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RESUMO PROLIFERAÇÃO CELULAR - CÂNCER DE PULMÃO

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Proliferação Celular - SP5 
 
câncer de pulmão 
 
EPIDEMIOLOGIA 
O câncer de pulmão atualmente é o             
câncer diagnosticado com maior       
frequência no mundo entre os tipos           
principais (estimativa de 1,6 milhão de           
casos novos em 2008) e a causa de               
mortalidade por câncer mais comum         
mundialmente (1.380.000 mortes em       
2008).  
● Isso se deve, em grande parte, aos             
efeitos carcinogênicos do     
tabagismo.  
Nas próximas décadas, as alterações no           
hábito de fumar influenciarão muito na           
incidência e mortalidade do câncer de           
pulmão, assim como na prevalência dos           
vários tipos histológicos de câncer de           
pulmão 
 
 
Para o Brasil, estimam-se, para         
cada ano do triênio 2020-2022, 17.760           
casos novos de câncer de pulmão em             
homens e 12.440 em mulheres.  
● Esses valores correspondem a um         
risco estimado de 16,99 casos         
novos a cada 100 mil homens e 11,56               
para cada 100 mil mulheres. 
Sem considerar os tumores de pele não             
melanoma, o câncer de pulmão em           
homens ocupa a segunda posição mais           
frequente nas Regiões Sul (31,07/100 mil) e             
Nordeste (11,01/100 mil). Nas ​Regiões         
Sudeste (18,10/100 mil), Centro-Oeste       
15,11/100 mil) e ​Norte (9,24/100 mil), ocupa             
a terceira posição.  
Para as mulheres, é o terceiro mais             
frequente nas Regiões Sul (18,66/100 mil) e             
Sudeste (12,09/100 mil). Nas ​Regiões         
Centro-Oeste (10,87/100 mil), ​Nordeste       
(8,86/100 mil) e ​Norte ​(6,47/100 mil), ocupa             
a quarta posição. 
 
FISIOLOGIA 
● Tabagismo​: aproximadamente   
80% dos cânceres de pulmão         
ocorrem em fumantes ativos ou         
naqueles que pararam de fumar         
recentemente.  
○ Há uma correlação quase       
linear entre a frequência do         
câncer de pulmão e a         
quantidade de maços/ano     
consumida.  
○ O risco aumentado torna-se       
60 vezes maior entre       
fumantes pesados habituais     
(dois maços ao dia, por 20           
Larissa Moitinho 
anos) comparado com o de         
não fumantes.  
● Contudo, como o câncer de pulmão           
se desenvolve em apenas 11% dos           
fumantes pesados, há outros       
fatores que predispõem os       
indivíduos a essa doença mortal.  
○ Por razões que ainda não         
estão claras, as ​mulheres       
têm maior suscetibilidade     
aos carcinógenos da fumaça       
do tabaco que os homens. 
Infelizmente, os efeitos carcinógenos da         
fumaça do tabaco se estendem àqueles           
que vivem e trabalham com fumantes.  
● O fumo passivo ou a fumaça de             
tabaco ambiental contém     
numerosos carcinógenos humanos     
para os quais não existe um nível de               
exposição seguro.  
Estima-se que, a cada ano,         
aproximadamente 3.000 adultos não       
fumantes morram de câncer pulmonar         
como resultado da inalação passiva da           
fumaça do tabaco. 
 
O TABAGISMO ETIOLOGICAMENTE 
Embora a duração e intensidade do           
tabagismo estejam bem     
correlacionadas com o risco de câncer,           
nem todas as pessoas expostas ao           
tabaco desenvolvem câncer.  
● Alguns destes podem ser obra do           
acaso, mas é também provável         
que o efeito mutagênico dos         
carcinógenos do tabaco seja       
modificado por variáveis     
genéticas.  
Lembre-se de que muitos produtos         
químicos (pró-carcinógenos) são     
convertidos em carcinógenos através       
da ativação pelo sistema de ​enzimas           
mono-oxigenases P-450 altamente     
polimórficas.  
● Os polimorfismos específicos do       
P-450 tem capacidade     
aumentada para ativar     
pró-carcinogênicos na fumaça do       
tabaco, e fumantes com essas         
variações genéticas parecem     
incorrer em um risco maior de           
câncer de pulmão.  
● De maneira similar, os indivíduos         
cujos linfócitos do sangue       
periférico mostram quebras     
cromossômicas mais numerosas     
depois da exposição a       
carcinógenos relacionados ao     
tabaco (genótipo de sensibilidade       
mutagênica) apresentam um risco       
maior do que 10 vezes de           
desenvolvimento de câncer     
pulmonar quando comparados a       
grupos-controle, provavelmente   
por conta da variação genética         
em genes envolvidos no reparo do           
DNA. 
 
