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IMAGEM INSTITUCIONAL 1 | P á g i n a Sumário Introdução ........................................................................................................................... Aula 1 – A Comunicação Humana. ........................................................................................ 2 1. Histórico da Comunicação .................................................................................................. 2 2. A Comunicação no Mundo Atual ........................................................................................ 2 Aula 2 – A Comunicação Social. ............................................................................................ 5 1. O Conceito de Comunicação Social. .................................................................................... 5 2. Os principais veículos de Comunicação de Massa .............................................................. 5 3. Opinião Pública. .................................................................................................................. 8 4. Aspectos positivos e negativos da mídia ............................................................................ 9 Aula 3 – Imagem Institucional. ......................................................................................... 120 1. Conceito de Imagem. ........................................................................................................ 12 2. Processo Histórico e Cultural de Construção, Desconstrução e Reconstrução da Imagem da Polícia. ................................................................................................................................ 12 3. A Imagem da PMERJ Através da Mídia ............................................................................. 14 4. Mudanças de Paradigmas para a Melhoria da Imagem da PMERJ ................................... 16 5. As Situações Formam Opiniões ......................................................................................... 19 Aula 4 – A Polícia na Mídia: Representações Sociais Contemporâneas ................................. 23 1. Divulgação de Fotos nas Mídias Socias, Aspectos Positivos e Negativos. ........................ 23 2. Whatsapp e Facebook. ...........................................................Erro! Indicador não definido. Aula 5 – A Comunicação Social na PMERJ. .......................................................................... 30 1. A Coordenadoria de Comunicação Social (CComSoc) ....................................................... 30 2. As Atividades Desenvolvidas pela CComSoc e as redes sociais da Corporação................28 3. As Atividades Desenvolvidas pela Comunicação Social nos Batalhões de Polícia Militar. 34 Referências Bibliográficas .................................................................................................. 39 IMAGEM INSTITUCIONAL 2 | P á g i n a Aula 1 – A Comunicação Humana. 1. Histórico da Comunicação A ponte que se estabelece entre o emissor e o receptor da mensagem chama-se comunicação. A ação de comunicar-se tem um objetivo que é produzir uma reação, um feedback esperado pelo emissor. Nem sempre esse feedback é alcançado, isso ocorre quando há ruídos no processo de comunicação. A linguagem utilizada pelo emissor pode ser escrita, oral, sonora, visual, simbólica ou gestual. A voz do homem desde os primórdios da humanidade foi o grande meio de comunicação em sociedade, através de contos, transmissão de ideias e crenças de filósofos e profetas. No século XV, surge a imprensa. Mais tarde, no século XIX, surge o telégrafo e o telefone como os primeiros meios de transmissão de letras e sons, respectivamente. Com o avançar da tecnologia e o surgimento do rádio e televisão, juntamente com o jornal, passam a serem os mais poderosos meios de comunicação em massa existentes. 2. A Comunicação no Mundo Atual A comunicação é parte integrante da nossa vida. Estamos imersos num oceano de comunicação, sendo bombardeados por milhões de informações por segundo e não se vive um só momento fora dele. Portanto, é fundamental que a comunicação seja entendida hoje como um processo global, no qual cada agente desempenha um papel relevante. Estamos, inegavelmente, diante de um processo irreversível que transformou a comunicação num poderoso instrumento competitivo para as empresas e imprescindível objeto de interação entre os homens. Face ao extremo grau de comunicabilidade desenvolvido pelo homem moderno nas suas relações com o mundo, é possível afirmar que não existe uma só atividade IMAGEM INSTITUCIONAL 3 | P á g i n a humana que não possa ser promovida através da comunicação. Nada mais natural, portanto, que o estudo da comunicação seja colocado em lugar de destaque, a partir da constatação de que na maioria dos conflitos humanos, predomina a dificuldade no processo de comunicação, ou até mesmo a ausência da comunicação. A cada dia, o conceito de comunicação se amplia e passa a contemplar um número maior de significados e possibilidades, por isso é fundamental que a comunicação seja entendida como um processo global, onde cada pessoa desempenha um papel relevante. O ser humano é um ser social, fruto de sua própria natureza e a complexa questão da personalidade humana está intimamente ligada à boa ou má capacidade de comunicação intrapessoal e interpessoal. De fato, o homem está sendo compelido a experimentar um processo de revisão de todos os conceitos de comunicação com o advento da comunicação em tempo instantâneo, que permite uma rapidez e acesso ilimitado à informação e infinitas possibilidades de se buscar o conhecimento, através da internet, em qualquer parte do mundo. Contudo, essa rapidez muitas das vezes pode vir acompanhada de imprecisão ou incertezas na informação, como é o caso de notícias mal apuradas, ou difamações e injúrias ocorridas nas redes sociais contra empresas e pessoas. Comunicar-se e informa-se passou a ser uma questão de sobrevivência, tanto para empresas quanto para um bom convívio social. A evolução humana juntamente com a evolução da comunicação. IMAGEM INSTITUCIONAL 4 | P á g i n a ACONTECEU... O desgaste da imagem da corporação por conta de uma informação equivocada amplamente divulgada... Preso na manhã desta segunda-feira (15) em sua casa, no Leme, na zona sul do Rio de Janeiro, em uma operação do Ministério Público do Rio de Janeiro que busca desarticular uma quadrilha de policiais militares suspeitos de cobrar propina de moradores e comerciantes na zona oeste do Rio, o coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro é visto pelo MP como o líder do grupo. Terceiro homem na hierarquia da Polícia Militar do Rio de Janeiro, ele fez questão de manter-se cercado pelos oficiais envolvidos no esquema quando foi transferido de batalhão. Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2014/09/15/coronel- preso-por-propina-no-rio-ja-foi-oficial-do-bope.htm Na verdade, o Cel Fontenelle não era o terceiro homem na hierarquia da polícia. Ele era comandante do COE. O terceiro homem na hierarquia da Polícia é o Chefe do Estado Maior Administrativo. http://noticias.uol.com.br/rio-de-janeiro http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2014/09/15/quadrilha-de-pms-cobrava-propina-ate-para-entregar-geladeira-no-rio-diz-mp.htm http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2014/09/15/quadrilha-de-pms-cobrava-propina-ate-para-entregar-geladeira-no-rio-diz-mp.htm http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2014/09/15/coronel-preso-por-propina-no-rio-ja-foi-oficial-do-bope.htm http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2014/09/15/coronel-preso-por-propina-no-rio-ja-foi-oficial-do-bope.htm IMAGEM INSTITUCIONAL 5 | P á g i n a Aula 2 – A Comunicação Social. 1. O Conceitode Comunicação Social Comunicação Social é o estudo das causas, funcionamento e consequências da relação entre a sociedade e os meios de comunicação de massa – rádio, revista, jornal, televisão, teatro, cinema, propaganda, internet. Engloba os processos de informar, persuadir e entreter as pessoas. Encontra-se presente em praticamente todos os aspectos do mundo contemporâneo, evoluindo aceleradamente, registra e divulga a história e influencia a rotina diária, as relações pessoais e de trabalho. As opções de estudos universitários na área de Comunicação Social são: Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Produção Editorial, e Relações Públicas. 2. Os Principais Veículos de Comunicação de Massa Veículos de comunicação de massa ou mídias são os meios ou canais de comunicação usados na transmissão de mensagens a um grande número de receptores/destinatários. Presentes no nosso dia a dia, os veículos de comunicação de massa mais comuns, também chamados de “mass media” são; os jornais, revistas, rádio, televisão e internet. 2.1 Jornal O jornal foi o primeiro meio de comunicação de massa criado pelo homem. A função principal da linguagem neste meio de comunicação é a referencial ou informativa. É considerado como mídia seletiva, pois atinge um número restrito da população, pois ainda há um número expressivo de pessoas que não sabem ler. Possui uma linguagem fácil, com uma capacidade maior de transmitir a mensagem. Além de IMAGEM INSTITUCIONAL 6 | P á g i n a ser é um meio de comunicação prático e disponível, normalmente, nas esquinas de bairros residenciais. 2.2 Revista Evoluiu muito nos últimos tempos, em termos de tiragem e quantidade de títulos lançados. Há uma variedade enorme de assuntos direcionados para públicos específicos de acordo com linha editorial desenvolvida, como por exemplo; há revistas que somente trazem assuntos de saúde, moda, esporte, decoração, mercado financeiro etc. Por ter muita variedade de assuntos tratados, ela contribui sobremaneira para um aumento de conhecimentos gerais de seus leitores. Sua confecção é mais aprimorada, mais colorida e com um papel de melhor qualidade do que os jornais. Sua leitura é mais lenta, já que traz artigos mais elaborados e possui uma vida útil maior. (De um modo geral, as pessoas costumam guardar as revistas que compram). 2.3 Rádio O rádio ainda é o meio de comunicação mais popular que existe já que para ter acesso às mensagens que ele veicula o receptor não precisa ler e escrever. Basta ter acesso à energia elétrica ou as pilhas. O rádio é um meio que se utiliza de uma linguagem descritiva, seu locutor procura ser bem detalhista para que aquele que está ouvindo possa imaginar e compreender a mensagem que lhe está sendo transmitida. Praticamente toda a população de uma localidade possui um aparelho de rádio. Dentre as características mais importantes do rádio estão penetração, mobilidade, baixo custo e velocidade de informação. Sua audiência é maior pela manhã, horário do almoço e à tarde. Ouve-se rádio em casa, dirigindo, trabalhando e no lazer. É considerado o grande companheiro das classes mais populares. Como a televisão, o rádio também segmenta sua programação de acordo com o público que se deseja atingir. Existem emissoras de rádio que toca somente notícias, outras esportes, e outras músicas, há ainda aquelas rádios que transmitem todos esses segmentos em horários pré-estabelecidos. IMAGEM INSTITUCIONAL 7 | P á g i n a 2.4 Televisão Um liquidificador cultural e de entretenimento social, através da transmissão de imagens, a televisão é capaz de diluir o Cinema, Teatro, Música, Dança e Literatura em um só espetáculo. Para Muniz Sodré, a televisão é o meio de comunicação mais poderoso que existe, porque ele é o que mais influencia o receptor, o mais persuasivo. Ela é responsável por uma relação social abstrata, passiva e modeladora dos acontecimentos: o receptor recebe a mensagem pronta através de imagens que consome imediatamente, sem que haja tempo de refletir sobre elas. As imagens atingem o inconsciente do receptor, que passa a ter suas ideias condicionadas àquelas recebidas pela TV. Em suma, como se diz popularmente, é um meio que “faz a cabeça” do receptor, de tal forma que ele nem percebe isso: ele obedece e cumpre “suas ordens” sem se dar conta. Além disso, é um veículo de comunicação que nada exige do receptor em termos de esforços e de conhecimentos: não é preciso saber ler e escrever, basta apertar um botão (o que não requer prática nem habilidade) para se ter acesso à sua programação, que também não é da escolha do receptor, mas sim uma programação imposta a ele pelas emissoras. (...) Como tudo que a TV lança ou vende vira moda, e como o telespectador deseja estar sempre na moda, ele adere sem pestanejar. 2.5 Internet A Internet tornou-se o mais novo veículo de comunicação de massa. Na Internet temos a facilidade de acessar todos os outros veículos de comunicação de massa: jornais, revistas, rádio e TV. Ela tem ocupado importantes espaços em nossas vidas, tais como: educação, lazer, comércio, investigação, comunicação, e informação, etc. Com o surgimento da internet, novas formas comunicação foram incorporadas no dia a dia social. Pessoas dos mais distantes lugares e variadas culturas passaram a se comunicar como se fossem vizinhas, com essa facilidade firmaram negócios, cursaram cursos diversos, se formaram em grandes Universidades e até namoraram e casaram pela internet. Basta estar conectado pelo Facebook, Skype, MSN, WhatsApp, dentre outros. Todas essas facilidades, porém, também trouxeram alguns malefícios, dentre eles a falta de contato pessoal entre as pessoas, notícias jornalísticas veiculadas de forma IMAGEM INSTITUCIONAL 8 | P á g i n a irresponsável sem que haja uma apuração precisa, crimes de pedofilia, crimes de difamação nas redes sociais, crimes de estelionato, etc. Na área educacional, por exemplo, há muita informação e pouco conhecimento, pois com tantos sites e redes sociais, a facilidade de dispersão dos alunos é muito grande, pois eles acabam buscando aquilo que mais lhes interessam e se desconcentram do que realmente importa - o conteúdo do estudo. 