Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sinais e sintomas gastrointestinais Profa. Esp. Simone Midori Watanabe DOR ABDOMINAL Tipos de dores abdominais - dor visceral • A dor visceral ocorre quando os órgãos abdominais ocos se contraem ou são distendidos, os órgãos sólidos também podem causar esse tipo de dor quando ocorre o estiramento de suas capsulas Tipos de dores abdominais - dor visceral • Sua causa pode ser: • Quando um órgão esteja aumentando de tamanho (como quando o intestino se expande pela presença de gás), • Quando os músculos ao redor se contraem. • Pode ser sentida como queimação, corrosão, cólicas ou pode ser vaga e de difícil localização • Quando é intensa pode ser acompanhada por náusea, vômito, sudorese, palidez e inquietação Tipos de dores abdominais - dor visceral Apendicite: • A dor visceral periumbilical pode aparecer na fase inicial da apendicite, pela distensão do apêndice inflamado e depois ocorre a transição pra a dor parietal no quadrante inferior direito secundário a inflamação do peritônio • A dor parietal origina-se da inflamação do peritônio a sensação álgica é constante e vaga, geralmente mais intensa que a dor visceral e a localização é mais precisa sobre a estrutura envolvida. • É agravada com o movimento ou tosse. • Os pacientes com esse tipo de dor preferem ficar deitados ou imóveis Tipos de dores abdominais - dor parietal/ somática Dor abdominal visceral • Insidiosa - pode ser ou tornar-se grave e perigoso • Vaga • Profunda • Linha média Dor abdominal parietal • Aguda • Bem localizada/ severa • Sobre a área patológica • Sua Causa geralmente é cortes ou irritação provocada por pus, sangue, bile, urina, trauma, secreções do trato gastrointestinal Tipos de dores abdominais - dor referida • Dor referida é aquela dor percebida longe de sua origem ( O que é a dor referida?). • A dor sentida numa área do corpo que nem sempre representa exatamente o local do problema, pois a dor pode ser referida de outra área do corpo. Isso ocorre porque são inervados aproximadamente pelos mesmos níveis espinhais que as estruturas acometidas. • A dor referida aparece quando a dor inicial torna-se mais intensa, parecendo irradiar-se a partir do ponto de origem. Tipos de dores abdominais - dor referida • Exemplos de dor referida incluem dor na virilha causada por cálculos renais e dor no ombro causada por presença de sangue ou infecção provocando irritação do diafragma. • Por exemplo, a dor provocada por um infarto do miocárdio pode parecer originária do braço, visto que as informações sensoriais do coração e do braço convergem no mesmo nível na medula espinhal. DOR ABDOMINAL - QSD • As principais causas de dor no quadrante superior direito do abdômen encontram-se no fígado e na vesícula, • cólica biliar, provocada por pedra na vesícula ou colecistite. • Inflamações do fígado, (hepatite viral), • Lesões na porção inferior do pulmão direito. DOR ABDOMINAL - QID • Em relação às dores no quadrante inferior direito do abdome, • Distúrbios intestinais são as razões mais prevalentes, (apendicite) • Nas mulheres, problemas no ovário, como a presença de um cisto, também são causas muito comuns • Uma gravidez ectópica na trompa direita é outra possível causa. • Eventualmente, problemas no testículo ou um cálculo renal que tenha migrado para a região inferior do ureter podem manifestar-se com dor no quadrante inferior do abdome (esquerdo ou direito). • Dor de origem muscular deve ser considerada, caso o paciente tenha feito esforço excessivo recentemente. DOR ABDOMINAL - EPIGASTRICA • Também chamada de dor na “boca do estômago”, é geralmente provocada por problemas estomacais. • A gastrite ou a úlcera péptica são as causas mais comuns. • Já os problemas do