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Regulação da ingestão alimentar e do armazenamento de energia ● Grande parte da energia é ,eventualmente, convertida em calor que é gerado como resultado do metabolismo proteico, da atividade muscular ,das atividades em diversos órgãos e tecidos corporais. ● O excesso de ingestão energética é armazenado em sua maior parte, como gordura, enquanto seu déficit perde a perda de massa corporal total até que o gasto energético, eventualmente, se iguale a ingestão ou sobrevenha a morte. ● O corpo é dotado de poderosos sistemas fisiológicos de controle que auxiliam na manutenção da adequada ingestão energética. ● Em atletas e Operários , o gasto energético, para o alto nível de atividade muscular, pode ser da ordem 6000 a 7000 calorias por dia, comparado a somente 2000 calorias por dia para indivíduos Sedentários. ● O grande gasto energético, associado ao trabalho Físico,normalmente, estimula de igual modo grandes aumentos da ingestão calórica. Centros neurais regulam a ingestão de alimentos: ● Fome = Associada ao desejo por comida. ● Apetite = Desejo por alimento. ● Saciedade = Busca por alimento bem sucedida. O hipotálamo contém os centros da fome e da saciedade: ● Núcleos laterais do hipotálamo: funcionam como centro da fome, e a estimulação dessa área faz com que o animal com uma vorazmente - hiperfagia. ● A destruição do hipotálamo lateral provoca ausência do desejo por comida e inanição progressiva, condição caracterizada por acentuada perda de peso, fraqueza muscular e metabolismo reduzido. ● Os núcleos ventromediais do hipotálamo Funcionam funcionam como o centro da saciedade. ● Os núcleo paraventricular, dorsomedial e arqueado do hipotálamo desempenham papel importante na regulação da ingestão de alimentos. ● Lesões dos núcleos paraventricular provocam excesso de ingestão, Enquanto as lesões dos núcleos dorsomediais, geralmente, deprime o comportamento alimentar. ● Os núcleos arqueados são os locais do hipotálamo onde múltiplos hormônios, liberados pelo trato gastrointestinal e pelo tecido adiposo, convergem para regular a ingestão de alimentos, bem como o gasto energético. ● Núcleos hipotalâmicos também influenciam a secreção de diversos hormônios importantes para a regulação do Balanço energético e metabólico, incluindo os hormônios das glândulas tireóide e adrenal, bem como os das células das ilhotas pancreáticas. ● O hipotálamo recebe sinais neurais do trato gastrointestinal e fornece informações sensorial sobre o enchimento gástrico,sinais químicos dos nutrientes no sangue(Glicose, aminoácidos, ácidos graxos), que significam saciedade, Sinais dos hormônios gastrointestinais, sinais do córtex cerebral( visão, olfato e paladar) influenciam o comportamento alimentar. ● o peptídeo YY, a colecistocinina( cck) e a insulina são hormônios gastrintestinais liberados pela ingestão de comida, suprimindo alimento adicional. ● Grelina = liberada pelo estômago durante o jejum, estimulando o apetite. ● Leptina = produzido em quantidades crescentes pelos adipócitos à medida que estes aumentam de tamanho; ela inibe a ingestão alimentar. ● Substâncias Orexígenas: estimulam a alimentação. EX: neuropeptídeo Y, proteína relacionada à agouti(A g r p), hormônio concentrador de melanina( Mc h), orexina A e B, endofinas, galanina( g a l), aminoácidos( glutamato e ácido Gama aminobutírico), cortisol, grelina e endocanabinoides. ● Substâncias Anorexígenas: inibem a alimentação. EX: Hormônio estimulante do Alfa melanócito( alfa- m s h), leptina, serotonina, norepinefrina, hormônio liberador da corticotropina, insulina, colecistocinina(cck), peptídeo semelhante ao glucagon( GLP), transcrito regulado pela cocaína e pela anfetamina( c a r t), peptíde YY. Neurotransmissores no hipotálamo que estimula ou inibe a alimentação: ● Neurônios Pró-ópio