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Guia completo sobre a telemedicina Introdução 3 Apesar de não ser uma prática nova no meio médico, a telemedicina tornou-se muito mais popular no Brasil desde março deste ano. A Portaria 467/20, publicada pelo Ministério da Saúde, dispos sobre a regulamentação dessa modalidade no país em caráter de exceção, enquanto houver necessidade de enfrentamento da pandemia do coronavírus. Por se tratar de algo recém- regulamentado, ainda há muitas dúvidas sobre o assunto. Por isso, neste ebook você encontrará todas as informações que precisa para se inteirar a respeito dele. Acompanhe para entender como a telemedicina pode ser implantada no seu consultório e quais os cuidados devem ser tomados. Vamos lá! Como surgiu a telemedicina? 4 5 Como já citamos, a telemedicina é uma prática antiga que antecede o advento e a popularização da internet no mundo. Trata-se, por essência, de uma modalidade impulsionada pela necessidade de comunicação entre médicos e pacientes e entre profissionais de saúde. O primeiro registro que se tem notícia na história data de 1910, quando foi registrada a invenção do estetoscópio eletrônico. S. G. Brown publicou o artigo “A Telephone Relay” no jornal londrino “Journal of the Institution of Electrical Engineers” relatando a sua experiência. Ele havia conseguido criar amplificadores, receptores e repetidores capazes de transmitir sinais em uma distância de até 50 milhas. Anos depois, a criação do telégrafo e da telegrafia fez com que a comunicação à distância ganhasse nova proporção. Já no século XIX, tornou-se comum o envio de laudos de exames de radiografia entre localidades distintas. A possibilidade de compartilhamento dessas informações ampliou o acesso de médicos a novas visões e deu um passo a mais em direção ao amplo acesso à saúde, 6 independentemente da região geográfica. Tal avanço só entrou em declínio após o surgimento do telefone. Os aparelhos passaram a ser usados pelos médicos em atendimentos hospitalares no final do século XIX. Além das ligações telefônicas propriamente ditas, a invenção ainda permitiu a transmissão de dados de exames de eletrocardiograma por meio das redes. Tal fato foi crucial para que as equipes médicas de todo mundo conseguissem tratar vários casos de emergência com sucesso. O avanço das redes de rádio foi crucial para salvar vidas durante a 2ª Guerra Mundial. Há relatos histórico que evidenciam que esse meio de comunicação foi usado para ligar equipes médicas de diferentes locais para amenizar os efeitos do isolamento causado pelo conflito. O primeiro registro da prática da telemedicina por meio de um sistema computacional, algo mais próximo do que conhecemos hoje, ocorreu na década de 1970. Nesta época, a NASA iniciou uma parceria com provedores de serviços médicos para desenvolver um sistema de saúde computadorizado. 7 O projeto “Space Technology Applied to Rural Papago Health Care (STAR- PAHC)” foi descontinuado cinco anos depois, mas deixou um legado muito importante. Ainda na mesma década, centros médicos europeus começaram a testar a transmissão de dados para diagnóstico para atendimentos em áreas remotas. A iniciativa foi adotada por países como a Groelândia para superar os desafios do distanciamento geográfico. Este avanço gradual da modalidade da telemedicina culminou na criação da American Telemedicine Association (ATA) em 1993. A instituição, sediada em Washington, foi fundamental para que os debates sobre o assunto ganhassem mais corpo e passassem a ser mais pautados. Avanços no Brasil À exemplo do restante do mundo, o Brasil passou a adotar práticas mais consistentes de telemedicina a partir da década de 1990. A empresa Telecardio deu início à transmissão remota de exames de telecardiograma em 1994. Um ano depois, o InCor criou o ECG-FAX, um serviço de análise de 8 laudos de eletrocardiograma por profissionais do hospital. Paralelamente, a rede Sarah criava uma rede de videoconferências para que a equipe médica de todas as unidades passassem a compartilhar informações. As cidades de Recife e Curitiba sediaram o surgimento das primeiras práticas de teleassistência (home care) e teleducação. O arquivamento de imagens e informações hospitalares e o monitoramento de pacientes à distância foram dois grandes avanços que contribuíram para maior divulgação da telemedicina no país. Atualmente, a recente regulamentação da prática fez com que milhares de profissionais de todo país começassem a buscar alternativas para atendimento dos seus pacientes. A adoção do método em clínicas e instituições hospitalares das redes pública e privada deve se popularizar nos próximos meses. Dia a após dia, os benefícios dessa modalidade começarão a ser percebidos por profissionais de diversas especialidades. Mas afinal, o que é telemedicina? 