pâncreas, como a pancreatite, costumam causar intensa dor abdominal em toda a metade superior, podendo irradiar para as costas. • Tanto os problemas do estômago quanto os do pâncreas podem provocar uma dor descrita como dor no fundo da barriga. • Dor de origem muscular também pode acometer esta região. • Porém deve estar correlacionada ao movimento. • A dor decorrente do infarto agudo do miocárdio pode, em alguns casos, irradiar-se para a região central do abdome, • Podendo ser confundida inicialmente com algum problema estomacal. Dor abdominal – hipogástrica • Também chamado de “baixo ventre”, originam-se habitualmente na bexiga ou no útero; este último, obviamente, só no caso das mulheres. • Infecção urinária (cistite) e cólica menstrual são as causas mais comuns. • Quadros diarreicos, como gastroenterite viral ou intoxicação alimentar, também podem provocar dores nessa região, mas geralmente estas são mais dispersas por todo o abdome. • Gravidez não costuma causar dor, apenas uma sensação de peso. Porém, em caso de aborto em andamento, pode haver cólicas intensas. DOR ABDOMINAL - QSE • As dores mais comuns são as de origem muscular ou estomacal. • Raramente, o baço, órgão localizado abaixo das costelas do lado esquerdo do abdome, é causa de dor na barriga. DOR ABDOMINAL - QIE • Na região central e inferior do abdômen esquerdo, por sua vez, os problemas intestinais, especialmente as gastroenterites e a diverticulite, costumam ser as principais causas. • Nas mulheres com dor no quadrante inferior esquerdo, disfunções nos ovários e uma possível gravidez ectópica devem sempre ser cogitadas. DIVERTICULITE A Mittelschmerz (dor no meio) ocorre aproximadamente 14 dias antes do período menstrual seguinte. Os sintomas podem incluir dor incômoda e similar a uma câimbra ou acentuada e repentina que geralmente é leve, mas, em casos raros, pode ser mais intensa. Costuma durar de alguns minutos a algumas horas, mas pode persistir por um ou dois dias. COMO É A DOR? • Ondas de dor aguda que “dão falta de ar” • Cólica renal ou biliar (episódios de dor intensa nos rins ou vesícula biliar) • Ondas de dor leve com vômito • Obstrução intestinal • Dor tipo cólica que se torna constante • Apendicite • Obstrução intestinal estranguladora (uma obstrução que bloqueia o fornecimento de sangue para o intestino) • Isquemia mesentérica (bloqueio do fluxo sanguíneo em parte do intestino devido a um coágulo sanguíneo ou acúmulo de materiais gordurosos em uma artéria) Isquemia mesentérica COMO É A DOR? • Dor aguda e constante que piora com o movimento • Peritonite • Dor dilacerante • Dissecção aórtica (uma laceração na camada interna da aorta) • Dor leve • Apendicite • Diverticulite • Infecção renal Dissecção aórtica Tratamento - Dissecção aórtica Você já teve antes? (SIM) • Problemas recorrentes, como: • úlcera, • cálculos biliares, • Diverticulite, • dor durante a ovulação, geralmente no meio do ciclo menstrual. A dor começou subitamente? (SIM) • Úlcera perfurada • Cálculo renal • Ruptura de gravidez ectópica (localização anormal) • Torção de ovário ou torção testicular • Ruptura de alguns aneurismas A dor passa para alguma outra parte de seu corpo? Dor na escápula direita Dor na vesícula biliar A dor passa para alguma outra parte de seu corpo? Região do ombro esquerdo A dor passa para alguma outra parte de seu corpo? Osso púbico ou vagina Dor renal A dor passa para alguma outra parte de seu corpo? R u p tu ra d e an eu rism a aó rtico C o st as Ulcer a perfu rada Pancreatite Outros sinais e sintomas do trato gastrointestinal Disfagia - Dificuldade para deglutir • Disfagia orofaríngea – o alimento permanece todo na boca, podendo levar a aspiração do alimento para a árvore traqueobrônquica. EX: processos