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IFMT-Campus Primavera do Leste
Isabella Parreira de Oliveira[footnoteRef:1] [1: 3°A Eletromecânica] 
Naiara Letícia Ferreira Basso[footnoteRef:2] [2: 3°A Eletromecânica] 
Kaio Henrique Souza Ferreira[footnoteRef:3] [3: 3°B Logística] 
Resumo e análise crítica capítulo 15, 16, e 17
Palavras-chave: filosofia; orientalismo; budismo; taoismo; islamismo; hinduísmo; africanidade; ubuntu; feminismo
Primavera do Leste-MT
2020
CAPÍTULO 15: FILOSOFIA ORIENTAL
 O estudo das filosofias orientais exige o reconhecimento de que elas se constituíram ao longo de séculos, e que nenhuma pode ser vista como inferior.
 Em um primeiro momento, o capítulo 15 do livro didático se inicia com a história do nome kung fu e seu criador por trás dela, o monge Bodidharma, que além de ensinar aos monges do templo de Shaolin práticas budistas e de ioga, transmitiu a tradição da filosofia chan, que a prática básica é baseada na meditação. Com o passar do tempo, também foi adicionada a filosofia Taoista a essa filosofia, que se trata de uma filosofia de vida e uma religião chinesa milenar, na qual o ser humano deve viver em harmonia com a natureza, pois faz parte dela. Dessa forma acredita que, quando tomamos a natureza como referência em nossas vidas, atingimos o equilíbrio, ou o “Tao”.
 Embora a geopolítica dos países asiáticos seja de grande importância, e seus grandes produtos globalizados, o estudo pela filosofia oriental apresenta muitas adversidades, como o caso de uma visão preconceituosa constituída pelo Ocidente, principalmente por conta do imperialismo europeu, que subjugou política e economicamente os países asiáticos. Esse conceito pode ser explicado por Edward Said. Outro impasse no estudo da filosofia oriental é não ser viável falar de somente uma filosofia, devido a diferença entre a filosofia da Índia, China, no mundo islâmico e a filosofia ocidental. Temos, portanto cada uma delas tratadas singularmente:
 A filosofia islâmica se estruturou por volta do século VIII e suas principais fontes são os escritos teológicos ligados ao profeta Maomé, alguns elementos da sabedoria judaica e as diferentes escolas de teologia do Oriente Médio, além da influência de Aristóteles e do neoplatonismo. Podemos ressaltar que ela se fez notar a partir da divulgação na Europa, durante a baixa Idade Média, do pensamento de Averróis: Em seus escritos filosóficos deu continuidade a alguns aspectos do pensamento de AL-Kindi e AL-Farabi, apresentando Deus como um ser transcendente do qual emana o mundo; Avicena, que foi muito criticado por pensadores ortodoxos e que afirma que o objetivo último da atividade humana seria alcançar um conhecimento intuitivo de Deus e no mundo.
 Ao falarmos sobre as filosofias na índia, nota-se suas duas maiores religiões: o hinduísmo e o islamismo (com um número menor de fiéis). Uma característica importante dessa sociedade é o sistema de castas, que resulta na segregação social de grupos considerados "inferiores". Na história da filosofia da índia destaca-se duas escolas de pensamento:
 O budismo: um sistema filosófico e religioso baseado nos ensinamentos de Siddhartha Gautama, conhecido como Buda e que acredita que a questão do sofrimento humano pode ser resumida em quatro verdades, e para alcançar o nirvana (extinção do sofrimento humano) é preciso seguir o caminho dos oito passos. O budismo exerceu influência no pensamento filosófico ocidental, por exemplo nos pensamentos de Arthur Schopenhauer;
 Hinduísmo: aborda uma ampla variedade de crenças e práticas filosóficas e religiosas e filosóficas, mas um elemento comum é a aceitação da autoridade dos Vedas, e nessa filosofia o ser humano é basicamente bom, mas se encontra aprisionado em um ciclo de desejos e sentimentos cujo resultado é o samsara, e existe também o Carma.
 Um último tema a ser apresentado foi a filosofia da China, que foi uma filosofia anterior ao surgimento da escrita, e em que em um contexto de transição e instabilidade se desenvolveram o taioismo e o confucionismo, o taioismo foi explicado no início do capítulo e o confucionismo que parte de uma perspectiva confucionista deve levar ao aprimoramento do ser humano, que pode alcançar a perfeição. Os fatores importantes dessa filosofia são: essência humanista o principal foco na atividade da reciprocidade.