10 Depois de entender um pouco mais sobre o contexto histórico da telemedicina, é provável que você já tenha maior compreensão sobre esse conceito. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, essa modalidade não se restringe apenas aos meios digitais. Trata-se de um conceito mais amplo que engloba toda e qualquer prática médica realizada de forma remota. Basta estudar a origem do termo para se ter uma noção melhor sobre isso. O prefixo “tele” tem origem no idioma grego e faz referência à “distância”. Ou seja, a qualquer interação que aconteça entre médicos em localidades diferentes. A Resolução nº 1.643/2002 do Conselho Federal de Medicina define a telemedicina como: “o exercício da Medicina através da utilização de metodologias interativas de comunicação audiovisual e de dados com objetivo de assistência, educação e pesquisa em saúde”. Dessa forma, pode-se afirmar que ela é uma das ações que compõem o contexto mais amplo da telessaúde. Enquanto a telemedicina é um dos ramos da Medicina e, portanto, http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/2002/1643_2002.htm 11 obviamente só pode ser exercidos por médicos, a telessaúde é muito mais ampla. Esse segundo conceito se refere à utilização de sistemas de informação, comunicação e tecnologia em geral na área saúde. Ou melhor dizendo, a telessaúde pode ser desempenhada por qualquer profissional do ramo, inclusive, em rotinas administrativas dos serviços de saúde. Entenda mais sobre o assunto 12 13 À essa altura da leitura é provável que você já tenha notado que a telemedicina não é apenas um tipo de procedimento médico. Na verdade, trata-se de uma modalidade muito ampla que tem diversos conceitos agregados. Por isso, queremos destacar alguns termos que estão ligados ao assunto para que você entenda as diferenças entre eles de uma vez por todas. Vamos lá! Teleorientação A teleorientação tem sido fundamental para combater o avanço do coronavírus no país. Portanto, é uma das modalidades mais difundidas atualmente entre a comunidade médica. Como é possível supor pelo próprio termo, consiste na orientação de pacientes de maneira remota. Ou melhor, segundo este modelo, o médico faz uma espécie de triagem inicial à distância com os pacientes. Havendo necessidade, ele deve os encaminhar para o atendimento presencial subsequente. Trata-se de uma prática muito útil para momentos semelhantes em que o estamos vivendo, pois ajuda a dar apoio às pessoas, sem que 14 elas tenham necessidade de romper com o isolamento social que se faz necessário. Telemonitoramento O telemonitoramento é tipo de atendimento por telemedicina muito usado para prestar assistência à pacientes crônicos. Em casos como estes, geralmente, é necessário que haja um monitoramento constante do estado de saúde para que o tratamento seja mais bem-sucedido. Desse modo, após o atendimento presencial, o médico passa a fazer contato telefônico ou a utilizar a tecnologia como aliada para avaliação constante dos avanços doquadro clínico. O telemonitoramento tem inúmeras vantagens para os pacientes crônicos. Pesquisam indicam que sua adoção pode reduzir os riscos de reinternação e os custos assistenciais. Além disso, propicia mais qualidade de vida para o paciente. Isso acontece uma vez que ele passa a conviver com a doença de forma mais controlada, aumentando o seu bem-estar e, na maioria dos casos, contendo os avanços da 15 enfermidade. A prática é igualmente vantajosa para o médicos. Além de ter baixo custo de implementação, ainda permite a ampliação dos atendimentos e melhor suporte à casos complexos. Teleinterconsulta Outro tipo de ação que pode ser de grande valia para abordagem de casos complexos é a teleinterconsulta. Essa ação diz respeito à troca de informações e opiniões entre médicos para que haja auxílio diagnóstico ou terapêutico. Consultar um segundo especialista ou uma equipe médica de