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Unidade IV- Contos de fadas e contos maravilhosos

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Unidade IV
Contos de fadas e contos maravilhosos: estrutura e análise
As tramas narrativas
Segundo Coelho, as tramas narrativas se desenvolvem a partir de três situações básicas: situações de trabalho, para superar a miséria; situações de casamento, com provas que precisam ser vencidas; situações de exploração, do homem pelo poder; objetos mágicos que auxiliam as personagens a vencerem.
Tempo indeterminado, “Era uma vez”. 
Narrador: contador de histórias.
Personagens tipos: o rei, o príncipe, a formiga, o sábio; desempenham funções sociais no grupo, padrões de comportamento ético, social etc.
Os contos de fadas e os contos maravilhosos
Problemática existencial ou problemática social?
Herói: um desígnio que o leva à ação.
Viagem: deslocamento para ambiente não familiar.
Surgem obstáculos aparentemente insuperáveis que se opõem à ação do herói.
Surge um mediador: auxílio mágico natural ou sobrenatural.
Final: o herói conquista o almejado.
As diferenças
Contos de fadas
Origem celta
Narrativa maravilhosa.
Problemática existencial (busca de realização interior pelo amor espiritual, eterno).
Com ou sem a presença de fadas.
Ex: A Bela adormecida, A Bela e a Fera, Rapunzel entre outros.
Contos maravilhosos
Origem oriental
Narrativa maravilhosa.
Problemática social (busca de realização da personagem pela fortuna material).
Autorealização do herói ou anti-herói no âmbito socioeconômico.
Ex.: O gato de botas, Aladim e a Lâmpada Maravilhosa, As mil e uma noites.
A relação entre a literatura e a vida
	Invariantes	Variantes
	1. Desígnio	Todo ser humano tem uma aspiração, um ideal, seu desígnio a ser atingido na vida para a autorrealização. Os objetivos são infinitos, variam de criatura para criatura. 
	2. Viagem	Normalmente, a luta pela realização se trava fora de casa, no corpo-a-corpo com o mundo exterior, o mundo dos outros. São também infindos os caminhos a serem escolhidos e percorridos. 
	3. Opositores	As dificuldades encontradas nesses caminhos em busca da realização são também inumeráveis.
	4. Mediadores	Não se trata apenas de ajuda exterior (a que vem dos outros ou das varinhas mágicas), mas principalmente a que vem de nós próprios: a ajuda interior, que nos é dada pela nossa inteligência, intuição, força de vontade, paciência, afetividade, paixões, ânsia de saber e conhecer. Sem dúvida, o melhor mediador mágico está em cada eu que se dispõe à autorrealização.
A relação entre literatura e vida
	5. A conquista do objetivo	Em realização do ideal visado. É nesta etapa que está a grande diferença entre a literatura e a vida: um ideal alcançado pelo eu não significa o final, mas apenas uma conclusão de uma etapa da vida... outros desígnios ou ideais devem surgir, pois na vida não há nada definitivo, a não ser a morte (se é que é definitiva... quem o sabe?)
	Conclusão	A vida é processo em contínuo fazer-se. Cada conquista deve corresponder a um fim e a um novo começo. É nessa analogia existente entre as invariantes do universo literário e as do universo humano que explica a fascinação que, através dos séculos, essas narrativas continuar a exercer sobre os povos e sobre as crianças, em particular.
Charles Perrault
(1628-1703)
XVII (Classicismo francês): Histórias ou narrativas do tempo passado com moralidades, e Contos da mamãe gansa (1697), Racionalismo X maravilhoso.
Predomina a leveza, o bom humor ou a alegria em alguns contos.
"Pai da Literatura Infantil clássica". As suas histórias mais conhecidas Chapeuzinho Vermelho, A Bela Adormecida, O Gato de Botas, Cinderella, Barba Azul e O Pequeno Polegar.
Charles perrault
Responsável pelo primeiro surto da literatura infantil e a preferência pelos contos de fadas, de natureza popular e circulação oral.
XVIII: primeiras obras publicadas para o público infantil no mercado livreiro.
O capuchinho vermelho, de Charles perrault
Após a leitura do texto, vamos pensar em alguns elementos do texto:
1) Narrador: 3ª pessoa, observador com certa onisciência;
2) Personagens planas: chapeuzinho, lobo, avó;
3) Espaço: floresta e casa da avó;
4) Tempo: “era uma vez” (atemporalidade);
5) Narrativa maravilhosa: fora da lógica racional e das leis naturais.
6) Situação inicial, conflito, clímax, desfecho.
7)Desígnio, viagem, opositores, sem mediador, conquista do objetivo do opositor e desfecho trágico.
Moral da história.
Conto de fadas ou maravilhoso?