● Riscos industriais: Certas     
exposições industriais, como     
asbestos, arsênico, cromo, urânio,       
níquel, cloreto de vinila e gás           
mostarda aumentam o risco de         
desenvolvimento de câncer de       
pulmão. A radiação ionizante em         
altas doses é carcinogênica. Havia         
um aumento na incidência do         
Larissa Moitinho 
câncer de pulmão entre os         
sobreviventes das explosões das       
bombas atômicas de Hiroshima e         
Nagasaki, bem como nos       
trabalhadores altamente envolvidos     
na limpeza depois do desastre de           
Chernobyl. 
● Poluição do ar​: Não é certo se a               
poluição do ar, por si só, aumenta             
os riscos de câncer no pulmão, mas             
ela provavelmente aumenta o risco         
nos indivíduos que fumam ou estão           
expostos a fumaça de tabaco de           
terceiros. Isso se dá por diferentes           
mecanismos. 
 
A POLUIÇÃO ETIOLOGICAMENTE 
A exposição crônica a partículas do ar             
poluído pode causar irritação dos         
pulmões, inflamação e reparo, e as           
inflamações e reparos crônicos       
aumentam os riscos de vários tipos de             
câncer. 
 
● Genética molecular: Como em       
outras formas de câncer, os         
carcinomas pulmonares   
relacionados ao tabagismo se       
originam por um acúmulo gradativo         
de mutações oncogênicas     
“condutoras” que resultam na       
transformação neoplásica das     
células epiteliais pulmonares.  
○ Algumas alterações   
genéticas associadas com     
câncer podem ser     
encontradas nos epitélios     
brônquicos “benignos” de     
fumantes sem câncer     
pulmonar, sugerindo que     
grandes áreas da mucosa       
respiratória são   
mutagenizadas pela   
exposição a carcinógenos da       
fumaça do tabaco (“efeito de         
campo”).  
○ Nesse solo fértil, as poucas         
células que acumulam um       
arsenal suficiente de     
mutações condutoras   
complementares para   
adquirirem todas as marcas       
registradas de câncer se       
transformam em carcinomas     
invasivos. 
 
TIPOS E CARACTERÍSTICAS 
A OMS classifica o carcinoma         
broncogênico em dois grandes grupos         
histológicos:   
● Carcinomas de não-pequenas     
células (CNPC)​: os cânceres de         
não-pequenas células representam     
75 a 80% de todos os casos. 
○ Esses incluem o     
adenocarcinoma, o   
carcinoma de células     
escamosas (epidermóide) e     
o carcinoma de grandes       
células.   
○ Os não-pequenas células     
geralmente se disseminam     
lentamente para outros     
órgãos no corpo e pode ser           
difícil detectá- los em       
estágios precoces.   
Este grupo pode ser dividido nos           
seguintes subgrupos:  
Larissa Moitinho 
● Carcinoma de células escamosas       
(epidermóide)​: Variante papilar;     
Variante de células claras;       
Variante de pequenas células;       
Variante basalóide.  
● Adenocarcinoma​:   
○ Origem proximal (brônquica):     
acinar, papilar e sólido;   
○ Origem distal: carcinoma     
bronquíolo alveolar.  
● Carcinoma de grandes células​:  
○ Carcinoma neuroendócrino   
de células grandes;   
○ Carcinoma basiloide;  
○ Carcinoma de células claras;  
○ Carcinoma de células     
grandes com fenótipo     
rabdoide.   
● Carcinoma anaplásico de     
pequenas células. 
● Carcinoma adenoecamoso ou     
misto (epidermoide +adenocarcinoma).    
● Carcinoma de pequenas células       
(CPC ou oat cells )​: os cânceres             
de pequenas células são       
responsáveis por 20 a 25% dos           
casos de câncer de pulmão.   
○ Eles se disseminam muito       
rapidamente no pulmões     
para outros órgãos.  
■ Carcinoide 
neuroendócrino típico   
(produz substâncias do     
tipo carcinoide).  
■ O Carcinoide   
neuroendócrino atípico   
(libera substâncias   
vasoativas). 
■ O Variante: carcinoma     
de pequenas células     
combinado (CPC com     
elementos escam osos     
e/ou glandulares).  
 
