave falsa pode, a depender da hipótese, não deixar vestígios, como, por exemplo, quando se emprega grampo, arame ou chave de feitio especial para a abertura de fechaduras, sem dano ou arrombamento, de modo que, nesses casos, é dispensável o exame pericial para a caracterização da qualificadora do crime de furto (STJ, AgRg no AREsp 886.475/SC, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, 6ª T., DJe 26/09/2016).
IV – Concurso de duas ou mais pessoas
Mediante o concurso de duas ou mais pessoas – Para que se configure a mencionada qualificadora basta, tão somente, que um dos agentes seja imputável, não importando se os demais participantes possuam ou não esse status,
§ 5.º - veículo automotor transportado para outro estado ou exterior.
Subtração de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior – O objeto material da nova qualificadora, criada pela Lei nº 9.426, de 24 de dezembro de 1996, é o veículo automotor (automóveis, caminhões, lanchas, motocicletas, etc.), desde que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior. 
Dessa forma, se o agente subtrai veículo automotor sem a finalidade de ultrapassar a barreira de seu Estado, o furto será simples, e não qualificado. Assim, é a conjugação do objeto material, com o efetivo transporte do veículo automotor para outro Estado ou mesmo para o exterior, que qualifica a subtração. Se o agente fosse surpreendido, ainda no Estado onde ocorreu a subtração, quando estivesse se dirigindo a outro Estado da Federação ou mesmo a um país estrangeiro, vizinho ao Brasil, em razão de sua especial finalidade, poderíamos raciocinar com a tentativa qualificada? 
A péssima redação nos leva a responder negativamente, pois, caso contrário, seria muito melhor para o agente alegar, sendo surpreendido no Estado onde ocorrera a subtração, que a sua finalidade era a de, por exemplo, transportá-lo para outro Estado, para que lhe fosse aplicada, obrigatoriamente, a redução de um terço a dois terços, prevista pelo parágrafo único do art. 14 do Código Penal.
FURTO DE SEMOVENTE – ABIGEATO
Já no parágrafo 6º temos o chamado abigeato, que é a modalidade mais recente de furto qualificado (adicionadaao CP em 2016). Essa previsão normativa busca punir com maior severidade a subtração de animais criados com finalidades comerciais, tais como gado, aves e suínos. Note que o parágrafo 5º e o parágrafo 6º não possuem a previsão de pena de MULTA. 
NOVAS MODALIDADES DE FURTO QUALIFICADO Lei n. 13.654/2018
Em 2018, o legislador brasileiro buscou endurecer o combate a uma modalidade de furto que tem se tornado cada vez mais comum em dias atuais: o furto mediante explosão de caixas eletrônicos (unidades de autoatendimento bancário). Como veremos, não só o legislador complicou a vida do candidato de concursos públicos, como piorou muito a persecução penal em nosso país, pois ao tentar endurecer a reação do Estado contra crimes dessa natureza, acabou na verdade tornando mais branda a pena para tal modalidade do delito.
Com a edição da Lei n. 13.654/2018, adicionou-se a seguinte previsão ao art. 155 do CP: § 4º-A. A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se houver emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum. (Incluído pela Lei n. 13.654, de 2018) Veja que o objetivo do legislador é claramente o de tornar mais severa a punição daqueles que realizam explosões de caixas eletrônicos e afins com o objetivo de subtrair os valores ali contidos. 
Conhecer a alteração legislativa (a nova previsão contida no CP) via de regra, basta para fins de prova. No entanto, é extremamente recomendável que façamos uma análise um pouquinho mais aprofundada dessa mudança, caso este tema venha a ser cobrado na sua prova discursiva. E nesse sentido, lembre-se: há um problema grave com a mudança em questão! O que acontece é que antes a punição de um indivíduo que praticava um furto com utilização de explosivos em caixas eletrônicos se dava da seguinte forma:
								AUTUAÇÃO 155 §4º I ROMPIMENTO
EXPLOSÃO COM SUBTRAÇÃO DE VALORES		CONCURSO FORMAL IMPRÓPRIO
								
EXPLOSÃO MAJORADA 250. §1º.
Com isso, em uma situação hipotética qualquer, teríamos em regra o seguinte: Indivíduo era responsabilizado em concurso formal dos delitos de explosão majorada e furto qualificado pelo rompimento de obstáculo. • Pena – mínima: 6 anos.
Essa era a posição majoritária acolhida pela jurisprudência, tanto dos Tribunais de Justiça quanto do próprio STJ (diversos julgados). Entretanto... com a alteração legislativa, não se pode mais realizar o concurso de crimes acima previsto, pois estaria configurado bis in idem (o indivíduo seria responsabilizado duplamente pelo mesmo fato). 
Dessa forma, acaba restando sua responsabilização apenas nos termos do art. 155, §4º-A! Nova situação: • Indivíduo é responsabilizado apenas nos termos do art. 155, §4º-A do CP, que embora mais severo do que a hipótese de furto simples, contém responsabilização mais branda do que o concurso formal entre os crimes de furto e explosão. • Pena – mínima: 4 anos. 
Mas, professor, se a lei penal benéfica retroage em benefício, pode um réu que foi condenado por furto qualificado em concurso formal com explosão antes da Lei n. 13.654/2018 solicitar a revisão de sua pena? E a resposta, por mais insensata que pareça, é SIM! 
A inovação legislativa contida na Lei n. 13.654/2018 pode ser considerada hipótese de novatio legis in mellius e acarreta o direito do réu de pedir a revisão de sua pena, nos termos do art. 2º do Código Penal. 
Por fim, cabe ainda ressaltar que a Lei n. 13.654/2018 também criou uma nova modalidade de furto, prevista no art. 155, parágrafo 7º, também voltada à repressão dos delitos envolvendo explosão de caixas eletrônicos: § 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. O objetivo aqui, no entanto, é o de dificultar a obtenção das substâncias utilizadas na prática do delito de furto mediante explosão, ao tipificar também a conduta realizada para as obter.
Lei n. 13.964/2019 - PACOTE ANTICRIME
Por fim, cabe fazer uma breve observação em razão de uma mudança importante trazida pelo pacote anticrime relacionada ao delito de furto: Lei n. 8.072/1990, art. 1º IX – furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A). (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019). 
Tome nota dessa alteração importante: Considera-se hediondo o delito de furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum, nos termos do art. 155, §4º-A! E assim finalizamos nossas observações sobre o delito de furto! Aposto que você não achava que um único artigo daria tanto trabalho, certo? Mas acredite – esse esforço e essa atenção aos detalhes valerá a pena.