ANÁLISE CRÍTICA 
Nós do ocidente na maioria das vezes pensamos que no oriente há uma sociedade homogênea no sentido de ter em todos os lugares a mesma cultura, etnia e religião, mas é totalmente o contrário.
No oriente encontramos sociedades com pensamentos diferentes o que faz cada uma ter sua filosofia como a filosofia da Índia, China, no mundo islâmico e a filosofia ocidental.
Cada uma delas tem suas singularidades assim não podemos dizer que existe somente a filosofia do oriente. E as filosofias que encontramos são basicamente ligadas a religião, na filosofia islâmica por exemplo suas principais fontes são os escritos ligados ao profeta Maomé. Na filosofia Indiana temos duas religiões que são o hinduísmo e o islamismo, e nessa filosofia se destacam duas escolas de pensamento, o budismo que é baseado nós ensinamentos de Siddhartha Gautama, conhecido como Buda, e o hinduísmo que aborda uma ampla variedade de crenças e práticas filosóficas. E na filosofia da China que desenvolveram o taioismo e o confucionismo e essa filosofia esta mais ligada a essência humanista.
Com isso vemos que cada uma segue um princípio com ideias diferentes uma das outras.
CAPÍTULO 16: FILOSOFIAS AFRICANAS E AFRODESCENDENTES
 O capítulo 16 se iniciou com a explicação do termo negritude: se trata de um termo usado para designar um movimento literário e cultural de reconhecimento e valorização da identidade negra africana e afrodescendente.
 Muitos autores dizem de uma maneira muito resumida e simples que a filosofia africana é produzida por filósofos africanos, entretanto isso não é suficiente para a compreensão, pois há uma distinção evidente entre o norte da África e a África Subsaariana. Devido a essas diferenças serem evidentes, a maior parte dos filósofos do norte da África se identifica mais com a filosofia ocidental ou com a oriental islâmica do que com a filosofia Africana (por conta do histórico de influência grega e à fundação da cidade de Cirene). Já a Subsaariana desenvolveu um intercâmbio filosófico menor com os pensadores europeus.
 Os debates sobre a existência e o caráter de uma filosofia especificamente africana surgiram na Subsaariana somente a partir do século XX com o processo de descolonização. A partir daí foram desenvolvidos movimentos como a negritude que foi citada inicialmente e mais:
Diáspora negra: foi o reconhecimento de uma identidade social comum a descendentes africanos que em sua maioria teriam sido levados à força como escravos;
Pan-Africanismo: um movimento político, filosófico e social de união dos povos africanos e de afrodescendentes que vivem fora da África.
 Existe dentro dessa filosofia um debate sobre se é possível ter uma filosofia genuinamente africana, pois ela se desenvolveu a juntamente aos movimentos de independência das nações africanas, pois anteriormente os colonizados foram tratados como cidadãos inferiores e sofriam com a imposição de uma ideologia de pensamento à metrópole. A colonização também trouxe outros debates, como o conceito de africano, despovoamento da África, uma identidade artificial (na qual foi associado ao africano o estereótipo de primitismo).
 Em sequência, com a independência dos países Africanos o impasse volta novamente ao que é e o que não é filosofia africana. Uma das primeiras e bastante criticadas correntes africanas foi a etnofilosofia, que se debruça sobre a linguagem em busca de uma visão de mundo subjacente a discursos não propriamente filosóficos. E surgiram outras:
a escola de sagacidade filosófica, que busca identificar indivíduos como representativos de sua cultura e visão de mundo africana;
filosofia profissional: se define como filosofia com baseno modelo europeu;
filosofia ideológica nacionalista: representada por pensadores que buscam 
construir uma ideologia de emancipação política.
 É importante ressaltar sobre ubuntu força vital. O termo ubuntu é usado em algumas línguas banto para designar a relação entre o indivíduo e a comunidade, o conceito de força vital em oposição ao conceito de ser na filosofia tradicional. A palavra dedigna um tronco linguístico que engloba diversas línguas africanas, e é diretamente relacionado à existência humana e implica a noção de indissociabilidade entre o sujeito e a comunidade.