Irmãos grimm
Século XIX: irmãos Grimm (Jacob e Wilhelm, Alemanha, em 1812) editam coleção de contos de fadas; reuniram algumas das histórias mais populares do mundo ocidental em um livro de contos que ficou muito famoso. A obra trazia histórias que se tornaram clássicos, tais como “Branca de Neve”, “João e Maria”, “Rapunzel”, “Cinderela” e “Chapeuzinho Vermelho”.
Predomina a leveza, o bom humor ou a alegria.
Reescreveram muitas histórias.
O capuchinho vermelho, irmãos grimm
Após a leitura do texto, vamos pensar em alguns elementos do texto:
1) Narrador: 3ª pessoa, onisciente.
2) Personagens planas: chapeuzinho, lobo, avó, caçador;
3) Espaço: floresta e casa da avó;
4) Tempo: “era uma vez” (atemporalidade);
5) Narrativa maravilhosa: fora da lógica racional e das leis naturais.
6) Situação inicial, conflito, clímax, desfecho.
7)Desígnio, viagem, opositores, presença de mediador, conquista do objetivo, desfecho feliz e aprendizagem.
Moral da história?
Conto de fadas ou maravilhoso?
A releitura
Vamos ver como Chico Buarque criou um diálogo com a Chapeuzinho vermelho?
Assista a história contada por “Fafá conta”:
https://www.youtube.com/watch?v=3yMNJboOHPw
Hans Christian Andersen
Principal representante do ideário romântico cristão. Criador da literatura infantil romântica.
Contos extraídos do folclore dinamarquês e inventados por ele.
Normalmente parte de uma situação real, do mundo cotidiano, personagens simples, que lutam com as adversidades da vida e acabam vitoriosos.
Os momentos de alegria são poucos, predomina a tristeza e a dor.
Nível social e existencial presentes.
Escreveu apólogos, como O soldadinho de Chumbo, O Boneco de Neve, O Pinheirinho (objetos ou seres da natureza que ganham vida).
O patinho feio
A mamãe pata tinha escolhido um lugar ideal para fazer seu ninho: um cantinho bem protegido, no meio da folhagem, perto do rio que contornava o velho castelo. Mais adiante estendiam-se o bosque e um lindo jardim florido. Naquele lugar sossegado, a pata agora aquecia pacientemente seus ovos. Por fim, após a longa espera, os ovos se abriram um após o outro, e das cascas rompidas surgiram, engraçadinhos e miúdos, os patinhas amarelos que, imediatamente, saltaram do ninho. Porém um dos ovos ainda não se abrira; era um ovo grande, e a pata pensou que não o chocara o suficiente. Impaciente, deu umas bicadas no ovão e ele começou a se romper. No entanto, em vez de um patinho amarelinho saiu uma ave cinzenta e desajeitada. Nem parecia um patinho. Para ter certeza de que o recém-nascido era um patinho, e não outra ave, a mãe-pata foi com ele até o rio e o obrigou a mergulhar junto com os outros. Quando viu que ele nadava com naturalidade e satisfação, suspirou aliviada. Era só um patinho muito, muito feio. (...). (O patinho feio, 2010)
O patinho feio
1)Foco narrativo: narrador onisciente, tom amigo e familiar.
2)Personagens: a pata, os patinhos e o patinho feio (protagonista) e outros personagens secundários.
3)Tempo: primavera, verão? Mas quando? Atemporalidade.
4)Espaço: no meio de uma folhagem, perto de um rio, jardim, floresta.
5)Situação inicial: a pata chocando; conflito, situação problemática (nasce um patinho diferente); o patinho vive as peripécias, é zombado, foge sempre; clímax (quase morre de frio em um inverno rigoroso); desfecho (vira um formoso cisne).
6)Desígnio, viagem, opositores, presença de mediador, conquista do objetivo e desfecho feliz e aprendizagem.
Conto de fadas ou conto maravilhoso?
Possíveis reflexões sobre
O patinho feio
"... Não importa ter nascido num galinheiro, entre patos, quando se saiu de um ovo de cisne."
As implicaçõesideológicas dessa visão de mundo, essencialmente ligada ao ideário romântico, do qual Andersen foi um legítimo representante, merecem ser analisadas com o pequeno leitor, em face dos valores atuais. Aí está defendida a igualdade entre os homens, ou a superioridade de minorias privilegiadas? Ou estão enfatizadas as diferenças de dons inatos, que distinguem um indivíduo dos outros? É preciso esforço e paciência para que cada um descubra e desenvolva seu dom...
COELHO, N.N. Cap. 2, Parte 2. In Literatura Infantil, p.93.
Referências
COELHO, Nelly Novaes. O Conto de Fadas. São Paulo: Ática, 1987.
COELHO, Nelly Novaes. Capítulo 4 da Parte 2. In: Literatura Infantil: teoria, análise e didática. São Paulo: Moderna, 2000. 
PERRAULT; GRIMM; ANDERSEN; outros. Contos de fadas. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.

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