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Risco e Retorno VISTO DIA 21 11 COM CAPS

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Medidas de Risco e Retorno
Esta seção mostra alguns dos principais conceitos sobre as medidas de risco que devem ser considerados por qualquer gestor, uma vez que toda aplicação financeira ou projeto de investimento em capital físico pode ter algum risco associado a ele. Isso acontece com tanta frequência que Gitman (2012) mostra um exemplo da State Farm Insurance e dos elevados riscos que ela incorreu com que, em 2005, o Furacão Katrina danificou mais de 295 mil residências que precisariam ser ressarcidas dados os seguros que haviam feito com tal empresa. Este fato de difícil previsão custou US$ 6 bilhões para a empresa em indenizações.
Diversos negócios estão sujeitos a multiplicidade de riscos nas atividades rotineiras delas, o que exige que os gestores estejam preparados para analisar os riscos das diversas operações da empresa de modo a alocar a receita da empresa de forma mais harmoniosa para evitar perdas elevadas.
Para complementar essa análise de risco, é preciso comentar os principais tipos de produtos financeiros que são oferecidos no mercado financeiro para que as empresas os utilizem como fontes de financiamento (ou seja, como recursos de terceiros dentro da sua estrutura de capital).
OBJETIVOS
· Aprender os conceitos de risco e retorno;
· Entender quais são os tipos de risco existentes;
De ter ouvido falar em riscos de uma aplicação financeira? Ou da possibilidade de um projeto de uma empresa dar errado? O tema risco é muito importante para um gestor, principalmente no que se refere a escolha das melhores oportunidades para uma empresa.setores, que podem comprometer qualquer implementação tecnológica. É isso que vamos ver a partir deste momento. Vamos lá!!REFLEXÃO
Introdução
É interessante destacar que os argumentos aqui expostos terão foco nas empresas de capital aberto, isso é feito simplesmente pelo fato de as maiores e mais complexas organizações terem esse formato, no entanto nada impede dos conceitos aqui explorados serem utilizados em empresas constituídas de forma diferente.
O risco e o retorno são dois fatores que o administrador financeiro deve saber avaliar para poder maximizar o preço da ação da empresa. Vamos começar explorando os conceitos desses dois elementos.
Figura – Nuvem de palavras do capítulo
Elaboração pelo autor com base em: <http://www.wordle.net/create>
Retorno
O retorno pode ser definido como o prêmio realizado ou esperado pelo risco assumido, sendo que o risco é medido em função da variabilidade (também chamada de volatilidade) dos retornos.
Groppelli e Nikbakht (2006) definem como retornos as receitas esperadas ou fluxos de caixa previstos de qualquer investimento.
O retorno é normalmente medido pela soma dos proventos em dinheiro durante o período com a variação do valor, em termos porcentuais do valor do investimento no início do período. O cálculo da taxa de retorno de qualquer ativo no período t é, comumente, definido pela seguinte expressão:
 Ct + Pt – Pt-1
kt = 
 Pt-1
Onde:
kt = taxa observada, esperada ou exigida de retorno durante o período t;
Ct = fluxo de caixa recebido com o investimento no ativo no período t – 1 a t; ( comp. maquina da alemanha . Quando de flux. de caixa essa maqu. Gerou. Em 5 anos (exemp))
Pt = preço (valor) do ativo na data t; ( Valor da maq. no dia em questão)
Pt – 1 = preço (valor) do ativo na data t –1; ( preço dessa maquina no dia da compra) …( quanto ela valia essa maquina há 5 anos)
Nessa formulação, o retorno (kt) demonstra o efeito combinado do fluxo de caixa (Ct) e de variações de valor (Pt – Pt – 1) no período t. É interessante acrescentar que os valores do início (Pt) e do final do período (Pt – 1) não são necessariamente valores realizados. Mais frequentemente, são não realizados, pois significa que apesar de o ativo não ter sido efetivamente comprado na data t–1 e vendido na data t, esses valores poderiam ter sido realizados se essas transações tivessem sido concretizadas.
Veja o exemplo a seguir.
Suponha que a empresa Quimera S.A. deseja determinar a taxa de retorno de duas máquinas adquiridas: a Labor e a Relax. A Labor foi adquirida há um ano por R$ 60.000,00 e, atualmente, tem valor de mercado de R$ 64.500,00; no decorrer do ano, gerou receitas de R$ 6.400,00 após o imposto de renda. A Relax foi comprada há quatro anos e seu valor, no ano que acabara de terminar, caiu de R$ 48.000,00 para R$ 47.200,00; no decorrer do ano, gerou R$ 10.640,00 de receitas após o imposto de renda. Utilizando esses dados na equação disponibilizada anteriormente, é possível calcular a taxa de retorno para cada uma das máquinas, como segue:
Labor (L):vValor do fluxo de caixa
kL = R$6.400 + R$64.500 - R$60.000 = R$10.900 =18.5%
 R$60.000 R$60.000
Relax (R):
kR = R$10.640 + R$47.200 - R$48.000 = R$9.840 =20.5%
 R$48.000 R$48.000 
Apesar da queda do seu valor de mercado durante o ano, o fluxo de caixa da Relax fez com que ela gerasse uma taxa de retorno maior do que a taxa da Labor nesse mesmo período. Isso enfatiza que a análise do impacto conjunto do fluxo de caixa e a variação do valor, demonstrado pela taxa de retorno, é altamente importante para o administrador financeiro.
Gitman (2010) afirma que o retorno é o ganho ou a perda total sofrida por um investimento em certo período. O retorno realizado do investimento, como por exemplo em ações, também pode ser encontrado pela simples variação percentual dos valores dessas ações de um período para o outro.
 PREÇOhoje - PREÇOontem
 Retorno = 
 PREÇOontem
Veja exemplo a seguir.
	DATA
	COTAÇÃO
	RETORNO DIÁRIO
	8/5/2016
	R$ 29,54
	–
	11/5/2016
	R$ 31,63
	7,08%
	12/5/2016
	R$ 32,08
	1,42%
	13/5/2016
	R$ 32,55
	1,47%
	14/5/2016
	R$ 31,98
	–1,75%
Nota-se que essa última definição considera a possibilidade de retornos negativos, o que de fato é possível, como no exemplo anterior, em que a ação desvaloriza em 1,75% do dia 13/05 para o dia 14/05.
Retorno esperado
O retorno estudado até aqui representa o que já foi ganho ou perdido. No entanto, as decisões financeiras são baseadas em expectativas sobre o futuro, e, portanto, torna-se necessário mensurar o retorno esperado, E(R).
O retorno esperado não deve ser baseado apenas em dados históricos, mas também em eventuais informações que possam surgir durante o período da tomada de decisões.
A fórmula para cálculo do E(R) é apresentada a seguir:
 n
ER=R=Rj x Pj
j=1
Onde:
Rj = Retorno do ativo
Pj = Probabilidade de ocorrência
Dada a constante instabilidade política e econômica do nosso país, torna-se necessário considerar os retornos por cenários e ponderar essas taxas de retorno por sua probabilidade de ocorrência.
Veja o exemplo a seguir.
Considere os dados disponíveis para análise de investimento nos ativos A e B.
	