§ 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se houver emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum.(Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
§ 5º – A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior.(Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 6o  A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtração for de semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da subtração(Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016)
§ 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
Assim, quanto ao crime de furto, operou-se a novatio legis in pejus com a inserção de  duas circunstâncias qualificadoras, pois as penas base foram alteradas de forma substancial, enquanto na forma simples as penas de reclusão são de 01 a 04 anos, aqui nestas duas hipóteses elas serão reclusão de 04 a 10 anos.
Artigo 156 – FURTO DE COISA COMUM – Crime próprio
S A – Condômino, coerdeiro ou sócio.
S P – S A e 3.º legítimo ou detenção / pessoa jurídica # patrimônio diferente
§ 1º - Representação
Coisa fungível – substituição – não ultrapasse o valor
Artigo 157 – ROUBO
As alterações não foram complexas, mas são significativas no que diz respeito ao art. 157 do CP.
Inicialmente podemos destacar duas alterações, que ocorreram no § 2º do art. 157 do CP, vejamos. 
O inciso I que trazia o aumento de pena quando crime de roubo fosse praticado com o emprego de arma foi revogado (após comentarmos sobre a inserção do novo § 2º-A com o aumento de pena quando crime for praticado com o emprego de arma de fogo, farei as considerações necessárias sobre as implicações de tal mudança), e vale destacar que o legislador também inseriu no §2º, inciso VI do art. 157 do CP, assim como o fez no crime furto, uma forma majorada quando o crime de roubo tiver como objeto material substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego.
Outra significativa alteração e que traz consequências diversas foi a inserção das causas de aumento de pena com uma fração significativa de 2/3 (dois terços) previstas no § 2º-A, incisos I e II do art. 157 do CP. O legislador no inciso I inseriu como majorante a hipótese em que a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo. Com isso o legislador, ao classificar a arma, como de fogo, acabou por excluir as demais, conhecidas como arma branca, como exemplo uma faca. Dessa forma o aumento de pena somente será aplicado ao agente que usar no roubo, arma de fogo. Dessa forma criou-se uma novatio legis in melius, ou seja, uma nova lei que melhora a situação do agente e assim, poderá retroagir para beneficiar a todos aqueles que anteriormente foram condenados com a aplicação da causa de aumento em razão da utilização de arma branca.
No inciso II foi prevista a hipótese de aumento de pena no caso do crime de roubo quando houver a destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigocomum.
Por fim, destacamos que o § 3º na hipótese do inciso I, quando ocorre a lesão corporal grave, a pena era de reclusão que era de 7 (sete) a 15 (quinze) anos e com a alteração legislativa foi aumentada para 7 (sete) a 18 (dezoito) anos.
ROUBO
Violência – própria
Grave ameaça – psicológica 
Outro meio – imprópria
Várias pessoas = concurso formal
Vítimas diferentes = crime continuado
Roubos de uso – O agente responde pelo crime
Morte de coautor – Aberratio ictus
Ataque cardíaco # violência física – Artigo 121 § 3º
Caput – próprio
§ 1º - impróprio
§ 2º - causas de aumento
II – Concurso de pessoas
III – Valores – ciência
IV – Veículo – exterior ou outro estado
V – Restrição da liberdade
A Lei 13.654, de 23 de abril de 2018, alterou a redação dos artigos 155 e 157, ambos do Código Penal, dispondo sobre os crimes de furto qualificado e de roubo quando envolvam material explosivo e, especificamente, sobre o crime de roubo praticado com emprego de arma de fogo ou do qual resulte lesão corporal de natureza grave. Alterou, igualmente, a Lei 7.102, de 20 de junho de 1983, determinando às instituições financeira ou similares que disponibilizem caixas eletrônicos com equipamentos especiais para inutilizar cédulas de moeda corrente “em caso de arrombamento, movimento brusco ou alta temperatura”. Como esta lei não tem conotação penal, pelos menos, diretamente, não será abordada aqui.
Duas novas qualificadoras: meio de execução e objeto da subtração
Quanto ao crime de furto, a referida lei incluiu dois parágrafos neste artigo 155, quais sejam, o 4-A e o 7. Com o primeiro, criou nova modalidade de “furto qualificado”, pelo “emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum”, cujas sanções são “reclusão de 4 a 10 anos e multa”; e, com o segundo, criou outra figura qualificada quando o objeto da subtração for substâncias explosivas ou acessórios que permitam sua montagem, cominando as mesmas sanções penais. Ambos os parágrafos trouxeram duas inovações específicas: a inclusão de explosivo e substâncias explosivas como qualificadoras de crimes contra o patrimônio, bem como a equiparação da pena de reclusão cominada àquela prevista para o crime de roubo simples (caput do artigo 157).
Emprego de explosivo ou artefato análogo - Pela previsão do parágrafo 4º–A, se o crime de furto for praticado com “emprego de explosivo ou de artefato análogo”, configura a qualificadora especial, cujas penas são de 4 a 10 anos de reclusão e multa. Ou seja, explosivo ou substâncias explosivas, que eram ignoradas nos crimes contra o patrimônio, agora podem ser meio para a subtração de coisa alheia móvel, como também objeto material da subtração, nos termos do parágrafo 7º. Inegavelmente, essas duas previsões legais direcionam-se ao combate dos frequentes e insuportáveis estouros de caixas eletrônicos bancários, agora não apenas nas grandes cidades, mas em qualquer lugar do Brasil, para subtração dos valores nelas depositados.
De notar-se, ademais, que o “emprego de explosivo ou de artefato análogo” pode produzir consequências díspares para efeitos de adequação típica, na medida em que são de natureza distinta em termos de potencialidade lesiva. Com efeito, o emprego de explosivo produz, automaticamente e por seu potencial lesivo, real perigo gravíssimo, de proporções imprevisíveis, e, por isso, o texto legal se satisfaz, para sua tipificação, com o seu “emprego”, presumindo-o, na verdade, capaz de causar perigo comum.
Por outro lado, se a prática do furto for realizada com o “emprego de artefato análogo”, não será suficiente que resulte “perigo potencial”, isto é, meramente possível, sendo indispensável que se trate de perigo efetivo, concreto, real, como se dessume da locução “que cause perigo comum”. Ademais, na nossa concepção, essa elementar típica destina-se somente à utilização de “artefato análogo”, o qual não tem a mesma potencialidade lesiva, não sendo aplicável ao “emprego de explosivo”, cuja causação de perigo comum é presumido iuris et de iuri (presunção absoluta).
