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PRÁTICA SIMULADA II SEMANA 13° TRABALHO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA VARA DO 
TRABALHO DA CIDADE XXX 
 
RECURSO ORDINÁRIO ADESIVO 
PROCESSO N° xxx 
 
Mauro Matias, microempresário, já qualificado nos autos desta reclamação trabalhista, 
comparece com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, através do seu advogado, já 
qualificado na espécie, não se conformando com a sentença proferida nos presentes autos, a 
qual jugou parcialmente procedentes os pedidos formulados pela Autora interpor 
 
RECURSO ORDINÁRIO ADESIVO 
 
Recurso “é um meio de impugnação dos atos do juiz, classificados como sentenças judiciais, 
por meio do qual a parte, que sucumbiu em determinada pretensão deduzida em juízo [...] 
dispõe para alterar ou anular, total ou parcialmente, o seu conteúdo”. (CAIRO JUNIOR, 2012, 
p. 612). Para o ilustre doutrinador Sérgio Pinto Martins (2011, p. 393) “recurso é o meio 
processual estabelecido para provocar o reexame de determinada decisão jurídica, visando à 
obtenção de sua reforma ou modificação”. 
 
 Ensina-nos Carlos Henrique Leite Bezerra (2005, p. 490), que recurso “é um direito 
assegurado por lei para que a(s) parte(s), o terceiro juridicamente interessado ou Ministério 
Público possam provocar o reexame da decisão proferida na mesma relação jurídica 
processual, retardando, assim, a formação da coisa julgada”. Teixeira Filho (1991, p. 66), 
conceitua recurso como: 
[...] o direito que a parte vencida ou terceiro possui de, na mesma relação processual, e 
atendidos os pressupostos de admissibilidade, submeter a matéria contida na decisão 
recorrida a reexame, pelo mesmo órgão prolator ou por órgão distinto e hierarquicamente 
superior, com o objetivo de anulá-la, ou de reformá-la, total ou parcialmente. 
 
De acordo com os artigos 997, 998 do CPC, aplicáveis ao processo do trabalho, por força do 
artigo 769 da CLT, e sumula 283 do TST, e amparado nas razões adiantes expedidas. 
Nesses termos, que requer seja recebido, autuado e, atendidas as formalidades de estilo, 
remetido, juntamente com as razões inclusas, ao exame desta Colenda Câmara : 
 
 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
DATA 
ADVOGADO 
OAB 
 
 
 
 
 
 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ... REGIÃO 
 
 
RAZÕES DO RECURSO ADESIVO 
 
Recorrente : MAURO MATIAS 
Recorrido : AUTORA 
Processo nº...XXX 
 
I – DA TEMPESTIVIDADE 
 
Cumpre registrar a tempestividade do instrumento recursal aqui utilizado, resta-se então, 
demonstrar a regular temporalidade do seguinte instrumento, conforme interpretação dos 
artigos 997 e 998 do CPC/15, e súmula 283 do TST. 
 
II – DAS RAZÕES RECURSAIS 
 
Não retirando o brilhantismo das decisões proferidas pelo Meritíssimo Juiz a quo, entende 
o recorrente, que parte de sua Vossa decisão merece reforma porque, data vênia, é 
injusta, sob o prisma jurídico e está conflitante com as normas vigentes que regem a 
matéria e a pacífica jurisprudência dos tribunais. Assim, pretende o Recorrente buscar, pela 
via do duplo grau de jurisdição, a decisão final que possa derramar justiça no deslinde da 
demanda em tela. E para tanto, respeitosamente, vem expor suas razões, articuladamente, 
como a seguir : 
 
III – DOS FATOS 
 
O Sr. Mauro Matias, microempresário, indignado com o ajuizamento da reclamação trabalhista 
de uma ex- empregada, postulando o pagamento de horas extras e do adicional de 
periculosidade calculado sobre a remuneração paga ao empregado, resolve comparecer 
pessoalmente, se m advogado, à audiência de uma ação em que aduz simplesmente nada 
dever a empregada. Encerrada a instrução, sem produção de outras provas, sob a alegação 
de falta de contestação específica dos fatos, o juiz julga procedente o pedido, com 
condenação do empregador apenas no pagamento do adicional de periculosidade, 
calculado sobre a remuneração do empregado. O empregador, intimado da sentença e 
embora com ela não concorde não a impugna. O empregado, por sua vez, oferece recurso 
ordinário, postulando o pagamento das horas extraordinárias. 
 
