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Sinais e sintomas abdominais 2

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Sinais e sintomas 
gastrointestinais 
Profa. Esp. Simone Midori Watanabe
DOR ABDOMINAL
Tipos de dores abdominais - dor visceral 
• A dor visceral ocorre quando os órgãos abdominais ocos se contraem 
ou são distendidos, os órgãos sólidos também podem causar esse 
tipo de dor quando ocorre o estiramento de suas capsulas
Tipos de dores abdominais - dor visceral 
• Sua causa pode ser:
• Quando um órgão esteja aumentando de tamanho (como quando o intestino 
se expande pela presença de gás),
• Quando os músculos ao redor se contraem. 
• Pode ser sentida como queimação, corrosão, cólicas ou pode ser vaga e de 
difícil localização
• Quando é intensa pode ser acompanhada por náusea, vômito, sudorese, 
palidez e inquietação
Tipos de dores abdominais - dor visceral 
Apendicite:
• A dor visceral periumbilical pode 
aparecer na fase inicial da 
apendicite, pela distensão do 
apêndice inflamado e depois 
ocorre a transição pra a dor 
parietal no quadrante inferior 
direito secundário a inflamação 
do peritônio 
• A dor parietal origina-se da inflamação do peritônio a sensação álgica 
é constante e vaga, geralmente mais intensa que a dor visceral e a 
localização é mais precisa sobre a estrutura envolvida.
• É agravada com o movimento ou tosse.
• Os pacientes com esse tipo de dor preferem ficar deitados ou imóveis
Tipos de dores abdominais - dor parietal/ 
somática
Dor abdominal visceral
• Insidiosa - pode ser ou tornar-se 
grave e perigoso
• Vaga
• Profunda
• Linha média
Dor abdominal parietal
• Aguda
• Bem localizada/ severa
• Sobre a área patológica
• Sua Causa geralmente é cortes 
ou irritação provocada por pus, 
sangue, bile, urina, trauma, 
secreções do trato 
gastrointestinal
Tipos de dores abdominais - dor referida 
• Dor referida é aquela dor percebida longe de sua origem ( O que é a 
dor referida?). 
• A dor sentida numa área do corpo que nem sempre representa exatamente o 
local do problema, pois a dor pode ser referida de outra área do corpo. Isso 
ocorre porque são inervados aproximadamente pelos mesmos níveis 
espinhais que as estruturas acometidas.
• A dor referida aparece quando a dor inicial torna-se mais intensa, parecendo 
irradiar-se a partir do ponto de origem.
Tipos de dores abdominais - dor referida 
• Exemplos de dor referida incluem 
dor na virilha causada por cálculos 
renais e dor no ombro causada 
por presença de sangue ou 
infecção provocando irritação do 
diafragma.
• Por exemplo, a dor provocada por 
um infarto do miocárdio pode 
parecer originária do braço, visto 
que as informações sensoriais do 
coração e do braço convergem no 
mesmo nível na medula espinhal.
DOR ABDOMINAL - QSD
• As principais causas de dor no quadrante superior direito do 
abdômen encontram-se no fígado e na vesícula, 
• cólica biliar, provocada por pedra na vesícula ou colecistite. 
• Inflamações do fígado, (hepatite viral), 
• Lesões na porção inferior do pulmão direito.
DOR ABDOMINAL - QID
• Em relação às dores no quadrante inferior direito do abdome, 
• Distúrbios intestinais são as razões mais prevalentes, (apendicite)
• Nas mulheres, problemas no ovário, como a presença de um cisto, também 
são causas muito comuns
• Uma gravidez ectópica na trompa direita é outra possível causa.
• Eventualmente, problemas no testículo ou um cálculo renal que tenha 
migrado para a região inferior do ureter podem manifestar-se com dor no 
quadrante inferior do abdome (esquerdo ou direito).
• Dor de origem muscular deve ser considerada, caso o paciente tenha feito 
esforço excessivo recentemente.
DOR ABDOMINAL - EPIGASTRICA
• Também chamada de dor na “boca do estômago”, é geralmente provocada por problemas 
estomacais. 
• A gastrite ou a úlcera péptica são as causas mais comuns. 
• Já os problemas do pâncreas, como a pancreatite, costumam causar intensa dor abdominal em 
toda a metade superior, podendo irradiar para as costas. 