	PROB
	ATIVO A
	ATIVO B
	Recessão
	15%
	–6%
	–1%
	Estável
	50%
	11%
	14%
	Crescimento
	35%
	18%
	21%
Espera-se um crescimento positivo para 10porcento
Pede-se calcular o retorno esperado dos ativos e apontar qual é mais rentável. 2
E(RA) = -0,06 x 0,15 + 0,11 x 0,5 + 0,18 x 0,35 = 0,109 x 100 = 10,9%
E(RB) = -0,01 x 0,15 + 0,14 x 0,5 + 0,21 x 0,35 = 0,142 x 100 = 14,2%
O retorno esperado do ativo A é de 10,9% e do ativo B de 14,2%, logo, o ativo B é mais rentável.
É indicado que os investidores, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas, diversifiquem seus investimentos em mais de um ativo, de maneira a reduzir o risco. A combinação de ativos em um mesmo investimento é chamada de carteira ou portfólio.
O retorno da carteira pode ser calculado conforme fórmula que segue.
 n
 ERp=Rp =n  ERjj x Wjj=1
Onde:
E(Rj) = Retorno esperado do ativo
Wj = Peso esperado do ativo na carteira
Veja o exemplo a seguir.
Considere os dados disponíveis para a mensuração do retorno da carteira composta pelos ativos A, B, C e D.
	ATIVO
	E(RJ)
	WJ
	A
	12%
	20%
	B
	9%
	10%
	C
	15%
	30%
	D
	21%
	40%
Pede-se calcular o retorno esperado da carteira.
E(Rcarteira) = 0,12 x 0,20 + 0,09 x 0,10 + 0,15 x 0,30 + 0,21 x 0,40
E(Rcarteira) = 0,162 x 100 = 16,2%
O retorno esperado para uma carteira composta por 20% de ativo do A, 10% do ativo B, 30% do ativo C e 40% do ativo D é de 16,2%.
Definição de risco
Conforme Groppelli e Nikbakht (2006, p. 73), risco “é o grau de incerteza de um investimento”. Mais fundamentalmente, de acordo com Gitman (2004, p. 184), “risco é a possibilidade de perda financeira”. Dessa forma, os ativos mais arriscados são aqueles que oferecem maiores possibilidades à perda financeira.
De maneira mais formal, o termo risco é utilizado como sinônimo de incerteza e está relacionado à variabilidade dos retornos associados a um ativo. Por exemplo, um título público com valor de face de R$ 2.000,00, o qual garante ao seu proprietário juros de R$ 200,00 num prazo de trinta dias, não oferece risco, pois não há variabilidade associada à sua taxa de retorno. Por outro lado, um investimento de R$ 2.000,00 em ações de uma empresa qualquer, que pode no mesmo prazo gerar qualquer resultado entre R$ 0,00 e R$ 400,00 pode ser compreendido como muito arriscado em função da alta variabilidade de seu retorno. Assim, quanto mais certo for o retorno de um ativo, menos variabilidade e risco ele proporcionará (GITMAN, 2004).
Certos tipos de riscos afetam de forma direta tanto administradores quanto acionistas. O quadro 1 descreve de forma sintética as principais fontes comuns de riscos para empresas e acionistas. É necessário reforçar que o risco operacional e o risco financeiro são mais específicos à empresa, tornando-os fundamentais para a atuação dos administradores financeiros.
Assaf Neto (2009) define o risco econômico como aquele intrínseco à própria atividade da empresa e às características do mercado em que ela atua, portanto independe de como a empresa está financiada. Entre os exemplos associados a esse risco, estão a sazonalidade de mercado, a tecnologia, a concorrência, a estrutura de custos etc. Esse autor define o risco financeiro como aquele associado à capacidade que a empresa tem de liquidar seus compromissos financeiros assumidos, ou seja, às decisões de financiamento, assim empresas com mais altos níveis de endividamento apresentam risco financeiro mais elevado que aquelas com baixos níveis de endividamento.
	FONTES POPULARES DE RISCO PARA ADMINISTRADORES FINANCEIROS E ACIONISTAS
	FONTES DE RISCO
	DESCRIÇÃO
	RISCOS ESPECÍFICOS DA EMPRESA
	