Substâncias explosivas ou acessórios como objeto da subtração (parágrafo 7º)
Por outro lado, a Lei 13.654/18, com a inclusão no artigo 155 do parágrafo 7º, também pune com reclusão de 4 a 10 anos, mais multa, a subtração de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. Pune-se, a rigor, com maior severidade, a simples subtração de explosivos ou de acessórios, por sua própria natureza e finalidade.
In casu, não se pune a utilização, como meio, de substâncias explosivas (ao contrário da previsão do parágrafo 4º -A), mas por tê-las como objeto da subtração, cujo objetivo — e a realidade cotidiana de nosso país tem demonstrado — é conseguir material explosivo para a prática de crimes. O legislador já pune com maior severidade o crime de furto, em razão da natureza e finalidade do objeto, como ocorre com a conduta descrita no parágrafo 5º deste mesmo artigo (subtração de veículo automotor).
Na hipótese deste parágrafo 7º a gravidade da punição decorre não apenas do valor do objeto material — substâncias explosivas ou de acessórios similares—, mas do maior desvalor da ação pela natureza e finalidade do seu objeto (utilização para prática de outros crimes), ou seja, pelos gravíssimos danos que o objeto da ação propriamente — material explosivo — pode causar à sociedade em um futuro imediato. Dito de outra forma, a gravidade da ação tipificada não decorre da sua forma de execução ou do meio utilizado, mas do desvalor da própria ação executada em razão direta da natureza do objeto da subtração.
A tipificação do crime de roubo recebeu várias modificações da Lei 13.654/18
Na configuração do crime de roubo a Lei 13.654 realizou várias alterações, sendo duas delas relativas ao parágrafo 2º do artigo 157 — revogando um inciso e acrescentando outro. Aproveitou para inserir um novo parágrafo, o 4–A, além de atribuir nova redação ao parágrafo 3º, do mesmo dispositivo, conforme demonstraremos adiante. Relativamente às novas “majorantes” previstas para o crime de roubo, convém destacar, desde logo, que o legislador simplesmente “transportou”, digamos assim, as mesmas hipóteses que incluiu como as duas novas qualificadoras do crime de furto, sem tirar nem por, como veremos adiante.
A revogação do inciso I do parágrafo 2º do artigo 157
Primeiramente, revogou-se o inciso I do parágrafo 2º do artigo 157 do CP, o qual aumentava a pena do roubo de um terço até metade se a violência ou grave ameaça fosse exercida com “emprego de arma”, sem fazer distinção entre arma branca e arma de fogo. Essa revogação do inciso I do parágrafo 2º constitui, inequivocamente, previsão legal mais benéfica (novatio legis in mellius), devendo, portanto, retroagir para atingir todos os roubos praticados com emprego de arma branca antes da vigência deste diploma legal.
Inegavelmente, o legislador optou por excluir da abrangência da majorante os objetos ou artefatos (considerados arma branca) que, embora possam ser utilizados para ferir ou intimidar alguém, não foram concebidos para essa finalidade. Em compensação, a pena para o roubo praticado com o uso de arma de fogo tornou-se muito mais severa, pois a majoração fixa é de dois terços, sendo lícito afirmar que atinge o nível de gravidade de uma verdadeira “qualificadora” do crime de roubo, não fosse a metodologia estrutural das qualificadoras, que tipificam verdadeiro “tipo penal qualificado”, com a cominação de mínimo e máximo para esse tipo de figura penal.
Não se ignora, diga-se de passagem, que a conduta de utilizar arma de fogo é consideravelmente mais grave que o uso de arma branca para a prática da mesma espécie de crime, pelas consequências que podem produzir. No entanto, a revogação expressa do referido inciso pelo novel diploma legal não pode ser ignorada, buscando dar interpretação que acabe anulando essa previsão legal. Assim, na hipótese de crime praticado com arma branca (como faca, canivete etc.), abriu-se uma lacuna, exigindo-se que doutrinae jurisprudência encontrem a solução mais adequada para essa circunstância, sem ignorar a mens legis. Logicamente, haverá algumas possíveis alternativas. Poder-se-á, por exemplo:
a) reconhecer-se que o legislador desejou (mens legistoris), simplesmente, equiparar o roubo praticado com arma branca ao roubo simples (artigo 157, caput, do CP), devendo-se, contudo, ter presente que a publicação da lei acrescenta-lhe autonomia, admitindo-se interpretação;
b) a utilização de arma branca deve ser avaliada pelo julgador na primeira fase do cálculo da pena, como circunstância judicial (artigo 59 do CP), na nossa concepção, como “circunstância do crime”.
Acréscimo trazido pelo inciso VI ao parágrafo 2º do artigo 157 — subtração de substâncias explosivas ou de acessórios. O artigo 157 recebeu, como nova causa de aumento, o acréscimo do inciso VI ao parágrafo 2º, prevendo o aumento da pena do roubo de um terço até metade se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. Constata-se que o legislador adotou aqui para o crime de roubo, como causa de aumento, o conteúdo que acresceu, como qualificadora, ao crime de furto, prevista pelo novo parágrafo 7º, razão pela qual se admite a utilização das mesmas considerações que lá fizemos.
Pune-se com maior rigor, a exemplo do furto qualificado, a simples subtração de substâncias explosivas ou de acessórios, por sua própria natureza e finalidade, qual seja, possibilitar sua fabricação, montagem ou emprego como explosivo, que, certamente, será para a prática de outros crimes. Não se pune a utilização, como meio, de substâncias explosivas, que seria mais grave, mas pelo simples fato de ser objeto da subtração, na presunção, iuris et de iuri, de que se destinam à prática de crimes. Somente presunção dessa natureza pode justificar majoração de tal gravidade em razão do objeto da subtração, consideração que, aliás, vale também para a hipótese da qualificadora correspondente prevista para o crime de furto (parágrafo 7º do artigo 155).
A inclusão do parágrafo 2º-A ao artigo 157 do CP prevê duas causas especiais de aumento de pena.