• Tanto os problemas do estômago quanto os do pâncreas podem provocar uma dor descrita como dor no 
fundo da barriga.
• Dor de origem muscular também pode acometer esta região.
• Porém deve estar correlacionada ao movimento.
• A dor decorrente do infarto agudo do miocárdio pode, em alguns casos, irradiar-se para a região 
central do abdome, 
• Podendo ser confundida inicialmente com algum problema estomacal.
Dor abdominal – hipogástrica 
• Também chamado de “baixo ventre”, originam-se habitualmente na bexiga 
ou no útero; este último, obviamente, só no caso das mulheres.
• Infecção urinária (cistite) e cólica menstrual são as causas mais comuns.
• Quadros diarreicos, como gastroenterite viral ou intoxicação alimentar, 
também podem provocar dores nessa região, mas geralmente estas são 
mais dispersas por todo o abdome.
• Gravidez não costuma causar dor, apenas uma sensação de peso. Porém, 
em caso de aborto em andamento, pode haver cólicas intensas.
DOR ABDOMINAL - QSE
• As dores mais comuns são as de origem muscular ou estomacal.
• Raramente, o baço, órgão localizado abaixo das costelas do lado esquerdo do 
abdome, é causa de dor na barriga.
DOR ABDOMINAL - QIE
• Na região central e inferior do abdômen esquerdo, por sua vez, os 
problemas intestinais, especialmente as gastroenterites e a 
diverticulite, costumam ser as principais causas.
• Nas mulheres com dor no quadrante inferior esquerdo, disfunções 
nos ovários e uma possível gravidez ectópica devem sempre ser 
cogitadas.
DIVERTICULITE
A Mittelschmerz (dor no 
meio) ocorre 
aproximadamente 14 dias 
antes do período 
menstrual seguinte.
Os sintomas podem 
incluir dor incômoda e 
similar a uma câimbra ou 
acentuada e repentina 
que geralmente é leve, 
mas, em casos raros, 
pode ser mais intensa. 
Costuma durar de alguns 
minutos a algumas horas, 
mas pode persistir por 
um ou dois dias.
COMO É A DOR?
• Ondas de dor aguda que “dão falta de ar”
• Cólica renal ou biliar (episódios de dor intensa nos rins ou vesícula biliar) 
• Ondas de dor leve com vômito
• Obstrução intestinal
• Dor tipo cólica que se torna constante
• Apendicite
• Obstrução intestinal estranguladora (uma obstrução que bloqueia o fornecimento de sangue para 
o intestino)
• Isquemia mesentérica (bloqueio do fluxo sanguíneo em parte do intestino devido a um coágulo 
sanguíneo ou acúmulo de materiais gordurosos em uma artéria)
Isquemia mesentérica 
COMO É A DOR?
• Dor aguda e constante que piora com o movimento
• Peritonite
• Dor dilacerante
• Dissecção aórtica (uma laceração na camada interna da aorta)
• Dor leve
• Apendicite
• Diverticulite
• Infecção renal
Dissecção aórtica
Tratamento - Dissecção aórtica
Você já teve antes? (SIM)
• Problemas recorrentes, como:
• úlcera, 
• cálculos biliares, 
• Diverticulite,
• dor durante a ovulação, geralmente no meio do ciclo menstrual.
A dor começou subitamente? (SIM)
• Úlcera perfurada
• Cálculo renal
• Ruptura de gravidez ectópica (localização anormal)
• Torção de ovário ou torção testicular
• Ruptura de alguns aneurismas
A dor passa para alguma outra parte de seu 
corpo?
Dor na 
escápula 
direita
Dor na vesícula 
biliar
A dor passa para alguma outra parte de seu 
corpo?
Região do 
ombro 
esquerdo
A dor passa para alguma outra parte de seu 
corpo?
Osso púbico 
ou vagina
Dor renal
A dor passa para alguma outra parte de seu 
corpo?
