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AULA 8 - HEPATITES, LEPTOSPIROSE, TOXOPLASMOSE E NEUROTOXOPLASMOSE 2020

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GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 
DISCIPLINA: DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS
DOCENTE: KEYLA Mª GOMES MOREIRA COELHO
2020
HEPATITES VIRAIS
Doenças causadas por diferentes vírus
hepatotrópicos.
• Agentes etiológicos:
vírus A (HAV), B (HBV),
C (HCV), D (HDV) e E (HEV).
• Notificação compulsória
HEPATITES VIRAIS
Transmissão 
• A e E: via fecal-oral (saneamento básico,
higiene pessoal, qualidade da água e
alimentos)
• B, C e D: via sexual e sangue (via
parenteral, percutânea e vertical).
- vertical: maior para hepatite B (70 a 90%)
HEPATITES VIRAIS
• Hepatite pelo vírus B (HBV) – doença
infecciosa; Está presente no sangue, no
esperma e no leite materno; É considerada
doença sexualmente transmissível.
• Hepatite pelo vírus D (HDV); também
chamada de Delta; Depende da presença do
vírus tipo B para infectar uma pessoa.
HEPATITES VIRAIS
Manifestações clínicas
Hepatite aguda: limitadas aos primeiros 06
meses
• Assintomática
• Sintomática
- Fase prodrômica (pré-ictérica)
- Fase ictérica
- Fase de convalescença
Manifestações clínicas - HEPATITE AGUDA
• Fase Prodrômica (pré-ictérica):
- mal-estar, astenia e fadiga
- diarreia (raramente constipação)
- desconforto no hipocôndrio direito
- exantema papular ou maculopapular.
- anorexia, aversão ao paladar e/ou olfato
- mialgia, artralgia ou artrite
- náuseas e vômitos
- febre baixa
- cefaleia e fotofobia
- urticária
Manifestações clínicas - HEPATITE AGUDA
• Fase Ictérica: hepatomegalia dolorosa, com
ocasional esplenomegalia.
• Fase de convalescença: após icterícia
desaparecer. Recuperação completa após algumas
semanas, mas fraqueza e cansaço podem persistir
(meses).
HEPATITES VIRAIS
Hepatite fulminante: rara, letalidade alta (40-
80%)
• insuficiência hepática aguda: degeneração e
necrose maciça dos hepatócitos.
• icterícia, coagulopatia, encefalopatia hepática e
coma em até 8 semanas.
HEPATITES VIRAIS
Hepatite crônica: persistência vírus após 6 meses
• geralmente vírus B, C e D 
• forma oligo/assintomática ou sintomática
• cirrose hepática e carcinoma hepatocelular
Hepatite A
Recuperação em 3 meses
Sintomas mais intensos 
com aumento da idade
Hepatite B
Bom prognóstico (90 a 95%)
10%: hepatite crônica; 
maior em menores 1 ano
Hepatite C
Cronificação: 60 a 90% 
casos não tratados
Hepatite D
Superinfecção: índice de 
cronicidade maior (70%)
Hepatite E
Não há relato cronicidade 
ou viremia persistente 
HEPATITES VIRAIS
Diagnóstico
• Testes Rápidos: os tipos B e C
• Pré-natal: O exame de hepatite B também
faz parte do rol de exames do pré-natal.
HEPATITES VIRAIS
Tratamento
• H. aguda: tratamento sintomático (náuseas,
vômitos e prurido).
- repouso e restrição à ingesta de álcool.
• H. crônica: considerar risco de progressão
da doença, probabilidade de resposta
terapêutica, eventos adversos do tratamento
e presença de comorbidades.
HEPATITES VIRAIS
Medidas de prevenção e controle
• Hepatite A ou E: cuidados com água de consumo,
alimentos, higiene e saneamento.
• Hepatites B, C e D: orientar sobre transmissão
- não compartilhar objetos de uso pessoal (lâminas,
escovas de dente; usuários de drogas: agulhas,
seringas, canudos e cachimbos).
- uso de preservativos
http://crescercomafeto.com.br/news/estudo-aponta-avanco-em-tratamento-
conjunto-da-hepatite-c-e-do-hiv/
HEPATITES VIRAIS
• Alimentos consumidos crus: lavagem e
desinfecção com hipoclorito de sódio
• Afastamento do paciente, se necessário, de
suas atividades normais.
• Monitoramento de pacientes hemofílicos e
usuários crônicos de hemoderivados.
HEPATITES VIRAIS
Imunização: hepatites A e B.
Hepatite B:
Crianças, é dada em quatro
doses: ao nascer, 2,4 e 6
meses.
Adultos que não se vacinaram
na infância, são três doses a
depender da situação vacina
(intervalo de 1 mês entre
primeira e segunda dose; e
seis meses entre terceira e
primeira doses)
HEPATITES VIRAIS
• Solicitação exames no pré-natal (hepatite B).