Risco operacional
	É a possibilidade de que a empresa não seja capaz de cobrir seus custos de operação. Seu nível é determinado pela estabilidade das receitas da empresa (fixos) e pela estrutura de seus custos operacionais (variáveis).
	
Risco financeiro
	É a possibilidade de que a empresa não seja capaz de saldar suas obrigações financeiras. Seu nível é determinado pela previsibilidade dos fluxos de caixa operacionais da empresa e suas obrigações financeiras com encargos fixos.
	RISCOS ESPECÍFICOS DOS ACIONISTAS
	
Risco de taxa de juros
	É a possibilidade de que as variações das taxas de juros afetem negativamente o valor de um investimento. A maioria dos investimentos perde valor quando a taxa de juros sobe e ganha valor quando ela cai.
	
Risco de liquidez
	É a possibilidade de que um ativo não possa ser liquidado com facilidade a um preço razoável. A liquidez é significativamente afetada pelo porte e pela profundidade do mercado no qual o ativo é costumeiramente negociado.
	
Risco de mercado
	É a possibilidade de que o valor de um ativo caia por causa de fatores de mercado independentes do ativo (como eventos econômicos, políticos e sociais). Em geral, quanto mais o valor do ativo reage ao comportamento do mercado, maior é seu risco; quanto menos reage, menor é o seu risco.
	RISCOS PARA EMPRESAS E ACIONISTAS
	
Risco de evento
	É a possibilidade de que um evento totalmente inesperado exerça efeito significativo sobre o valor da empresa ou um ativo específico. Esses eventos raros, como a decisão do governo de mandar recolher do mercado um medicamento popular, costumam afetar um pequeno grupo de empresas ou ativos.
	
Risco de câmbio
	É a exposição dos fluxos de caixa esperados para futuras flutuações das taxas de câmbio. Quanto maior a possibilidade de flutuações cambiais indesejáveis, maior o risco dos fluxos de caixa e, portanto, menor o valor da empresa ou do ativo.
	FONTES POPULARES DE RISCO PARA ADMINISTRADORES FINANCEIROS E ACIONISTAS
	
Risco de poder aquisitivo
	É a possibilidade de que a variação dos níveis de preços, causada por inflação ou deflação na economia, afete desfavoravelmente os fluxos de caixa e o valor da empresa ou de um ativo. Normalmente, as empresas ou os ativos com fluxos de caixa que variam com os níveis gerais de preços apresentam risco mais baixo de variação de poder aquisitivo. Ao contrário, se os fluxos de caixa não variarem de acordo com os níveis gerais de preços, oferecem maior risco ao poder aquisitivo.
	
Risco de tributação
	A possibilidade de que mudanças adversas na legislação tributária venham a ocorrer. Empresas e ativos cujos valores são sensíveis a essas mudanças implicam maior risco.
Quadro 1: Fontes de riscos
Gitman (2004, p. 185).
Não há dúvidas de que os administradores financeiros, assim como os investidores em ações, devem levar em consideração esses e outros riscos para tomarem suas decisões de investimento.
Complementando essa análise, Gitman (2012, p. 203) define risco como “a probabilidade de perda financeira ou, mais formalmente, a variabilidade dos retornos associados a um dado ativo”. Isso significa que quanto mais próximo da certeza de que haverá um retorno, menor será a variabilidade e, portanto, menor o risco de uma operação.
Assaf Neto (2012) mostra que os investidores podem tomar como medida estatística de risco o desvio padrão dos retornos discretos de modo a representar qual é a volatilidade do investimento. Assim, “o conceito de risco vincula-se estreitamente com o de probabilidade. Existe risco sempre que a probabilidade de um evento ocorrer for menor que 100%” (ASSAF NETO, 2012, p. 206). 
Risco do ativo
O risco do ativo (RAt) representa a probabilidade de o resultado realizado pelo investimento nesse ativo ser diferente do seu resultado esperado.
O RAt pode ser medido pelo desvio padrão, que representa quanto os retornos estão dispersos em relação à média.
 Cauculo do risco!!!