R
u
p
tu
ra d
e 
an
eu
rism
a 
aó
rtico
C
o
st
as
Ulcer
a
perfu
rada
Pancreatite
Outros sinais e sintomas 
do trato gastrointestinal
Disfagia - Dificuldade para deglutir 
• Disfagia orofaríngea – o alimento permanece todo na boca, podendo 
levar a aspiração do alimento para a árvore traqueobrônquica. EX: 
processos inflamatórios, AVE, Parkinson, Esclerose multipla
• Disfagia esofágica – sensação de parada do bolo alimentar no 
esôfago, isso pode ocorrer devido a obstrução ou alterações motoras. 
Ex: Neoplasias, Espasmo, estenoses
• A disfagia que se manifesta somente para sólidos é sugestiva de obstrução 
mecânica. 
• A disfagia que se manifestatanto para sólidos como para líquidos indica 
alteração na motilidade esofágica.
Evolução da disfagia.
• Intermitente: casos de 
membranas e anéis
Evolução da disfagia.
• Progressiva: neoplasias
• Lentamente progressiva: 
megaesôfago.
Megaesôfago.
É uma condição causada pela destruição ou ausência dos plexos 
nervosos intramurais do esôfago, determinando:
• ausência de peristaltismo, 
• hipertonia do esfíncter inferior do esôfago (EIE). 
• dificuldade de passagem do alimento pela transição esofagogástrica 
sem que haja uma verdadeira estenose orgânica ou compressão 
extrínseca.
Megaesofago
Sinais e sintomas associados a disfagia
• Pirose: Esofagite péptica no refluxo gastroesofágico associado a 
hérnia hiatal
• Dor retroesternal: causada pelo espasmo difuso
Odinofagia: dor durante a deglutição
• Normalmente está ligada a disfagia
• A dor localiza-se atrás do esterno
• É relatada como dor em queimação, ardente, em punhalada, 
constritiva ou espasmódica.
• Está presente na esofagite péptica, candidíase do esôfago, esofagite 
actínica (exposição a altas doses de radiação).
• Pode estar relacionada ao uso de medicamentos: cloreto de potássio, 
brometo de emeprônio, anti-inflamatórios e alguns antibióticos 
Pirose: Azia ou queimação
• Sintoma altamente sugestivo de refluxo gatroesofágico.
• Localização – retroesternal ao nível do apêndice xifóide, podendo 
irradiar.
• Ocorre sempre após as refeições.
• Pode ser desencadeada por alimentos como frituras, café, bebida 
alcoólica, ou posição de decúbito
• Pode ser acompanhada de refluxo de pequenas quantidades de 
liquido azedo.
• Quando constante pode ser associado hérnia hiatal, hipotonia do 
esfíncter inferior, hipersecreção de acido gástrico e estase gástrica.
Regurgitação
• Retorno de secreção do estomago ou esôfago até a boca sem ter 
apresentado náusea ou utilizar a musculatura abdominal.
• Pituíta: regurgitação de pequena quantidade de liquido pela manhã.
• Causas mecânicas: estenose e neoplasias
• Causas motoras: megaesôfago chagásico, acalasia idiopática, 
• Eructação: ingestão maior da quantidade de ar durante as refeições, 
ou em situação de ansiedade.
• Sialorréia: produção excessiva de saliva, comum nas esofagopatias
obstrutivas, e no megaesôfago chagásico
• Soluço: são contrações 
espasmódicas do diafragma 
causada por doenças do sistema 
nervoso central, irritação do 
nervo frênico.
Hematêmese 
• Hematêmese: vômito com 
sangue, característica de 
hemorragia digestiva alta (boca 
até a junção do duodeno e 
jejuno – ângulo de Treitz)
• Causa mais comum são as 
varizes de esôfago, úlcera 
péptica 
Dispepsia: 
• Dispepsia é um conjunto de sintomas relacionados a parte superior 
do abdome, caracterizado por uma sensação de dor ou desconforto 
abdominal e muitas vezes é recorrente. 
• Pode ser descrita como indigestão, gases, saciedade precoce, 
empachamento pós-prandial, sensação de corrosão interna ou 
queimação.
• Pode estar relacionadas a doenças gástricas, hepáticas, pancreáticas.
Tipos de dispepsia
Tipo refluxo: desconforto 
ou pirose retroesternal
Tipo ulcera: dor 
epigástrica
Tipo dismotilidade: 
sensação de plenitude 
gástrica 
Pirose
• Sensação de queimação 
retroesternal, devido a 
inflamação ou irritação da 
mucosa esofágica causada pelo 
refluxo gastroesofágico.
