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MECANISMOS DE FOME E SACIEDADE Por que sentimos fome? E saciedade quando acontece? Como podemos controlar o peso corporal? FOME • Sensação fisiológica que nos faz procurar e ingerir alimento para satisfazer as necessidades diárias de nutrientes. O ato de ingerir alimentos é causado por uma série de estímulos (ou sinais). https://www.youtube.com/watch?v=9r8-DRouzec https://www.youtube.com/watch?v=9r8-DRouzec https://www.youtube.com/watch?v=9r8-DRouzec https://www.youtube.com/watch?v=9r8-DRouzec SACIEDADE • Processo inverso da fome, também é causado por vários estímulos. Um deles é a distensão da parede gástrica, causada pelo armazenamento do alimento ingerido no estômago. • O tempo de permanência do alimento no estômago depende principalmente da sua composição e não simplesmente da quantidade. Quanto mais gordura for contida no alimento, maior o tempo necessário para o esvaziamento gástrico. SACIEDADE Outro sinal é químico: o intestino libera um hormônio para o sangue, chamado de colecistocinina (CCK), em resposta à presença de proteínas e de gorduras no alimento que chega intestino. CONTROLE DA INGESTÃO DE ALIMENTOS Para onde vão os sinais gerados no organismo para controlar a fome e a saciedade? HIPOTÁLAMO - SNC • É a área do SNC mais importante no controle da ingestão de alimentos. Na regulação central da ingestão de alimentos Homeostático: promove o equilíbrio de energia e de nutrientes corpóreos Hedônico: comandado pelos aspectos referentes ao prazer, motivação e recompensa, associados aos alimentos e ao comportamento de comer A RESPOSTA ALIMENTAR FINAL É DADA PELA COMPLEXA INTERAÇÃO DESSES DOIS COMPONENTES Controle Homeostático da ingestão de alimentos LEPTINA INSULINA PRINCIPAIS FATORES PERIFÉRICOS SINALIZADORES DE ADIPOSIDADE. SÃO LIBERADOS NA CORRENTE SANGUINEA EM QTD MAIORES QDO A GORDURA CORPÓRA AUMENTA E SUA INTERAÇÃO COM NEURÔNIOS HIPOTALÂMICOS DESENCADEIA MECANISMOS QUE CULMINA COM A INIBIÇÃO DA INGESTÃO DE ALIMENTO E/OU AUMENTO DO GASTO DE ENERGIA. O NÚCLEO ARQUEADO DO HIPOTÁLAMO (ARC) É O PRINCIPAL LOCAL DE CONVERGÊNCIA DESSES SINAIS. O hipotálamo é um centro de processamento de informações que recebe os vários tipos de sinalizações como: concentração de nutrientes grau de distensão do estômago. níveis de hormônios como a colecistocinina (produzida pelo intestino) e a leptina (produzida pelo tecido adiposo) Com essas informações o hipotálamo produz comandos para a procura e ingestão de alimento e, ainda, prepara o trato gastrointestinal para receber e processar o alimento. https://www.youtube.com/watch?v=y2vqHh-nsXs https://www.youtube.com/watch?v=y2vqHh-nsXs https://www.youtube.com/watch?v=y2vqHh-nsXs https://www.youtube.com/watch?v=y2vqHh-nsXs LEPTINA • É um produto do gene da obesidade (ob) que é expresso nos adipócitos. A leptina como um fator de sinalização do tecido adiposo para o SNC, regulando a ingestão alimentar e o gasto energético e, assim fazendo a homeostase do peso corporal e mantendo constante a quantidade de gordura. • Principal alvo é o cérebro – HIPOTÁLAMO – informa que o corpo tem gordura armazenada suficiente e que, por isso, não precisa mais comer e pode queimar calorias em um ritmo normal. Por isso esse hormônio tem sido relacionado com a obesidade. LEPTINA – É UM HORMÔNIO PRODUZIDO PRINCIPALMENTE PELOS ADIPÓCITOS (FONTE PRIMÁRIA É O TEC ADIPOSO BRANCO) OUTRAS FUNÇÕES: • reduz a secreção de insulina • inibe a lipogênese induzida pela insulina • antagoniza a ação inibitória da insulina sobre a lipólise (estimula lipólise) • auxilia