inflamatórios, AVE, Parkinson, Esclerose multipla • Disfagia esofágica – sensação de parada do bolo alimentar no esôfago, isso pode ocorrer devido a obstrução ou alterações motoras. Ex: Neoplasias, Espasmo, estenoses • A disfagia que se manifesta somente para sólidos é sugestiva de obstrução mecânica. • A disfagia que se manifestatanto para sólidos como para líquidos indica alteração na motilidade esofágica. Evolução da disfagia. • Intermitente: casos de membranas e anéis Evolução da disfagia. • Progressiva: neoplasias • Lentamente progressiva: megaesôfago. Megaesôfago. É uma condição causada pela destruição ou ausência dos plexos nervosos intramurais do esôfago, determinando: • ausência de peristaltismo, • hipertonia do esfíncter inferior do esôfago (EIE). • dificuldade de passagem do alimento pela transição esofagogástrica sem que haja uma verdadeira estenose orgânica ou compressão extrínseca. Megaesofago Sinais e sintomas associados a disfagia • Pirose: Esofagite péptica no refluxo gastroesofágico associado a hérnia hiatal • Dor retroesternal: causada pelo espasmo difuso Odinofagia: dor durante a deglutição • Normalmente está ligada a disfagia • A dor localiza-se atrás do esterno • É relatada como dor em queimação, ardente, em punhalada, constritiva ou espasmódica. • Está presente na esofagite péptica, candidíase do esôfago, esofagite actínica (exposição a altas doses de radiação). • Pode estar relacionada ao uso de medicamentos: cloreto de potássio, brometo de emeprônio, anti-inflamatórios e alguns antibióticos Pirose: Azia ou queimação • Sintoma altamente sugestivo de refluxo gatroesofágico. • Localização – retroesternal ao nível do apêndice xifóide, podendo irradiar. • Ocorre sempre após as refeições. • Pode ser desencadeada por alimentos como frituras, café, bebida alcoólica, ou posição de decúbito • Pode ser acompanhada de refluxo de pequenas quantidades de liquido azedo. • Quando constante pode ser associado hérnia hiatal, hipotonia do esfíncter inferior, hipersecreção de acido gástrico e estase gástrica. Regurgitação • Retorno de secreção do estomago ou esôfago até a boca sem ter apresentado náusea ou utilizar a musculatura abdominal. • Pituíta: regurgitação de pequena quantidade de liquido pela manhã. • Causas mecânicas: estenose e neoplasias • Causas motoras: megaesôfago chagásico, acalasia idiopática, • Eructação: ingestão maior da quantidade de ar durante as refeições, ou em situação de ansiedade. • Sialorréia: produção excessiva de saliva, comum nas esofagopatias obstrutivas, e no megaesôfago chagásico • Soluço: são contrações espasmódicas do diafragma causada por doenças do sistema nervoso central, irritação do nervo frênico. Hematêmese • Hematêmese: vômito com sangue, característica de hemorragia digestiva alta (boca até a junção do duodeno e jejuno – ângulo de Treitz) • Causa mais comum são as varizes de esôfago, úlcera péptica Dispepsia: • Dispepsia é um conjunto de sintomas relacionados a parte superior do abdome, caracterizado por uma sensação de dor ou desconforto abdominal e muitas vezes é recorrente. • Pode ser descrita como indigestão, gases, saciedade precoce, empachamento pós-prandial, sensação de corrosão interna ou queimação. • Pode estar relacionadas a doenças gástricas, hepáticas, pancreáticas. Tipos de dispepsia Tipo refluxo: desconforto ou pirose retroesternal Tipo ulcera: dor epigástrica Tipo dismotilidade: sensação de plenitude gástrica Pirose • Sensação de queimação retroesternal, devido a inflamação ou irritação da mucosa esofágica causada pelo refluxo gastroesofágico. Náuseas • Náusea: uma sensação desagradável de ter que vomitar, representa a percepção de estímulos aferentes (incluindo tônus parassimpático aumentado) para o centro de