SÍTIOS METÁSTATICOS 
● Pulmão contra lateral;   
● Ossos;   
● Fígado; 
● Adrenal;   
● Cérebro. 
 
 
FATORES DE RISCO 
● Radiação; 
● Intoxicação ambiental; 
○ Asbesto;  
○ Radônio.   
● Fibrose pulmonar;   
● HIV;   
Larissa Moitinho 
● Álcool;   
● DPOC;   
● Tabagismo.  
○ Pessoa com carga tabágica         
de 40 anos /maço tem 20x           
mais chance de desenvolver       
um câncer de pulmão em         
relação a um não tabagista. 
 
QUADRO CLÍNICO 
O câncer de pulmão é uma das neoplasias               
mais insidiosas e agressivas do domínio da             
oncologia.  
● Num caso usual, ele é descoberto           
em pacientes por volta dos 50 anos             
de idade ou mais, cujos sintomas           
têm vários meses de duração.  
● As principais queixas de       
apresentação são tosse (75%),       
perda de peso (40%), dor torácica           
(40%) e dispneia (20%).  
● Não raramente, o tumor é         
descoberto pela sua disseminação       
secundária, durante a investigação       
de uma neoplasia suspeita primária         
ou metastática em outra       
localização.  
Os sinais e sintomas específicos de           
pacientes com câncer de pulmão         
dependem dos seguintes fatores:   
● Localização do tumor;   
● Invasão locoregional;   
● Metástases à distância.   
Sintomas secundários ao crescimento       
do tumor primário dentro do brônquio           
ou central:   
● Tosse;   
● Hemoptise;   
● Estridor;   
● Dispneia por obstrução; 
● Pneumonia por obstrução (febre e         
tosse produtiva). 
Sintomas secundários ao crescimento       
periférico do tumor primário:    
● Dor pleural ou por envolvimento da           
parede do tórax; 
● Tosse;   
● Dispneia por base restritiva (devido         
à complacência limitada da caixa         
torácica e devido à dor);   
● Dispneia por basecavitação com       
abscesso pulmonar.   
Sintomas relacionados com     
crescimento loco regional para parede         
torácica por contiguidade ou por         
metástase linfonodal ​: 
● Obstrução traqueal; 
● Compressão esofágica com     
disfagia;   
● Rouquidão com paralisia do nervo         
laringo-recorrente;   
● Síndrome de Horner (ptose       
palpebral, miose e anidrose da         
hemiface) por paralisia de feixes         
Larissa Moitinho 
simpáticos que chegam ao tronco s           
impático cervical;   
● Síndrome da veia cava superior         
ou obstrução vascular     
(ingurgitamento de veia jugular,       
edema na face, edema palpebral,         
edema de membro superior,       
dispneia, confusão mental,     
circulação colateral);   
● Extensão para pericárdio e coração         
resultando em tamponamento,     
arritmia e falência cardíaca; 
● Obstrução linfática com derrame       
pleural; 
● Linfagite pulmonar com hipoxemia       
e dispneia; 
● Síndrome de Pancoast com       
compressão do VIII nervo cervical         
e I torácico, gerando dor         
supra-escapular intensa irradiada     
para a face medial do braço,           
antebraço e mão.   
Alguns sinais e sintomas inespecíficos         
do câncer de pulmão podem ocorrer,           
tais como:   
● Febre; 
● Astenia;   
● Perda de peso (um fator de           
péssimo prognóstico para o       
tumor de pulmão).   
○ A perda de peso e         
indisposição estão   
associados com o fatores       
de mau prognóstico.   
● O câncer de pulmão apresenta         
frequentemente mais síndromes     
paraneoplásicas em comparação     
com outro tumores.   
● Apesar do câncer de pulmão poder           
metastisar para qualquer órgão, os         
mais frequentes são:   
○ Pleura; 
○ Pulmão (para outro lobo); 
○ Ossos;   
○ Cérebro; 
○ Pericárdio;   
○ Fígado;   
○ Há também uma alta       
incidência de metástases     
adrenais: séries de     
autopsias chegam a     
descrever 41% dos casos.   
■ São geralmente   
assintomáticas, mas a     
insuficiência adrenal,   
embora seja um     
quadro raro, pode     
acontecer.  
 
