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CURSO: ENFERMAGEM / DISCIPLINA: HOMEM E SOCIEDADE ALUNO (A) IVANILDO CARDOSO SILVA DATA 29/03/2020 ENFERMAGEM IVANILDO CARDOSO SILVA ENFERMAGEM CULTURA, CULTURA COMO FORMA DE DOMINAÇÃO, DAWINISMO SOCIAL Parauapebas-PA 2020 IVANILDO CARDOSO SILVA ENFERMAGEM CULTURA, CULTURA COMO FORMA DE DOMINAÇÃO, DAWINISMO SOCIAL Artigo apresentado como requisito parcial para obtenção de nota do curso de enfermagem da Universidade Uniplan/ conexão Parauapebas-PA Orientador: profº Adalberto Parauapebas-PA 2020 CULTURA, CULTURA COMO FORMA DE DOMINAÇÃO, DAWINISMO SOCIAL IVANILDO CARDOSO SILVA* ADALBERTO** RESUMO O presente artigo tem por objetivo abordar um pouco sobre o que é cultura e sua forma de dominação e também resgatar uma análise individualizada sobre o homem e a sociedade, mais principalmente trazer presente de forma simples o conceito de Cultura, Cultura como forma de dominação, senso comum e Darwinismo Social. Palavras-chave: Cultura, dominação e sociedade. 1. INTRODUÇÃO De modo teórico esta pesquisa trata de uma análise breve de alguns itens que caracterizam tanto o indivíduo, como a sociedade. Qual a relação que há entre eles? É possível ao indivíduo estar dentro da sociedade sem ser por ela sucumbido? A pesquisa baseia-se na ótica Ontopsicológica, com a temática sobre o organísmico do social. Cada pessoa possui intato em si um projeto de natureza, algo que lhe é próprio e lhe dá a identidade de ser quem verdadeiramente é. Em cada indivíduo há um projeto diferente do outro, sem nunca se repetir, pois, como as pessoas, eles também são diversos. A única questão que lhes é igual está no fato de que ele deve se tornar realidade no meio social para que o sujeito “cumpra sua missão” neste planeta. É como no exemplo do copo, isto é, pensemos que cada um possui um copo de tamanho diferente (este copo pode ser considerado o projeto de natureza) e, é necessário enche-lo sem que falte ou sobre conteúdo, isso faz com que se chegue à realização plena de si mesmo e esteja constantemente em estado de graça, emanando, a partir disso, esta vitalidade e funcionalidade para o meio social no qual se encontra. 2. CULTURA E SOCIEDADE A vida humana implica em inter-relação. Ao viver em sociedade as pessoas necessitam umas das outras, o que caracteriza a própria essência do processo social. As regras implícitas e explícitas que organizam esse processo definem tanto a posição dos interlocutores quanto aquilo que se espera de cada indivíduo. São definidos os comportamentos esperados entre pais e filhos, nas diferentes etapas da vida de cada um, de subalternos e superiores, na relação profissional e nas expectativas entre governantes e governados na esfera pública. O ser humano é uma espécie diferente de animal que vive em grupo. Ao desenvolver a cultura, afastouse da natureza e, portanto, dos instintos. O comportamento humano baseado na cultura e na troca de conhecimento (aprendizagem) é o que nos distingue das demais espécies. Não dependemos apenas da herança biológica e do comportamento também herdado geneticamente para evoluir. Precisamos de história, das experiências das gerações passadas, da capacidade de nos educarmos mutuamente. Portanto, dependemos da cultura. Antropologicamente, a cultura foi definida pela primeira vez no século XIX (1871), por Edward Tylor, como “um conjunto complexo que inclui os conhecimentos, as crenças, a arte, a lei, a moral, os costumes e todas as outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro de uma sociedade” O processo por meio do qual o indivíduo aprende a ser um membro da sociedade, designado pelo nome de socialização, não tem fim e pode dividirse em socialização primária e socialização secundária. A família é tradicionalmente a instituição responsável pela socialização primária e a escola, o trabalho e as demais instituições são responsáveis pela socialização secundária. (BERGER, P., BERGER, B. apud FORACCHI, M.; MARTINS, 1977). Nosso comportamento é resultado da combinação entre a influência de nossa cultura, nossas capacidades inatas e a história de vida pessoal. Para nos desenvolvermos plenamente como seres humanos, precisamos da referência de comportamento dado pela sociedade. É a partir dessa perspectiva que podemos reconhecer que cada um de nós é um “indivíduo social” 3. MÉTODO Realizou-se revisão bibliográfica a partir das publicações disponíveis nas principais bases de dados: ambiente virtual Uniplan, as buscas utilizaram os descritores “Cultura, Cultura como forma de dominação, senso comum e Dawinismo”. Após a pesquisa com os descritores, os artigos foram identificados por área temática, resumos – e somente então selecionados aqueles que se enquadravam ao objetivo desta pesquisa. 