vômitos medular. Vômitos • Vômito consiste na expulsão forçada do conteúdo gástrico produzida por contrações involuntárias da musculatura abdominal quando o fundo gástrico e o esfíncter inferior do esôfago estão relaxados. • Vômito intenso pode causar desidratação sintomática e anormalidades eletrolíticas. Vômitos/ Regurgitação • Vômitos devem ser diferenciados de regurgitação que é a eliminação do conteúdo gástrico sem náuseas associadas ou contrações musculares abdominais forçadas. Pacientes com acalasia, síndrome de ruminação ou divertículo de Zenker podem regurgitar alimentos não digeridos sem náuseas. Acalasia • Acalasia é um distúrbio de motilidade esofágica congênito caracterizado por peristaltismo esofágico defeituoso e falta de relaxamento do esfíncter esofágico inferior durante a deglutição. Síndrome de ruminação • Ruminação é um transtorno alimentar caracterizado pela regurgitação de alimentos após terem sido consumidos, sem que haja qualquer disfunção gastrointestinal. A regurgitação pode ser voluntária. • O transtorno de ruminação é considerado um transtorno de saúde mental, Divertículo de Zenker • Conhecido como divertículo faringoesofágico, é um divertículo da mucosa da parede posterior da faringe. • É o divertículo mais comum do esôfago. • Pessoas com 60 anos são as principais vítimas dessa patologia. • Os pacientes referem dificuldade para deglutir, tosse intermitente, salivação excessiva, odinofagia. Divertículo de Zenker: Tipos de Diarreia Diarreia • É o sintoma mais comum das doenças do intestino delgado, caracterizada como a diminuição da consistência das fezes e aumento na quantidade das evacuações (mais de 3 vezes/dia). • Pode ocorrer através de 04 mecanismos • Diarréia osmótica • Diarréia secretória • Diarréia exsudativa • Diarréia motora Diarréia - duração • Diarreia aguda : até 2 semanas • Diarreia persistente: de 2 a 4 semanas • Diarreia Crônica: > 4 semanas Diarreia osmótica • Ocorre quando há um acúmulos de substâncias que não podem ser absorvidas e permanecem no intestino, retardam a absorção de água e eletrólitos, aumentando a osmolaridade da luz intestinal promovendo a passagem de líquidos para o lumen intestinal. • Exemplo: Diarreias provocadas por uso de laxantes salinos (hidróxido de magnésio) Intolerância a lactose • A deficiência de lactase também pode causar diarreia osmótica. • A lactase é uma enzima que normalmente se encontra no intestino e converte a lactose (açúcar do leite) em glicose e lactose, de modo que possam ser absorvidas pela corrente sanguínea. Intolerância a lactose • Quando as pessoas com deficiência de lactase, bebem leite ou consomem laticínios, a lactose não é digerida. • À medida que a lactose se acumula no intestino, ela causa diarreia osmótica – um quadro clínico conhecido como intolerância à lactose. Diarreia secretória • Ocorre quando o intestino delgado e o grosso secretam sais (especialmente cloreto de sódio) e água nas fezes. • Causas: a toxina produzida durante uma infecção de cólera ou durante algumas infecções virais, podem causar essas secreções. • As infecções por certas bactérias (por exemplo, Campylobacter) e parasitas (como Cryptosporidium) podem estimular as secreções. Diarreia secretória • A diarreia pode ser intensa, com evacuação de mais de um litro de fezes por hora em casos de cólera. • Outras substâncias que causam a secreção de água e sais incluem determinados laxantes, como o óleo de rícino e os ácidos biliares (que podem se acumular no cólon após cirurgia de remoção de parte do intestino delgado). • Certos tumores raros como, por exemplo, o carcinóide, o gastrinoma e o vipoma também podem causar diarreia secretora, assim como alguns pólipos. Infecção por Campylobacter • A bactéria Campylobacter