Náuseas
• Náusea: uma sensação desagradável de ter que vomitar, representa a 
percepção de estímulos aferentes (incluindo tônus parassimpático 
aumentado) para o centro de vômitos medular. 
Vômitos 
• Vômito consiste na expulsão 
forçada do conteúdo gástrico 
produzida por contrações 
involuntárias da musculatura 
abdominal quando o fundo 
gástrico e o esfíncter inferior do 
esôfago estão relaxados.
• Vômito intenso pode causar 
desidratação sintomática e 
anormalidades eletrolíticas.
Vômitos/ Regurgitação
• Vômitos devem ser diferenciados de regurgitação que é a eliminação 
do conteúdo gástrico sem náuseas associadas ou contrações 
musculares abdominais forçadas. Pacientes com acalasia, síndrome 
de ruminação ou divertículo de Zenker podem regurgitar alimentos 
não digeridos sem náuseas.
Acalasia 
• Acalasia é um distúrbio de 
motilidade esofágica congênito 
caracterizado por peristaltismo 
esofágico defeituoso e falta de 
relaxamento do esfíncter 
esofágico inferior durante a 
deglutição.
Síndrome de ruminação
• Ruminação é um transtorno alimentar caracterizado pela regurgitação 
de alimentos após terem sido consumidos, sem que haja qualquer 
disfunção gastrointestinal. A regurgitação pode ser voluntária.
• O transtorno de ruminação é considerado um transtorno de saúde 
mental,
Divertículo de Zenker
• Conhecido como divertículo faringoesofágico, é um divertículo da 
mucosa da parede posterior da faringe. 
• É o divertículo mais comum do esôfago. 
• Pessoas com 60 anos são as principais vítimas dessa patologia. 
• Os pacientes referem dificuldade para deglutir, tosse intermitente, 
salivação excessiva, odinofagia.
Divertículo de Zenker: 
Tipos de Diarreia 
Diarreia 
• É o sintoma mais comum das doenças do intestino delgado, 
caracterizada como a diminuição da consistência das fezes e aumento 
na quantidade das evacuações (mais de 3 vezes/dia).
• Pode ocorrer através de 04 mecanismos
• Diarréia osmótica
• Diarréia secretória
• Diarréia exsudativa
• Diarréia motora
Diarréia - duração
• Diarreia aguda : até 2 semanas
• Diarreia persistente: de 2 a 4 semanas
• Diarreia Crônica: > 4 semanas
Diarreia osmótica 
• Ocorre quando há um acúmulos de substâncias que não podem ser 
absorvidas e permanecem no intestino, retardam a absorção de água 
e eletrólitos, aumentando a osmolaridade da luz intestinal 
promovendo a passagem de líquidos para o lumen intestinal.
• Exemplo: Diarreias provocadas por uso de laxantes salinos (hidróxido 
de magnésio)
Intolerância a lactose
• A deficiência de lactase também pode causar diarreia osmótica. 
• A lactase é uma enzima que normalmente se encontra no intestino e 
converte a lactose (açúcar do leite) em glicose e lactose, de modo que 
possam ser absorvidas pela corrente sanguínea. 
Intolerância a lactose
• Quando as pessoas com deficiência de lactase, bebem leite ou 
consomem laticínios, a lactose não é digerida. 
• À medida que a lactose se acumula no intestino, ela causa diarreia 
osmótica – um quadro clínico conhecido como intolerância à lactose. 
Diarreia secretória 
• Ocorre quando o intestino delgado e o grosso secretam sais 
(especialmente cloreto de sódio) e água nas fezes. 
• Causas: a toxina produzida durante uma infecção de cólera ou 
durante algumas infecções virais, podem causar essas secreções. 
• As infecções por certas bactérias (por exemplo, Campylobacter) e 
parasitas (como Cryptosporidium) podem estimular as secreções. 
Diarreia secretória 
• A diarreia pode ser intensa, com evacuação de mais de um litro de fezes 
por hora em casos de cólera. 
• Outras substâncias que causam a secreção de água e sais incluem 
determinados laxantes, como o óleo de rícino e os ácidos biliares (que 
podem se acumular no cólon após cirurgia de remoção de parte do 
intestino delgado). 