 
IV – DA JUSTIÇA GRATUITA 
 
Sendo certo que a Recorrida é microempresa e não possui condições de arcar com os ônus 
processuais sem prejuízo da sua manutenção e da continuidade de sua atividade laboral, 
conforme declaração de hipossuficiência anexada, requer se digne à esta Colenda Câmara, a 
concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, com base no artigo 98 do Código de Processo 
Civil e com o RESP 225042 S P 1999/0068113- 4 do STJ: 
 
JURISPRIDÊNCIA - SUPER IOR TRIBUNAL DE JUS TIÇA STJ - RECURSO ESPECIAL: RESP 225042 
SP1999/0068113-4 Ementa: Assistência judiciária. Microempresa individual. Lei 1.060/50. 
Possibilidade de concessão do benefício da justiça gratuita à microempresa individual. 
Encontrado em:/6 3), RESP 122129 -RJ ( RS TJ 103/292), RESP 101918 - RS ( RS TJ 118/ 
283)POSSIBILIDADE, CONCESSÃ O... Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das 
notas taquigráficas a seguir, por unanimidade... , ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA, MICROEMPRESA, 
EMPRESA INDIVIDUAL, CARACTERIZAÇÃO, PESSOA FISICA, RESPONSABILIDADE... 
 
Vale ressaltar, Nobres Julgadores, que se verifica a hipossuficiência elencada, o que 
impossibilita à empresa recorrida, na qualidade de microempresa, a arcar com os encargos e 
custas da justiça, com vistas à continuidade de sua atividade laboral, a qual se estabelece nos 
ditames legais. 
 
V – DA IMPOSSIBILIDADE DA CONCESSÃO DE HORAS EXTRAS 
 
 
Observa-se que a jornada cumprida pela Recorrente não excedeu o módulo constitucional, 
seja o semanal seja o diário, de modo que são indevidas as horas extras. Haja vista, não haver 
nenhuma comprovação cabal do que fora elencado na Reclamatória Trabalhista. Em vista 
disto, Consoante o que preceitua o artigo 7º, XI II, da CRFB/88, o qual, expõe que: 
 
Art 7º, X III, da CRFB/ 88- São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros 
que visem à melhoria de sua condição social: XIII - duração do trabalho normal não superior 
a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a 
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto –Lei 
nº 5.452, de 1943) 
 
Igualmente, a Recorrente não especificou prova cabal do direito às horas extras, haja vista a 
não apreciação e não deferimento do pedido no primeiro grau de jurisdição, o que demonstra 
a inexistência do direito pleiteado. 
 
A doutrina assenta a definição da jornada extraordinária a partir do seu elemento 
constitutivo preponderante tempo, o qual será contabilizada a partir do término da jornada 
normal de trabalho. Nessa toada, Maurício Godinho Delgado define a jornada extraordinária 
como o lapso temporal de trabalho ou disponibilidade do empregado perante o empregador 
que ultrapasse a jornada padrão, fixada em regra jurídica ou por cláusula contratual. É a 
jornada cumprida em estrapolação à jornada padrão à relação empregatícia concreta. A 
noção de jornada extraordinária não se estabelece em função da remuneração suplementar 
à do trabalho normal (isto é, pelo pagamento do adicional de horas extras). Estabelece em 
face da ultrapassagem da fronteira normal da jornada4. 
 