melanocortina(PMOC) -O hormônio Alfa- melanócito estimulante. ● Neurônios que produzem substâncias orexígenas neuropeptídeo Y e a proteína relacionada ao agouti. ● Ativação dos neurônios POMC reduz a ingestão e alimentos e aumenta o gasto energético. ● A ativação dos neurônios NPY-AGRP eleva a ingestão e reduz o gasto energético. ● os neurônios POMC liberam Alfa-MSH que então atua sobre os receptores da Melanocortina encontrados, de modo especial, nos neurônios dos núcleos paraventriculares. ● Existem 5 subtipos de receptores de melanocortina, MRC-3 E MRC-4 são especialmente importantes na regulação da ingestão alimentar e do Balanço energético. ativação dos receptores reduz o consumo de alimentos, enquanto aumentam o gasto energético. ● A inibição do MRC-3 e do MRC-4 Aumenta bastante o gasto energético. Esse efeito, parece ser mediado ,ao menos em parte, pela ativação de vias neuronais que se projetam dos núcleos paraventriculares para o núcleo do trato solitário, estimulando a atividade do sistema nervoso simpático. ● O sistema da melanocortina hipotalâmica desempenha potente papel na regulação dos estoques energéticos do corpo. ● Defeitos da sinalização da via da melanocortina estão Associados à obesidade extrema. ● Atividade excessiva do sistema da melanocortina reduz o apetite.Sugere que essa ativação possa desempenhar papel na gênese da anorexia associada às infecções graves, aos tumores cancerosos ou a uremia. ● O AGRP Parado pelos neurônios orexígenos do hipotálamo é antagonista da natural do MRC-3 e do MRC-4 e, provavelmente, aumenta a ingestão de alimentos pela inibição do efeito Alfa-MSH Na estimulação dos receptores da melanocortina. ● Formação excessiva de AGRP Em ratos e seres humanos, causada por mutações genéticas, está associada à ingestão aumentada de alimentos e a obesidade. ● NPY é liberado os neurônios orexígenos dos núcleos arqueados. ● Estoques energéticos baixos: Neurônios orexígenos são ativados para liberar NPY estimula o apetite. ao mesmo tempo a atividade dos neurônios POMC é reduzida, diminuindo assim a atividade da Via melanocortina estimulando adicionalmente o apetite. Centros neurais que influenciam o processo mecânico de alimentação: ● Se o cérebro é seccionado abaixo do hipotálamo, Mas acima do mesencéfalo, o animal ainda pode executar os aspectos mecânicos básicos do processo alimentar.Pois, os reais mecanismos de alimentação são controladospor centros do tronco encefálico. ● Função de outros centros na alimentação - controlar a quantidade de ingestão alimentar e colocar esses centros de mecanismos alimentares em ação. ● centros neurais superiores ao hipotálamo desempenham papéis importante no controle de alimentação, particularmente, no controle do apetite. Esses centros incluem a amígdala e o córtex pré-frontal, intimamente acoplados ao hipotálamo. ● A estimulação de algumas áreas da amígdala evoca o ato mecânico da Alimentação. Fatores que regulam a quantidade ingerida de alimentos: ● É dividida em regulação a curto prazo - prevenção de superalimentação a cada refeição; regulação a longo prazo - manutenção de quantidades normais dos estoques energéticos no corpo. Regulação a curto prazo da ingestão de alimentos: ● Quando a pessoa come rapidamente ,não há tempo suficiente para que ocorra alterações nos estoques corporais de energia, são necessárias várias horas para que fatores nutricionais suficiente sejam absorvidos pelo sangue, para que ,então provoquem a necessária inibição do apetite. O enchimento gastrointestinal inibe a ingestão alimentar: ● Quando o trato gastrointestinal é distendido, em especial o estômago e o duodeno, sinais inibitórios de estiramento são transmitidos, principalmente, por via vagal para suprir o centro da Fome, reduzindo assim, o desejo de comida. Fatores hormonais gastrintestinais suprimem a ingestão alimentar: ● Colecistocinina é liberada,principalmente, em resposta a entrada de gordura de proteínas no duodeno,Entra no sangue e atua como hormônio para influenciar a série de funções gastrointestinais, tais como contração da vesícula biliar, esvaziamento gástrico,Motilidade intestinal e secreção de ácido gástrico. Ativa receptores em nervos sensoriais locais no duodeno, enviando mensagens para o cérebro via nervo vago, contribuindo para a saciedade e cessação da refeição. seu efeito tem curta duração. Funciona,principalmente, Para impedir o comer demasiado durante a refeição . ● Peptídeo YY: secretado em todo o trato gastrointestinal, mas em sua maior parte, pelo íleo e pelo cólon.A ingestão de alimento estimula sua liberação. são influenciados pelo número de calorias ingeridas e pela composição do alimento. ● Presença de alimentos nos intestinos estimula a secreção de peptídeo semelhante ao glucagon que, por sua vez,acentua a produção e a secreção, pelo pâncreas, de insulina dependente de concentração da glicose. ● Ingestão de refeição estimula a liberação de hormônios gastrointestinais que podem induzir a saciedade e reduzir a ingestão adicional de alimento. A grelina - hormônio gastrointestinal- aumentar a ingestão de alimentos: ● Hormônio liberado pelas células oxínticas do estômago. ● Seus níveis sanguíneos se elevam durante o jejum. Receptores orais medem a ingestão de alimentos: ● Fatores orais, relacionado à alimentação, tais como mastigação, salivação, deglutição e paladar, “medem”a comida à medida que ela passa pela boca e depois que certa quantidade tiver passado,O centro hipotalâmico da fome fica inibido. ● Inibição é consideravelmente menos intensa e de duração mais curta do que a inibição provocada pelo enchimento gastrintestinal. Regulamentação intermediária e a longo prazo da ingestão de alimentos: ● O mecanismo de controle da alimentação corporal é dependente do Estado nutricional do organismo. Efeito das concentrações sanguíneas de glicose, aminoácidos e lipídios sobre a fome e alimentação: ● Teoria glicostática da regulação da fome e da Alimentação - redução da concentração de glicose sanguínea provoca fome. ● Teorias regulatórias aminostáticas e lipostáticas. ● Quando a disponibilidade quaisquer dos tipos de alimentos fica reduzida, o desejo por comida é aumentado, devolvendo eventualmente,As concentrações dos metabólitos sanguíneos ao normal. ● Aumento do nível da glicose sanguínea aumenta a frequência de disparo dos neurônios receptores no centro da saciedade, nos núcleos ventromedial e paraventricular do hipotálamo.Simultaneamente, diminui disparo dos neurônios sensitivos no centro da Fome do hipotálamo lateral. A regulação da temperatura e a ingestão de alimentos: ● A ingestão alimentar aumentada em animal com frio : aumenta seu metabolismo e fornece gordura para isolamentos, ambos tendendo a corrigir o estado de frio . Sinais de feedback do tecido adiposo regulam a ingestão de alimentos: ● Pode avaliar o estoque de energia por meio das ações da leptina, hormônio peptídico liberado pelos adipócitos. ● Quando a quantidade de tecido adiposo aumenta, os adipócitos produzem quantidades aumentadas de leptina, e é liberada para o sangue. Ela então circula para o cérebro ,Onde atravessa a barreira hematoencefálica difusão facilitada,ocupando os receptores da leptina e múltiplos locais no hipotálamo, Especialmente nos neurônios PMOC núcleo arqueado e os neurônios núcleo paraventricular. ● estimulação dos receptores leptínicos: inicia múltiplas ações que reduzem o armazenamento das gorduras: 1. redução da produção hipotalâmica de estimuladores do apetite(NPY e AGRP); 2. Ativação dos neurônios PMOC, liberação do Alfa-MSH e ativação dos receptores da melanocortina; 3. aumento da produção hipotalâmica de substâncias tais como o hormônio liberador de corticotropina, que