A anatomia do crime de roubo em nosso Código Penal, ao contrário do que ocorre com o crime de furto, não contempla a tipificação de qualificadoras, limitando-se a consagrar em sua definição causas de aumento (majorantes). O novo diploma legal sub examine segue essa orientação, prevendo mais duas causas de aumento, que, por sua gravidade e adotando aumento fixo, teria sido mais feliz se, finalmente, as tivesse incluído como qualificadoras, pois assim, pelo menos, permitiria ao julgador dosar melhor a pena em cada caso concreto, com limites mínimo e máximo.
Na verdade, as novas causas de aumento trazem grave exasperação, na medida em que cominam, de forma fixa, a elevação da pena base em dois terços, impedindo a adequação, pelo julgador, às circunstâncias fáticas e à gravidade da situação. Faltou, na realidade, um pouco de criatividade ao legislador, que, para o crime de roubo, repetiu as mesmas hipóteses que incluiu como qualificadoras do crime de furto, quais sejam, subtração de substâncias explosivas ou de acessórios (parágrafo 2º, VI) e emprego de explosivo ou de artefato análogo (parágrafo 2º - A, II).
Se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo
Quanto à arma de fogo, a causa de aumento permanece, embora tenha sido excessivamente exasperada para dois terços, pois foi incluída pelo parágrafo 2º-A, inciso I, ao artigo sub examine. A previsão expressa de violência ou ameaça exercida com emprego de arma de fogo exclui a majoração quando qualquer delas for realizada com a utilização de arma branca e, principalmente, pela revogação do inciso I do parágrafo 2º, que admitia arma de qualquer natureza. Essa causa de aumento — emprego de “qualquer arma”— previa a majoração de pena de um terço até metade (antigo inciso I do parágrafo 2º). Trata-se, portanto, de novatio legis in pejus, não podendo retroagir a fatos anteriores à sua vigência.
Segundo a dicção do texto legal, é necessário o emprego efetivo de arma de fogo, sendo insuficiente o simples portar, uma vez que a tipificação legal condiciona ser a violência ou grave ameaça “exercida com emprego de arma de fogo”, e “empregá-la” significa uso efetivo, concreto, real, isto é, a utilização de arma de fogo no cometimento da violência. Não era outro o magistério de Sebastian Soler que, ao comentar o Código Penal argentino, com previsão semelhante ao nosso, pontificava:
“A lei exige que o roubo tenha sido cometido com armas, o que não quer dizer que o ladrão apenas as tenha, razão pela qual acreditamos sinceramente infundado levantar dúvidas a esse respeito ante o texto de nossa lei. Outras leis, não a nossa, merecem censura por referir-se ao mero fato de portá-la”1.
Destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum.
Cabe aqui a mesma análise realizada no item 2.1 relativo ao emprego de explosivo ou artefato análogo na prática do crime de furto, para onde remetemos o prezado leitor. Destina-se, contudo, essa previsão à hipótese corriqueira de roubos praticados contra empresas transportadoras de valores ou caixas eletrônicos, em que criminosos utilizam explosivos para destruir carros-fortes, caixas eletrônicos, portas e paredes, objetivando apoderar-se dos valores transportados ou armazenados.
De plano, pode-se afirmar que, basicamente, o que dissemos para o crime de furto aplica-se ao crime de roubo, sendo desnecessário repeti-lo por inteiro, relativamente ao “emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum”. Com efeito, na execução do crime de roubo, se houver “destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo”, configurará esta majorante especial, sendo a pena aplicada elevada, obrigatoriamente, em dois terços.
Denominamos de “especiais” as novas majorantes do crime roubo por serem extremamente graves, para distingui-las das anteriormente previstas. Configurando-se, simultaneamente, qualquer das outras majorantes (causas de aumento), o julgador poderá, nos termos do artigo 68 do CP, aplicar somente uma delas, no caso, a que mais aumente, ou seja, a “especial”, prevista no parágrafo 2°-A. Considerando a gravidade dessas ditas causas especiais, acreditamos que o magistrado deverá aplicar somente uma delas, a mais grave, para evitar indevida punição excessiva.
A elementar normativa “destruição ou rompimento de obstáculo”, copiada do crime de furto qualificado (artigo 155, parágrafo 4º, I), apresenta duas hipóteses distintas: destruição e rompimento. Destruir significa desfazer completamente o obstáculo, demoli-lo, ao passo que romper é arrombar, arrebentar, cortar, serrar, perfurar, deslocar ou forçar, de qualquer modo, o obstáculo, com ou sem dano à substância da coisa.
Há destruição quando ocorre a demolição, o aniquilamento ou o desaparecimento de eventual obstáculo que, de alguma forma, sirva de proteção ao objeto da subtração. O rompimento, por sua vez, consiste no arrombamento, deslocamento ou supressão do obstáculo, visando facilitar a subtração da coisa alheia. Relativamente a elementar normativa “meio que cause perigo comum”, remetemos o leitor para as considerações que fizemos ao examinarmos a mesma elementar constitutiva do crime de furto qualificado.
§ 3º Latrocínio
I – LCG – 129 §§ 1º e 2º - (a lesão leve é absorvida)
II – Morte – em razão da subtração (havendo desvinculação 121 c/c 69 CP)
Crime complexo – prejudicado pela STF 610
Correntes
a- Se um dos crimes componentes for tentado o todo será tentado – F.Marques
b- Conexão Teleológica – 121 § 2º, V CP.
c- Concurso Material – minoritária 157 + 121
d- STF 610
Tentativa e Consumação
	Homicídio
	Subtração
	Resultado
	Consumado
	Consumada
	157 § 3º, II - Consumado
	Tentado
	Consumada
	157 § 3º, II c/c 14 II - Tentado
	Tentado
	Tentada
	157 § 3º, II c/c 14 II - Tentado
	Consumado
	Tentada
	157 § 3º, II- STF 610 - Consumado
Perda da parte da “res furtiva” = consumado
ARTIGO 158 – EXTORSÃO
Complexo – patrimônio, vida e integridade física ou psíquica
# Roubo – comportamento prescindível ou imprescindível (necessidade do comportamento da vítima)
Subtração ou tradição = entendimento antigo não mais utilizado
· O proveito é contemporâneo e o mal é iminente (tempo existente entre o constrangimento e a detenção da coisa)
· Mal e a vantagem futuros
146 – Sem vantagem indevida
316 – FP em razão da função, sem violência.
