Buscar

Trabalho Respiracao Bucal da Infancia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS 
FACULDADES INTEGRADAS DOS CAMPOS GERAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DA FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA NA RESPIRAÇÃO BUCAL DA 
INFÂNCIA 
Desenvolvimento anormal da face e dentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PONTA GROSSA 
 2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DA FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA NA RESPIRAÇÃO BUCAL DA 
INFÂNCIA 
Desenvolvimento anormal da face e dentes 
 
 
 
 
 
 
 Trabalho apresentado à disciplina de Fisiologia e 
biofísica do terceiro período do Curso de 
Odontologia, como requisito para obtenção da 
média parcial bimestral. 
 Prof. Elton Jorge Vilela Matos 
 
 
 
 
 
 
 
PONTA GROSSA 
2020 
 
 
1.RESPIRAÇÃO BUCAL FISIOLOGIA 
A respiração bucal é definida como desordem respiratória onde ocorre a substituição 
parcial da respiração nasal pela respiração hegemonicamente bucal. Pode ter como 
causas: alergias, adenóides e amígdalas hipertróficas, pólipos nasais, resfriados 
crônicos, entre outros. 
Analisando a teoria da Matriz Funcional de Moss, a passagem normal de ar pelas 
fossas nasais durante a respiração, compreenderia um estimulo constante para o 
crescimento lateral do maxilar e para o abaixamento da abóboda palatina. Durante as 
funções de respiração e o ato de amamentação, a criança faz uma respiração 
predominantemente nasal, esta respiração estimula os sensores da mucosa nasal, 
filtra, aquece e umidifica o ar antes deste chegar aos pulmões e cumprir sua função 
de troca gasosa, ao passar pelas narinas, o fluxo e refluxo de ar, produz uma pressão 
que expande as vias aéreas superiores e faz a aeração das cavidades pneumáticas 
paranasais. A criança que desde o nascimento realiza amamentação diretamente no 
seio materno, possui vedamento labial, Respiração Nasal e deverá ter um 
desenvolvimento harmonioso da face. 
Segundo ALTMANN (1990), aos quatro anos, a criança não só passou por todos os 
processos maturacionais dos órgãos fono articulatórios, como também sofreu todas 
as alterações anatômicas estruturais necessárias: o osso hióide desceu, abaixando e 
retraindo a língua; o esqueleto facial e a cavidade bucal cresceram proporcionalmente 
mais que a língua, fornecendo-lhe espaço suficiente para desempenhar suas funções, 
os dentes irromperam e, em termos funcionais, os lábios, a língua e a mandíbula 
adquiriram funções interdependentes. Porém qualquer interferência na homeostasia, 
no período de crescimento ativo das estruturas da face, pode alterar a morfologia e a 
função do Sistema Estomatognático, alterando o equilíbrio dentário e prejudicando o 
desenvolvimento oclusal e esquelético normal. Então entram a adenóide e as 
amígdalas. 
No entanto, a etiologia deste problema, segundo ARAGÃO (1986), é complexa, pois 
durante a primeira infância qualquer doença, acidente, estado alérgico, gripe, pode 
obstruir as vias aéreas superiores e com o tempo criar o hábito da criança respirar 
pela boca. 
1.1 ADENÓIDES E AMÍGDALAS 
A adenóide, ou vegetação adenoideana, é anatomicamente, a tonsila faríngica, tecido 
linfóide implantado na mucosa da faringe. No nascimento a adenóide ocupa volume 
desprezível na cavidade faringica, atingindo o volume máximo entre os quatro e os 
quatorze anos, a partir desta faixa etária a adenóidepassa a diminuir de tamanho 
espontaneamente. Durante o períodode crescimento a adenóide pode facilitar a 
oclusão velofaringica e dificultar a Respiração Nasal, chegando a provocar, às vezes, 
fonação hiponasal e ventilação deficiente. 
As amígdalas correspondem anatomicamente as tonsilas palatinas, são órgãos 
linfáticos que se desenvolvem entre os pilares anterior e posterior do véu palatino. 0 
desenvolvimento das amígdalas segue o ciclo do desenvolvimento dos tecidos 
linfáticos no organismo, como foi citado em relação as adenóides, porém é necessário 
ressaltar que esse desenvolvimento é independente para cada órgão. 
Adenóides e amígdalas hipertróficas, segundo DIAMOND (1980), alteram a livre 
passagem de ar nas vias respiratórias superiores, causando efeitos deletérios no 
desenvolvimento dentofacial. O tecido adenoideano está crescendo dentro das 
constantes mudanças de desenvolvimento, normalmente a nasofaringe aumenta para 
acomodar o crescimento das adenóides, mantendo a livre passagem de ar pela 
nasofaringe. Qualquer interferência no equilíbrio entre o aumento das dimensões da 
passagem de ar e o crescimento concomitante das adenóides, podem resultar na 
redução do potencial da passagem de ar e na obstrução nasofaringea. Amígdalas 
hipertróficas podem causar palato ogival e língua posicionada inferior e 
anteriormente, contribuindo para a boca aberta e o possível ronco noturno. 
2. CONSEQUÊNCIAS DA RESPIRAÇÃO BUCAL 
Se a respiração bucal perdurar e sua causa não for removida, ela pode causar 
diversas consequências, não só faciais, mas em todo o organismo. 
Toda alteração de comportamento respiratório nasal para bucal, vem acompanhada 
por uma série de transformações funcionais que afetam a postura da língua e da 
mandíbula, bem como o equilíbrio dos músculos orais e periorais. Essas 