se encontra normalmente no trato digestivo de muitos animais de fazenda (incluindo gado, carneiros, porcos e aves). • As fezes desses animais podem contaminar a água em lagos e riachos. • A carne (geralmente de aves) e o leite não pasteurizado podem também ser contaminados. Infecção por Cryptosporidium • A criptosporidiose é uma infecção intestinal causada pelo Criptosporidium, um parasita protozoário. • Os principais sintomas são cólicas e diarreia. • A contaminação ocorre quando: • ao ingerir os parasitas Cryptosporidium na água ou nos alimentos contaminados por fezes humanas ou de animaiscontendo os ovos do parasita. • Ter contato com solo ou com um objeto que tenha sido contaminado com o parasita. • Ter contato com uma pessoa ou animal infectado Infecção por Cryptosporidium • Os ovos de paredes espessas do Cryptosporidium são muito resistentes e estão frequentemente presentes em piscinas, banheiras, parques aquáticos, lagos e rios do mundo todo. • O parasita não morre por congelamento nem por níveis normais de cloro das piscinas ou de água potável. Diarreia exsudativa • É causada por alterações inflamatórias, neoplásicas ou isquêmicas na mucosa intestinal. • Ocorre quando o revestimento do intestino grosso se inflama, apresenta ulceração ou se congestiona e libera proteínas, sangue, muco e outros líquidos, aumentando o volume e o conteúdo líquido das fezes Diarreia exsudativa • Quando o revestimento do reto é afetado, as pessoas tendem a sentir urgência em defecar e o fazem frequentemente, pois o reto inflamado é mais sensível à expansão (distensão) provocada pelas fezes. • Exemplos: • doença de Crohn; • enterites bacterianas ou parasitárias; • linfoma difuso do intestino delgado. Diarreia exsudativa • Sinais de alerta: • Sangue ou pus nas fezes • Febre • Sinais de desidratação (como micção reduzida, letargia ou apatia, sede extrema e boca seca) • Diarreia crônica > 4semanas • Diarreia noturna • Perda de peso Doença de Crohn • A doença de Crohn pode afetar qualquer área do trato gastrointestinal, mas geralmente envolve o intestino grosso e a última porção do intestino delgado. O reto geralmente não é afetado, ao contrário da colite ulcerosa, na qual o reto está sempre envolvido. • A doença de Crohn causa inflamação e abcessos (pequenas infecções) no revestimento intestinal que progridem para úlceras minúsculas (feridas) e depois úlceras profundas. O revestimento intestinal inchado entre as úlceras profundas cria uma aparência de paralelepípedo característica. • A inflamação se espalha pela parede intestinal, causando espessamento da parede. Pode ocorrer estreitamento e contração intestinal (estenoses) e orifícios nos intestinos (fístulas). Aparência de paralelepípedo Retocolite • A retocolite ulcerativa (RCU) ou colite é uma doença inflamatória intestinal (DII) crônica não contagiosa, em que há inflamação e ulcerações no intestino grosso (cólon) e no reto em sua camada mais superficial, a mucosa. • Esse processo provoca sintomas como diarreia, hemorragia, cólicas e febre. Síndrome da má absorção • A síndrome da má absorção refere-se a diversos distúrbios em que os nutrientes dos alimentos não são absorvidos de forma adequada no intestino delgado. • Estes distúrbios podem afetar a digestão e a absorção dos nutrientes. • Distúrbios que impedem a mistura adequada dos alimentos com as enzimas digestivas e ácidos gástricos (extração cirúrgica de parte do estômago). • Produção ineficiente de enzimas digestivas • Redução da produção de bile • Excesso de ácido gástrico • Crescimento do tipo errado de bactéria no intestino delgado • Alteração no revestimento da mucosa intestinal Diarreia motora • Aumentar o transito intestinal: • Exemplos hipertireoidismo, diarreia psicogênica, altera