345 – Vantagem ou direito justo e legítimo
Material = jurisprudência – conduta fragmentada (tentativa possível)
Formal = doutrina “com o intuito de “ – dolo específico
Momento consumativo = STJ 96
Crime Impossível = flagrante? CRIME FORMAL PLURISSUBSISTENTE
Hediondo = parágrafo 3.º
§ 1.º - aumento de pena
§ 2.º - extorsão qualificada
§ 3. º - extorsão qualificada com restrição de liberdade – “SEQUESTRO RELÂMPAGO”
Artigo 159 – Extorsão Mediante Sequestro 
Sequestrar = privar a liberdade (abrange o cárcere privado)
Vantagem econômica – patrimônio
Crime formal, permanente, complexo, hediondo
Tentativa – cabível
§ 1º - Qualificadoras
· + de 24 horas
· Menor de 18 e maior de 60
· Bando ou quadrilha
§§ 2º e 3º qualificado pelo resultado – basta que decorra do sequestro (contra o sequestrado) 
§ 4º - Delação Premiada
1. crime cometido em concurso
2. delação de um dos concorrentes quaisquer dos participantes
3. delação a autoridade facilitando a libertação, tem que haver eficácia na delação, pois sem esta não haverá qualquer benefício
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA
Crime comum, formal ou material, de forma livre, instantâneo, unissubjetivo, plurissubsistente, comissivo, doloso, de dano, complexo e admite tentativa.
1. Sujeito ativo: Qualquer pessoa
2. Sujeito passivo Qualquer pessoa. É possível a existência de dois sujeitos passivos ao mesmo tempo; o que sofre a lesão patrimonial e o que sofre o constrangimento. A pessoa jurídica também pode ser sujeito passivo do crime.
3. Objeto material: A condita delitiva recai sobre a pessoa humana e a coisa móvel ou imóvel.
4. Objeto jurídico: Tutela-se não apenas a inviolabilidade do patrimônio, mas também a vida, a liberdade pessoal e a integridade física e psíquica da pessoa humana.
5. Tipo objetivo - A conduta consiste em constranger (obrigar, forcar, coagir), mediante violência (física: vias de fato ou lesão corporal) ou grave ameaça (moral: intimidação idônea explicita ou explicita que incute medo no ofendido) com o objetivo de obter para si ou para outrem indevida (injusta, ilícita) vantagem econômica (qualquer vantagem seja de coisa móvel ou imóvel). Haverá constrangimento ilegal se a vantagem não for econômica e exercício arbitrário das próprias razoes se a vantagem for devida.
6. Tipo subjetivo - O tipo é composto de dolo duplo: o primeiro constituído pela vontade livre e consciente de constranger alguém mediante violência ou grave ameaça, dolo genérico; o segundo exige o elemento subjetivo do tipo específico na expressão "com intuito de". 
7. Consumação - Discute-se na doutrina se o crime de extorsão é formal ou material. Para os que o consideram formal, a consumação ocorre independentemente do resultado. Basta ser idôneo ao constrangimento imposto à vítima, sendo irrelevante a enfeitava obtenção da vantagem econômica indevida.
O comportamento da vítima nesse caso é fundamental para a consumação do delito. É a indispensabilidade da conduta do sujeito passivo para a consumação do crime, se o constrangimento for sério, idôneo o suficiente para ensejar a ação ou omissão da vítima em detrimento do seu patrimônio, perfaz-se o tipo penal do art. 168 do CP.
Da outra parte, se entendido como crime material, a consumação se dará com obtenção de indevida vantagem econômica. Seguimos esse entendimento, para nós o crime de extorsão é material consumando-se com a efetiva obtenção indevida vantagem econômica.
8. Tentativa - Admite-se quer considerando o crime formal ou material. Surge quando a vítima mesmo constrangida, mediante violência ou grave ameaça, não realiza a conduta por circunstâncias alheias à vontade do agente. A vítima, então não se intimida, vence o medo e denuncia o fato a polícia. A tentativa, portanto, ocorrerá quando praticada a violência ou grave ameaça com o intuito de obter vantagem econômica indevida e a vítima não cumpre o exigido pelo agente.
9. Diferença entre extorsão e roubo - Para os clássicos a distinção infalível é a de que no roubo o agente toma a coisa por sim mesmo; na extorsão faz com que lhe seja entregue. Embora a extorsão se assemelhe ao roubo em face da pena, dos meios de execução, da natureza e da objetividade jurídica, com ele não se confunde. Ademais, não são considerados crimes da mesma espécie. No roubo o agente subtrai a coisa e na extorsão a vítima é quem lhe entrega; no roubam o comportamento da vítima não é imprescindível para a sua realização (não é necessário que colabore com o agente); na extorsão, ele é fundamental (há a necessidade de colaboração da vítima); no roubo o mal é iminente; na extorsão o roubo é futuro.
10. Causas de aumento de pena - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até a metade. Há necessidade das duas pessoas estarem presentes no local dos fatos para incidir na majorante, assim como o emprego efetivo da arma quando da realização do delito. No caso de ocorrer morte ou lesão corporal grave, o fato de o coautor não haver disparado a arma, não afasta a sua responsabilidade pela extorsão qualificada.
EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO (SEQUESTRO RELÂMPAGO)
1. Classificação doutrinaria
Crime comum, doloso, formal, permanente, de dano, plurisubsistente, de forma livre, comissivo, não transeunte, unissubjetivo, hediondo e admite tentativa.
2. Sujeito ativo
Qualquer pessoa. Sujeito ativo do crime é todo aquele que pratica qualquer conduta necessária para a obtenção do resultado almejado durante o período consumativo do crime, exemplo, o vigia do cativeiro, o mensageiro, o sequestrador, o mentor do plano.
3. Sujeito passivo
Qualquer pessoa, consignando que, na maioria das vezes, figuram no polo passivo o sequestrado e quem sofre a lesão patrimônios, geralmente membro da família. A pessoa jurídica pode ser sujeito passivo quando compelida a pagar o valor do resgate.
4. Objeto material
A conduta criminosa recai sobre a pessoa humana privada de liberdade bem como aquele que tem diminuído o seu patrimônio.
5. Objeto jurídico
Tutela-se, pelo rigor falena cominada, não apenas o patrimônio e a liberdade de locomoção do ofendido, mas também a sua vida e a integridade física.
6. Tipo objetivo
A conduta gira em torno de sequestrar pessoa, isto é, privá-la de liberdade de locomoção, arrebatá-la, com o fim de obter vantagem de natureza econômica ou patrimonial. A posição dominante da doutrina crê a vantagem econômica deve ser indevida, pois do contrário haveria sequestro em concurso formal com exercício arbitrário das próprias razoes.
