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EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DO TRABALHO DA X VARA DO TRABALHO DE XXXXX/XX PROCESSO N°.: XXXXX-XXXX-XX-XX-X PEDROSA, já qualificada nos autos da ação em epígrafe, por sua advogada Jéssica Santos (procuração em anexo), irresignado com a decisão que julgou improcedentes os Embargos à Execução, vem, tempestivamente, com fulcro no artigo 897, a, da CLT, interpor o presente: AGRAVO DE PETIÇÃO Requerendo que seja recebido, e, após instar a parte contrária para manifestar-se, seja o feito remetido para apreciação em instância Superior. Nestes termos, Pede e aguarda deferimento. Belo Horizonte, 20 de novembro de 2020. Advogada Jéssica Santos OAB/MG XX.XXX ___________________________________________________________________ AO EGRÉGIO TRIBUNAL DO TRABALHO DA XX REGIÃO RAZÕES DE AGRAVO DE INSTRUMENTO Agravante: MAURA Agravada: PEDROSA Autos n°.: XXXXX-XXXX-XX-XX-X I – DOS FATOS: II – DO CABIMENTO: O presente Agravo mostra-se cabível e adequado à situação, porquanto atende os requisitos do art. 897, a, tendo em vista a decisão ter sido proferida pelo Juiz em processo de execução. III – DAS RAZÕES DE REFORMA: A decisão que mantém a penhora da residência familiar merece reforma tendo em vista que configura pedido sobre bem impenhorável. Nos termos do artigo 1° da Lei nº 8.009/90, o imóvel de residência próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de qualquer outra natureza, contraída pelos cônjuges, ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam. Dispõe o artigo 5º do supracitado diploma legal que, para efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei, considera-se residência um único imóvel utilizado pelo casal ou entidade familiar para moradia permanente. Em casos análogos, assim de manifestou a jurisprudência do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região: Acórdão – Processo 00528-1998-027-04-00-9 (AP) Redator: MARIA DA GRAÇA RIBEIRO CENTENO Data: 13/11/2008 Origem: 27ª Vara do Trabalho de Porto Alegre EMENTA: IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA. A argüição de impenhorabilidade do bem de família, que trata a Lei 8.009/90, por ser um benefício de ordem pública, pode ser conhecida, inclusive, de ofício, pelo juízo do primeiro grau, em qualquer tempo ou fase processual, mediante petição nos autos, restando, portanto, prescindível a oposição de embargos à execução na forma prevista no artigo 884 da CLT. Apelo provido parcialmente. (…) Acórdão – Processo 01248-2005-372-04-00-7 (AP) Redator: BEATRIZ RENCK Data: 01/10/2008 Origem: 2ª Vara do Trabalho de Sapiranga EMENTA: AGRAVO DE PETIÇÃO. IMÓVEL RESIDENCIAL. IMPENHORABILIDADE. O imóvel utilizado pelo devedor e entidade familiar para moradia é impenhorável. Inteligência dos artigos 1º e 5º da Lei. 8.009/90. (…) Da legislação e decisões supra colacionadas, o que se pode verificar é que a declaração de impenhorabilidade de determinados bens visa garantir o direito constitucional à dignidade humana, possibilitando, assim, a subsistência do executado e de sua família. Este é o caso dos autos, posto que foi realizada a penhora sobre bem absolutamente impenhorável, qual seja, o imóvel destinado à residência da família. Conforme o exposto e em conformidade com o entendimento plenamente consolidado, vê-se que a decisão proferida há de ser reformada, não podendo ser mantida a penhora do bem familiar. IV – DO PEDIDO: Ante o exposto, requer seja conhecido o presente Agravo de Petição e provido para o fim de reformar a decisão que manteve a penhora no salário do Agravante, porquanto essas verbas ostentam a garantia da impenhorabilidade absoluta. Nestes termos, Pede e aguarda deferimento. Belo Horizonte, 20 de novembro de 2020. Advogada Jéssica Santos OAB/MG XX.XXX
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