PATOLOGIAS ASSOCIADAS 
Síndromes paraneoplásicas são     
condições que não são causadas por           
ação direta do tumor, mais sim , devido               
à produção de substâncias (geralmente         
peptídeos) que agem à distância         
mimetizando substâncias produzidas     
pelo organismo, como insulina, por         
exemplo.   
Síndromes endócrinas: 
● Hipercalemia; 
● Síndrome de Cushing;   
● Síndrome inapropriada do     
hormônio antidiurético; 
● Peptídeo natriurétrico atrial;   
● Ginecomastia;   
● Hipoglicemia; 
● Hipertireoidismo; 
● Hipercalcitonemia; 
Larissa Moitinho 
 
Síndromes neurológicas   
● Encefalopatia; 
● Leucoencefalopatia multifocal   
progressiva; 
● Polimiosite;   
● Neuropatia periférica; 
● Degeneração cerebelar subaguda; 
● Síndrome de Eaton-Lambert;   
● Neurite óptica;   
 
Síndromes ósseas e cutâneas  
● Osteoartropatia pulmonar   
hipertrófica;   
● Hiperceratose;   
● Dermatomiosite;   
● Acantose nigricans;   
● Hiperpigmentação;   
● Hipertricose lanuginosa. 
 
DIAGNÓSTICO 
A estratégia para o diagnóstico deve           
considerar riscos, probabilidade de       
resultados conclusivos e custos além do           
acesso.   
Citologia do escarro: o exame         
citopatológico do escarro poderá ser         
solicitado, visto que é um exame simples e               
que poderá confirmar a presença do           
câncer de pulmão.   
● Contudo, a ausência de células         
malignas no escarro certamente       
não exclui a doença.   
● O exame é normalmente coletado         
pela manhã, fazendo com que o           
paciente expectore num frasco       
de boca larga.   
● Este exame pode não ser tão           
válido em casos de tumores         
localizados na periferia pulmonar. 
 
 
Ultrassonografia endoscópica   
transesofágica : para tumores que         
sejam centrais ou próximos ao         
esôfago.   
● É um exame pouco utilizado         
devido ao seu alto custo.   
● Usa-se a USG para detectar         
tumor disseminado para o fígado,         
glândulas adrenais,   
retroperitônio, rins e linfonodos       
periaórticos.   
● Tem boa sensibilidade na       
detecção de pequenos derrames       
pleurais e pericárdicos.   
● A USG transesofágica é útil         
também para o diagnóstico de         
invasão do átrio esquerdo e veias           
pulmonares intrapericárdicas.  
● Pode ser auxiliar no estadiamento.   
 
Larissa Moitinho 
Punção transtoráxica com agulha:       
com o auxílio de exames por imagem             
(como a própria USG) para guiar a             
punção, o médico aspira com uma           
seringa conectada a uma agulha o           
material da lesão tumoral ou retira um             
pedaço de tecido da lesão através de             
uma agulha de corte.  
● Este método diagnóstico é utilizado         
só nos casos em que o tumor tem               
uma localização mais periférica,       
isto é, quando a lesão está bem             
próxima à parede do tórax.   
 