Obs: No caso das hepatites B e C, é preciso um
intervalo de 60 dias para que os anticorpos sejam
detectados no exame de sangue.
• Solicitação sorologia para hepatites de
doadores e receptores de órgãos.
• Orientar adoção medidas rigorosas de
higiene: desinfecção de objetos, bancadas e
chão (hipoclorito de sódio ou água sanitária).
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 
DISCIPLINA: DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS
DOCENTE: KEYLA Mª GOMES MOREIRA COELHO
2020
LEPTOSPIROSE
Doença infecciosa febril, de início abrupto, que
varia desde formas assintomáticas, subclínicas à
quadros clínicos graves com manifestações
fulminantes.
• Ag. etiológico: Bactéria
Leptospira interrogans
• Sinonímia: Doença
ou Síndrome de Weil
• Notificação compulsória
http://arquifln.org.br/detalhe_00500.php?cod_select=3651&cod_00
2=5
http://slideplayer.com.br/slide/5583656/
LEPTOSPIROSE
Reservatório
• Essenciais: roedores (animais
infectados eliminam a leptospira
através da urina durante meses,
anos ou toda vida).
• Acidentais: seres humanos (incubação 1 a 30
dias)
http://www.joaoramalho.sp.gov.br/pmjr/newsslider
/leptospirose.aspx
Ratazana ou
Catita ou
http://www.stopserv.com.br/site/paginas/ver.php?id=24
Modo de transmissão
• Exposição direta ou indireta
à URINA de animais infectados.
Penetração do microrganismo
- pele com lesões
- pele íntegra imersa por longos
períodos em água contaminada
(ELO HÍDRICO)
- mucosas
LEPTOSPIROSE
Modo de transmissão: Raramente:
• contato direto com sangue, tecidos e órgãos de
animais infectados;
• transmissão acidental em laboratórios
• ingestão de água ou alimentos contaminados.
• transmissão entre humanos: contato com urina,
sangue, secreções e tecidos de pessoas infectadas.
• Distribuição universal
• Brasil: Endêmica
Epidêmica: chuvas
- enchentes
- condições inadequadas
de saneamento
- infestação roedores infectados
• Garis, desentupidores esgoto,
catadores de lixo, agricultores,
veterinários, tratadores animais, pescadores,
magarefes, laboratoristas, militares e bombeiros...
FASES EVOLUTIVAS
Fase precoce (Leptospirêmica)
Febre abrupta, cefaleia, mialgia
(lombar e panturrilhas),
anorexia, náuseas e vômitos.
Podem ocorrer diarreia,
artralgia, hiperemia ou
hemorragia conjuntival,
fotofobia, dor ocular e tosse,
acompanhada de exantema
Autolimitada (regride em 3 a 7
dias, sem sequelas)
Fase tardia
Após primeira semana: 15% 
evoluem para manifestações 
clínicas graves
SÍNDROME DE WEIL: tríade de 
icterícia, insuficiência renal e 
hemorragias (mais comum 
pulmonar). Letalidade > 50%.
hemorragia conjuntival, 
fotofobia
icterícia, insuficiência renal e hemorragias
LEPTOSPIROSE
ICTERÍCIA
• sinal característico: tonalidade alaranjada muito
intensa (icterícia rubínica)
• geralmente entre o 3º e 7º dia da doença.
• indicativo de pior prognóstico: Síndrome de
Weil.
C
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M
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A
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E
S Comprometimento pulmonar: tosse seca, dispneia, 
expectoração hemoptoica (expectoração de sangue 
dos pulmçoes), dor torácica e cianose.
Hemoptise súbita (grave) levando a insuficiência 
respiratória e óbito
Hemorragias: pele, conjuntivas e outras mucosas 
ou órgãos internos, inclusive SNC.
Forma grave: insuficiência renal aguda, miocardite, 
choque, arritmias, pancreatite, anemia e distúrbios 
neurológicos (confusão, delírio, alucinações e 
meningite asséptica) 
BRASIL, 2010
LEPTOSPIROSE
Cuidados de enfermagem
• Antibioticoterapia
• Nutrição enteral ou parenteral
• Transfusões de sangue e derivados
• Monitorizar SSVV, peso diário, balanço hídrico (aspecto
e volume da diurese; reposição hidro eletrolítica).