n
j 1

r
 2
j
 r

 DP = x Prj
Onde:
Rj é o retorno do ativo em cada cenário
R é o retorno esperado médio do ativo
Pj é a probabilidade de ocorrência de cada cenário
Quanto mais dispersos os retornos Rj em relação à média, maior o risco. Veja o exemplo a seguir.
Considere os cenários de análise para os ativos A e B, bem como sua probabilidade de ocorrência, para calcular o retorno esperado médio e o risco de cada um deles.
	CENÁRIO
	PROB
	R (E) A
	R (E) B
	Crescimento
	30%
	28%
	8%
	Estabilidade
	40%
	14%
	12%
	Recessão
	30%
	–4%
	7%
E(RA) = 0,28 x 0,3 + 0,14 x 0,4 -0,04 x 0,30 = 0,128 x 100 = 12,8%
E(RB) = 0,08 x 0,3 + 0,12 x 0,4 + 0,07 x 0,30 = 0,093 x 100 = 9,3%
O retorno esperado de A é de 12,8% e o retorno esperado de B é 9,3%.
 DP A = 0,28-0,1282 x0,3+0,14-0,1282 x0,4+-0,04-0,1282 x0,3
 DP A = 12,4%
 DP B = 0,08-0,0932 x0,3+0,12-0,0932 x0,4+0,07-0,0932 x0,3
 DP B = 2,2%
O risco de A é de 12,4% e o risco de B é 2,2%.
O ativo A apresenta maior retorno e maiorrisco. Nesse cenário, um investidor conversador optaria pelo ativo B, já que apesar de a probabilidade de ganhos ser menor, o risco também é. Um investidor disposto a assumir risco poderia optar pelo ativo A, uma vez que apesar de apresentar maior risco, também oferece uma expectativa maior de retorno.
 −
Também é possível medir o volume de risco (σ) por unidade de retorno ( R ).
Utilize-se o coeficiente de variação (CV) para tal finalidade.
CV= 
 R
Veja o exemplo a seguir.
Considere o retorno esperado e o risco para calcular o coeficiente de variação dos ativos W e Y.
	INVESTIMENTO
	R (E)
	DP
	W
	24%
	20%
	Y
	30%
	20%
CV W = 0,20/ 0,24 = 0,83
 CV Y = 0,20/ 0,30 = 0,67
Como o coeficiente de variação do ativo W é maior, ele tem mais risco para cada unidade de retorno, ou seja, é mais arriscado que o ativo Y, que tem menos risco por unidade de retorno.
Risco do portfólio
Conforme estudado anteriormente, é indicado que os investidores, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas, diversifiquem seus investimentos em mais de um ativo, de maneira a reduzir o risco. A combinação de ativos em um mesmo investimento é chamada de carteira ou portfólio.
O risco da carteira pode ser calculado conforme fórmula que segue.
p =W2  2 +W2  2 +2  W  W  Cov(A,B)
A	A	B	B
A	B
Onde:
WA representa a proporção do ativo A na carteira
A representa o risco do ativo A
WB representa a proporção do ativo B na carteira
B representa o risco do ativo B
O risco do portfólio pode ser menor que o risco de cada ativo isoladamente, no entanto, mesmo carteiras muito diversificadas possuem risco e a redução do risco ocorre a uma taxa decrescente.
Vale ressaltar que a fórmula apresentada para cálculo do risco do portfólio só pode ser utilizada para uma carteira composta por dois ativos. À medida que novos ativos forem adicionados, outras fórmulas deverão ser aplicadas.
O risco do portfólio deve considerar a tendência do comportamento conjunto dos ativos que compõem a carteira, uma vez que a combinação de ativos de mesmo comportamento pode aumentar o risco ao invés de diminuir. A medida estatística para a variância conjunta é a covariância (Cov).
A Cov representa a medida que combina a variância (ou volatilidade) dos retornos do ativo com a tendência desses retornos moverem-se para baixo ou para cima ao mesmo tempo que outros ativos se movem para cima ou para baixo.
Cov(A,B)=corr(A,B)x A x B
Onde:
corr (A, B) representa a correlação entre os ativos A e B
A representa o risco do ativo A