Citologia de líquido pleural: utilizado           
em pacientes com derrame pleural e           
pode ser feita por meio de uma             
toracocentese.   
● Aspira-se o líquido com uma         
seringa conectada a uma agulha         
após anestesia local.   
● É uma alternativa para o         
diagnóstico, pois alguns tumores       
de pulmão podem se apresentardessa forma.   
 
Cirurgia torácica vídeo assistida       
(toracoscopia): apresenta um bom       
resultado, mas tem um alto custo e             
traz os riscos de qualquer cirurgia           
torácica.   
● Deve-se avaliar a relação       
custo-benefício para a sua       
realização.   
● É utilizada apenas para lesões         
periféricas.   
 
Videobroncoscopia​: é um exame em         
que um aparelho flexível dotado de           
fibras ópticas e canal de         
instrumentação, por onde passam       
pinças e escovas, é introduzido pela           
boca ou pela narina do paciente,           
chegando até o pulmão.  
● Dentro do pulmão, é realizada uma           
lavagem da área da lesão (lavado           
brônquico) e um a pequena         
escova é esfregada na lesão ou           
próxima dessa.   
● São feitas lâminas com o         
esfregaço desse material da       
escova.   
● Através de pinças, são obtidos         
pequenos fragmentos da lesão.   
● Todo este material colhido é         
enviado para análise patológica.   
● O rendimento da     
videobroncoscopia é maior nos       
casos de tumores centrais (que         
ficam mais ao alcance do         
aparelho).   
○ Se o tumor não estiver         
centralizado, mas estiver     
próximo ao brônquio     
principal, pode- se fazer a         
broncoscopia associada à     
radioscopia.   
 
 
 
 
 
 
 
Larissa Moitinho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTADIAMENTO  
 
 
 
TRATAMENTO 
Os tumores malignos do pulmão podem           
ser tratados com ​cirurgia​,       
quimioterapia ​ ou ​radioterapia​.   
● Estas modalidades também     
podem ser combinadas.   
● A ​radioterapia é frequentemente         
utilizada em conjunto com a         
cirurgia. 
● Há vários casos em que, ao invés             
de se fazer a cirurgia, a           
radioterapia é combinada com a         
quimioterapia.   
● A ​quimioterapia ​também é       
utilizada em conjunto com a         
cirurgia, seja para tornar os         
tumores menores, facilitando a       
cirurgia, seja para ajudar a destruir           
as células cancerosas no local do           
tumor. 
O médico decidirá o tratamento de           
acordo com o ​tipo celular do tumor​,             
seu ​estadiamento e com as ​condições           
do paciente​.   
● Praticamente todos aqueles que       
sofrem de câncer de pulmão         
apresentam comorbidade   
cardiovascular, respiratória e     
vascular cerebral com base em sua           
idade, no tabagismo e em outra           
exposição ocupacional.   
● O teste mais útil é aquele de             
tolerância ao exercício, no qual a           
capacidade de caminhar 1600 m no           
solo plano ou subir seis lances de             
escadas sem repouso prolongado       
geralmente indica a elegibilidade       
para ressecção pulmonar.   
● O volume expiratório forçado em         
um segundo (F EV1) foi a           
orientação útil para a aptidão         
respiratória para ressecção, com       
40% do valor normal indicado a           
capacidade de sobreviver à       
lobectomia sem ficar como um         
Larissa Moitinho 
“incapacitado respiratório” após a       
cirurgia.  
● Na pneumoectomia, geralmente é       
necessário um FEV1 de 60%.   
A eleição de tratamento de acordo com o               
estadiamento da doença é apresentada a           
seguir:  
Estadiamento I e II: a cirurgia é o               
tratamento padrão, exceto para os         
paci entes que não atendem às           
condições orgânicas para a cirurgia ou           
para o pós- cirúrgico, isto é, não             
apresentam reserva pulmonar     
suficiente.  
● Para estes pacientes, pode-se       
fazer a radioterapia com o         
tratamento definitivo. 
Estadiamento II A a IIIA: faz-se cirurgia             
com quimioterapia adjuvante preventiva. 
Estadiamento IIIA com N2 volumoso e           
IIIB sem derrame pleural ou         
pericárdico: faz-se quimioterapia     
associada à radioterapia seguida de         
cirurgia ou então quimioterapia paliativa         
isolada (o que melhora a sobrevida do             
paciente).   
Estadio IIIB com der rame ou IV: opta-se               
por realizar apenas quimioterapia       
paliativa. 
 