a regulação da sensibilidade à glicose OBESIDADE ? TECIDO ADIPOSO OBESIDADE E LEPTINA Em seres humanos obesos, quanto maior a quantidade de tecido adiposo, maiores os níveis de leptina circulantes. Esses níveis elevados de leptina deveriam diminuir o apetite e aumentar o gasto energético. Mas isso não ocorre. Assim, de forma similar ao que ocorre em alguns indivíduos com diabetes mellitus, em que os níveis de insulina estão aumentados, é provável a ocorrência de um aumento da resistência periférica à leptina em seres humanos com obesidade. MAS…… • A perda de peso reduz os níveis circulantes de leptina, reduz os níveis plasmáticos de marcadores inflamatórios associados a obesidade. • Estados de deficiência ou de resistência à LEPTINA resultam em : HIPERFAGIA, OBESIDADE, INFERTILIDADE, SUSCETIBILIDADE AO DIABETES, HIPOMETABOLISMO E ELEVAÇÃO DOS ESTOQUES DE TECIDO ADIPOSO E DA CONCENTRAÇÃO DE GLICOCORTICÓIDES GRELINA - OREXÍGENO A atua de forma oposta à leptina, seus principais efeitos ligados à homeostase energética incluem: - Estimulação da ingestão alimentar - Aumento da utilização de carboidratos - Redução do gasto de gordura - Aumento da motilidade gástrica A grelina tem um pico antes das refeições, caindo abruptamente 30 minutos após a alimentação FATORES QUE COMUNICAM AO SNC ASPECTOS RELACIONADOS AOS ESTADOS AGUDOS DE FOME E SACIEDADE GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon) Colecistocinina (CCK)Grelina Oxintomodulina (Oxm) Polipetídeo Pancreático (PP) Peptídeo YY (PYY) A produção varia em função da presença de alimento e do tipo de nutriente no trato gastrointestinal. Principais regiões do hipotálamo envolvidas na regulação da ingestão alimentar Núcleo Arqueado Parece ser a região do cérebro com maior envolvimento no controle da fome e do peso corporal Onde há maior concentração de receptores para leptina e insulina Possui grande quantidade de neurônios que produzem peptídeos: Orexígenos: NPY e AgRP (agouti-related protein) Anorexígenos: POMC (pró-opiomelanocortina), -melanocortina e CART (cocaine and amphetamine-regulated transcript) Núcleo Lateral Possuem neurônios produtores de neuropeptídeos orexígenos ( apetite): MSH (melanocortinas) Orexina A e B Quando ativados, peso corporal Lesão nesta região causa hipofagia e perda de peso É o centro da INGESTÃO ALIMENTAR Núcleo Paraventricular Produz peptídeos orexígenos ( apetite): CRF (fator de liberação de corticotropina) TRH (hormônio liberador de tireotrofina) GLP-1 (glucagon-like peptide) Acredita-se que seja um dos locais de interação dos neurotransmissores que INIBEM O CONSUMO ALIMENTAR. Núcleo Ventromedial Centro da saciedade Produz neuropeptídeos anorexígenos ( apetite) Lesões levam à hiperfagia e à obesidade Apresenta comunicação direta com o estômago VIAS OREXÍGENAS VIAS OREXÍGENAS NPY - O neuropeptídeo Y é uma das substâncias que fazem a comunicação entre os neurônios e pode ser considerado o principal estimulante da fome. AgRP- atua no sistema de melanocortinas hipotalâmico, estimula o apetite VIAS OREXÍGENAS AgRP Produzida no núcleo arqueado, nos mesmos neurônios do NPY Potente orexígeno em indivíduos obesos Galanina Potente estimulador do apetite no hipotálamo Menos ativo que o NPY Não ativa mecanismo lipogênico Expresso no núcleo arqueado e paraventricular Estimula o consumo de gordura dietética Hormônio concentrador de Melanina (MCH) Produzido pelo núcleo lateral Expressão aumentada em ratos obesos (estudos experimentais) Efeito fisiológico sinérgico com o NPY hiperfagia ( ingestão alimentar) Jejum MCH VIAS OREXÍGENAS Hipocretinas e