7. Tipo subjetivo
O tipo requer além do dolo genérico, definido como a vontade livre e consciente de seqüestrar pessoa, o elemento específico do tipo, o denominado dolo específico, contido na expressão "com o fim de obter para si ou para outrem", qualquer vantagem como condição ou preço do resgate.
8. Consumação
Por tratar-se de crime formal, consuma-se com o sequestro independentemente da vantagem patrimonial, isto é, a consumação opera-se no momento em que ocorre a privação da liberdade da vítima independentemente do efetivo recebimento do resgate. Suprimida a liberdade de locomoção da vítima por um período relevante, além do intuito de obter, por esse meio, qualquer vantagem econômica, o crime está consumado.
Na jurisprudência predominante o entendimento de que o crime se configura mesmo quando os criminosos não conseguem obter o resgate e ainda que não tenham tido tempo pedi-lo.
9. Tentativa
Possível somente se o item criminis for interrompido no início da execução do delito por circunstânciasalheias à vontade do agente, bem como se comprovar a real intenção dos delinquentes, qual seja, a de sequestrar com a finalidade de obter vantagem como condição ou preço do resgate.
Assim, pode-se reconhecer, na prática, a extorsão mediante sequestro tentada nos seguintes casos:
A) Prisão em flagrante;
B) Fuga dos sequestradores quando interceptados pela polícia;
C) Conseguir a vítima desvencilhar-se do sequestrador.
10. EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO QUALIFICADA
Se o sequestro dura mais de 24h, se o sequestrado é menor de 18 e maior que 60 anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha a pena será de reclusão de 12 a 20 anos. Quanto maior o tempo em que a vítima estiver em poder do criminoso, maior será o dano à saúde e integridade física.
Quanto ao crime cometido por bando ou quadrilha, entende-se como a reunião permanente de mais de três pessoas para cometer e não uma reunião ocasional para cometer o sequestro.
Predomina na doutrina e jurisprudência o entendimento de que se o crime for praticado por mais de três pessoas que se reuniram especificamente para tal desiderato, sem associarem-se de forma estável e permanente, haverá concurso de pessoas, não incidindo a qualificadora.
11. EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO COM LESÃO CORPORAL GRAVE
Se o fato resulta lesão corporal de natureza grave a pena será de reclusão de 16 a 24 anos; se resulta a morte a pena será de reclusão de 24 a 30 anos. Observa-se de imediato a diferença deste delito com o de roubo qualificado pelo resultado. No art. 157 do CP a lei diz: "se da violência resultar lesão grave ou morte"; logo, num roubo em que vítima cardíaca diante de uma ameaça vem a falecer, haverá roubo em concurso material com homicídio e não latrocínio. O tipo exige o emprego da violência. Na extorsão mediante sequestro a lei menciona: "se do fato resultar lesão grave ou morte", pouco importando para qualificar o delito que a lesão grave seja culposa ou dolosa.. Evidentemente, se a lesão grave ou morte resultar de caso fortuito ou força maior, o resultado agravados não poderá ser imputado ao agente. A qualificadora somente atinge o sequestrado e não terceira pessoa.
12. EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO E TORTURA
Entendemos que os institutos possuem objetividades jurídicas distintas e autônomas. Na extorsão são mediante sequestro ofende-se o patrimônio, a liberdade de ir e vir e a vida. Na tortura atinge-se a dignidade humana, consubstanciada na integridade física e mental. Cm efeito, a nosso, juízo, nada impede o reconhecimento do concurso material de infrações.
13. DELAÇÃO PREMIADA
O benefício somente se aplica quando o crime for cometido em concurso de pessoas, devendo o acusado fornecer às autoridades elementos capazes de facilitar a resolução do crime. Causa obrigatória de diminuição de pena se preenchidos os requisitos estabelecidos pelo parágrafo 4º do art. 159, qual seja, denúncia à autoridade (juiz, delegado ou promotor) feita por um dos concorrentes, e esta facilitar a libertação da vítima. Faz-se mister salientar que, se não houver a libertação do sequestrado, mesmo havendo delação do coautor, não haverá diminuição de pena.
Não se confunde com a confissão espontânea, pois nesta o agente garante confessa sua participação no crime, sem incriminar outrem.
EXTORSÃO INDIRETA
1. Classificação doutrinária
Crime comum, doloso, de dano, formal (exigir) e material (receber), instantâneo, comissivo, de forma vinculada, unissubjetivo, unissubsistente (exigir) ou plurissubsistente (receber) e admite tentativa.
2. Sujeito ativo
Qualquer pessoa.
3. Sujeito passivo
Qualquer pessoa. Em regra é o devedor que entrega o documento ao extorsionário e que pode lhe dar causa a um procedimento criminal. Nada impede, todavia, o surgimento de dois sujeitos passivos: o que entrega o documento e aquele contra quem pode ser iniciado o processo.
4. Objeto material
A conduta recai sobre o documento que pode dar causa a um procedimento criminal contra o devedor, como a confissão de um crime, a falsificação de um título de crédito, uma duplicata fria etc.
5. Objeto jurídico
Tutela-se o patrimônio e a liberdade individual do ofendido.
6. Tipo objetivo
A conduta consiste em exigir (obrigar, ordenar) ou receber (aceitar) um documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou terceiro. É abusar da situação daquele que necessita urgentemente de auxílio financeiro. Necessário para a configuração do delito que o documento exigido ou recebido pelo agente, que pode ser público ou particular, se preste a instauração de inquérito policial contra o ofendido. Não se exige a instauração do procedimento criminal, basta que o documento em poder do credor seja potencialmente apto a iniciar o processo.
7. Tipo subjetivo
O tipo requer não apenas o dolo genérico, vontade livre e consciente de exigir ou receber como garantia de dívida determinado documento, mas também o dolo específico constituído pela finalidade de abusar da aflitiva situação de alguém. É o que a doutrina de denomina dolo de aproveitamento.
8. Consumação
Na ação de exigir, crime formal, a consumação ocorre com a simples exigência do documento pelo extorsionário. A iniciativa aqui é do agente, na conduta de receber, crime material, a consumação ocorre com o efetivo recebimento do documento. Nesse caso a iniciativas provém da vítima.
9. Tentativa
Na modalidade exigir, entendemos não ser possível sua configuração, embora uma parcela da doutrina a admita com o sovado exemplo, também oferecido nos crimes contra a honra, de a exigência ser reduzida por escrito, mas não chegar ao conhecimento do ofendido. Na de receber, no entanto, é perfeitamente possível, podendo o iter criminis ser interrompido por circunstâncias alheias à vontade do agente.