POLÍTICAS PÚBLICAS/SUPORTE AOS     
FAMILIARES 
Com o lema "Nós podemos, eu posso", a               
Organização Pan-Americana da Saúde       
(OPAS) se une à comunidade internacional           
para marcar o ​Dia Mundial Contra o             
Câncer (4 de fevereiro)​, instando a           
aplicação de políticas públicas que         
favoreçam estilos de vida saudáveis, que           
poderiam evitar mais de um terço dos             
cânceres. 
Entre as estratégias propostas pela         
OPAS, escritório regional para as Américas           
da Organização Mundial da Saúde (OMS),           
para reduzir o risco de câncer e outras               
doenças não transmissíveis estão: 
● Aumentar os impostos, restringir o         
acesso e alertar sobre os perigos           
do tabaco e do uso nocivo do álcool. 
● Promover a consciência pública       
acerca da alimentação saudável, a         
atividade física e o peso saudável. 
● Imunizar contra a hepatite B desde           
o nascimento para prevenir o         
câncer de fígado e contra o           
papilomavírus humano (HPV), no       
caso das meninas adolescentes,       
para prevenir o câncer cervical. 
● Organizar programas de rastreio       
para detectar e tratar lesões         
pré-cancerosas e prevenir o câncer         
do colo do útero, além de detectar             
precocemente o câncer de mama. 
 
cUIDADOS PALIATIVOS 
 
O QUE É E SUA IMPORTÂNCIA 
Nas fases inicias do câncer, o           
tratamento geralmente é agressivo, com         
objetivo de cura ou remissão, e isso é               
compartilhado com o doente e sua           
família de maneira otimista.   
Quando a doença já se apresenta em             
estágio avançado ou evolui para esta           
condição mesmo durante o tratamento         
com intenção curativa, a ​abordagem         
paliativa deve entrar em cena no           
manejo dos sintomas de difícil controle           
Larissa Moitinho 
e de alguns aspectos psicossociais         
associados à doença.   
● Na fase terminal, em que o           
paciente tem pouco tempo de         
vida, o tratamento paliativo se         
impõe para, através de seus         
procedimentos, garantir qualidade     
de vida. 
Segundo a Organização Mundial de         
Saúde (​OMS​), em conceito definido em           
1990 e atualizado em 2002, "cuidados           
paliativos consistem na assistência       
promovida por uma equipe       
multidisciplinar, que objetiva a       
melhoria da qualidade de vida do           
paciente e seus familiares, diante de           
uma doença que ameace a vida, por             
meio da prevenção e alívio do           
sofrimento, da identificação precoce,       
avaliação impecável e tratamento de         
dor e demais sintomas físicos, sociais,           
psicológicos e espirituais".   
● O término de uma terapia curativa           
para o câncer não significa o final             
de um tratamento ativo, mas         
mudanças em focos de       
tratamento.  
A OMS enfatiza que o tratamento ativo               
e o tratamento paliativo não são           
mutuamente excludentes e propõe que         
"muitos aspectos dos cuidados       
paliativos devem ser aplicados mais         
cedo, no curso da doença, em           
conjunto com o tratamento oncológico         
ativo" e são aumentados gradualmennte         
como um componente dos cuidados do           
paciente do diagnóstico até a morte.   
● A transição do cuidado ativo para           
o cuidado com intenção paliativa         
é um processo contínuo e sua           
dinâmica difere para cada       
paciente. 
 