especialidades complementar aumenta as chances de sucesso do tratamento e amplia os conhecimentos técnicos. Além disso, permite maior segurança nas decisões e reforço de diagnósticos assertivos. Pode-se perceber, então, que se trata de uma atitude muito vantajosa para os profissionais e para os pacientes. Benefícios da Telemedicina 16 17 Tanto a saúde pública como a privada podem se beneficiar do advento da telemedicina. Isso porque a tecnologia e a comunicação atuam como pontes entre pacientes e médicos, ampliando a assistência médica. Listamos 6 benefícios da telemedicina para que você compreenda mais sobre a importância de adotá-la em seu consultório. 1) Universalização da saúde É sabido que há uma desigualdade na distribuição de médicos no Brasil. Uma pesquisa feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a partir do Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (DataSUS) apontou mais detalhes sobre esse problema. De acordo com esse estudo, Amazonas, Acre, Amapá, Pará e Maranhão apresentavam em 2019 os menores índices de distribuição de médicos para cada 100 mil habitantes entre todos os estados do país. Tal cenário pode ser amenizado com apoio da telemedicina. A adoção de atendimentos à distância é capaz de fazer com especialistas entre em contato com pacientes de todas 18 as partes do Brasil, sem limitações geográficas. Desta forma, amplia-se o acesso à saúde, universalizando os atendimentos. 2) Redução de custos Atender pacientes remotamente pode significar a redução de vários custos fixos do seu consultório. Suprimir contratos como a locação de uma sala e os custos de manutenção dela (luz, água, condomínio, etc.) pode ter grande impacto no seu orçamento financeiro. Além dos gastos com o negócio, há ainda uma redução em custos de cunho pessoal. Como exemplo disso podemos citar os valores investidos com combustível para ir trabalhar e com estacionamento. Além disso, práticas como o envio de laudos por meio da internet reduzem os custos de envios de arquivos, tais como Correios ou entregadores. 3) Fidelização de pacientes Muitos médicos de todo país resolveram suspender o atendimento presencial dos seus consultórios devido ao contexto do país ou até mesmo por decisão pessoal. 19 Durante esse período de isolamento, é preciso redobrar a atenção em relação ao fluxo de pacientes da sua clínica. Manter contato com os seus pacientes por meio da telemedicina permitirá que você se aproxime ainda mais deles e mostre apoio em um momento tão decisivo. Na prática, essa é uma maneira de estreitar o relacionamento com os pacientes, reforçando a sua autoridade para conduzir os tratamentos deles. Assim, é possível imaginar que a consequência natural disso é a maior fidelização da base de pacientes do seu consultório. Possivelmente, os resultados disso serão ainda mais fáceis de perceber após o fim da pandemia da Covid-19. Os profissionais que investirem na otimização dos seus atendimentos colherão excelentes frutos deste trabalho. 4) Continuidade de tratamento Dar continuidade ao atendimento dos pacientes, mesmo durante o período de isolamento social, é uma das principais vantagens dessa modalidade. 20 Existem diversas doenças crônicas que podem evoluir sem o acompanhamento médico. Por isso, a ajuda desse profissional torna-se essencial num momento como estes. Para facilitar o entendimento sobre isso, vamos citar como exemplo os quadros de depressão e ansiedade. Pacientes com esses transtornos devem ser monitorados de perto pelos psiquiatras que os atendem para que possam assegurar o seu bem-estar. Por meio da telemedicina, é possível se certificar sobre o quadro deles e fazer a devida teleorientação, encaminhando os casos mais graves para o atendimento presencial. 5) Compartilhamento de informações O compartilhamento de informações por meio da teleinterconsulta pode fazer com que o médico aprofunde mais o conhecimento sobre a sua especialidade. Poder discutir um caso complexo com outro profissional da área é uma experiência enriquecedora. As plataformas de telemedicina permitem que médicos compartilhem informações sobre casos complexos, aumentando a 21 assertividade dos tratamentos e ampliando a visão técnica sobre casos desafiadores. 