3. Opinião Pública Opinião se entende como a manifestação da pessoa, indivíduo capaz de raciocínio e julgamento, não representando necessariamente o conceito de certo ou errado, mas sim uma probabilidade fundada numa ideia individual sobre determinado assunto. Segundo Walter Ramos Poyares, opinião pública é “a manifestação de juízos em tal volume, intensidade e continuidade que resulte na formação de uma corrente capaz de identificar-se no espaço e no tempo”. Outros autores apontam para um fenômeno coletivo baseado em manifestação individual de natureza conhecida, resultando em uma multi individualização de intensidade maior ou menor decorrente do grau de importância ou repercussão no espaço social. Considerada pública a opinião que subjetivamente se impõe como algo dominante. Numa sociedade democrática, inúmeros elementos agem continuamente para a formação das correntes de opinião, como os valores culturais, a formação espiritual e profissional, os meios de comunicação social, os estatutos jurídicos ou as conquistas e decisões de direitos, a atuação dos líderes e a pressão dos grupos de interesse. A opinião pública manifesta-se e se modifica coletivamente sem ser necessariamente condicionada pela aproximação física dos indivíduos, e não implica o conhecimento do assunto sobre o qual se opina. Nela interferem também fatores psicológicos, sociológicos e históricos. Poyares apresenta com base no estudo da opinião pública, a seguinte proposição: opinião x massa + historicidade = opinião pública IMAGEM INSTITUCIONAL 9 | P á g i n a 4. Aspectos Positivose Negativos da Mídia A mídia para uns é um mal necessário. Para outros é uma janela para a liberdade e para o mundo. Sem ela, de fato, não há democracia. Há quem confie plenamente no que lê, ouve ou vê na mídia. A maioria das pessoas acredita, mas não negam que há excessos cometidos em nome do exercício e do direito de informar. E isso ocorre quando a mídia age de maneira perigosa e não tem o zelo necessário na apuração dos fatos veiculados. Além disso, noticiam de forma a influenciar ou induzir o leitor de acordo com a linha editorial do meio de comunicação que se lê. Mas é fundamental reconhecer que a mídia tem desempenhado um papel relevante no Brasil, sobretudo em virtude de sua participação em recentes episódios da vida política do país, denunciando escândalos e corrupções, exigindo transparência na administração pública e vigiando as empresas inescrupulosas. Aspectos positivos Informação Valorização da cultura Entretenimento Utilidade pública Fiscalização Denúncia Lazer IMAGEM INSTITUCIONAL 10 | P á g i n a Aspectos negativos Sensacionalismo Valorização do ter x ser Formação e Manipulação da opinião pública Banalização do sexo e da violência As Campanhas de Utilidade Pública São amplamente divulgadas nas mídias televisivas e jornalísticas, algo que é de suma importância para o cidadão. Denúncias Constantemente divulgadas pela mídia, escândalos de corrupção como é o caso da Petrobras. IMAGEM INSTITUCIONAL 11 | P á g i n a ACONTECEU... 06/05/2014 Mulher morta após boato em rede social é enterrada em Guarujá, SP. Mulher foi morta após página postar boato sobre sequestro e bruxaria. Centenas de pessoas acompanharam, na manhã desta terça-feira (6), o enterro de Fabiane Maria de Jesus, que foi espancada e morta no último sábado (3) em Guarujá, no litoral de São Paulo, ao ser confundida com uma suposta sequestradora de crianças que praticava rituais de magia negra. A cerimônia reuniu familiares e amigos que não se conformam com a crueldade do crime. O enterro foi realizado no cemitério Jardim da Paz, no bairro Morrinhos, onde a vítima morava e foi morta. O marido, Jaílson Alves das Neves, comentou o caso e diz não sentir ódio dos suspeitos. “Vou chorar. Não vou aguentar. Para mim a ficha não caiu. Apesar da brutalidade, não guardo ódio, não guardo esse sentimento ruim no coração. Espero que não aconteça com mais famílias. Essas pessoas que agrediram ela e as que assistiram não tiveram a coragem de salvar uma pessoa inocente, não deram nem tempo de defesa para minha esposa. Quero que eles reflitam e que isso não aconteça nunca com a família deles, explica.” Fonte: http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/05/mulher-morta-apos- boato-em-rede-social-e-enterrada-nao-vou-aguentar.html http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/05/mulher-espancada-apos-boatos-em-rede-social-morre-em-guaruja-sp.html http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/05/mulher-morta-apos-boato-em-rede-social-e-enterrada-nao-vou-aguentar.html http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/05/mulher-morta-apos-boato-em-rede-social-e-enterrada-nao-vou-aguentar.html IMAGEM INSTITUCIONAL 12 | P á g i n a Aula 3 – Imagem Institucional 1. Conceito de Imagem Conforme o autor Nuno Vaz, a imagem é um conjunto de ideias que uma pessoa tem ou assimila sobre um objeto, pessoa ou instituição. Essa forma fica na sua consciência de maneira bem particular. Imagem pode ser vista como o quadro de referências a que o consumidor recorre para avaliar o “nível” de simpatia ou interesse que determinada ideia merece. A construção da imagem é um conjunto de várias ideias que uma pessoa tem em relação a uma determinada coisa. Além das ideias transmitidas objetivamente pelos meios de comunicação, a pessoa também tem suas referências de acordo com a sua cultura e experiência de vida. Entretanto, a imagem que uma pessoa faz de uma Instituição não necessariamente define sua postura frente a questões específicas que envolvem essa Instituição. A imagem pode sofrer influências, como, por exemplo, da opinião pública, a qual estabelece padrões psicossociais de orientação do comportamento humano. A imagem, também, pode ser formada na mente de alguém de acordo com suas experiências, lembranças ou percepções vividas. Estas que são passíveis de serem modificadas por novas (boas ou más) experiências. 