• Certos tumores raros como, por exemplo, o carcinóide, o gastrinoma e o 
vipoma também podem causar diarreia secretora, assim como alguns 
pólipos.
Infecção por Campylobacter
• A bactéria Campylobacter se encontra normalmente no trato 
digestivo de muitos animais de fazenda (incluindo gado, carneiros, 
porcos e aves). 
• As fezes desses animais podem contaminar a água em lagos e riachos. 
• A carne (geralmente de aves) e o leite não pasteurizado podem 
também ser contaminados.
Infecção por Cryptosporidium
• A criptosporidiose é uma infecção intestinal causada pelo 
Criptosporidium, um parasita protozoário. 
• Os principais sintomas são cólicas e diarreia. 
• A contaminação ocorre quando:
• ao ingerir os parasitas Cryptosporidium na água ou nos alimentos 
contaminados por fezes humanas ou de animaiscontendo os ovos do 
parasita.
• Ter contato com solo ou com um objeto que tenha sido contaminado com o 
parasita.
• Ter contato com uma pessoa ou animal infectado
Infecção por Cryptosporidium
• Os ovos de paredes espessas do Cryptosporidium são muito 
resistentes e estão frequentemente presentes em piscinas, banheiras, 
parques aquáticos, lagos e rios do mundo todo. 
• O parasita não morre por congelamento nem por níveis normais de 
cloro das piscinas ou de água potável.
Diarreia exsudativa
• É causada por alterações inflamatórias, neoplásicas ou isquêmicas na 
mucosa intestinal. 
• Ocorre quando o revestimento do intestino grosso se inflama, 
apresenta ulceração ou se congestiona e libera proteínas, sangue, 
muco e outros líquidos, aumentando o volume e o conteúdo líquido 
das fezes
Diarreia exsudativa
• Quando o revestimento do reto é afetado, as pessoas tendem a sentir 
urgência em defecar e o fazem frequentemente, pois o reto inflamado 
é mais sensível à expansão (distensão) provocada pelas fezes.
• Exemplos: 
• doença de Crohn;
• enterites bacterianas ou parasitárias; 
• linfoma difuso do intestino delgado.
Diarreia exsudativa
• Sinais de alerta: 
• Sangue ou pus nas fezes
• Febre
• Sinais de desidratação (como micção reduzida, letargia ou apatia, sede 
extrema e boca seca)
• Diarreia crônica > 4semanas
• Diarreia noturna
• Perda de peso
Doença de Crohn
• A doença de Crohn pode afetar qualquer área do trato gastrointestinal, 
mas geralmente envolve o intestino grosso e a última porção do intestino 
delgado. O reto geralmente não é afetado, ao contrário da colite ulcerosa, 
na qual o reto está sempre envolvido.
• A doença de Crohn causa inflamação e abcessos (pequenas infecções) no 
revestimento intestinal que progridem para úlceras minúsculas (feridas) e 
depois úlceras profundas. O revestimento intestinal inchado entre as 
úlceras profundas cria uma aparência de paralelepípedo característica.
• A inflamação se espalha pela parede intestinal, causando espessamento da 
parede. Pode ocorrer estreitamento e contração intestinal (estenoses) e 
orifícios nos intestinos (fístulas).
Aparência de paralelepípedo
Retocolite 
• A retocolite ulcerativa (RCU) ou colite é uma doença inflamatória 
intestinal (DII) crônica não contagiosa, em que há inflamação e 
ulcerações no intestino grosso (cólon) e no reto em sua camada mais 
superficial, a mucosa. 
• Esse processo provoca sintomas como diarreia, hemorragia, cólicas e 
febre.
Síndrome da má absorção
• A síndrome da má absorção refere-se a diversos distúrbios em que os 
nutrientes dos alimentos não são absorvidos de forma adequada no 
intestino delgado.
• Estes distúrbios podem afetar a digestão e a absorção dos nutrientes.
• Distúrbios que impedem a mistura adequada dos alimentos com as enzimas 
digestivas e ácidos gástricos (extração cirúrgica de parte do estômago).
• Produção ineficiente de enzimas digestivas
• Redução da produção de bile
• Excesso de ácido gástrico
• Crescimento do tipo errado de bactéria no intestino delgado
• Alteração no revestimento da mucosa intestinal
Diarreia motora
• Aumentar o transito intestinal:
• Exemplos hipertireoidismo, diarreia psicogênica, altera o número de 
evacuações sem alterar o volume.