Artigo 161 § 2. º - ESBULHO POSSESSÓRIO
Violência ou Grave Ameaça para excluir a posse do Sujeito Ativo e passar a exercê-la como se fosse própria
+ de 2 pessoas = 3 - Hungria
+ de 2 pessoas = 4 - Damásio
Artigo 163 - DANO
Caput = Dano simples
Destruir = eliminar, extinguir.
Inutilizar = continua a existir, mas sem a finalidade.
Deteriorar = qualquer forma não abrangida pelas figuras anteriores
Perda, desaparecimento = condutas de dano – ilícito civil.
Sem forma culposa na esfera criminal
Parágrafo único = Dano Qualificado
I - V ou GA = meio para que consiga danificara a coisa
II – Subsidiariedade
III – Patrimônio Público
IV – Motivação egoística (benefício econômico ou moral) e prejuízo material considerável. 
Outros crimes (Artigos 208, 210, 305, 346 do CP; artigos 62 e 65 L.9605/98)
Artigo 168 - APROPRIAÇÃO INDÉBITA
Os crimes de Apropriação indébita diferem dos crimes de furto e roubo, pois aqui o agente POSSUI A POSSE SOBRE O BEM, mas se RECUSA A DEVOLVE-LO ou REPASSÁ-LO a quem de direito. Ou seja, aqui o crime se dá pela INVERSÃO DO ANIMUS DO AGENTE, QUE ANTES ESTAVA DE BOA-FÉ e passa a estar de MÁ-FÉ.
Pressuposto material – posse ou detenção direta
Bens móveis – árvores e frutos = equiparados
Uso – não configura
Não restituição – prazo marcado (CC), mútuo não configura.
Consumação – onde a conversão da posse em proveito próprio acontecer.
Posse desvigiada – 168
Posse vigiada – 155 § 4.º abuso de confiança
Dolo após a detenção – 168
Dolo anterior a detenção – 171
					Legal – disposição legal – Funcionário Público – 312 – 647,I CC
I – Depósito Necessário
					Miserável – ocasião de calamidade – 647, II CC
					Por equiparação – bagagens (III – razão do emprego)
II – Pessoas que exercem múnus público
III – Ofício (manual ou mecânico – costureiro, mecânico), emprego (subordinação) ou profissão (sem hierarquia – advogado, médico)
ARTIGO 169 – APROPRIAÇÃO POR ERRO, CASO FORTUITO OU FORÇA DA NATUREZA
Erro – Depósito bancário
Caso Fortuito – acidente de trânsito
Força da Natureza – vendaval, enchente
Parágrafo único
I – Tesouro – 1264 CC
II – Coisa achada – Local Público – 15 dias (crime condicionado) – a prazo, não cabe tentativa.
ARTIGO 170 – PRIVILEGIADA – ARTIGO 155 § 2.º CP
ARTIGO 171 – ESTELIONATO
“Stelius” - lagarto
Vantagem patrimonial + empregode meio fraudulento + erro causado ou mantido em erro por esse meio = nexo de causalidade – erro X vantagem.
· Erro – falsa percepção da realidade
· Induzir – levar a vítima à falsa percepção
· Manter em erro – o erro é da vítima e agente prolonga
· Se a vítima percebe a fraude não há crime
· Artifício – aparato, disfarce, efeitos, doc. Falso.
· Ardil – conversa enganosa, lábia.
· Outro meio – genérico, silêncio, mentira.
· Intenção anterior – dolo predeterminado “ab initio”
· Malícia entre as partes que negociam – não configura
· Mero inadimplemento do contrato – ilícito civil
· Fraude Bilateral – configura – irrelevante 
· Sem forma culposa
· Tentativa admissível – emprega a fraude mas não obtém a vantagem.
155 § 3º CP - energia elétrica
172 CP – contra incapaz
284 CP – charlatanismo
311-A CP – certames públicos
347 CP – fraude processual
302 CTB – nos crimes de transito
Lei 10.671/03 – Estatuto do Torcedor
Reparação do dano		Antes da denúncia – diminui a pena
					Posterior ao recebimento 	59 – circunstância judicial
				 					65, III, b – atenuante genérica
FALSO X ESTELIONATO
a) 171 absorve
b) 70 formal
c) 69 material
d) Falso prevalece
§ 1.º - Privilegiado
§ 2.º - Figuras Equiparadas
I – passa por dono
II – coisa própria
Inalienável – imóveis, dotais, doação.
Gravado c/ônus – hipoteca
Litigiosa – discussão judicial - usucapião
III – penhor – na posse do bem – coisa móvel
IV – negócio jurídico anterior
V – existência seguro
VI – cheque sem fundos ou sustado
STF 246 / 521 / 554 e STJ 24
Má fé na emissão
Cheque = título extrajudicial com natureza jurídica de ordem de pagamento à vista
Sustação anterior, encerramento de conta, furto ou roubo do cheque (171 caput)
Prejuízo patrimonial – dívida de jogo, de programa não configura.
§ 3.º - Entidades Especiais – públicas + 1/3
§ 4º. – Idoso – Pena em dobro
§ 5.º - Ação Penal
A Lei Anticrime (n.º 13.964/2019) trouxe diversas mudanças em 17 (dezessete) legislações, dentre elas o Código Penal e o crime de estelionato, tipificado no artigo 171 do Código Penal.
Até então, antes da mudança legal, o estelionato era uma ação penal pública incondicionada.
Todavia, com a criação do § 5º, a regra passou a ser uma ação penal pública condicionada à representação da vítima.
Vejamos o que diz o § 5º e seus incisos:
Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for:
I - a Administração Pública, direta ou indireta;
II - criança ou adolescente;
III - pessoa com deficiência mental; ou
IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz.
Isso significa que a regra é que a ação para apurar o crime de estelionato somente poderá ter início mediante a representação da vítima, ou seja, a manifestação de vontade da vítima quanto a instauração da ação penal.
Mas, como toda regra tem a sua exceção, ainda é possível que o estelionato seja uma ação pública incondicionada, isto é, se estivermos diante de alguma das hipóteses dos incisos do § 5º. São elas:
· quando for praticado contra a administração pública;
· contra menores de 18 (dezoito) anos;
· contra pessoas com deficiência mental;
· contra maiores de 70 (setenta) anos; ou
· contra incapazes.