4. RESULTADO E DISCUSSÃO 4.1 CULTURA COMO FORMA DE DOMINAÇÃO É difícil estabelecer uma única definição de cultura e poder, pois são termos complexos e amplamente empregados na História e nas Ciências Sociais. A relação entre esses dois campos de investigação enfatiza a natureza conflituosa das relações sociais, tanto em termos dos padrões de comportamento quanto de ordenamento social. O poder. É um dado intrínseco às relações sociais, afetando a tudo e a todos. Sua natureza relacional apresenta-se, portanto, como um dado fundamental. Nesta perspectiva, a definição de cultura está indissociada da dinâmica das negociações políticas, dos conflitos sociais e das relações de poder nas sociedades. O poder, que perpassa todas as relações de troca entre individualidades culturalmente constituídas, não traz necessariamente em seu bojo um viés excludente ou exclusivista. Desde as sociedades comunais já se admitia a divisão interindividual de tarefas e, portanto, um instrumento disciplinar, uma ordem estabelecida. O que ocorria: cada célula do todo social, assim como num organismo vivo, possuía uma função adequada a sua compleição física e aptidões naturais. Observando, por esse ângulo, concluímos que as sociedades mais primitivas eram, não obstante, muito mais complexas no modo de lidar com o poder e seus tentáculos. Para apor aqui uma conclusão devemos lembrar que o poder sustentado por uma sociedade hierarquizada por estamentos e de difícil mobilidade social, como a brasileira, torna o ser um objeto não atuante e a própria cultura de um povo, algo descaracterizado e, por conseguinte, não qualificado para competir de igual para igual no mercado globalizado. 5. SENSO COMUM A palavra “cultura” e usada com diferentes significados, conforme o contexto. Podemos encontra-la em nosso dia a dia, fazendo parte da forma como tratamos os outros e reagimos a certas situações. É possível lembrar algumas frases que ouvimos repetidamente no cotidiano, onde aparece a palavra “cultura”. Refletir sobre seus significados rotineiros pode revelar os valores presentes em nossas relações sociais. Nosso objetivo, ao confrontar esses dois usos da palavra cultura, e ultrapassar as armadilhas e os limites provocados pelo preconceito que o senso comum pode nos conduzir. O preconceito presente no senso comum não proporciona oportunidades para que as pessoas resolvam problemas e situações sociais instaladas por choques culturais ou qualquer outro fenômeno. Ele nos faz, simplesmente, rejeitar os outros e impede a reflexão produtiva socialmente sobre essas situações. Apenas por meio do pensamento reflexivo e da aceitação de novos valores e verdades podemos superar a atitude preconceituosa e conduzir a soluções dinâmicas e originais. Para isso, confrontar nosso conhecimento comum com o cientifico pode ser valioso. Conhecendo o que o senso comum afirma sobre o conceito de cultura e confrontando com um oposto a ele, que é a ciência, temos a oportunidade de abrir espaço para essa reflexão. 6. DAWINISMO SOCIAL O darwinismo social tem origem na teoria da seleção natural de Charles Darwin, que explica a diversidade de espécies de seres vivos através do processo evolução. O sucesso da teoria da evolução motivou o surgimento de correntes nas ciênciassociais baseadas na tese da sobrevivência do mais adaptado, da importância de um controle sobre a demografia humana. Uma ideia central para entender o darwinismo social é a noção de progresso. No século XIX, o ideal de progresso já estava impregnado na Europa por filosofias como a do positivismo, incluindo Herbert Spencer, que postulou a “sobrevivência dos mais aptos”. O imperialismo foi o movimento de expansão do território, cultura e economia de uma nação para povos vizinhos e ao redor do mundo. Nesse ponto, o darwinismo social era usado para se argumentar a favor, além do racismo e da eugenia, também do imperialismo. Assim, a propósito do darwinismo social era corroborado pelo processo de dominação política e econômica e legitimação das potências emergentes, o chamado neocolonialismo. Como consequência, decorria a conquista de povos, que transmitia a ideia de benefício para o povo conquistado. Assim, eles passariam a ser dirigidos por pessoas capazes para transformar e progredir seu povo. Isso, conferia ao conquistador a sua superioridade, visto que as nações superiores tinham a missão de “civilizar” as inferiores. 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Havendo no homem um projeto de natureza a ser realizado na história, este deve fazê-lo em meio à sociedade, não existe outra maneira de realiza-lo fora dela. O escopo do homem é realizado sempre no plano social, na sociedade. Entretanto, a metanoia exige que o homem veja primeiro a si próprio. O homem deve ir esclarecendo o que lhe serve como crescimento, principalmente os estereótipos aprendidos na infância, que de certa forma estabilizam o crescimento atual da pessoa. Portanto, o homem quando resolve a si mesmo também ajuda a resolver a sociedade, o processo deve acontecer desta forma. Porém, para não ser atacado externamente é preciso reservar o ponto íntimo de si mesmo sem dar-se aos outros por nada em troca, ou seja, seguir e concordar com as regras sociais por fora, mas por dentro manter-se cultivando as regras do próprio Em Si ôntico. Ainda mais, “Deve-se ser colaborador no mundo, sem definir-se no mundo; deslizar como a serpente na adaptação, mas com a pomba pronta no coração” (MENEGHETTI, 2012. p. 106). 8. REGÊNCIA BIBLIOGRÁFICA http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922016000200403 (acessado em 15-04-2020). www.historia.uff.br/nupehc/cultura_poder.php (acessado em 18/04/2020) http://www.overmundo.com.br/overblog/cultura-e-poder (acessado em 18/04/2020) https://pt.wikipedia.org/wiki/Darwinismo_social (acessado em 18/04/2020)
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