2. Processo Histórico e Cultural de Construção, Desconstrução e Reconstrução da Imagem da Polícia. IMAGEM INSTITUCIONAL 13 | P á g i n a Se analisarmos os recentes casos expostos na mídia, observaremos o quanto a imagem da polícia está desgastada perante a sociedade, que a enxerga como uma instituição violenta, corrupta e ineficiente. Há raízes históricas, memórias traumáticas que relacionam a atuação da polícia de hoje com as polícias do tempo da monarquia, da ditadura, as políticas de guerra alimentada por variados governantes que estiveram à frente do Poder Executivo no Estado do Rio de Janeiro. Assim, muitos acreditam que essa reação da população se deve à herança do Regime Militar onde a prática da Instituição era basicamente repressora e da qual ainda não conseguiu se libertar, criando inclusive um estereótipo da imagem policial. Por outro lado há também uma cultura organizacional daqueles que compõe a polícia que por serem detentores do poder de fazer cumprir a lei, acabam por acreditar que estão acima dela. Com isso, os encontros nas ruas do Rio entre policiais militares e cidadãos são de um modo geral, muito tenso. De um lado o policial de serviço preocupado em não errar (um erro pode lhe custar à vida) e de outro o cidadão com receio de ser maltratado pelo policial. Há sempre uma incerteza dos dois lados do que possa vir a acontecer. Também devem ser levadas em consideração as diferenças culturais das pessoas que ingressam na Instituição, a formação profissional e familiar, atuação de cada um diante de uma ocorrência, a dinâmica do espaço geográfico, as relações sociais, além do estereótipo reforçado diariamente pelo noticiário local, são fatores que influenciam na construção da imagem da Polícia. Ainda há pontos de vista mais críticos que relacionam a imagem da Instituição à violência e ao crime, justamente daqueles que tem um maior contato com os policias em seu dia a dia. Outros já dizem que ter a polícia por perto mantém o local mais tranquilo e seguro. Ao comparar a Polícia Militar com o Corpo de Bombeiros percebemos que os policiais militares reprimem e controlam por meio do uso da força ações irregulares e crimes cometidos por pessoas, enquanto os bombeiros encarregam-se de socorrer as pessoas. Esta diferença nas atribuições do Bombeiro e da Polícia possuem profundos impactos na identidade dessas instituições, principalmente na forma como são recebidas pela sociedade, nos diferentes contatos que cada cidadão tem com um bombeiro ou um policial militar. IMAGEM INSTITUCIONAL 14 | P á g i n a Assim, é evidente necessidade de transformação da imagem da Polícia no Brasil. A imagem está desgastada e deve ser mudada através de ações de proximidade do policial com o cidadão. O policial deve ser visto com um profissional que está nas ruas para impedir que o crime aconteça e, caso venha acontecer, que ele seja o primeiro a orientar e direcionar o cidadão. 3. A Imagem da PMERJ através da mídia Os veículos de comunicação social abrem diariamente um espaço significativo para tratar de assuntos relacionados à segurança pública. Por isso, é comum vermos nos jornais, revistas, noticiários do rádio e da televisão e nas redes sociais, fatos envolvendo a atuação da Polícia Militar. Nota-se, contudo, um superdimensionamento dos aspectosnegativos, em detrimento da atuação e conduta positivas, com abordagens tendenciosas e distorções que influenciam sobremaneira a opinião pública, causando um desgaste muito grande na imagem da Corporação. Essa forma de abordagem dos veículos de comunicação tem uma razão, pois o que chama atenção do homem é justamente aquilo que foge a normalidade, ou seja, notícia é algo novo, não explorado, que nunca aconteceu. A “grosso modo”, um avião que cai, um homem que morde um cachorro, um pai que mata o filho são anomalias que viram notícias. E não podemos esquecer que os veículos de comunicação em massa (TV, jornal, revista, rádio, etc), em sua maioria, são empresas privadas, que por mais que busquem informações sobre fatos para noticiá- los, também visam o lucro, afinal, precisam de capital para a manutenção da empresa e para o pagamento de seus funcionários. Além disso, batalham para se estabelecer num mercado jornalístico bem competitivo. É claro que os ingredientes políticos, econômicos e filosóficos que norteiam a existência da mídia devem ser considerados como fatores, que muitas vezes acabam por determinar uma relação ética dos profissionais de imprensa com as notícias que envolvem a Polícia Militar. Não podemos desconsiderar que há má atuação de alguns policiais militares, existem desvios de conduta e atendimentos deficientes ao cidadão. Em alguns casos, por falta de conhecimento ou acreditando equivocadamente que essa é a forma mais rápida de resolver um problema institucional. Na era dos Direitos Humanos, alguns policiais ainda acreditam que a sociedade irá ovacionar uma ocorrência em que há mortes e, erroneamente, divulgam nas mídias sociais ou por aplicativos tipo Whatsapp IMAGEM INSTITUCIONAL 15 | P á g i n a informações por fotos e vídeos. Tudo isso será sempre explorado pela mídia da forma que lhe convir, já que não houve um levantamento de dados reais e oficiais feito pela assessoria de imprensa da PMERJ. Tais atitudes só contribuem para um desgaste ainda maior da imagem da Instituição perante a sociedade. Isso ocorrerá sempre que policiais militares agirem de maneira impensada, expondo a Instituição e manchando a sua imagem. É necessário observar que fazemos parte de um todo, somos componentes fundamentais para o bom funcionamento da estrutura organizacional, e que quando alguns policiais tomam atitudes errôneas ou participam de uma operação policial mal sucedida a população não identifica o Soldado X, o Cabo Y, ou o Tenente W, mas sim a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Sabemos que atrás de cada uniforme há um homem ou uma mulher, mas o cidadão comum não consegue identificar isso. Ele entende que os policiais são a Polícia Militar, representantes do Estado e que possuem a responsabilidade de fazer valer a lei, a ordem e a paz social, que de fato tem esse dever. Mas não há uma individualização do profissional em suas ações, o que a sociedade enxerga é uma Instituição como um todo. No entanto, o que verificamos em determinados veículos de comunicação é um verdadeiro “sensacionalismo” que assola a mídia, cujo objetivo permeia a necessidade de se obter, cada vez mais, um número maior de expectadores. Assim, este tipo de mídia acaba contribuindo por disseminar o sentimento de insegurança na população, fomentando o caos social, seja pela divulgação incessante da atividade criminosa, seja pela glamorização do criminoso. A ação mais catastrófica da mídia