Orexinas São menos potentes que o NPY e MCH Localizadas principalmente no núcleo lateral Jejum orexinas Hipocretinas liberação de NPY Sistema Endocanabinoide Nome devido ao efeito estimulante da maconha exerce sobre ele (Cannabis sativa) Envolvido em vários processos fisiológicos: Regulação da ingestão alimentar Metabolismo lipídico; Gasto energético Composto pelos receptores: Tipo 1 (CB1): ingestão alimentar, principalmente de DOCES citocinas inflamatórias atividade de lípase lipoproteica (enzima lipogênica) motilidade e esvaziamento do TGI deposição de gordura no fígado / gordura visceral remoção de glicose pela insulina no músculo esquelético Tipo 2 (CB2): encontrado em células imunológicas podendo ser expressos também em adipócitos e área limitada do cérebro VIAS ANOREXÍGENAS VIAS ANOREXÍGENAS UROCORTINA Anorexígeno POTENTE CART Cocaine and Amphetamine-Regulated Transcript Induz hipofagia POMC Pró-opiomelanocortina Precursora de várias moléculas, incluindo a -MSH VIAS ANOREXÍGENAS Melanocortinas Derivadas do POMC (pró-ópio-melanocortina) -MSH Principal fator regulatório do balanço energético -MSH ingestão alimentar 5% da obesidade mórbida, deve-se a mutação do gene do MCR4 Insulina e Leptina Ativam neurônios que produzem POMC Leptina síntese de AgRP (Diminui ingestão) Insulina síntese de AgRP (Aumenta ingestão) insulina NPY (aumento da fome) Insulina EXÓGENA (insulinoterapia) inibe a expressão do NPY ( ingestão alimentar) PYY Inibe o apetite VIAS ANOREXÍGENAS Hormônio Liberador de Corticotropina (CRH) CRH (hipotálamo) libera ACTH na hipófise secreção de cortisol (adrenais) Magros hipersecreção de CRH ANOREXIA Jejum em OBESOS ativação de neurônios que liberam CRH cortisol consumo de calorias e resistência para perda de peso Serotonina Expresso no ventromedial do hipotálamo consumo alimentar serotonina depressão, suicídio, agressão, ansiedade e bulimia Dependente da ingestão alimentar de triptofano e de carboidratos ( triptofano no cérebro) Ác. fólico + B6 + Magnésio atividade da enzima triptofano hidroxilase conversão de triptofano em serotonina Envelhecimento níveis de triptofano triptofano glicemia e liberação de glicose para o cérebro e apetite. VIAS ANOREXÍGENAS Serotonina Neurotransmissores importantes no mecanismo da saciedade Modulam o apetite através da leptina Precursor da serotonina = TRIPTOFANO OBESOS triptofano plasmático Serotonina Dopamina Neurotransmissor catecolamínico Melhora o prazer e habilidade em lidar com o estresse Atenua estados de compulsão alimentar e desejos por carboidratos Precursor: TIROSINA (tirosina hidroxilase) (dependente de B6) Mc4r: receptor 4 de melanocortinas Córtex Orbitofrontal Construção da representação do sabor e prazer atribuído ao estímulo gerado pelo alimento. Neurônios das áreas gustativas (variação genética): -Gustativos (34%) -Olfativos (13%) -Visuais (21%) -Aumento do apetite por determinado alimento por estímulo visual (publicidade). Papilas gustativas (língua) – “botões do paladar” Variação genética tipo e número Influência na escolha do alimento. SACIEDADE E FOME GRELINA E LEPTINA https://www.youtube.com/watch?v=tEO0wmsrhe4 https://www.youtube.com/watch?v=pAmCrFrNQYM https://www.youtube.com/watch?v=b7Ru7ykj7cY https://www.youtube.com/watch?v=E29OXfe7idY https://www.youtube.com/watch?v=tEO0wmsrhe4 https://www.youtube.com/watch?v=pAmCrFrNQYM https://www.youtube.com/watch?v=b7Ru7ykj7cY https://www.youtube.com/watch?v=E29OXfe7idY Atividade Construa um mapa mental relacionando os principais aspectos abordados na aula.
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