Sistema nervoso central

Prévia do material em texto

Sistema Nervoso Central
Profa Angelita Stabile
Paulo, 23 anos, tropeçou em um desnível na calçada e sofreu uma
queda, batendo fortemente com a cabeça no chão. Como apresentava apenas
um ferimento superficial, preferiu não procurar atendimento médico.
Aproximadamente três horas após o tombo começou a apresentar forte dor de
cabeça, acompanhada por confusão mental e vômito em jato.
O que poderá ter acontecido ao Paulo?
Para pensar...
Sistema nervoso: Coordena as funções de todos
os sistemas do organismo, através da recepção
e interpretação de estímulos dos meios interno e
externo e desencadeamento de respostas
adequadas
Contribui para a homeostase do 
organismo
Homeostase
Funções do sistema nervoso
Armazenamento de 
experiências (memória)
Estabelecer padrões de respostas 
com base em experiências anteriores
Resumindo...
 Orientação do corpo em relação aos ambientes interno e
externo
 Coordenação e controle das atividades do corpo
 Assimilação de experiências necessárias para a memória,
aprendizado e inteligência
 Programação do comportamento instintivo (mais
importante em outros vertebrados do que em humanos)
Funções do sistema nervoso
Unidade funcional do sistema nervoso
ESTRUTURA BÁSICA DO NEURÔNIO
CORPO CELULAR
Núcleo
DENDRITOS
AXÔNIO
Bainha de 
mielina
Célula de 
Schwann
Axônio
Bainha de 
mielina
Nódulo de 
Ranvier
N. bipolar: Possui um dendrito principal e um axônio (retina, orelha interna, área 
do olfato);
N. Multipolar: Possui vários dendritos e um axônio (maioria do neurônios do 
encéfalo e da medula espinhal);
N. pseudounipolar: possui dois axônios (neurônios sensoriais).
Tipos de neurônios
Divisão Partes Funções Gerais
Sistema 
Nervoso 
Central
(SNC)
Sistema 
Nervoso 
Periférico
(SNP)
Encéfalo e 
Medula 
Espinhal
Nervos e 
gânglios
Processamento 
e Integração de 
informações
Condução de 
informações entre 
órgão receptores de 
estímulos, o SNC e 
órgãos efetores 
(músculos, por ex.)
Organização do Sistema Nervoso 
Humano
Divisão do Sistema Nervoso
Sistema nervoso central 
(SNC)
Recepção de 
estímulos e 
desencadeamento de 
respostas 
(centro controlador)
Encéfalo
Medula espinhal
Divisão topográfica do sistema nervoso
Sistema nervoso periférico 
(SNP)
Divisão do Sistema Nervoso
Divisão topográfica do sistema nervoso
Possui as vias de condução do SN
Vias aferentes: Levam sinais da
periferia para o SNC (sensoriais)
Vias eferente: Levam sinais do SNC
para a periferia (motoras)
Voluntárias (somáticas)
Involuntárias (autônomas)
O encéfalo possui taxa metabólica elevada
2% peso corporal (1,4kg)
20% fluxo cardíaco em repouso
750ml/min
Fluxo permanece estável mesmo com
alterações da atividade física e mental
Interrupção do fluxo por 10 segundos
leva a perda de consciência
Irrigação sanguínea do Encéfalo
Embriologia do Sistema Nervoso
Embriologia do Sistema Nervoso
Telencéfalo
Prosencéfalo
Hemisférios cerebrais: controle das atividades 
sensitivas e motoras; raciocínio, memória e 
inteligência; funções instintivas e límbicas
Diencéfalo
Tálamo: centro retransmissor; todos os impulsos 
(exceto olfato) que se dirigem ao cérebro fazem 
sinapse aqui; início de respostas autônomas para 
dor
Hipotálamo: regula sede; temp. corporal; controla 
glândula hipófise; funções instintivas e límbicas
Epitálamo: resposta emocional a odores; produção 
de hormônios
Hipófise: secreção de hormônios
Mesencéfalo
Colículos superiores: reflexos visuais 
Colículos inferiores: reflexos auditivos
Rombencéfalo
Metencéfalo:
Cerebelo: Coordenação motora e do 
equilíbrio
Ponte: Centro retransmissor
Mielencéfalo:
Bulbo: Centro retransmissor; centros 
autônomos viscerais (controle da frequência 
cardíaca e respiração)
Tronco encefálico
Mesencéfalo + ponte + bulbo = tronco encefálico
Cérebro ou Encéfalo?
Cérebro
Diencéfalo
Tronco encefálico
Cerebelo
Encéfalo
Substância branca / substância cinzenta no 
encéfalo
Córtex, núcleos da base: substância cinzenta
Substância branca: axônios de neurônios mielínicos
Substância cinzenta: corpos de neurônios
Sulcos, giros e fissuras
Meninges
Meninges: o sistema nervoso é envolto por membranas conjuntivas denominadas 
meninges que são classificadas como três: dura-máter, aracnóide e pia-máter. 
Meninges
Dura-máter: é a meninge mais superficial, espessa e resistente, formada por
tecido conjuntivo muito rico em fibras colágenas, contendo nervos e vasos. É
formada por dois folhetos: um externo (camada periostal) e um interno (camada
meníngea). O folheto externo adere intimamente aos ossos do crânio e se
comporta como um periósteo destes ossos, mas sem capacidade osteogênica.
Pregas da dura-máter: em algumas áreas o folheto interno da dura-máter destaca-se do externo para formar pregas que 
dividem a cavidade craniana em compartimentos que se comunicam amplamente. As principais pregas são: 
Foice do cérebro: é um septo vertical mediano em forma de foice que ocupa a fissura longitudinal do cérebro, separando 
os dois hemisférios. 