repousa na banalização da violência. Há uma ausência de políticas públicas para combater as reais causas da violência social, como melhorias nas instituições de ensino, cursos profissionalizantes, cultura, lazer, esporte, empregos, dentre outros. Nesse contexto de crise social e econômica, quando todas as outras áreas do governo e suas políticas públicas falham, a mídia se limita a apontar as consequências dessa crise, que são os crimes, e com eles a atuação da Polícia Militar, já que esta é a única Instituição responsável por atuar nas consequências desse caos social. Além disso, há uma tendência midiática de passar uma visão distorcida e estereotipada das Instituições Policiais e do policial, onde os profissionais são rotulados como violentos corruptos e arbitrários e a Corporação é considerada arcaica, como podemos observar em inúmeras matérias jornalísticas. IMAGEM INSTITUCIONAL 16 | P á g i n a 4. Mudanças de paradigmas para a melhoria da Imagem da PMERJ A imagem de uma Corporação se forma a partir das experiências, contatos, lembranças e percepções que as pessoas tiveram nas relações com ela, com aquilo que a Instituição comunica ou através do que é divulgado pela mídia. Toda Organização policial deve preocupar-se com a opinião pública para ser bem aceita e ter suas ações facilitadas pela própria comunidade onde atua. As pessoas costumam procurar a Polícia Militar para solicitar informações, orientações, esclarecimentos, providências ou, até mesmo, fazer reclamações. Este contato com a Corporação normalmente é realizado através do policial na rua, no atendimento ao telefone ou na recepção nos quartéis. Para a formação e manutenção de um conceito positivo, três pontos merecem destaque: Atendimento cortês dispensado aos cidadãos Aparência do policial: aspecto físico e uso correto do uniforme Boas condições das instalações físicas A identidade Organizacional da Policia Militar A eficiência do serviço policial depende da colaboração e apoio da sociedade. Se uma organização não obtiver a confiança dos cidadãos e da sua comunidade, sua IMAGEM INSTITUCIONAL 17 | P á g i n a eficiência diminuirá e estará em julgamento a sua legitimidade como organização e a sua capacidade de atuação diante do público. O apoio e a confiança da sociedade são alcançados quando os cidadãos confiam que a polícia respeitará as garantias de liberdade de ir e vir, que os policiais militares estão de fato interessados em manter a ordem e a paz social, promovendo, assim, o bem estar público. Uma organização policial deve ser capaz de transmitir aos cidadãos sua capacidade e disposição para servir com integridade e eficiência a todos sem distinção. Ainda que se trate de um esforço da Instituição, o papel mais importante é desempenhado pelo policial, porque é precisamente através da experiência positiva pessoal de um cidadão com o policial, transmitida a outra pessoa, e assim sucessivamente, que se formará, naquele meio social, uma opinião pública em relação a toda organização policial. Repetidas experiências positivas de um cidadão com um policial, transmitidas a outras pessoas sucessivamente, formará a opinião pública de uma maneira mais ampla e abrangente. O cumprimento do dever policial, o profissionalismo, a cortesia, asseio pessoal, urbanidade, educação, competência, conhecimento de seu ofício, etc., são as qualidades que inspiram no público a confiança na organização policial. Os órgãos de polícia dirigem e desenvolvem a capacidade de um policial, sua atitude em relação ao trabalho e sua eficiência. A imagem da polícia começa a tomar forma no processo de seleção; é moldada por meio do treinamento e é desenvolvida mediante a direção administrativa e as peculiaridades das diversas atividades desempenhadas pelos policias no dia a dia. Nestas condições, o policial que apresenta uma boa imagem profissional põe em evidência as normas de conduta elevadas da Polícia Militar. A destreza física e o equipamento contribuem para a eficiência do serviço policial, porém não tem a capacidade por si mesmo de criar e conservar a confiança pública. A reputação de uma Corporação se deriva da relação existente entre cada um dos policiais e a sociedade. O uniforme de policial – tão vistoso – o destaca do resto da sociedade. Aos olhos do público deixa de ser um e passa a ser um todo, ou seja, obtêm-se uma únicaforma, “uniformiza”. Os incidentes isolados de má conduta ou incompetência individual não são associados a um determinado policial, mas sim interpretados como típicos de toda Corporação. Quando um policial descuida da sua aparência pessoal, é rude ou mostra IMAGEM INSTITUCIONAL 18 | P á g i n a uma atitude incorreta, os cidadãos pensam que se trata de um caso comum na Instituição, já que esta tolera tal comportamento. Dessa forma, um ato desonesto ou descortês por parte de um policial converte-se no critério empregado para julgar toda a Corporação. Da mesma forma, o cidadão que se depara com um policial, cujo comportamento infunde confiança e cortesia formará uma opinião favorável sobre a unidade que ele representa. As relações entre policiais e cidadãos podem gerar confiança do público ou podem perpetuar estereótipos antiquados e más interpretações. O policial cujos atos indicam que se considera acima das leis, acaba com o respeito que o público tem por todos os demais membros da Corporação. Até os pequenos abusos cometidos por policiais, como infrações às regras de estacionamento, causam repulsa ao cidadão que cumpre essas mesmas regras. Outras transgressões, mais graves, destroem a confiança do público. E é provocada a indignação justificada dos cidadãos quando um policial considera que são esses cidadãos seus servidores, e não o inverso. Os danos que um policial pouco profissional, rude, arrogante e desrespeitoso causa à imagem da Corporação obscurecem o trabalho realizado por muitos policiais diligentes, atenciosos e profissionais. Esse dano leva o cidadão a desconfiar da eficiência de todos. A aparência pessoal é importante. Ainda que tenhamos a precaução de não “julgar um livro pela sua capa”, devemos reconhecer que as pessoas julgam a polícia pela sua apresentação. As roupas “fazem o homem”. Frequentemente são formadas opiniões somente pelas impressões visuais. Eis aqui alguns cuidados que devemos seguir: Manter o uniforme sempre limpo; Cortar o cabelo e fazer a barba (masc.); Manter o cabelo preso em coque (fem); Evitar o uso de óculos escuros; Utilizar a cobertura; Não encostar na viatura ou em muros; Evitar o uso de celular durante o serviço; Manter-se atento ao serviço; Cuidado com a linguagem; IMAGEM INSTITUCIONAL 19 | P á g i n a Não ignorar o sofrimento alheio; Não comer