transformações influenciam o desenvolvimento da face, essencialmente a nível de 
diâmetro transverso da arcada superior e a nível de inclinação dos incisivos. 
Durante a respiração bucal a boca é mantida aberta, os músculos da mandíbula 
exercem esforço sobre o osso, trazendo-o para trás na inspiração do ar. Se a 
respiração bucal permanecer por um longo tempo, pode ocorrer modificações no 
posicionamento mandibular e nos dentes inferiores que passam para uma relação 
distal comparados com a oclusão normal. A língua não é mantida em contato com o 
palato em razão da posição mais inferior da mandíbula, diante disso os dentes 
superiores encontram-se desprovidos de sustentação muscular. 
A maxila apresenta-se hipodesenvolvida, com redução do seu diâmetro transversal, 
nas suas áreas laterais. Ocorre complicação na irrupção do canino devido a 
desarmonia da pressão lingual e dos músculos faciais, no qual vai estreitando os 
setores lateralmente provocando mordida cruzada unilateral ou bilateral. Os incisivos 
superiores encontram-se projetados para frente, ocasionando falta de selamento 
labial, a abóbada palatina apresenta-se alta, estreita e ogival devido a perda da 
pressão que a língua exercia na lâmina palatina; a língua assume o posicionamento 
mais anterior, auxiliando o fluxo de ar que passa pela boca. A mandíbula em 
decorrência da redução tranversal da maxila, acomoda-se de três maneiras; em 
desvio lateral caracterizando uma síndrome de assimetria mandibular e facial; para 
frente sob pressão da língua, podendo provocar um prognatismo mandibular 
funcional; e para baixo e para trás, propiciando crescimento seguido por aumento da 
dimensão vertical anterior, o qual provocaria a falta de selamento labial. A obstrução 
nasal é uma das maiores causas de prognatismos mandibulares. 
Entre as alterações intraorais encontram-se o posicionamento mais anterior da língua, 
língua no assoalho da boca, lábios separados, mandíbula posicionada mais 
inferiormente, aumento do plano mandibular, estreitamento da maxila, dimensões 
faciais estreitas, hipodesenvolvimento dos maxilares, narinas estreitas ou inclinadas 
para cima, faces adenóides, protrusão dos dentes anteriores, presença de mordidas 
abertas e cruzadas, palato duro em forma de “V”, estreito. O palato do respirador 
bucal torna-se profundo em virtude da ausência do vedamento labial, que impede que 
haja uma pressão negativa, com isto o palato não desce, tornando-se profundo. 
A língua toma uma posição mais anterior dentro da cavidade bucal na tentativa de 
fazer o papel do nariz (limpar, umidificar e aquecer o ar),e proteger a orofaringe e 
amígdalas, porém esse posicionamento lingual além de não estar mais cumprindo 
seu papel modelador dos arcos dentários, pode causar prejuízos como língua com a 
ponta baixa e a base alta, na qual estimula o crescimento anterior da maxila e inibe o 
crescimento mandibular, podendo levar a uma oclusão em classe II. 
No que diz respeito aos sintomas apresentados pelo respirador bucal podemos citar: 
dor de cabeça, boca seca, garganta inflamada, halitose, fadiga crônica, sono leve e 
pressão nos ouvidos. Com relação às características clínicas: boca constantemente 
aberta, mandíbula posicionada para trás, com falta de desenvolvimento, as narinas 
sofrem alterações ficando estreitas e com menor elasticidade pela falta de uso, face 
alongada, perfil convexo, encurtamento do lábio superior e postura de boca aberta. 
Durante o crescimento da criança pode estabelecer alterações que não se confinam 
somente a região craniofacial, entre essas encontram-se alterações nos órgãos 
fonoarticulatórios e musculares como hipertrofia, hipotônia e hipofunção dos 
músculos elevadores da mandíbula, hipodesenvolvimento da mandíbula e maxila, 
mastigação ineficiente, alteração no tônus dos lábios e bochechas, fala imprecisa, 
hipotrofia, hipotônia e hipofunção da musculatura orofacial, contração da musculatura 
periorbicular, diminuição da contração do masseter, contração do músculo mentual, 
interposição do lábio inferior, anteriorização da língua, deglutição atípica, ângulo 
goníaco aumentado, voz rouca, crescimento facial vertical, redução do olfato e 
paladar, alterações no sono, constantes quadros de sinusite, fraco rendimento escolar 
e físico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
Em virtude dos fatos mencionados fica claro que a respiração bucal durante a infância 
afeta diretamente na formação craniofacial, afetando assim, também a oclusão 
dentária e a mastigação, além de outros aspectos evidenciados no decorrer do 
trabalho. 
Tendo em vista todos esses aspectos, conclui-se que é de extrema importância os 
profissionais da saúde orientarem as mães, desde o nascimento das crianças, para 
que não desenvolvam essa desordem respiratória que acomete muitas pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
1. BACCHI, Vanessa Maria Sabino. Síndrome do respirador bucal : Um enfoque 
multidisciplinar. 2002. 90 f. Monografia (Especialização) - Curso de Odontologia, 
Universidade Estadual de Piracicaba, Piracicaba, 2002. Disponível em: 
http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000473087&opt=1. 
Acesso em: 20 jun. 2020. 
 