Tenda do cerebelo: projeta-se para diante como um septo transversal entre os lobos occipitais e o cerebelo. A tenda do 
cerebelo separa a fossa posterior da fossa média do crânio, dividindo a cavidade craniana em um compartimento superior, 
ou supratentorial, e outro inferior, ou infratentorial. 
Foice do cerebelo: pequeno septo vertical mediano, situado abaixo da tenda do cerebelo entre os dois hemisférios 
cerebelares. 
Seios da duramater
Aracnóide: é uma membrana muito delgada, justaposta à dura-máter, da qual se separa por um espaço
virtual, o espaço subdural, contendo uma pequena quantidade de líquido necessário á lubrificação das
superfícies de contato das membranas. A aracnóide separa-se da pia-máter pelo espaço subaracnóideo
que contem líquor, havendo grande comunicação entre os espaços subaracnóideos do encéfalo e da
medula. Considera-se também como pertencendo à aracnóide, as delicadas trabéculas que atravessam
o espaço para ligar à pia-máter, e que são denominados de trabéculas aracnóides. Estas trabéculas
lembram, um aspecto de teias de aranha de onde vem o nome aracnóide.
Pia Mater
Pia-máter: é a mais interna das meninges, aderindo intimamente à superfície do encéfalo
e da medula, cujos relevos e depressões acompanham até o fundo dos sulcos cerebrais. A
pia-máter dá resistência aos órgãos nervosos, pois o tecido nervoso é de consistência
muito mole. A pia-máter acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso a partir do
espaço subaracnóideo, formando a parede externa dos espaços perivasculares. Neste
espaço existem prolongamentos do espaço subaracnóideo, contendo líquor, que forma um
manguito protetor em torno dos vasos, muito importante para amortecer o efeito da
pulsação das artérias sobre o tecido circunvizinho.
Veias meníngeas
Paulo, 23 anos, tropeçou em um desnível na calçada e sofreu uma
queda, batendo fortemente com a cabeça no chão. Como apresentava apenas
um ferimento superficial, preferiu não procurar atendimento médico.
Aproximadamente três horas após o tombo começou a apresentar forte dor de
cabeça, acompanhada por confusão mental e vômito em jato.
O que poderá ter acontecido ao Paulo?
Mas, e o caso...
Hematoma 
subdural agudo
Ventrículos cerebrais
Líquido céfalo-raquidiano (Líquor)
Líquido translúcido, pobre em proteínas
Produzido pelos plexos corióides (assoalho dos ventrículos laterais, teto 
do 3º e parede posterior do 4º ventrículo)
É produzido e absorvido por em quantidades iguais (480 ml produzidos 
diariamente, mas apenas 80 a 150 ml banham o encéfalo e medula)
Age como um amortecedor dos choques
Utilizado para diagnóstico de doenças infecciosas e hemorragias do 
SNC
Plexos corióides
Circulação do líquor
Granulações da aracnóide
Granulações da aracnoide
http://www.youtube.com/watch?v=K9BYEO9725k
Deficiência da circulação ventricular 
(hidrocefalia)Divisão anatômica do cérebro
Sulcos e Giros
Sulco lateral
Sulco central
Giro pós-central
Giro pré-central
Sulco parieto-occipital
Fissura transversa do cérebro
Áreas funcionais do córtex
Área motora e área sensitiva
Phineas Gage (1823-1860)
Após o acidente, Phineas se tornou
“uma pessoa impaciente, com baixo
limiar à frustração, desrespeitoso
com as outras pessoas, incapaz de
adequar-se às normais sociais e de
planejar o futuro. Não conseguiu
estabelecer vínculos afetivos e
sociais duradouros novamente ou
fixar-se em empregos.”
António Damásio,
Algumas estruturas do encefalo
Cerebelo
Cerebelo: pequeno cérebro
Hemisférios cerebelares
Folhas cerebelares
Verme do cerebelo
Realiza o controle fino dos 
movimentos
Medula espinhal
Se estende do forame magno a 2º 
vértebra lombar
Não ocupa todo o canal medular
Cone medular: final da medula
Filamento terminal e cauda equina
Cone medular e cauda equina
Disposição da substancia branca e cinzenta na medula
Fissura mediana 
anterior
Sulco mediano 
posterior
Estrutura interna geral da medula espinal
Estrutura interna geral da medula espinal
Meninges e espaços na medula
•Intumescência 
cervical
•Intumescência 
lombossacral
Tenham uma excelente 
semana!!
Nervos Cranianos
I- olfatório
II- óptico
III- óculomotor
IV- troclear
V- trigêmeo
VI- abduscente
VII- facial
VIII- vestíbulo-coclear
IX- glossofaríngeo
X- vago
XI-acessório
XII- hipoglosso
Oculomotor (III), troclear (IV) e 
abducente (VI) 
Nervo facial (VII) (paralisia facial)
Plexos nervosos
Regiões cervical e lombo-sacral
São ramos ventrais que se intermeiam para formar nervos terminais 
que são composto por fibras provenientes de raízes diferentes
Arco reflexo medular
Neurônio sensorial (aferente)
Neurônio internuncial (associação)
Neurônio motor (eferente)
Dermátomos
Dor referida: infarto cardíaco
Dor fantasma
Herpes Zoster
TIPOS DE NEURÔNIOS
DENDRITOS
CORPO CELULAR
CORPO CELULAR
CORPO CELULAR
DENDRITOS
Direção da condução
AXÔNIO
AXÔNIO
AXÔNIO
NEURÔNIO SENSORIAL
NEURÔNIO 
ASSOCIATIVO
NEURÔNIO 
MOTOR