ou fumar no posto de serviço. São também importantes o aspecto e as condições em que se encontra a sua viatura. Siga as normas de manutenção preventiva e efetue em tempo os consertos necessários. Deve lavar com regularidade o veículo e conservar o seu interior limpo. A aparência do homem e o aspecto de sua viatura devem complementar-se mutuamente. Os policiais militares são servidores públicos, por isso devem reconhecer que a polícia existe com fim de servir à Sociedade. Quando uma pessoa chama a polícia tem direito a receber um serviço rápido, eficiente e cortês. É nestas situações que a conduta de um policial deixa impressão de primeira mão, direta e duradoura. Se não acertar no seu trabalho, nenhum esforço de Relações Públicas que se realize posteriormente conseguirá modificar a impressão deixada pelo mau atendimento. Como se relacionar bem com o público: Zelar pela boa apresentação pessoal; Ter postura adequada; Ser atencioso com o público em geral; Ser cortês e educado; Ser prestativo, especialmente com mulheres, idosos, deficientes e crianças; Conhecer bem a atividade que irá desempenhar; Ser tolerante com as diferenças. Seja positivo em todas as suas atitudes e mostre-se disposto a atuar toda vez que receber alguma queixa. Em muitas situações o simples tom de voz do policial influi nas atitudes do público. 5. As Situações formam opiniões Os cidadãos avaliam a polícia de acordo com o atendimento policial. Se os policiais respondem às tarefas que lhes são atribuídas de forma eficiente e cortês, a Corporação será reconhecida pela sua boa reputação. O policial que trata os cidadãos com cortesia produz uma impressão favorável. Por outro lado, os policiais que se impacientam e se irritam facilmente prejudicam o trabalho realizado pelos demais. IMAGEM INSTITUCIONAL 20 | P á g i n a Faz-se necessário, então, uma mudança de cultura e paradigmas para a melhoria da imagem da Corporação, visto que enquanto a PMERJ tiver suas ações focadas na força, no combate e na “guerra”, sua imagem naturalmente estará relacionada à insegurança e ao medo. Para mudar, é necessário dar ênfase as ações de proteção e inteligência, projetando as ideias de segurança e estabilidade aos cidadãos. Ação de Força Ação de Proximidade Então, quando falamos de mudança na maneira da sociedade perceber a Polícia Militar, falamos na mudança das mensagens que os Policias Militares passam à sociedade. É necessário sair de cena: Morte; Violência; Truculência; Mau atendimento; Corrupção; Desleixo; Insensibilidade. Sabemos que as ações de força muita das vezes são necessárias nos locais onde a crise está instalada, onde não há mais espaço para o diálogo e se faz necessário uma atuação policial mais contundente para que se restaure a tranquilidade e a ordem local. Mas deixemos essas ações para as unidades especializadas, como o BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais), BPChoque (Batalhão de Polícia de Choque), BAC (Batalhão de Ações com Cães) e outras. Enquanto o policiamento convencional atua na IMAGEM INSTITUCIONAL 21 | P á g i n a ostensividade, através de sua presença no policiamento da rádio patrulha e policiamento a pé, despertando nos cidadãos a sensação de segurança e ordem local. ACONTECEU... SD Tiago postou um foto em sua Rede Social com um bastão quebrado fazendo referência a manifestação dos professores no ano de 2013. A imagem foi amplamente divulgada e criticada pela mídia nacional e internacional. Observe que: Uma atitude errônea e isolada refletiu na imagem de toda Instituição. IMAGEM INSTITUCIONAL 22 | P á g i n a ACONTECEU... Atuação de policias da UPP da Coroa no auxilio do parto de uma moradora. Observe que: Policiais Militares no atendimento emergencial de um parto trouxe uma boa imagem para a Instituição. IMAGEM INSTITUCIONAL 23 | P á g i n a Aula 4 – A Polícia na Mídia: Representações Sociais Contemporâneas. 1. A Comunicação na era das mídias sociais O surgimento das Mídias Sociais inaugurou o sistema denominado pós-massivo, com a inversão da lógica de monopólio das mídias de massa na formação da opinião pública e da circulação da informação, que passa para as mãos dos indivíduos que acessam o ciberespaço, como consumidores, produtores e transmissores de informação, alterando, por consequência, as formas de produção e de distribuição de conteúdos. Assim, podemos concluir que o sistema pós-massivo permite a personalização, a livre conversação, o debate não mediado e a desterritorialização, criando uma perspectiva de comunicação dialógica. 2. As organizações e seus membros na era das mídias sociais O cenário atual é das comunicações mediadas por computadores e tanto as pessoas como as organizações sofrem diretamente os impactos decorrentes desse universo, que traz inúmeras possibilidades e que pode se traduzir em bônus e ônus para os usuários. Essa dinâmica dialógica, na qual está inserido o moderno processo comunicacional, exige uma postura diferenciada dos atores envolvidos. Em primeiro lugar, por parte das organizações, que se refletem para a sociedade e para o mercado através da imagem criada, em sua grande parte, por meio da comunicação, que divulga seus objetivos institucionais em um contexto de diversidadese de relações sociais complexas, uma vez que a opinião pública constrói suas referências IMAGEM INSTITUCIONAL 24 | P á g i n a a partir de um processo interpretativo da imagem e das informações divulgadas e que podem ser potencializadas a partir dos novos meios de comunicação digital. Ainda que a organização conte apenas com processos de comunicação planejados e controláveis, certo é que a instituição deve acompanhar e monitorar o universo das mídias sociais de forma ativa, analisando criticamente os conteúdos que circulam nas redes e produzindo ações de comunicação alinhadas às estratégias institucionais. Em segundo lugar, por parte dos membros das organizações, considerando que a comunicação através das redes sociais permite a construção de perfis, a sua exposição e interação com outros perfis, sem perder de foco que a atividade desempenhada pelo profissional de segurança pública cria um elo extremamente profundo com o seu perfil pessoal, que não mais se dissocia da sua qualidade de servidor público policial. Assim, tanto as ações, informações e reputação institucionais impactam, comprometem e refletem no seu perfil pessoal, quanto as opiniões, comportamentos e atitudes pessoais refletem e, muitas vezes, confundem-se com o seu perfil profissional e com a imagem da instituição a que servem. Nesse sentido, o profissional de segurança pública deve estar sempre atento e diligente para que essa associação seja sempre positiva, podendo dela tirar proveito, uma vez que sua dignidade profissional e pessoal estará sempre em ascensão quanto melhor e mais forte for a imagem institucional. “Onde antes havia muitos pequenos „mundos‟, hoje existe apenas um.” YON, David. Pós-modernidade. São Paulo: Paulus, 2005, p.75. 