 Para terminar, um outro conceito importante é a ancestralidade, que é necessária para entendermos a filosofia afro-brasileira, segundo o filósofo e educador Eduardo Oliveira, ela não se confunde com o parentesco, e posteriormente se tornou um signo da resistência afrodescendente. Ademais, protagoniza a construção histórico-cultural do negro no Brasil, influencia a inclusão social, o respeito às diferenças convivência sustentável, entre inúmeros fatores.
ANÁLISE CRÍTICA 
Infelizmente, embora a filosofia africana deva ser muito rica, haja vista que são milênios de história, muita coisa foi perdida. Como é explicado no livro didático, há algumas explicações para isso. Assim, ao contrário de como ocorreu nas sociedades europeias, a escrita não foi utilizada para passar adiante os ensinamentos presentes na cultura desses povos. A oralidade era o instrumento responsável por isso. Ademais, a interferência europeia no continente africano teve uma grande parcela da culpa da destruição de culturas e maneiras de pensar.
Imperioso ressaltar que não há e nunca houve um único povo africano. Até mesmo o conceito de africano provém dos colonizadores. As tribos sempre foram muito diferentes entre si e nunca perceberam a si mesmas como semelhantes. Então quando os países imperialistas fizeram uma divisão separando povos que não deveriam ser separados e unindo outros que eram inimigos, houve um impacto inegável. Dessa forma, se antes não tinham muito em comum, a partir desse momento tiveram: a opressão branca. Foram décadas de opressão e as sequelas são visíveis até o presente. Indiscutivelmente, as consequências permeiam cada aspecto da vida desses povos mas dentro da filosofia, pode-se constatar a dificuldade de se encontrar uma filosofia puramente africana, dada a imposição cultural europeia. Variadas noções foram extintas para dar lugar a novas correntes que discutem agora a influência colonialista e acerca da identidade africana, mas com uma perspectiva oriunda da filosofia europeia.
Uma das poucas filosofias que se manteve foi a do ubuntu. Ela tem origem dos povos Bantus, e se baseia no ideal de interdependência e solidariedade. Em contrapartida as filosofias individualistas que são ensinadas nas escolas, o ubuntu preza pela coletividade.
Em suma, a ausência de filosofias africanas difundidas socialmente corrobora com o pensamento etnocêntrico e xenófobo do senso comum. Mas o fato é que o colonialismo e neocolonialismo são responsáveis pela escravização e genocídio de povos africanos (assim como os indígenas) e são a razão para a situação atual dessas nações.
CAPÍTULO 17: FILOSOFIAS FEMINISTAS
 O capítulo 17 do livro didático aborda a questão do feminismo e seus desdobramentos. É fato que até hoje mulheres têm seus direitos desrespeitados e sofrem inúmeros tipos de violência. Portanto, o feminismo , segundo Adichie, se trata de uma forma libertadora tanto para homens quanto para mulheres e ganhou impulso nos anos 1960.
 Em um primeiro momento quando pensamos no âmbito familiar, pensamos no sistema patriarcal, que têm sido norma no oriente desde a Antiguidade, e não é algo natural da humanidade devido a já existência de sociedades matriarcais e sistemas igualatários. O patriarcalismo então é um sistema no qual a liderança política e econômica são reservados ao gênero masculino, e no meio familiar se trata do domínio do homem sobre a mulher. É fato que a escassez das mulheres na filosofia é em sua maioria consequência desses e outras formas variadas de exclusão da mulher que tiveram suas vozes silenciadas.
 Existem muitas mulheres na história do feminismo que se opuseram a essa mentalidade patriarcal e muitas vezes misóginas, como por exemplo Clarice Lispector, LYa Luft, Helena Parente Cunha e Nélida Piñon, que ainda se opuseram à legislação vigente, como o código Civil Brasileiro, que até 2002 estabelecia condições desiguais e humilhantes entre homens e mulheres, pois estas não eram nem donas de suas próprias atitudes. Hoje em dia ainda se nota discriminação mas de uma maneira diferente, por exemplo no mercado de trabalho.