2. CARVALHO, Rafaella Cristina. Síndrome do respirador bucal: Revisão de 
literatura. 2017. 48 f. TCC (Graduação) - Curso de Odontologia, Universidade 
Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2017. Disponível em: 
https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/20331/3/s%C3%ADndromerespira
dorbucal.pdf. Acesso em: 20 jun. 2020. 
 
3. MARTINS, Betsy Kilian. Respiração bucal: uma abordagem Multidisciplinar. 
1999. 87 f. Tese (Doutorado) - Curso de Odontologia, Universidade Federal de 
Santa Catarina, Florianópolis, 1999. Disponível em: 
http://tcc.bu.ufsc.br/Espodonto205387.PDF. Acesso em: 20 jun. 2020. 
 
4. TREVISAN, Maria Elaine. Respiração oral e função muscular respiratória. 
2014. 124 f. Tese (Doutorado) - Curso de Fonoaudiologia, Universidade Federal 
de Santa Maria, Santa Maria, 2014. Disponível em: 
https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/3438/TREVISAN%2C%20MARIA%
20ELAINE.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 20 jun. 2020. 
 
5. VERON, Helenize Lopes; ANTUNES, Ana Gabrieli; MILANESI, Jovana de Moura; 
CORRêA, Eliane Castilhos Rodrigues. Implicações da respiração oral na função 
pulmonar e músculos respiratórios. Revista Cefac, [s.l.], v. 18, n. 1, p. 242-251, 
fev. 2016. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1982-
0216201618111915. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-
18462016000100242&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 20 jun. 2020.

Continue navegando