3. Divulgação de Fotos nas Mídias Socias, Aspectos Positivos e Negativos. Foi veiculado nos jornais impressos e nos onlines a Campanha Publicitária da PMERJ nas manifestações de 2013 e 2014. IMAGEM INSTITUCIONAL 25 | P á g i n a Observe que: Nesta campanha da Polícia Militar do Rio de Janeiro também há uma mensagem de aproximação do cidadão que se manifesta e o policial militar que está trabalhando. 3.1 Construções de imagens positivas “Chorei”, diz sargento que salvou alunos de ataque à escola no RJ. PM foi o primeiro a chegar ao local do massacre e conseguiu balear atirador. Doze crianças morreram no massacre ocorrido em uma Escola, no bairro de Realengo. Reconhecimento: O Sargento Alves do Batalhão de Polícia Rodoviária recebe várias homenagens de várias autoridades. Primeira mulher a comandar uma UPP no Rio é homenageada nos EUA IMAGEM INSTITUCIONAL 26 | P á g i n a Comandante da primeira UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Rio, no morro Dona Marta, em Botafogo (zona sul), a Major Priscilla perdeu por alguns segundos a postura rígida de militar e chorou ao receber o Prêmio Internacional Mulheres de Coragem 2012. O prêmio foi criado pelo governo dos EUA e entregue pela primeira- dama, Michelle Obama, e pela Secretária de Estado, Hillary Clinton. 3.2 Construções de imagens negativas Caso 1 Imagem de filho de oficial da PM com maços de dinheiro é investigada Corporação apura se foto não é montagem O DIA Rio - A suposta imagem do filho de um Oficial da PM postada esta semana no Facebook com maços de dinheiro resultou em investigação na Corregedoria da Polícia Militar. No mesmo período, o oficial foi transferido do 41º BPM (Irajá) para a Diretoria Geral de Pessoal (DGP), a chamada „geladeira‟ da PM, conforme publicado no Boletim Interno da Corporação nº 188, no dia 13 deste mês. Foto apareceu no Facebook “Abrimos um procedimento para apurar o caso e verificar se a foto não é montagem. O oficial será chamado a prestar depoimento”, disse o corregedor da PM, Sidney Camargo. Ele explicou ainda que o policial terá que explicar a procedência do IMAGEM INSTITUCIONAL 27 | P á g i n a dinheiro. Para o jurista Luiz Flávio Gomes, a exposição de um menor com dinheiro não configura um delito. “Porém, a conduta do pai do menor é reprovável”, afirmou o jurista. Ele ressalta, no entanto, a exposição do menor. “Certamente o promotor do Ministério Público acionará a Vara da Infância e Juventude, e o pai será chamado a se explicar, pois expõe a imagem da criança. O juiz fará reprimendas que, em último caso, chegariam até a retirar do responsável a guarda do menor”, explicou. Outro problema que o Oficial vai ter que enfrentar é a investigação na PM. “A corporação precisa investigar que dinheiro é esse em um inquérito administrativo, o que poderá resultar até em exclusão dos quadros da polícia”, avaliou Luiz Flávio. Caso 2 Policiais militares postaram uma mensagem no Whatsapp e no Facebook em uma página, que não é oficial da Instituição, que diz que haverá ataques de criminosos em vários lugares no Rio. E ainda, que essa informação foi retirada do setor de inteligência da PM. Após apuração dos assessores de imprensa da PM diretamente com o chefe da Coordenadoria de Inteligência, descobriu-se que a informação era mentira. Foi realizado um contato com o Jornal O Extra que esclareceu que a informação era BOATO. http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2014-10-16/imagem-de-filho-de-oficial-da-pm-com-macos-de-dinheiro-e-investigada.html http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2014-10-16/imagem-de-filho-de-oficial-da-pm-com-macos-de-dinheiro-e-investigada.html http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2014-10-16/imagem-de-filho-de-oficial-da-pm-com-macos-de-dinheiro-e-investigada.html http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2014-10-16/imagem-de-filho-de-oficial-da-pm-com-macos-de-dinheiro-e-investigada.html IMAGEM INSTITUCIONAL 28 | P á g i n a 4. Padronização das redes sociais IMAGEM INSTITUCIONAL 29 | P á g i n a IMAGEM INSTITUCIONAL 30 | P á g i n a Aula 5 – A Comunicação Social na PMERJ 1. A Coordenadoria de Comunicação Social (CComSoc) Em 1975 foi criada a Quinta Seção do Estado Maior Geral da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, sendo responsável pela execução da política de Assuntos Civis, compreendendo as atividades de Relações Públicas. A PM/5, como era conhecida, era subordinada ao Chefe do Estado-Maior Geral da Corporação, segundo homem na hierarquia da Instituição. Em 2009, o Comandante Geral extinguiu a Quinta Seção do Estado Maior e criou a Coordenadoria de Comunicação Social, composta por uma seção de Assessoria de Imprensa, uma seção de Relações Públicas e Publicidade, por uma Divisão de Ensino e por uma Divisão Administrativa que é composta por uma Secretaria, uma Subseção de Justiça e Disciplina, uma Tesouraria, um Setor de Logística (P/4), um Setor de Pessoal (P/1) e um Setor de Assuntos Civis. Na atual estrutura da Polícia Militar, a Coordenadoria de Comunicação Social é uma Unidade independente que assessora diretamente o Comandante Geral. 2. As atividades desenvolvidas pela CComSoc e as redes sociais da Corporação São inúmeras as atividades desenvolvidas pela Coordenadoria de Comunicação Social da PMERJ, envolvendo atuação em todos os principais campos da Comunicação Social. Em destaque as áreas de assessoria de imprensa, produção de materiais gráficos, calendários, campanhas informativas, produção de vídeos para a TVPM (nosso canal no youtube - youtubepmerj), reformulação do portal Família AzulPM, manutenção das redes sociais (Twitter, Facebook, Instagram), etc. Veja a seguir as atividades desenvolvidas pelas seções da CComSoc: Assessoria de Imprensa Monitoramento da mídia – rádio, TV e internet; IMAGEM INSTITUCIONAL 31 | P á g i n a Manutenção das redes sociais (Twitter, Instagram, Youtube e Facebook) e do site; Contato e atendimento aos profissionais da mídia; Contato e atendimentoaos policiais militares sobre ocorrências ou destaques; Clipping dos principais jornais; Midia training e acompanhamento de entrevistas dadas pelos policiais militares; Assessoramento do Comando da PMERJ no trato com os meios de comunicação. Publicidade e Propaganda Campanhas institucionais; Cobertura de Foto/Filmagem em eventos; Produção de vídeos institucionais da TVPM (Youtube); Elaboração de