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MECANISMOS DA FOME, DA SACIEDADE E DO CONTROLE DE PESO CORPORAL Profª Vanessa Barreto REGULAÇÃO DA FOME E SACIEDADE CONCEITOS: FOME sensação fisiológica manifestada, a qual o indivíduo se encontra em déficit de nutrientes. Busca de alimentos. SACIAÇÃO momento o qual a busca por alimento é interrompida. Sentir-se saciado. SACIEDADE Sensação de plenitude em relação à necessidade de alimentos. A busca por alimentos é adiada. FATORES DETERMINANTES: • Ambiente; • Aprendizado; • Palatabilidade. REGULAÇÃO DA FOME E SACIEDADE REGULAÇÃO DA FOME E SACIEDADE REGULAÇÃO DA FOME E SACIEDADE Qualquer fator que interfira nos perfis do eixo fome/saciedade pode alterar o padrão alimentar: Redução da saciação = HIPERFAGIA. Redução da saciedade = AUMENTO NA FREQUENCIA DAS REFEIÇÕES. REGULAÇÃO DA FOME E SACIEDADE REFULAÇÃO CENTRAL: SNC REGULAÇÃO PERIFÉRICA: TGI Fígado Pâncreas Tecido Adiposo Sistema Gustativo CENTRO COORDENADOR - HIPOTÁLAMO NEURÔNIOS HIPOTALÂMICOS: integração das informações sensoriais; Possuem receptores químicos e térmicos; Função:Captar informações vindas de fora e de dentro do cérebro, bem como as modificações na composição química, conteúdo hormonal e da temperatura do seu meio. CENTRO COORDENADOR - HIPOTÁLAMO o LESÃO NA REGIÃO VMH (ventromedial): Destruição do centro de saciedade - consumo de alimento sem controle; O contrário se observa no estímulo dessa região (muita saciedade redução da vontade de comer). o LESÃO NA REGIÃO LHA (lateral): Inibe a fome; Sua estimulação faz com que o indivíduo procure de forma exacerbada o alimento. CONTROLE DA INGESTÃO REGULAÇÃO DA INGESTÃO – CURTO PRAZO o TEORIA AMINOSTÁTICA: Não somente decorrente da quantidade de proteína bruta no alimento; Depende da qualidade da proteína ofertada; Detecção dos níveis plasmáticos de aa’s principalmente aa’s essenciais. o CONTROLE DO CONSUMO DECORRENTE DA NATUREZA DOS AA’S: Tirosina estimula o consumo (catecolaminas); Triptofano inibe o consumo (serotonina saciedade “hormônio do humor”). REGULAÇÃO DA INGESTÃO – CURTO PRAZO o TRIPTOFANO: Precursor da serotonina (5-HT) níveis adequados de 5-HT redução do consumo saciedade – As ações da serotonina dependem dos receptores; – Já foram identificados quinze receptores de serotonina 5-HT1B e 5HT2C têm sido reconhecidos por induzir a saciedade; – [ ]’s plasmáticas excessivas de tirosina, fenilalanina, leucina, isoleucina e valina competem com o transporte central do triptofano. HIPOTÁLAMO e TGI o Hipotálamo recebe sinais neurais provenientes do TGI. o Estes sinais neurais fornecem informações sensoriais: Sobre distensão do estômago; Sinais químicos dos nutrientes no sangue que indicam saciedade (glicose); Sinais de hormônios gastrintestinais; Córtex cerebral (visão, olfato e paladar). REGULAÇÃO DA INGESTÃO – LONGO PRAZO o TEORIA LIPOSTÁTICA: Tecido adiposo atuaria como um ponto de referência para a ação hipotalâmica de controle do consumo de alimento Leptina hormônio produzido pelos adipócitos (Produzida proporcionalmente à quantidade de tecido adiposo). LEPTINA o A leptina é um hormônio produzido nos adipócitos, constituído de 167 resíduos de aminoácidos. o Este hormônio é levado pelo sangue até o cérebro, onde atua nos receptores do hipotálamo para diminuir o apetite. o Ação da leptina promove a redução da ingestão alimentar, o aumento do gasto energético, atua na regulação da função neuroendócrina e no metabolismo da glicose e de lipídios. LEPTINA o A leptina é sintetizada também na glândula mamária, músculo esquelético, epitélio gástrico e trofoblasto placentário; o Seu pico de liberação ocorre durante a noite e às primeiras horas da manhã, e sua meia-vida plasmática é de 30 minutos; o Quanto maior a quantidade de tecido adiposo, mais leptina é produzida e liberada na corrente sanguínea, portanto, o percentual de gordura influencia nessa liberação! LEPTINA LEPTINA o Indivíduos obesos apresentam elevados níveis plasmáticos de leptina, cerca de cinco vezes mais que aqueles encontrados em sujeitos magros; o A HIPERLEPTINEMIA, encontrada em pessoas obesas, é atribuída a alterações no receptor de leptina ou a uma deficiência em seu sistema de transporte, fenômeno denominado RESISTÊNCIA À LEPTINA; o A administração de leptina em indivíduos obesos como tratamento para obesidade resultou numa tentativa sem sucesso de superar o desequilíbrio metabólico. LEPTINA LEPTINA o Mecanismos postulados para explicar a resistência à leptina na obesidade: Transporte prejudicado da leptina através da barreira hematoencefálica; Presença de defeitos na função e sinalização dos receptores de leptina. GRELINA o Descoberta recentemente em 1999; o Grelina é um hormônio polipetideo, produzido predominantemente pelo estômago e está envolvido na regulação central da ingestão alimentar e no balanço energético, estimulando o apetite, a lipogênese, a adipogênese e reduzindo a taxa metabólica; o A concentração circulante de grelina apresenta-se elevada em pacientes com anoreia nervosa e reduzida em pessoas obesas; o A grelina é responsável pelo aumento da secreção do hormônio do crescimento (GH); o Níveis circulantes de grelina encontram-se aumentados durante jejum prolongado e em estados de hipoglicemia, e têm sua concentração diminuída após a refeição ou administração intravenosa de glicose. GRELINA o Estudos recentes envolvendo liberação desse hormônio, em humanos, mostram que são os tipos de nutrientes contidos na refeição, e não o seu volume, os responsáveis pelo aumento ou decréscimo pós-prandial dos níveis plasmáticos de grelina! o Sugere-se que a contribuição da grelina na regulação pós-prandial da alimentação pode diferir dependendo do macronutriente predominante no conteúdo alimentar ingerido. o Sua concentração plasmática é diminuída após refeições ricas em carboidratos, concomitantemente à elevação de insulina plasmática. o Por outro lado, após refeições ricas em proteína animal e lipídeos, foram encontrados altos níveis plasmáticos de grelina, associados ao pequeno aumento da insulina plasmática. EIXO LEPTINA/GRELINA RESENHA DE ARTIGO
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