diminui a ingestão alimentar; 4. atividade nervosa simpática aumentada, o que aumenta metabolismo e o gasto energético; 5. Diminuição da secreção de insulina pelas células Beta pancreáticas, o que reduz o armazenamento energético. ● A leptina pode ser meio importante por meio do qual o tecido adiposo sinaliza o cérebro que energia suficiente foi armazenada e que a ingestão de alimentos não é mais necessária ● Algumas fisiologistas acreditam que a obesidade está associada a resistência à leptina. ● Outra explicação é que existem muitos sistemas redundantes que controlam os hábitos alimentares ,Assim como fatores sociais e culturais podem provocar excesso continuado de ingestão de alimentos, mesmo em presença de elevados níveis de leptina. Resumo da regulação a longo prazo: ● Quando os estoques energéticos corporais caem abaixo do normal, o centro hipotalâmicos da Fome e de outras áreas do cérebro ficam muito ativos, E a pessoaapresenta aumento da Fome, assim como da busca por alimentos. inversamente quando o estoque energético( principalmente os gordurosos) já são abundantes, a pessoa em geral perde a sensação de fome, desenvolvendo estado de saciedade. Obesidade: ● Definida como excesso de gordura corporal. ● IMC = PESO EM kg /ALTURA em m2. ● IMC 25 e 29,9 quilogramas por metro quadrado = sobrepeso ● IMC maior que 30 quilogramas por metro quadrado = obesidade Obesidade resulta de ingestão maior do que gasto energético: ● Adiposidade excessiva é provocada pela ingestão superior a demanda energética. ● A gordura é armazenada,Principalmente, no tecido subcutâneo e na cavidade intraperitoneal, embora o fígado e outros tecidos corporais, com frequência, acumlem quantidades significativas de lipídios nas pessoas obesas. ● Novos adipócitos podem ser diferenciado dos pré-adipócitos células semelhantes aos fibroblastos, em qualquer período da vida, e que o desenvolvimento da obesidade em adultos é acompanhado por aumento do número e do tamanho dos adipócitos. ● Quando a pessoa fica obesa e peso estável é atingido, uma vez mais a ingestão energética iguala ao débito. Para que esse indivíduo perca peso, a ingestão de energia deverá ser muito menor do que o gasto energético. A supernutrição infantil como causa possível de obesidade: ● A velocidade da formação de novos adipócitos é especialmente rápida nos primeiros anos de vida, e quanto maior a intensidade do armazenamento adiposo, maior número de adipócitos. Anomalias neurogênicas como causa de obesidade: ● Pessoas com tumores hipofisários que invadam hipotálamo ,muitas vezes desenvolve a obesidade progressiva, demonstrando que a obesidade humana também pode resultar de lesão hipotalâmica. ● Podem contribuir para a obesidade causando anormalidades de: 1. uma ou mais das vias que regulam os centros da Fome; 2. o gasto energético do armazenamento adiposo. ● 3 das causas monogênica da obesidade são: 1. mutações do mcr4, a forma monogênica mais comum de obesidade descoberta até o momento. 2. deficiência congênita de leptina, provocada por mutações do Gene da leptina, que são muito raras. 3. ações dos receptores leptínicos , igualmente muito raras. ● É provável que muitas variações genéticas interagem com fatores ambientais, para influenciar a quantidade e a distribuição da gordura corporal. Inanição ,anorexia e caquexia: ● Inanição- perda extrema de peso. ● Anorexia - redução da ingestão alimentar provocada primariamente por apetite diminuído. anorexia nervosa é um estado psíquico alterado no qual o indivíduo perde todo o desejo por comida, chegando mesmo a ficar nauseado por ela; como o estado ocorre na Inanição grave. ● Caquexia - Distúrbio metabólico do aumento do gasto energético, acarretando perda ponderal maior do que a provocada pela redução isolada da ingestão alimentar.
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