B representa o risco do ativo B
Para interpretar a Cov entre dois ativos temos as seguintes regras: se os ativos A e B movem-se juntos, a Cov (A,B) é positiva e indica que as taxas de retorno dos ativos são diretamente relacionadas, ou seja, seguem a mesma tendência, fato que aumenta o risco da carteira. Já quando A e B apresentam movimentos contrários, a Cov (A,B) é negativa e o retorno de um título tende a assumir o comportamento inverso ao outro, fato que diminui o risco e pode ser uma opção para operações de hedging, utilizadas para proteger operações financeiras contra o risco de grandes variações. Quando A e B são independentes, Cov (A, B) é igual a zero e não existe associação entre os ativos.
Conforme pode ser verificado na fórmula da covariância, a correlação também é considerada no cálculo, uma vez que é por meio dessa variável estatística que se mede a força da tendência entre os ativos, ou seja, o grau de relacionamento entre eles.
A correlação pode variar entre -1 e 1.
A correlação igual a -1 é chamada de perfeitamente negativa e é a que mais reduz o risco da carteira, pois os ativos têm tendência contrária e a força dessa tendência é máxima.
	r = –1
 Correlação perfeitamente negativa Diminui o risco Correlação perfeitamente negativa Diminui o risco
A correlação igual a 1 é chamada de perfeitamente positiva e é a que mais aumenta o risco da carteira, pois os ativos têm a mesma tendência e a força dessa tendência é máxima.
	r = 1
Correlação perfeitamente positiva Não reduz o risco Correlação perfeitamente positiva Não reduz o risco
Já a correlação nula ou igual a zero apresenta ativos sem nenhuma relação entre si.
r = 0
 Correlação nula Retorno esperados independents
Veja o exercício a seguir.
Considere uma carteira composta por 60% do ativo A, que tem retorno esperado de 13% e risco de 11,2%; e 40% do ativo B, que tem retorno esperado de 10,35% e risco de 5,7%. A covariância entre os dois ativos é de 0,0048. Pede-se calcular o risco do portfólio.
p =W2  2 +W2  2 +2  W  W  Cov(A,B)
A	A	B	B
A B
p = 0,62 x 0,1122 +0,42 x 0,0572 +2 x 0,6 x 0,4 x 0,0048
p =8,57%
Relação entre retorno e risco
De acordo com Groppelli e Nikbakht (2006), risco e retorno são a base fundamental sobre a qual as decisões racionais e inteligentes acerca de investimentos são tomadas. Como já informado, risco é uma medida de incerteza dos retornos, os quais são os fluxos de caixa esperados de um investimento.
Um exemplo simples pode ajudar na compreensão dessa relação.
Depositar dinheiro numa caderneta de poupança é mais seguro do que apostar na loteria. A poupança rende uma taxa de juros constante e baixa e é garantida pelo governo federal, o que representa alto grau de confiança no resgate dos juros e do valor inicial depositado.
Os retornos da caderneta de poupança não se alteram demasiadamente, o que os classifica com baixo grau de risco. Em contrapartida, ao apostarem na loteria, as pessoas desconhecem o resultado, podem ganhar muito, porém também podem perder todo valor apostado. Assim, os retornos sobre os valores apostados em loteria são altamente incertos, são muito voláteis e com elevado grau de risco.
Se dois investimentos geram o mesmo retorno, a escolha final será baseada em função do risco. Assim, o projeto que apresentar o menor nível de risco será o escolhido.
Gitman (2010), classifica os administradores em três categorias no que tange às preferências em relação ao risco:
	PERFIL
	CARACTERÍSTICAS
	
