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09/11/2020 AEROSSÓIS Aerossóis Aspectos Conceituais • Agentes terapêuticos para o tratamento ou a profilaxia de doenças das vias respiratórias, como asma brônquica, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e fibrose cística, são geralmente liberados diretamente no trato respiratório • O pulmão pode ser utilizado como uma via para a liberação de fármacos com atividade local ou sistêmica 09/11/2020 Aerossóis Aspectos Conceituais • Aerossol é definido como um sistema bifásico constituído por partículas sólidas ou gotículas líquidas dispersas no ar ou numa fase gasosa, as quais possuem um tamanho suficientemente pequeno para lhes proporcionar uma estabilidade considerável, como numa suspensão. • A propriedade física mais importante de um aerossol para inalação é o seu tamanho. • Os aerossóis precisam ter um tamanho da partícula inferior a 5 – 6 µm, sendo o tamanho de 2 µm – alvéolos. Aerossóis Aspectos Conceituais Área superficial entre 100-140 m2 em um homem adulto 09/11/2020 Aerossóis Aspectos Conceituais • A deposição de um fármaco/aerossol nas vias aéreas é dependente de quatro fatores: 1. Propriedades físico-químicas do fármaco, 2. A formulação, 3. O dispositivo de liberação 4. O paciente (padrões de respiração e estado clínico). Aerossóis Aspectos Conceituais • Partículas ou gotículas maiores depositam-se no trato respiratório superior e são rapidamente removidas do pulmão pelo processo de depuração mucociliar • Esteroides em aerossóis com tamanho de partícula suficientemente grande podem se depositar na boca e garganta, com potencial de causar efeitos adversos, incluindo candidíase oral. 09/11/2020 Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação • Atualmente, existem três principais tipos de dispositivos geradores de aerossol para uso de farmacoterapia por inalação: 1. Inaladores pressurizados com dispositivo dosador (pMDIs). 2. Inaladores de pó seco (DPI). 3. Nebulizadores. Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 1. Inaladores pressurizados com dispositivo dosador (pMDIs). O fármaco encontra-se dissolvido ou suspenso em uma mistura líquida de propelente(s) com outros excipientes, como tensoativos, que se apresentam na forma de um recipiente pressurizado provido de um dispositivo dosador. Uma dose predeterminada é libertada na forma de spray quando a válvula dosadora é acionada. 09/11/2020 Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 1. Inaladores pressurizados com dispositivo dosador (pMDIs). Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 1. Inaladores pressurizados com dispositivo dosador (pMDIs). Recipientes Aerossóis farmacêuticos podem ser acondicionados em recipientes constituídos de aço revestido eletroliticamente com estanho, alumínio ou vidro revestido com plástico Capacidade de 10 a 30 mL. 09/11/2020 Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 1. Inaladores pressurizados com dispositivo dosador (pMDIs). Propelentes • São gases liquefeitos, tradicionalmente clorofluorocarbonos (CFCs), que estão sendo substituídos em grande parte por hidrofluoralcanos (HFAs). • À temperatura e pressão ambiente estes propelentes são gases. • São facilmente liquefeitos mediante a diminuição da temperatura ou ao aumento da pressão. Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 1. Inaladores pressurizados com dispositivo dosador (pMDIs). Propelentes • As misturas de propelentes utilizados geralmente são associadas com em conjunto com um agente tensoativo, como esteres de sorbitano, ácido oleico ou lecitina: Atuam como agentes suspensores e lubrificantes da válvula. 09/11/2020 Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 1. Inaladores pressurizados com dispositivo dosador (pMDIs). Propelentes • Gases comprimidos (dióxido de carbono, nitrogênio e óxido nitroso); • Propelentes liquefeitos CFCs (diclorodifluorometano); hidrofluoralcano 134a (HFA 134 a) e hidrofluoralcano 227ea (HFA 227ea); • Hidrocarbonetos (gás liquefeito de petróleo ou GLP): butano, isobutano e propano de alta pureza Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 1. Inaladores pressurizados com dispositivo dosador (pMDIs). Propelentes 09/11/2020 Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 1. Inaladores pressurizados com dispositivo dosador (pMDIs). Válvula dosadora • A válvula dosadora de um pMDI permite a liberação de pequenos volumes de produto de forma