• Diminuir o transito intestinal:
• Estase do conteúdo intraluminal, 
• Ex: esclerose sistêmica progressiva, ocorre o proliferação anormal de 
bactérias no intestino delgado, provocando desconjugação dos sais biliares 
com prejuízo da digestão das gorduras.
Diarreia motora
• As evacuações podem ser acompanhadas de grande quantidades de 
gases 
• As evacuações podem ser precedidas de cólicas abdominais 
periumbilicais 
Diarreia motora
• Presença de restos alimentares normalmente digeríveis, e gorduras
• São características de diarreia de origem alta, com comprometimento do 
intestino delgado.
• As diarreias de origem baixa, normalmente acomete o intestino 
grosso, é caracterizada por vários episódios de evacuações, com 
pequena quantidade de fezes, podendo conter muco, pus ou sangue. 
Acompanhado de puxo, tenesmo e urgência retal.
Perguntas importantes
• É uma diarreia aguda ou crônica?
• Aguda: Até 02 semanas, causas mais frequentes: infecções virais, bacterianas 
e parasitárias, intoxicação alimentar, Retocolite ulcerativa, medicamentos e 
doenças psicogênicas.
• Persistente : De 2 – 4 semanas.
• Crônica : >4 semanas, causa: cólon irritável, CA cólon, doença inflamatória, 
diabetes, hipertireoidismo, medicamentos de uso contínuo.
Perguntas importantes
• Diarreia alta ou baixa?
• Alta: Restos alimentares normalmente digeríveis, aumento da quantidade de 
fezes, 
• Baixa: Diminuição na quantidade de fezes acompanhada de tenesmo
• Tem esteatorréia?
• Diarreia motora, por diminuição do transito intestinal e estase transluminal, 
com proliferação anormal da bactérias, provocando desconjugação dos sais 
biliares com prejuízo da digestão das gorduras.
Perguntas importantes
• Diarreia de causa infecciosa ou não infecciosa
• Infecciosa: 90% dos quadros de diarreia, causada por água ou alimentos 
contaminados
• Não infecciosa: 10% dos quadros de diarreia 
Perguntas importantes
• Há outras manifestações clinicas ou doenças associadas?
• Retocolite ulcerativa
• AIDS
• Síndrome de má absorção
• Cirurgia gástrica ou intestinal
• Hipertireoidismo
• Doenças Psicossomáticas
Esteatorréia 
• Aumento da quantidade de gordura nas fezes, que se tornam 
volumosas, amareladas, ou acinzentadas, fétidas, brilhantes e 
flutuantes
• Indica defeito no processo digestivo.
• Normalmente associa-se a diarreia alta.
• Sintomas associados flatulência, cólicas periumbilicais, distensão 
abdominal.
• A cirrose e a colestase reduzem a síntese de sais biliares
• A esclerose sistêmica progressiva, diminui o movimentos intestinais, provoca a estase 
transluminal com a proliferação anormal de bactérias no intestino delgado, provocando 
desconjugação dos sais biliares com prejuízo da digestão das gorduras.
Hemorragia digestiva baixa
• Passagem de sangue do intravascular para o lúmem do tubo 
digestivo, sendo eliminado pelo vômito ou pelas fezes.
• Caracterizar:
• Localização do sangramento,
• Volume do sangramento,
• Velocidade do sangramento, 
• Duração do sangramento.
Melena 
• Melena – sangramento a nível 
do intestino delgado, entre o 
ângulo de Treitz (junção do 
duodeno e jejuno) e válvula íleo 
cecal.
• Ocorre a digestão do sangue 
extravasado, as fezes ficam 
enegrecidas, viscosas e aderentes 
com leve tonalidade avermelhada 
e odor pútrido.
• Os pacientes podem referir fezes 
com aspecto de graxa preta ou 
borra de café.
Enterorragia
• Enterorragia - Eliminação de sangue vivo pelo ânus 
• Causas: 
• Sangramento próximo a válvula ileocecal
• Perda sanguínea rápida e intensa, 
• Fatores que aceleram o trânsito intestinal
Situações especiais-
• Mesmo quando o sangramento se manifesta por enterorragia é 
possível também apresentar a melena,
• É muito raro o sangramento do intestino delgado resultar em 
hematêmese, isso pode ocorrer quando o sangramento é próximo ao 
ângulo de Treitz e quando a hemorragia é maciça.