• Diálise peritoneal precoce: de acordo com volume
urinário e função renal (reduz dano renal e letalidade)
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE 
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• Controle da 
população 
de roedores
• Antirratização
(modificação 
ambiental)
• Desratização
(mecânica e 
química)
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• Água potável, 
filtradaou 
fervida para 
consumo 
humano
• Limpar lama 
residual das 
enchentes (usar 
luvas e botas de 
borracha)
• Limpar caixa 
d’água
• Cuidados com 
alimentos, águas 
superficiais e 
esgotos
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• Uso de EPIs 
para 
expostos a 
risco
• Imunização 
de animais 
domésticos
• Não expor 
ferimentos à 
água/lama de 
enchente
BRASIL, 2010
TOXOPLASMOSE
Zoonose causada pelo Toxoplasma gondii com quadro
clínico variável: de infecções assintomáticas (maioria) à
manifestações sistêmicas extremamente graves.
Maior gravidade:
• Recém-nascidos: alta
taxa de mortalidade
• Imunodeficientes (HIV+,
indivíduos em quimioterapia,
receptores de órgãos):
doença disseminada
TOXOPLASMOSE
Transmissão: três vias principais
• Ingestão de oocistos presentes em alimento
ou água contaminadas, jardins, caixas de
areia, latas de lixo ou disseminados
mecanicamente por moscas, baratas, etc.
TOXOPLASMOSE
Transmissão: três vias principais:
• Ingestão de cistos encontrados em carne
crua ou mal cozida (especialmente porco e
carneiro).
Cistos resistem
por semanas ao frio,
mas o congelamento a
12°C ou aquecimento
acima de 67°C os mata.
TOXOPLASMOSE
Transmissão: três vias principais:
• Congênita ou transplacentária: mais grave;
gestante adoece durante a gravidez (fase
aguda) podendo transmitir ao feto.
Obs: reativação da
infecção nas gestantes
(rara)
TOXOPLASMOSE
Epidemiologia
• 70 a 95% população infectada;
• Não é de notificação compulsória;
• imunidade elevada: doença
pode regredir espontaneamente.
• causa mais comum de
lesões neurológicas focais
em pacientes infectados pelo HIV.
TOXOPLASMOSE
• Toxoplasmose ocular: Coriorretinite é a lesão mais
frequentemente (30 a 60% pacientes)
- retinite aguda: intensa inflamação
- retinite crônica: perda progressiva visão; cegueira.
TOXOPLASMOSE
Toxoplasmose e gravidez:
• Infecção mãe: geralmente
assintomática e não detectada;
• testes sorológicos no pré-natal
(sorologia para toxoplasma)
• Diagnóstico positivo: quimioterapia
adequada (Pirimetamina, sulfadiazina, ácido folínico)
TOXOPLASMOSE
Toxoplasmose e gravidez:
• A mulher dá a luz somente a uma criança com
toxoplasmose, pois os anticorpos maternos
formados evitam que a doença se manifeste em
outra gravidez.
TOXOPLASMOSE
Toxoplasmose congênita (neonatal): Resulta da
infecção intra-uterina, variando de assintomática à
letal, dependendo da idade fetal.
• Primeiro trimestre: aborto
• Segundo trimestre: aborto ou nascimento
prematuro; criança normal ou com anomalias graves
(Síndrome ou Tétrade de Sabin).
• Terceiro trimestre: criança nasce normal e apresenta
sintomas dias, semanas ou meses após parto.
TOXOPLASMOSE
Toxoplasmose congênita (neonatal)
“Síndrome ou tétrade de Sabin“
• coriorretinite - inflamação da retina e da
coróide(90% dos casos),
• calcificações cerebrais (69%)
• perturbações neurológicas: retardamento
psicomotor (60%)
• alterações do volume craniano: micro ou
macrocefalia (50% dos casos).
TOXOPLASMOSE
Tratamento
• Associação Pirimetamina com Sulfadiazina ou
Sulfadoxina.
• Toxoplasmose na gravidez: de acordo com idade
gestacional e grau de infecção da grávida.
- Primeiro Trimestre: Espiramicina
- Segundo e terceiro trimestres: Sulfadiazina,
Pirimetamina e Ácido folínico.
TOXOPLASMOSE
• Toxoplasmose no paciente imunodeprimido: cistos
do toxoplasma persistem por período indefinido e
qualquer imunossupressão significativa pode ser
seguida por um recrudescimento da Toxoplasmose.
• lesões são com maior frequência no cérebro
(Neurotoxoplasmose)
NEUROTOXOPLASMOSE
Manifestações clínicas
• pode acometer o cérebro
difusamente ou formar
abcessos discretos.
• apresentação clínica: de
acordo com topografia,
quantidade de lesões
cerebrais e presença de
hipertensão intracraniana.
http://www.aids.gov.br/pcdt/16
NEUROTOXOPLASMOSE
Manifestações clínicas
• Cefaleia e febre progressivas
• Náuseas e vômitos.
• Deficiências neurológicas focais:
hemiplegia, diplopia...
• Convulsões e desmaios frequentes
• Letargia, desorientação, confusão
mental, alteração da consciência e
coma.
• Doença disseminada pode envolver
qualquer órgão (miocardite,
coriorretinite,...)

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