o número de evacuações sem alterar o volume. • Diminuir o transito intestinal: • Estase do conteúdo intraluminal, • Ex: esclerose sistêmica progressiva, ocorre o proliferação anormal de bactérias no intestino delgado, provocando desconjugação dos sais biliares com prejuízo da digestão das gorduras. Diarreia motora • As evacuações podem ser acompanhadas de grande quantidades de gases • As evacuações podem ser precedidas de cólicas abdominais periumbilicais Diarreia motora • Presença de restos alimentares normalmente digeríveis, e gorduras • São características de diarreia de origem alta, com comprometimento do intestino delgado. • As diarreias de origem baixa, normalmente acomete o intestino grosso, é caracterizada por vários episódios de evacuações, com pequena quantidade de fezes, podendo conter muco, pus ou sangue. Acompanhado de puxo, tenesmo e urgência retal. Perguntas importantes • É uma diarreia aguda ou crônica? • Aguda: Até 02 semanas, causas mais frequentes: infecções virais, bacterianas e parasitárias, intoxicação alimentar, Retocolite ulcerativa, medicamentos e doenças psicogênicas. • Persistente : De 2 – 4 semanas. • Crônica : >4 semanas, causa: cólon irritável, CA cólon, doença inflamatória, diabetes, hipertireoidismo, medicamentos de uso contínuo. Perguntas importantes • Diarreia alta ou baixa? • Alta: Restos alimentares normalmente digeríveis, aumento da quantidade de fezes, • Baixa: Diminuição na quantidade de fezes acompanhada de tenesmo • Tem esteatorréia? • Diarreia motora, por diminuição do transito intestinal e estase transluminal, com proliferação anormal da bactérias, provocando desconjugação dos sais biliares com prejuízo da digestão das gorduras. Perguntas importantes • Diarreia de causa infecciosa ou não infecciosa • Infecciosa: 90% dos quadros de diarreia, causada por água ou alimentos contaminados • Não infecciosa: 10% dos quadros de diarreia Perguntas importantes • Há outras manifestações clinicas ou doenças associadas? • Retocolite ulcerativa • AIDS • Síndrome de má absorção • Cirurgia gástrica ou intestinal • Hipertireoidismo • Doenças Psicossomáticas Esteatorréia • Aumento da quantidade de gordura nas fezes, que se tornam volumosas, amareladas, ou acinzentadas, fétidas, brilhantes e flutuantes • Indica defeito no processo digestivo. • Normalmente associa-se a diarreia alta. • Sintomas associados flatulência, cólicas periumbilicais, distensão abdominal. • A cirrose e a colestase reduzem a síntese de sais biliares • A esclerose sistêmica progressiva, diminui o movimentos intestinais, provoca a estase transluminal com a proliferação anormal de bactérias no intestino delgado, provocando desconjugação dos sais biliares com prejuízo da digestão das gorduras. Hemorragia digestiva baixa • Passagem de sangue do intravascular para o lúmem do tubo digestivo, sendo eliminado pelo vômito ou pelas fezes. • Caracterizar: • Localização do sangramento, • Volume do sangramento, • Velocidade do sangramento, • Duração do sangramento. Melena • Melena – sangramento a nível do intestino delgado, entre o ângulo de Treitz (junção do duodeno e jejuno) e válvula íleo cecal. • Ocorre a digestão do sangue extravasado, as fezes ficam enegrecidas, viscosas e aderentes com leve tonalidade avermelhada e odor pútrido. • Os pacientes podem referir fezes com aspecto de graxa preta ou borra de café. Enterorragia • Enterorragia - Eliminação de sangue vivo pelo ânus • Causas: • Sangramento próximo a válvula ileocecal • Perda sanguínea rápida e intensa, • Fatores que aceleram o trânsito intestinal Situações especiais- • Mesmo quando o sangramento se manifesta por enterorragia é possível também apresentar a melena, • É muito raro o sangramento do intestino delgado resultar em