Administrador indiferente ao risco
	O retorno exigido não sofre variação quando o nível de risco vai de x1 a x2, ou seja, não considera nenhum aumento do retorno exigido em função da elevação do risco.
	
Administrador avesso ao risco
	O retorno exigido se eleva quando o risco aumenta, ou seja, exige-se retorno mais alto para se compensar o risco maior.
	
Administrador propenso ao risco
	O retorno exigido cai com a elevação do risco, isto é, tal administrador está disposto a abrir mão de algum retorno para correr mais riscos.
A maioria dos administradores é avessa a riscos. Portanto, para determinado aumento de risco, exigem incremento de retorno, fazendo com que os considere como conservadores e não agressivos, quando assumem riscos em nome de suas empresas.
Alguns investimentos possibilitam retornos mais elevados, enquanto outros pagam baixo retorno. Isso ocorre porque não se deve esperar retorno elevado de um “negócio seguro”. Por outro lado, é plausível se exigir retorno elevado quando se investe dinheiro em um negócio arriscado ou especulativo. Portanto, os investidores devem ser adequadamente recompensados pelos riscos assumidos (GROPPELLI; NIKBAKHT, 2006).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2014. ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
ASSAF NETO, A; LIMA, F. G. Curso de administração financeira. São Paulo: Atlas, 2009.
GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2010.
GROPPELLI, A. A.; NIKBAKHT, E. Administração financeira. Tradução Célio Knipel Moreira. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
OLIVEIRA, D. P. R. Planejamentoestratégico: conceitos, metodologia e práticas. 20. ed. – São Paulo: Atlas, 2004.
PADOVEZE, C. L.; BERTOLUCCI, R. G. Gerenciamento do risco corporativo em controladoria. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
 (
•
 
100
) (
capítulo 5
)

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