6) Agilidade na entrega de laudos A emissão de laudos à distância é muito vantajosa para pacientes e profissionais de saúde. Enquanto os primeiros se beneficiam muito da agilidade na entrega dos resultados de exames, os últimos ganham com a agilidade na emissão dos laudos. Compor um laudo pode ser uma tarefa trabalhosa e que exige conhecimento especializado. Quando isso passa a ser feito de forma remota, o profissional ganha mais tempo para analisar apenas o resultado e estudar o quadro do paciente. Além disso, clínicas pequenas podem ampliar a especialidades atendidas por meio da adoção dos laudos compartilhados pela telemedicina. Implicações éticas e jurídicas 22 23 Até aqui falamos sobre as vantagens da adoção da telemedicina em consultórios e hospitais públicos e privados. Mas, como tudo na vida tem dois lados, temos o dever de alertar você também sobre as implicações éticas e jurídicas sobre esse tipo de atendimento. Assim como qualquer prática médica, deve-se ater às normas éticas para a correta prestação de atendimento dos pacientes. Seguindo algumas orientações, você perceberá que é fácil minimizar os riscos. Veja o que você deve fazer para isso: 1) Evite o risco de vazamento de dados O vazamento de dados médicos é um grave - além de um problema ético, é crime. Por isso, antes de iniciar qualquer tipo de atendimento por meio da telemedicina, você deve certificar que a plataforma é segura. Adotar ferramentas tais como Zoom ou o Google Meet não é recomendado. Por mais famosas que essas alternativas sejam, é muito comum encontrar relatos sobre o vazamento de informações e clonagem de contas. 24 Assegure-se que não há risco de segurança da informação optando pela adoção de um software médico próprio para essa finalidade. Assim, você evita dores de cabeça e garante a segurança das informações dos seus pacientes. 2) Registre o prontuário do paciente Tal como acontece em um atendimento presencial, o preenchimento do prontuário médico é obrigatório. Por isso, é importante que o médico conte com uma plataforma própria para isso. Quando se está fazendo um atendimento remoto pela internet, dificilmente, o profissional conseguirá conversar com o paciente e fazer registros em papel. Logo, o ideal mesmo é contar com um sistema de prontuário eletrônico que facilite esse registro de forma digitalizada. Além de ser mais prático, esse tipo de software ainda resguarda as informações com segurança, eliminando a necessidade do armazenamento da papelada. Um bom prontuário eletrônico é mais do que uma ferramenta para digitalização dos atendimentos. É https://blog.imedicina.com.br/seguranca-de-softwares-medicos-tudo-o-que-voce-precisa-saber/25 também uma ferramenta capaz de otimizar a gestão do seu consultório de ponta a ponta. 3) Informe o paciente sobre as peculiaridades do atendimento Se por um lado a telemedicina não é novidade para a comunidade médica, por outro, boa parte dos brasileiros está tendo a primeira vivência com essa prática agora. Portanto, muitos ainda desconhecem como funcionam os atendimentos por meio da teleorientação e podem ficar inseguros com algum tipo de abordagem, se não forem devidamente orientados. Para evitar quaisquer riscos de processos éticos e jurídicos no futuro, é essencial adotar um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para compartilhamento antes do atendimento. Esse documento, com validade jurídica, tem o intuito de deixar registrado que o paciente foi informado sobre como funciona a prática da telemedicina. Obviamente, deve ser acompanhado por uma orientação prévia do profissional. Um bate-papo objetivo e com linguajar voltado para o 26 público leigo é capaz de repassar as principais informações sobre o assunto. Contar com esse tipo de segurança no seu consultório pode dar mais segurança jurídica para você atuar e aumentar o índice de satisfação do paciente com o seu consultório. Tanto pacientes quanto médicos só têm a ganhar com isso. 4) Honorário médicos compatíveis Assim que a telemedicina foi regulamentada no Brasil, muitos médicos passaram a se perguntar se as teleorientações poderiam ser cobradas. O Conselho Federal de Medicina (CFM) recentemente se posicionou sobre o assunto para esclarecer a confusão causada pela portaria 467/20. Apesar de não expressar explicitamente que as consultas podem ser cobradas, o artigo 2° do documento afirma que as ações de telemedicina podem ser feitas no âmbito do SUS, na Saúde Suplementar e na Saúde Privada. Ou seja, entende-se que a cobrança é permitida. 