hematêmese, isso pode ocorrer quando o sangramento é próximo ao ângulo de Treitz e quando a hemorragia é maciça. • A associação com a melena nestes casos é obrigatória, e o aspecto do sangue eliminado no vômito pode apresentar algum grau de digestão. Sinais e sintomas associados • Repercussões hemodinâmicas: (taquicardia, hipotensão, tontura vertigem) em casos de sangramentos intensos • Anemia: sangramentos insidiosos • Febre: por causa da absorção de substancias pirogênicas produzidas pela digestão de sangue proveniente de hemorragias originárias de regiões próximas a válvula ileocecal Obstipação ou constipação • Considera- se evacuação ausente por mais de 03dias ou • 01 evacuação a cada 02 dias, • A constipação se caracteriza por defecações difíceis ou infrequentes, fezes duras ou um sentimento de que o reto não está totalmente vazio após a defecação. Causas da Obstipação ou constipação • Mecânicos:lesões que ocluem o lúmen intestinal ou impedem a contração das paredes intestinais.(malformações, tumores e processos inflamatórios). • Neurogênicas: megacolon chagásico, paraplegias, esclerose múltipla. • Metabólicos hormonais: hipotireoidismo, uremia, porfiria. • Medicamentos: antiácidos, anticolinérgicos e opiáceos. • Inibição do reflexo da evacuação: hipersensibilidade senil Complicações da constipação • Hemorroidas • Prolapso retal • Fissura anal • Doença diverticular • Compactação fecal Complicações da constipação • Prolapso retal - A tensão excessiva durante a defecação aumenta a pressão sobre as veias ao redor do ânus, o que pode causar hemorroidas e, raramente, a protrusão do reto pelo ânus. • Fissura anal - A passagem de fezes duras pode causar rachadura na pele do ânus. Complicações da constipação • Todas essas complicações podem tornar a defecação desconfortável e deixar as pessoas relutantes em defecar. • Adiar as defecações pode causar um círculo vicioso de piora da constipação e de suas complicações. Complicações da constipação • Divertículos - É possível o surgimento da doença diverticular se as paredes do intestino grosso forem danificadas pelo aumento da pressão exigida para eliminar fezes duras e pequenas. • Uma lesão nas paredes do intestino grosso dá origem à formação de bolsas ou sacos em forma de balão, que podem ficar congestionados e inflamados (diverticulite). • Às vezes, os divertículos sangram e, raramente, se rompem (causando peritonite). Complicações da constipação • Compactação fecal - Nas pessoas com constipação, às vezes ocorre uma compactação fecal. As fezes que se encontram na última parte do intestino grosso endurecem e bloqueiam completamente o trânsito das restantes. • A compactação fecal provoca cólicas, dor retal e esforços fortes, porém inúteis, para defecar. • Muitas vezes, surge material mucoso e aquoso ou fezes líquidas em volta da obstrução, o que dá uma falsa impressão de diarreia (diarreia paradoxal). • A compactação fecal é especialmente comum entre idosos, particularmente em quem está acamado ou tem atividade física reduzida, mulheres grávidas e pessoas que receberam bário por via oral ou como enema para certos tipos de exames radiológicos. Fecaloma: • Fecaloma: massa volumosa e dura constituída de matéria fecal desidratada que fica estagnada no reto; • Esse acúmulo fecal é notável, ao exame do abdômen, • Na palpação, percebe-se uma sensação tátil de crepitação, isso ocorre pelo descolamento da mucosa que à compressão ficou "colada" na superfície grudenta do fecaloma. • A sensação é a mesma que se percebe ao afastarmos duas superfícies de couro unidas por goma, ainda úmida. Esse sinal, é característico de fecaloma, é chamado Sinal de Gersuny- positivo • O fecaloma pode, também, ser percebido pelo toque retal. • Fim
Compartilhar