Ademais, existiram outros autores, como:
Marie Jean Antoine Nicolas de Caritat e Jhon Stuart Mill, Mary Wollstonecraft, Anna Doyle Wheeler e Harriet Taylor: defendiam o sufrágio feminino e uma educação igualatária entre homens e mulheres. (No Brasil Nísia Floresta foi um grande expoente);
Simone de Beauvoir: enfatizou em seus livros acontecimentos profundos a cerca do tratamento de homens e mulheres, é um grande nome no feminismo até os dias de hoje;
Betty Friedan: Argumentou que a representação da mulher foi mistificada, entretanto recebeu várias críticas devido a esse feminismo liberal, pela existência de outros cenários e não só a análise da mulher branca de classe média;
Judith Butler: Destaca-se pelas discussões e reflexões acerca de temas do feminismo contemporâneo, como a teoria queer, filosofia política e ética. Para Butler a questão da relação entre gênero e sexo encontra-se em correlato na relação entre corpo e alma;
Carol Gilligan: teceu várias críticas à teoria e aos métodos que levaram à conclusão de que mulheres tinham um desenvolvimento moral inferior ao dos homens. Pois, nesse aspecto os estudos de desenvolvimento moral deveriam levar em conta que homens e mulheres têm experiências de vida diferentes, portanto a avaliação não deveria ser a mesma.
 É importante ressaltar também sobre os tipos de feminismos além do liberal de Betty Friedan:
 Feminismo radical: que combate o patriarcalismo, reivindica medidas rígidas em relação à violência sobre a mulher e formas de expressão, como a pornografia que transforma a mulher em um objeto sexual;
Feminismo socialista: acrescentava uma caraterística marxista ao radicalismo;
 Feminismo lésbico: identifica a imposição normativa da heterossexualidade como forma de opressão, e afirma que a lésbica é oprimida tanto como mulher, como homossexual;
Feminismo negro: acrescentou sexo, gênero e etnia ao feminismo socialista e radical, e afirma que os problemas de opressão da mulher devem ser pensados conjuntamente.
 Com relação a terceira onda do feminismo, é importante ressaltar que observamos a irrupção de uma série de novas tendências teóricas sobre a condição feminina a partir dos anos 1980, por exemplo a liberdade sexual e a teoria queer, que incorpora questões de homossexualidade e de transexualidade feminina e masculina. Ademais, tendências teóricas como a teoria pós colonial, pós modernista e estudos culturais. Uma das caracteísticas da terceira onda é o relativo refluxo da militância feminina na esfera pública e nos movimentos sociais, acompanhado por um aumento de espaço reservado às discussões sobre o feminismo nas universidades em diversas áreas de estudo.
 As discussões feministas se concentravam em um campo chamado estudos de gênero, entretanto esse conceito de gênero foi criticado por Judith Butler, que acredita que a neutralidade não existe e a sexualidade envolve um amplo conjunto de fatores dos quais a maioria não é escolha.
 Um último elemento importante de se comentar têm relação a crítica feminista na filosofia. Na história diversos filósofos que assumiram o posicionamento de desvalorização da mulher, como Jean Piaget, Lawrence Kohlberg e Shopenhauer e a mentalidade europeia do século XX. Também nota-se uma exclusão no campo da lógica, por exemplo, quando Sócrates engloba o termo "homem" como ser humano, não podendo encaixaro termo mulher em sistemas lógicos. Carol Gilligan que teceu várias críticas a esses autores e aos métodos que levaram a conclusão que mulheres tinham um desenvolvimento moral inferior ao dos homens.
ANÁLISE CRÍTICA:
 O feminismo nos dias atuais sem dúvidas é acompanhado de uma série de preconceitos e estereótipos, que afastam muitas pessoas a conhecerem o sentido do movimento e suas filosofias, além disso, diversas vezes é interpretado como o contrário de “machismo”, quando na verdade o feminismo e suas filosofias não se tratam de sobreposição, e sim de uma busca por equidade necessária e direitos conquistados por grandes mulheres, durante anos. O contrário seria femismo, entretanto várias feministas discutem sobre a impossibilidade do uso desse termo, por ser muito difícil o oprimido tomar o lugar do opressor. 
Inicialmente, um fato necessário a se comentar é que o feminismo é bom pra ambos os sexos, pois com relação ao homem, há um desprendimento de padrões relacionados a como “um homem deve ser" pra ser respeitado.