QUAIS TIPOS 
1. Fornecer alívio para dor e o utros               
sintomas estressantes como     
astenia, anorexia, dispnéiae       
outras emergências oncológicas.   
2. Reafirmar vida e a morte como           
processos naturais.   
3. Integrar os aspectos psicológicos,       
sociais e espirituais ao aspecto         
clínico de cuidado do paciente.   
4. Não apressar ou adiar a morte.   
5. Oferecer um sistema de apoio         
para ajudar a família a lidar com a               
doença do paciente, em seu         
próprio ambiente. 
6. Oferecer um sistema de suporte         
para ajudar os pacientes a viverem           
o mais ativamente possível até         
sua morte.  
7. Usar uma abordagem     
interdisciplinar para acessar     
necessidades clínicas e     
psicossociais dos pacientes e suas         
famílias, incluindo aconselhamento     
e suporte ao luto.   
Os ​cuidados paliativos modernos       
estão organizados em graus de         
complexidade que se somam em um           
cuidado integral e ativo.  
● Os ​cuidados paliativos gerais       
referem-se à abordagem do       
paciente a partir do diagnóstico         
de doença em progressão,       
atuando em todas as dimensões         
dos sintomas que vierem a se           
apresentar.   
Larissa Moitinho 
● Cuidados paliativos específicos     
são requeridos ao paciente nas         
últimas semanas ou nos últimos         
seis meses de vida, no momento           
em que se torna claro que o             
paciente encontra- se em estado         
progressivo de declínio.   
○ Todo o esforço é feito para           
que o mesmo permaneça       
autônomo, com preservação     
de seu autocuidado e       
próximo de seus entes       
queridos.  
● Os ​cuidados ao fim de vida           
referem- se, em geral, aos últimos           
dias ou últimas 72 horas de vida.   
○ O reconhecimento desta     
fase pode ser difícil, mas é           
extremamente necessário   
para o planejamento do       
cuidado e preparo do       
paciente e sua família para         
perdas e óbito.   
○ Mesmo após o óbito do         
paciente, a equipe de       
cuidados paliativos deve dar       
atenção ao processo de       
morte : como ocorreu, qual         
o grau de conforto e que           
impactos trouxe aos     
familiares e à própria       
equipe interdisciplinar.   
A assistência familiar pós- morte pode           
e deve ser iniciada com intervenções           
preventivas.   
● A abordagem ao paciente e         
família é feita por uma equipe           
multiprofissional composta por     
médicos, enfermeiros,   
fisioterapeutas, nutricionistas,   
assistentes sociais, psicólogos,     
fonoaudiólogos e farmacêuticos,     
em atividades diretamente ligadas       
às necessidades biopsicossociais.   
 
ENTIDADES 
O Hospital do Câncer (HC) IV é a               
unidade de Cuidados Paliativos do INCA,           
localizada no Rio de Janeiro,         
responsável pelo atendimento ativo e         
integral aos pacientes do Instituto         
portadores de câncer avançado, sem         
possibilidades de cura.   
● Assim, a instituição tem como         
missão “Promover e prover       
cuidados paliativos oncológicos     
da mais alta qualidade, com         
habilidade técnica e humanitária,       
com foco na obtenção da melhor           
qualidade de vida a seus         
pacientes e familiares. "   
O Hospital de Câncer de Barretos           
também é uma referênc ia na á rea, sua                 
missão se assemelha ao HC IV.   
● Toda via, seu funcionamento é         
peculiar, uma vez que existe uma           
área específica pra o tratamento         
dos pacientes com cuidado       
paliativo, na qual a equipe         
multiprofissional está preparada     
para atuar. 
 
REFERÊNCIAS 
 
Instituto Nacional de Câncer José Alencar           
Gomes da Silva. Estimativa 2020 :           
incidência de câncer no Brasil / Instituto             
Nacional de Câncer José Alencar Gomes           
da Silva. – Rio de Janeiro : INCA, 2019. 
Larissa Moitinho 
 
KUMAR, V.; ABBAS, A.; FAUSTO, N.           
Robbins e Cotran – Patologia – Bases             
Patológicas das Doenças. 8. ed. Rio de             
Janeiro: Elsevier, 2010;  
 
INCA. ​INDICADORES DA UNID ADE DE           
CUIDADOS PALIATIVOS/ HOSPITAL DO       
CÂNCER IV DO INSTITUTO NACIONAL         
DE CÂNCER /MS . Disponível em: <http             
://www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/HcIV/I
ndicadores HC IV_2009.pdf>. Acesso em:         
08 set. 2019. 
Larissa Moitinho

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