27 Especialistas em direito da saúde orientam que honorários abusivos, como por exemplo, o recebimento pela emissão remota de um laudo ou relatório médico, não devem ser praticados. O mais adequado é que o médico faça a cobrança tal como ocorre em uma consulta habitual e presencial. Usar o mesmo parâmetro do atendimento tradicional evitará passivos jurídicos passado a pandemia. O profissional precisa ter em mente que a consulta em si não mudou. A única diferença é em relação ao meio de realização. Logo, deve ser justo na cobrança dos seus honorários, evitando abusos nos valores ou desvalorização do próprio serviço. 5) Use certificado digital para emissão de receitas médicas O artigo 6° da Portaria 467/20 do Ministério da Saúde permite a emissão de receitas médicas com uso da assinatura digital - desde que corretamente regularizada por uma empresa certificadora. Desde a sua publicação, médicos de todo país podem assinar as receitas médicas digitalmente para validar os documentos, sem que haja 28 necessidade de contato presencial. Essa mudança dá mais flexibilidade para os atendimentos da teleorientação, sem diminuir a segurança jurídica dos documentos. Desde 2001, quando foi criada a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP Brasil, os documentos assinados com o apoio de um certificado digital tem a mesma validade jurídica que o papel. Agora, tal validação foi estendida para a prática médica. A adoção deste recurso é uma importante maneira de reforçar os atendimentos à distância, potencializando o isolamento social tão necessário neste momento. Qualquer paciente que chegar à farmácia com uma receita eletrônica deve ser atendido normalmente. Nenhum estabelecimento pode se negar a aceitar um arquivo como esse. Existem diversas redes de drogarias que já estão preparadas para a adoção deste método e têm atendido a demanda dos pacientes sem empecilhos. 29 Como começar a atender por meio da telemedicina? 30 Diante de todas as vantagens que listamos, é bem provável que você já esteja considerando adotar a telemedicina como alternativa para adoção em seu consultório. Você já viu que as implicações éticas e jurídicas são facilmente contornáveis tomando alguns cuidados simples. Agora, vamos orientá-lo sobre o que você deve observar antes de de adotar qualquer sistema de telemedicina. Saiba o que você deve avaliar ao contratar uma plataforma: 1) Segurança dos dados Já mencionamos anteriormente, que a segurança dos dados do paciente é um requisito fundamental em qualquer plataforma de telemedicina. Em termos práticos, as soluções mais indicadas são aquelas cujas as informações estão hospedadas em nuvens. Isso acontece porque fornecedores desse serviço têm compromissos muito sérios com a privacidade dos dados. Os clouds têm estruturas mais sólidas de controle adequado das permissões de uso, impedindo a divulgação de quaisquer dados referentes ao paciente. 31 Dessa forma, são muito mais seguros que os softwares instalados em seu computador como, por exemplo, o Zoom. Um outro recurso que confere mais segurança à plataforma é o uso do protocolo https. A inclusão do “S” na URL quer dizer que o link em questão possui um certificado e que senhas criptografadas foram geradas. Assim, as informações transmitidas entre o seu computador e a página não podem ser rastreadas. 2) Controle da sala Ter total controle sobre os usuários da sala de videoconferência é fundamental para assegurar a confiabilidade do sistema que você está usando. Plataformas como o Google Meet, por exemplo, em que qualquer pessoa pode adicionar convidados à uma sala já criada não devem ser usadas com essa finalidade. Garanta a sua segurança e do seu paciente por meio da adoção de um sistema com controle por meio de tokens. Assim, você evita acessos indevidos e, consequentes, vazamentos de dados. 32 Outro recurso adicional que pode ser usado com a mesma finalidade é o registro do IP de acesso do médico e do paciente. 3) Acesso ao prontuário Mesmo que você já tenha informatizado o seu consultório e utilize o prontuário eletrônico, é importante se certificar que o seu software de telemedicina permite rápido acesso aos arquivos do paciente. O ideal é que o prontuário digital conste na mesma janela da teleorientação e não em uma aba separada. Desta maneira, você será mais produtivo e otimizará o seu tempo durante a consulta. Além disso, esse fato dará mais segurança para acesso e registro dos dados do paciente. 