 Algo importante a se ressaltar sobre o feminismo é o lugar de fala. Por muitos anos a mulher ao se submeter ao patriarcado foi alvos além de críticas, como inutilizadas como pessoas capazes de agirem e pensarem por si próprias, como demonstra Shopenhauer e outros grandes filósofos, e a exclusão, também presente nas obras de Sócrates. Nos dias atuais, um homem não pode se afirmar ser feminista devido ao lugar de fala ser destinado a mulheres, não-binárias ou cis (a terceira onda feminista abriu espaço e evoluiu no conceito de gênero). Mas uma mulher pode ser considerada machista, pois, em grande maioria crescemos em um ambiente em que diversas situações rotineiras o homem se acha superior a mulher. O homem pode ser considerado apenas pró feminista, apoiando e respeitando todas as vertentes e nosso lugar de fala.
 Quando uma mulher não aceita certas condutas que são destinadas a ela desde o seu nascimento, é taxada de diversas formas ruins pela sociedade em um todo, é daí que entra a vivência de cada um, sendo completamente necessário pensar em uma filosofia feminista além do liberal.
 “A solidão da mulher negra”, essa frase trás uma visão totalmente necessária do feminismo. Temos como exemplo a mulher negra (de classe econômica baixa) contemporânea que ao perguntar para seus avós sobre certos conceitos do patriarcado, como “o homem sustenta a casa e a mulher cuida e também cuida dos filhos” dificilmente os reconhece, por inúmeras vezes terem que assumir os “dois” papéis. Nesse cenário também entra a figura da mulher pobre. E a questão do abandono paternal sendo muito pertinente. Por qual motivo o fardo de uma mulher têm que ser carregado sozinha, mesmo que ela não tenha condições alguma pra isso? Mulheres que abortam ilegalmente além de serem mutiladas pela sociedade, podem fazer parte da grande taxa de mortes por aborto clandestino (na grande maioria em países em desenvolvimento).
 Muitas vezes me questiono se meu feminismo chega nessas mulheres, se informo, se explico o suficiente e principalmente incluo.
“A exclusão de mulheres trans”, como citado anteriormente, a terceira onda do feminismo abriu espaço para novas mulheres que se identificam com todo o passado e luta, e conquistas dos seus direitos.
 “A lesbiofobia” impactando no dia a dia da mulher lésbica, que faz mulheres não só terem que lutar não só pelos seus direitos, como pela homofobia muito presente no Brasil.
O feminismo e suas filosofias mudaram o contexto político do país desde a conquista de nossos primeiros direitos, e acredito que a equidade (Não é tão interessante o uso de igualdade, porque homens e mulheres têm vivências diferentes, e cabe ressaltar que ainda estamos conquistando nosso espaço, enquanto homens que não tiveram sua voz silenciada sempre puderam) poderia se fazer vigor algum dia.
 É extremamente importante falar sobre o feminismo nos dias de hoje e apresentar as filosofias feministas, porque muitas mulheres chegam a afirmar que não precisam e é totalmente “mimimi”. Não precisamos nem de muita fala pra explicar que se não fosse devido às primeiras filosofias feministas ainda estaríamos sendo submetidas a situações apenas de maternidade e donas do lar. Você, mulher, já parou pra pensar que é a mulher mais livre diante as que te sucederam? Isso é interessante de se pensar, porém, ainda hoje em diversos lugares do mundo há mulheres em péssimas condições de exploração, mais uma importância que devemos dar às vertentes do feminismo.
 Para terminar, um fato impactante e necessário de muita discussão, é o sofrimento da mutilação genital feminina, que é uma realidade para cerca de 200 milhões de meninas e mulheres que vivem hoje, de acordo com a ONU. Ademais, de acordo com estudo do Unicef, em 29 países da África e do Oriente Médio, a prática ainda é adotada em larga escala, apesar de 24 desses países terem leis ou outras formas de proibição contra a MGF. Portanto, como citado posteriormente, embora temos a comemorar nossas conquistas, não devemos nos esquecer que ainda há por muito a ser lutado, e englobar e entender todo tipo de vivência e filosofia. É terrível pensar que situações como essa acontecem ao redor do mundo. Certamente, todas as filosofias feministas precisam chegar em todas as camadas de sociedade e cultura.

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