reprodutível. • A válvula dosadora no pMDI é usada na posição invertida. • A depressão da haste da válvula permite que o conteúdo da câmara dosadora seja descarregado através do orifício da válvula Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 1. Inaladores pressurizados com dispositivo dosador (pMDIs). Válvula dosadora Depois de acionar a válvula, a câmara dosadora enche-se novamente com o líquido da câmara do recipiente, ficando pronta para distribuir a próxima dose. pMDI precisa ser carregado antes do primeiro uso 09/11/2020 Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 1. Inaladores pressurizados com dispositivo dosador (pMDIs). Válvula dosadora As válvulas de pMDI possuem desenho complexo e devem proteger o produto do meio ambiente, além de proteger contra a perda do produto durante o uso repetido. Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 1. Inaladores pressurizados com dispositivo dosador (pMDIs). Formulação de medicamentos em aerossol • Formulados contendo o fármaco em solução ou suspensão no propelente liquefeito. • A maioria dos fármacos não é solúvel nos propelentes. • Cossolventes como etanol ou isopropanol podem ser utilizados. • Quase que exclusivamente, na forma de suspensões. • Agentes tensoativos como agentes suspensores: lecitina, ácido oleico e trioleato de sorbitano (normalmente incorporados em concentrações entre 0,1 e 2% p/p). 09/11/2020 Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 1. Inaladores pressurizados com dispositivo dosador (pMDIs). Vantagens • Portabilidade, seu baixo custo e sua disponibilidade. • Muitas doses (até 200) e a liberação da dose é reprodutível • Fechamento hermético do recipiente conferem proteção ao fármaco contra a oxidação e a contaminação microbiológica Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 1. Inaladores pressurizados com dispositivo dosador (pMDIs). Desvantagens • Eles são ineficientes na liberação do fármaco • Grande parte do fármaco perde-se pela colisão dessas gotículas com a superfície da orofaringe • Mesmo usando a técnica de inalação correta, apenas 10 a 20% da dose estabelecida e emitida é liberada no local de ação. • Necessidade de sincronia entre a inalação e o acionamento da válvula 09/11/2020 Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 1. Inaladores pressurizados com dispositivo dosador (pMDIs). Espaçadores • Dispositivos de extensão ou espaçadores posicionados entre o pMDI e o paciente • A dose do fármaco proveniente de um pMDI é descarregada diretamente dentro do reservatório antes de ser inalada Aerossóis 1. Inaladores pressurizados com dispositivo dosador (pMDIs). Espaçadores 1. Reduz a velocidade inicial das gotículas, 2. Gotículas maiores sejam removidas por colisão, 3. Permite a evaporação adequada do propelente 4. Exclui a necessidade de sincronia entre a inalação e o acionamento da válvula 09/11/2020 Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 2. Inaladores de pó seco (DPI). • O fármaco é inalado como uma nuvem de partículas finas. • Fármaco está pré-carregado num dispositivo de inalação ou • Contido dentro de cápsulas de gelatina dura ou • Blísteres discoidais que são carregados para o dispositivoantes do uso Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 2. Inaladores de pó seco (DPI). • Não requer propelente e, geralmente, não contém qualquer excipiente • São ativados pela respiração, evitando os problemas de sincronização da inalação • Podem liberar maiores doses do fármaco que os pMDIs (limitados pelas válvulas) Vantagens 09/11/2020 Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 2. Inaladores de pó seco (DPI). • A liberação dos pós a partir do dispositivo e a desagregação das partículas são determinados pela habilidade de inalação do paciente. • A umidade elevada pode causar a agregação dos pós. • São geralmente menos eficientes como sistemas de liberação de fármacos que os pMDIs (dobro da dose) Desvantagens Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 2. Inaladores de pó seco (DPI). • Os pós de fármacos para uso em sistemas de inalação são geralmente micronizados. • Possuem alta energia de superfície e propriedades de fluxo pobres devido a sua natureza estática, coesiva e adesiva. • Partículas do fármaco com baixa fluidez são geralmente misturadas com partículas mensageiras maiores (muito utilizada a lactose). Formulação de inaladores de pós secos 09/11/2020 Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 2. Inaladores de pó seco (DPI). • Funções das partículas mensageiras: - Forma uma Mistura ordenada na qual as pequenas partículas do fármaco se aderem à superfície das partículas mensageiras. - Melhora a liberação do fármaco, fluxo e uniformidade de enchimento do dispositivo e da capsula. - O fluxo turbulento de ar gerado no interior do dispositivo de inalação: promove a desagregação dos agregados fármaco/carreador Formulação de inaladores de pós secos Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 2. Inaladores de pó seco (DPI). • Dispositivos de dose unitária com fármacos em cápsulas de gelatina dura Dispositivos de inaladores de pós secos 1 capa; 2 base; 3 bocal; 4 câmara da cápsula; 5 botão conectado aos pinos para a perfuração da cápsula; 6 canal de entrada ar. 09/11/2020 Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 2. Inaladores de pó seco (DPI). • Dispositivos multidose com fármacos em blísteres Dispositivos de inaladores de pós secos Esse blíster é colocado pelo paciente sobre um disco-suporte dentro do dispositivo. O blíster é perfurado com uma agulha mediante alavancagem mecânica da tampa Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 2. Inaladores de pó seco (DPI). • Dispositivos multidose com fármacos pré-carregados no inalador Dispositivos de inaladores de pós secos Mistura fármaco/mensageiro é pré-carregada no dispositivo, dentro de um blíster com pequenos alvéolos recobertos por uma folha que contém 60 doses 09/11/2020 Aerossóis 2. Inaladores de pó seco (DPI). • Dispositivos multidose com fármacos pré-carregados no inalador Dispositivos de inaladores de pós secos Aerossóis 3. Inaladores de Névoa Suave (soft mist inhaler – SMI) A nuvem de aerossol é gerada por energia mecânica através de um sistema de mola nele incorporado O sistema de mola comprime produzindo dois jatos de líquido que convergem num ângulo predeterminado, gerando assim uma nuvem do fármaco 09/11/2020 Aerossóis Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 3. Nebulizadores • Liberam volumes relativamente grandes do fármaco em soluções ou suspensões • Vantagem sobre os sistemas pMDI e DPI: Fármaco pode ser inalado, pelo bucal ou por uma máscara, acompanhando o ritmo da respiração normal. Existem três categorias de nebulizadores: A jato, ultrassônicos e de malha 09/11/2020 Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 3. Nebulizadores Nebulizadores a Jato. Usam gás comprimido (ar ou oxigênio) fornecido por um cilindro de gás comprimido, uma linha de ar em hospitais ou um compressor elétrico para converter um líquido (normalmente uma solução aquosa) em um spray. Aerossóis Formulação e liberação de aerossóis terapêuticos de inalação 3. Nebulizadores Nebulizadores a Jato. 09/11/2020 Aerossóis 3. Nebulizadores Nebulizadores a Jato. Líquido é sugado do reservatório para o tubo de alimentação. O líquido emerge na forma de filamentos finos, que por efeito da tensão superficial, colapsam formando gotículas. A fração do aerossol resultante (aerossol primário) abandona diretamente o nebulizador, enquanto que as gotículas maiores, não passíveis de inalação Aerossóis 3. Nebulizadores Nebulizadores ultrassônicos. A energia necessária para atomizar o líquido vem de um cristal piezoelétrico que vibra a alta frequência. Intensidade vibracional suficientemente alta, forma-se uma corrente de líquido dentro da câmara. Na parte superior: emitidas gotículas grandes, Na parte inferior é emitida uma “névoa” de pequenas gotículas. 09/11/2020 Aerossóis 3. Nebulizadores Nebulizadores de malha. Os aerossóis são gerados pela passagem de líquidos através de uma malha de vibração (cristal piezoelétrico). Dispositivos geram aerossóis com uma grande fração de partículas finas, liberam fluidos rapidamente e possuem um volume residual muito pequeno. Mais recentes: analisa o padrão de respiração do paciente e emite aerossol apenas durante a inalação, eliminando, assim, o desperdício durante a exalação. Aerossóis 3. Nebulizadores Nebulizadores de malha. • Operam em uma frequência menor que os nebulizadores ultrassônicos. • Produzem partículas de tamanho adequado. • Eles são silenciosos, portáteis, não necessitam de fonte de ar comprimido e funcionam com bateria ou corrente elétrica alternada, mas têm custo bem mais elevado 09/11/2020 Aerossóis Existe Diferença entre Inalador e Nebulizador?
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