4) Criptografia na conexão de vídeo Além de ter um ambiente seguro para registro das informações, é importante que o software de telemedicina tenha também resguardo em relação à conexão de vídeo em si. A melhor opção para isso é o uso da criptografia de ponta a ponta. A 33 adoção deste recurso evita que o sistema possa armazenar qualquer tipo de dado sobre a chamada, seja ele de áudio e/ou vídeo. Portanto, sistemas que contam esse tipo de funcionalidade são mais seguros e evitam dores de cabeça no futuro. Resguardam a privacidade de todos os envolvidos, assim como deve ser. 5) Integração com ações de relacionamento De nada adianta contar com um sistema robusto de telemedicina, se os seus pacientes não tomarem conhecimento disso. Logo, é importante adotar práticas de relacionamento e marketing médico para maior adesão da sua base de pacientes. Funcionalidades com o agendamento online em um site médico podem facilitar a divulgação dos seus atendimentos. Elas dão mais comodidade e praticidade para os pacientes marcarem suas consultas de qualquer lugar e em qualquer horário. Telemedicina: perspectivas e avanços 34 35 Um dos assuntos mais discutidos entre a classe médica atualmente diz respeito ao futuro da telemedicina no Brasil passada a pandemia da Covid-19. Antes da regulamentação em caráter de exceção, muitos profissionais tinham receio dessa prática, pois acreditavam que ela mecanizaria os atendimentos, indo em rumo contrário àmissão médica. Agora, alguns deles já passam a enxergar essa modalidade com outros olhos. Fato é que essa experiência, possivelmente, terá como legado uma melhor percepção sobre o uso da tecnologia no ramo da Medicina. Sem a telemedicina, a atuação dos profissionais de saúde continua a mesma. Agora, se retirarmos os médicos da prática da telemedicina, a modalidade se esvazia e perde o sentido. Portanto, precisamos ressaltar que a tecnologia em si é apenas um meio para viabilizar as consultas. A razão dos atendimentos continua e sempre será sendo a prática médica. Os atendimentos presenciais não deixarão de existir em um futuro próximo. A telemedicina não é uma ameaça à medicina tradicional. Na verdade, deve ser vista como 36 mais uma aliada para aproximar médicos e pacientes e permitir a universalização da saúde. 37 Conheça a solução de telemedicina do iMedicina 38 O iMedicina oferece uma plataforma para teleorientação integrada com prontuário eletrônico e agendamento online totalmente gratuita. Desde a explosão da pandemia do COVID-19, estamos 100% focados em otimizar ainda mais o contato entre médicos e pacientes. A plataforma foi desenvolvida em conjunto com 70 desenvolvedores da comunidade de tecnologia de Belo Horizonte, que atuaram em solidariedade desde o início da pandemia, para entregar essas soluções o mais rápido possível. Queremos conectas bons médicos aos seus pacientes por meio do nosso sistema para que ambos resguardem a sua saúde. Acreditamos que esse é o melhor caminho para manter a população acolhida e segura em casa durante este momento. O diferencial da solução de telemedicina do iMedicina é a integração com um sistema de gestão completo para o seu consultório. Por meio dele, você poderá otimizar os três pilares mais importantes para o sucesso de qualquer consultório médico: atração, atendimento e fidelização. Assim, além de viabilizar 39 os atendimentos à distância, você ainda otimiza a gestão da sua clínica. Para se registrar e começar a usar o sistema agora mesmo, basta acessar o nosso site e criar o seu cadastro. Gostou do e-book? Para receber mais dicas sobre a telemedicina, acesse o nosso blog. https://imedicina.com.br/telemedicina/ http://blog.imedicina.com.br 40 Sobre o iMedicina O iMedicina é responsável por fornecer soluções ERP, marketing e CRM para clínicas e consultórios de todo país, apoiando-se em 3 grandes pilares: atração, atendimento e fidelização de pacientes. Está no mercado desde 2016 e é uma das 10 maiores empresas de tecnologia em saúde, segundo a Distrito.me. Participa do programa ScaleUp da Endeavor, junto às empresas de maior crescimento do país. Atende mais de 10 mil médicos no país inteiro com suas soluções de tecnologia. Saiba mais: http://www.imedicina.com.br http://www.imedicina.com.br