VI – DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 
 
Outrossim, requer a observância por parte desta Egrégia Turma que não pode prosperar a 
sentença que condenou a microempresa Recorrente ao pagamento do adicional de 
periculosidade, uma vez que a perícia é obrigatória para comprovação da periculosidade, nos 
termos do artigos 193 e 195, §2º, da C LT, então vejamos : 
 
Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da 
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua 
natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição 
permanente do trabalhador a: (Redação dada pela Lei nº 12.740, de 2012) 
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012) 
II - roubosou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança 
pessoal ou patrimonial. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012) 
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 
30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, 
prêmios ou participações nos lucros da empresa. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) 
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja 
devido. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) 
§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza 
eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo. (Incluído pela Lei nº 
12.740, de 2012) 
§ 4o São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. 
(Incluído pela Lei nº 12.997, de 2014) 
 
Ademais, a Reclamante e Recorrente não constituiu provas cabais para a devida caracterização 
da periculosidade e sua classificação, contrariando o que especifica o artigo 195 da C LT em 
seu parágrafo segundo, razão pela qual não ensejar que prospere o Recurso Ordinário 
proposto por esta para esta Egréria Turma, então vejamos: 
Art.195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo 
as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do 
Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. (Redação dada 
pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) 
§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por 
Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz designará perito habilitado na forma deste 
artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do 
Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) 
 
Súmula nº 191 
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INCIDÊNCIA. BASE DE CÁLCULO (cancelada a parte 
final da antiga redação e inseridos os itens II e III) - Res. 214/2016, DEJT divulgado em 
30.11.2016 e 01 e 02.12.2016 
 
I – O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este 
acrescido de outros adicionais. 
II – O adicional de periculosidade do empregado eletricitário, contratado sob a égide 
da Lei nº 7.369/1985, deve ser calculado sobre a totalidade das parcelas de natureza 
salarial. Não é válida norma coletiva mediante a qual se determina a incidência do 
referido adicional sobre o salário básico. 
III - A alteração da base de cálculo do adicional de periculosidade do eletricitário 
promovida pela Lei nº 12.740/2012 atinge somente contrato de trabalho firmado a 
partir de sua vigência, de modo que, nesse caso, o cálculo será realizado 
exclusivamente sobre o salário básico, conforme determina o § 1º do art. 193 da CLT. 
 
Outrossim, no tocante a devida conceituação de periculosidade, para que esta seja constatada, 
se faz necessário a perícia técnica no local de labor do trabalhador, para ver se os riscos aos 
quais este se encontra sujeito sejam comprovados mediante o que aduz o artigo 193 da CLT, 
dantes citado. 
 
 
VII – DOS PEDIDOS 
 
 
Por tudo considerado, espera- se que essa colenda Turma do egrégio Regional, por seu saber e 
prudência, proveja o presente recurso adesivo para, reformando a sentença recorrida : 
 
a) Conceder o benefício da JUSTIÇA GRATUITA ao Sr. MAURO MATIAS , haja vista o mesmo 
não poder arcar com os ônus e encargos processuais sem o comprometimento de sua 
subsistência e da continuidade da atividade laboral de sua microempresa, mediante o que 
expõe o artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil e de acordo com o que preceitua o 
RESP 225042 SP 1999 /0068113-4 do STJ. 
 
b) Reformar a sentença proferida pelo juízo aquo, no tocante a PROCEDÊNCIA DA 
CONCESSÃO DO ADICION AL DE PERICULOSIDADE, A TOR NANDO DESDE JÁ, IM PROCEDENTE, 
haja vista a não apresentação de prova pericial que comprove a situação fática, consoante o 
que preceitua os artigos 193 e 195, §2º, ambos, da C LT. 
 
c) Indeferir a postulação do RECURSO ORDINÁRIO à esta Colenda Câmara, pleiteado pela EX-
EMPREGADA, haja vista que em nenhum momento da fase instrutória, esta veio a compro var 
que a sua carga horária de trabalho, viesse a exceder o previsto no módulo constitucional, 
consoante o que preceitua o artigo 7º, X III, da CRFB/88. 
 
 
 
Nestes Termos, Pede deferimento. 
DATA 
ADVOGADO 
OAB

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