material gráfico, fotos e filmagens. Relações Públicas Desenvolvimento de políticas voltadas para o público interno e público externo; Contato com as coirmãs e recepção de delegações nacionais e estrangeiras; Parceria com empresas privadas, ONG, universidades e faculdades; Programa de Estágio de Comunicação Social; Participação em feiras e exposições; Portal Família AzulPM. As Redes Sociais Oficiais da PMERJ IMAGEM INSTITUCIONAL 32 | P á g i n a Site PMERJ Divulgação de ocorrências, eventos e notícias de interesse do público interno e seus dependentes. Além de tornar públicas as ações do Comandante-Geral. Fanpage Oficial da PMERJ no Facebook Destacam as ações institucionais, causando sensação de pertencimento pela tropa e melhorando o relacionamento com os públicos. Os textos devem ser curtos, diretos e objetivos, divulgando as boas ações, mesmo as mais simples. Em junho de 2017, o Facebook conta com mais de 525 mil fãs. Twitter Oficial da PMERJ Destina-se a divulgar as informações em tempo real. É de suma importância que as ocorrências policiais, que as ações e operações da Polícia Militar sejam publicadas o quanto antes. As mensagens são curtas, contendo apenas 140 caracteres. Essa rede social é acompanha IMAGEM INSTITUCIONAL 33 | P á g i n a pelos mais importantes canais da imprensa, que usam nossas informações para divulgar suas notícias. Nosso twitter hoje conta com mais de 68 mil seguidores. Instagram É uma rede social focada em fotos, com textos curtos contendo hastags. As hashtags são palavras acompanhadas do sinal # e facilitam que os usuários busquem fotos relacionadas a determinados temas. A Polícia Militar usa em suas postagens as seguintes hashtags institucionais: #ServireProteger #ValorizeQuemTeProtege Atualmente o Instagram da PMERJ possui mais de 53 mil seguidores. Informação publicada no twitter da PMERJ e divulgada pelo RJTV quase que instantaneamente. IMAGEM INSTITUCIONAL 34 | P á g i n a 3. As atividades desenvolvidas pela Comunicação Social nos Batalhões de Polícia Militar. * São inúmeras as atribuições da Seção de Comunicação Social da unidade, dentre elas: * Melhores do trimestre (diplomas / prêmios); *Relacionamento constante com a comunidade local (Café Comunitário / Conselho Comunitário de Segurança); * Cerimonial (passagem de comando, formaturas etc.); * Sepultamentos de policiais, confecção de elogios e visitas; * Eventos em geral (Aniversariantes do mês, Aniversário da Unidade, Festa de Fim de Ano etc); * Divulgação das informações da Corporação para tropa (murais, whatsapp, telemídia etc); *Gerenciamento das redes sociais, divulgando as ocorrências e repassando à CComSoc; *Monitoramento da mídia para assessoramento do comando da Unidade; Solicitar correções de informações a partir de contato com a CComSoc. Abaixo temos exemplos de alguns eventos realizados pela ComSoc da unidade: Eventos voltados para o público interno Premiação dos “Melhores do Trimestre” na área operacional e administrativa Almoço para os aniversariantes do mês; Torneio de futebol; Passeio de Policiais Militares com familiares; Festa junina e colônia de férias; Festa de Aniversário do Batalhão; IMAGEM INSTITUCIONAL 35 | P á g i n a Palestras de utilidade pública. ( Ex. Sobre drogas, combate ao estresse, prevenção a doenças, etc); Dia das crianças; Confraternização natalina. Corrida Infantil promovida pelo Centro de Educação Física da PMERJ para filhos de policiais militares. Eventos voltados para o público externo Almoço com a mídia (jornalistas de maior contato); Reunião com Associação de Moradores; Reunião com Associação Comercial e Clubes locais; Reunião com Escolas da rede pública e privada; Palestra em escolas sobre segurança pública e combate as drogas; Cursos para porteiros de prédios residenciais e comerciais. IMAGEM INSTITUCIONAL 36 | P á g i n a Orientações Gerais da CComSoc Foi publicado no Bol PM nº 006 de 09JAN17, as seguintes instruções: 1- Como repassar as ocorrências de vulto; 2- Como divulgar os eventos internos; 3- Concessão de entrevistas; 4- Serviço de Foto e Filmagem; 5- Banda da Música; 6- Elogios, Moções e Medalhas; 7- Credenciamento; 8- Acesso de representantes às OPM 9- Síntese dos procedimentos a serem adotados pelas OPM‟s por ocasião de falecimentos de policiais militares. APRESENTAÇÃO DE UMA OCORRÊNCIA NAS REDES SOCIAIS A divulgação de imagens de ocorrências é uma forma de mostrar o trabalho da polícia militar para a população. As mídias sociais são ferramentas que devem ser utilizadas de forma profissional. portanto, é necessário cuidado e atenção para a produção de conteúdo e na sua divulgação. Com a finalidade de melhorar o alcance de nossas ocorrências, vamos padronizar sua apresentação. Há estudos que comprovam que a mente humana absorve negativamente quando em um mesmo plano há algo positivo e algo negativo. sendo assim, não é recomendado que as apresentações de ocorrências sejam feitas em cima de viaturas ou ainda com o logotipo da unidade no mesmo plano da apreensão. Os policiais militares responsáveis pelas ocorrências, assim como aqueles que desempenham a função de chefe da seção de comunicação social, devem estar atentos às orientações a seguir: IMAGEM INSTITUCIONAL 37 | P á g i n a O que não fazer IMAGEM INSTITUCIONAL 38 | P á g i n a O que fazer IMAGEM INSTITUCIONAL 39 | P á g i n a Referências Bibliográficas AMORIM, Marlisa; PINHEIRO, Daniela. 631 Conduta Inconveniente. Relatório Técnico. Trabalho de Conclusão de Curso Rádio e TV. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Escola de Comunicação Social. 2008 CALDAS, Paulo Frederico Borges; LEITÃO, Rogério Luiz Teixeira. Imagem Institucional da Polícia. Coleção Instituto de Segurança Pública. Série Formação Policial. Volume 9. Rio de Janeiro. 2008. 48p. CALDAS, Paulo Francisco Borges. Apostila de Comunicação Social do Curso de Formação de Oficiais da PMERJ. 2005. CRUZ, Breno de Paula Andrade; ROSS, Steven Dutt; ZOUAIN, Deborah Moares. Imagem da Polícia Militar do Rio de Janeiro pela ótica da classe social dos cidadãos pesquisados. Revista Administração em Diálogo. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. n. 11, v. 2, 2008, p. 01-20. POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Site da PMERJ. Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: http://www.policiamilitar.rj.gov.br/ . Acesso em: 10Agosto2012. POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Nota de Instrução nº016/84. Disponível em: http://www.policiamilitar.rj.gov.br/ . Acesso em: 10Agosto2012. VAZ, Gil Nuno. Marketing institucional: um mercado de ideias. São Paulo: Pioneira, 1995. http://www.policiamilitar.rj.gov.br/ http://www.policiamilitar.rj.gov.br/