O motivo dessa modificação é interessante, pois, por se tratar de crime patrimonial, sem violência ou grave ameaça, cabe à vítima dizer se tem interesse ou não na instauração da investigação.
Outra questão importante diz respeito à aplicação da lei no tempo, principalmente pelo fato de que o novo parágrafo é uma norma de natureza mista (híbrida), possuindo tanto caráter processual (que condiciona o exercício da ação), como também possui reflexos diretos no direito penal (visto que a representação está sujeita a prazo decadencial, podendo também ser renunciada).
Nesse sentido, se possui caráter penal e se trata de norma mais benigna ao réu, porque dificulta o exercício da ação (conferindo status de despenalização) e pode, inclusive, incidir em relação a ela causas extintivas da punibilidade que até então não existiam nos crimes de estelionato, entendo que essa nova regra deve retroagir, e aí que está o “problema”.
O fato dela ter que retroagir faz com que tenha incidência tanto nos inquéritos policiais, quanto nos processos já em curso, desde que não transitados em julgado.
Em se tratando de Inquérito Policial, a Autoridade Policial tem que intimar a vítima para que manifeste o seu interesse em representar, sob pena de decadência, de modo que a investigação não pode prosseguir sem essa representação. E, se o inquérito ainda nem começou, só poderá ter início com a representação.
No caso da ação penal já ter sido iniciada, caberá ao juiz chamar o feito à ordem e determinar a intimação da vítima para que, do mesmo modo, ela manifeste o interesse na representação, se tornando impossível a continuidade da tramitação sem a representação da vítima.
Se a vítima nada manifestar ou se manifestar expressa e contrariamente, deverá ser declarada extinta a punibilidade.
Cabe, então, a intimação da vítima para que manifeste o interesse em representar, sendo uma condição de procedibilidade e possibilite que o processo ou inquérito possa permanecer tramitando.
Com a vigência da legislação, na hipótese de a vítima não ter sido intimada, bem como tenham sido ultrapassados os 06 (seis) meses decadenciais, o mais prudente é o trancamento da ação penal, até mesmo por meio do habeas corpus.
Merece destaque, ainda, o fato de já ser pacificado na jurisprudência que a representação não exige formalidades, sendo suficiente a demonstração de interesse do ofendido na instauração da investigação.
OBS.: SE FOR PESSOA INDETERMINADA – Artigo 2.°da Lei 1521/51 – Ex.: Bombas de combustível, Balanças de precisão, Taxímetro, correntes, etc.
Artigo 180 – RECEPTAÇÃO
		
			Simples 	Própria – caput 1.ª parte
					Imprópria – caput 2.ª parte
Dolosa		
				
				Qualificada § 1.°
			
			Agravada § 6.°
			
			Privilegiada § 5.° - Dolo
			
			Perdão Judicial § 5.° - Culpa
Culposa - § 3.°
Notas explicativas - § 2.° e 4.°
Crime Acessório (pressuposto crime anterior), autônomo (independe do crime que a produziu)
S A – QQ pessoa menos o autor do crime anterior (Crime principal)
Próprio dono = penhor
Adquirir = obter a propriedade – onerosa ou gratuita
Receber = obter a propriedade ainda que transitória
Transportar = levar de um lugar para outro
Conduzir = no sentido de veículo			Permanentes
Ocultar
Influir (3.° de boa-fé) – instigar, convencer = intermediário
* Quem encomenda, influencia, induz ou instiga não é receptador, mas sim partícipe no crime # 349 (sem proveito) e 348 (dar cobertura)
§ 1.° No exercício de atividade industrial ou comercial
Deve saber = dolo eventual 
Sabe = dolo direto
§ 2.° Nota explicativa
§ 3.° Culposa
				Natureza do objeto
Deveria presumir	Desproporção = valor X preço
				Condição oferecida
Receptação da receptação = a coisa deve permanecer com o caráter delituoso
Artigo 180-A – RECEPTAÇÃO DE ANIMAL
IMUNIDADES – É um privilégio de natureza pessoal, desfrutado por alguém em razão de cargo ou função exercida, bem como por conta de alguma condição ou circunstância de caráter pessoal.
Escusas absolutórias, política criminal, o prejudicado pode propor medidas na esfera cível.
ABSOLUTAS – Art. 181
I – Cônjuge – na constância do casamento
· Furta depois separa
· Furta depois da separação
· Separados de fato
· União estável, concubinos – proteção na esfera cível e não penal
II – Ascendente ou Descendente = linha reta
· Não abrange os afins (sogra, sogro, genro, nora)
RELATIVAS – Art. 182
· Ação Pública condicionada a representação
I – Antiga Lei civil
II – Irmãos
III - Tio e sobrinho que coabitem (não transitoriamente)
EXCEÇÕES NAS IMUNIDADES – Art. 183
I – Com V ou GA = 157, 158, 159, 161 §1.° II, 163 § único I.
II – Concurso de Agentes = Estranho ao parentesco
III – Igual ou maior de 60 anos ( maior vulnerabilidade)
DIREITO AUTORAL
Conceito - O Direito Autoral surge com a criação da obra original independentemente de qualquer formalidade ou registro. Pratica-se o crime realizando qualqueração que viole o direito de utilizas, de fruir e de dispor da obra, basicamente publicando ou reproduzindo, modificando ou divulgando, por qualquer meio, sem autorização, a obra a que se refere o direito.
Obra Intelectual protegida é aquela criada do espírito, expressas por qualquer meio e fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro. Art. 7.°
NJ – bens móveis – Art. 3.°
Art. 184 – caput - Dolo – ciência da violação – tipo básico
Imitação grosseira – não viola
Aquisição com ausência de lucro – Art. 180 CP
S. A. – QQ pessoa inclusive o editor – Pessoa Jurídica (NÃO)
S. P. – Autor da obra – Herdeiros, sucessores – Art. 22
§ 1.° - Lucro – reprodução
§ 2.° - Lucro – 09 figuras – depois da reprodução
§ 3.° - Lucro – modos de oferecimento
§ 4.° - Exceção – L. 9610 – Art. 46,II
Art. 185 – revogado
Art. 186 – Ação Penal
I – caput – Privada
II - §§ 1.° e 2.° - Incondicionada 
III – Direito Público – Incondicionada
IV - § 3.° - Pública Condicionada
Não Constitui Violação – 8.° e 46 
Procedimento – Art. 530-H ao 530-I CPP

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