• A associação com a melena nestes casos é obrigatória, e o aspecto do sangue 
eliminado no vômito pode apresentar algum grau de digestão.
Sinais e sintomas associados
• Repercussões hemodinâmicas: (taquicardia, hipotensão, tontura 
vertigem) em casos de sangramentos intensos
• Anemia: sangramentos insidiosos 
• Febre: por causa da absorção de substancias pirogênicas produzidas 
pela digestão de sangue proveniente de hemorragias originárias de 
regiões próximas a válvula ileocecal 
Obstipação ou constipação 
• Considera- se evacuação ausente por mais de 03dias ou 
• 01 evacuação a cada 02 dias, 
• A constipação se caracteriza por defecações difíceis ou 
infrequentes, fezes duras ou um sentimento de que o reto não 
está totalmente vazio após a defecação.
Causas da Obstipação ou constipação 
• Mecânicos:lesões que ocluem o lúmen intestinal ou impedem a contração 
das paredes intestinais.(malformações, tumores e processos inflamatórios).
• Neurogênicas: megacolon chagásico, paraplegias, esclerose múltipla.
• Metabólicos hormonais: hipotireoidismo, uremia, porfiria.
• Medicamentos: antiácidos, anticolinérgicos e opiáceos.
• Inibição do reflexo da evacuação: hipersensibilidade senil 
Complicações da constipação
• Hemorroidas
• Prolapso retal
• Fissura anal
• Doença diverticular
• Compactação fecal
Complicações da constipação
• Prolapso retal - A tensão excessiva durante a defecação aumenta a 
pressão sobre as veias ao redor do ânus, o que pode causar 
hemorroidas e, raramente, a protrusão do reto pelo ânus. 
• Fissura anal - A passagem de fezes duras pode causar rachadura na 
pele do ânus. 
Complicações da constipação
• Todas essas complicações podem tornar a defecação desconfortável e 
deixar as pessoas relutantes em defecar. 
• Adiar as defecações pode causar um círculo vicioso de piora da 
constipação e de suas complicações.
Complicações da constipação
• Divertículos - É possível o surgimento da doença diverticular se as 
paredes do intestino grosso forem danificadas pelo aumento da 
pressão exigida para eliminar fezes duras e pequenas. 
• Uma lesão nas paredes do intestino grosso dá origem à formação de 
bolsas ou sacos em forma de balão, que podem ficar congestionados 
e inflamados (diverticulite). 
• Às vezes, os divertículos sangram e, raramente, se rompem (causando 
peritonite).
Complicações da constipação
• Compactação fecal - Nas pessoas com constipação, às vezes ocorre uma compactação 
fecal. As fezes que se encontram na última parte do intestino grosso endurecem e 
bloqueiam completamente o trânsito das restantes. 
• A compactação fecal provoca cólicas, dor retal e esforços fortes, porém inúteis, para 
defecar. 
• Muitas vezes, surge material mucoso e aquoso ou fezes líquidas em volta da obstrução, o 
que dá uma falsa impressão de diarreia (diarreia paradoxal). 
• A compactação fecal é especialmente comum entre idosos, particularmente em quem 
está acamado ou tem atividade física reduzida, mulheres grávidas e pessoas que 
receberam bário por via oral ou como enema para certos tipos de exames radiológicos.
Fecaloma: 
• Fecaloma: massa volumosa e dura constituída de matéria fecal 
desidratada que fica estagnada no reto;
• Esse acúmulo fecal é notável, ao exame do abdômen, 
• Na palpação, percebe-se uma sensação tátil de crepitação, isso ocorre pelo 
descolamento da mucosa que à compressão ficou "colada" na superfície 
grudenta do fecaloma. 
• A sensação é a mesma que se percebe ao afastarmos duas superfícies de 
couro unidas por goma, ainda úmida. Esse sinal, é característico de fecaloma, 
é chamado Sinal de Gersuny- positivo
• O fecaloma pode, também, ser percebido pelo toque retal.
• Fim

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