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Resumo do Livro - Tópicos Especiais em Administração

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PONTO IMPORTANTES 
Capítulo 01 – Gestão Quântica de Negócios 
 
O que a física quântica defende? 
Que o mundo não pode ser decomposto em unidades elementares, únicas, que existem e atuam de maneira 
independente. O mundo, sim, é composto por unidades interdependentes e inter-relacionadas. 
 
A teoria quântica começou a ser formulada por diversos físicos internacionais, quais são eles? 
Max Planck, Albert Einsten, Niels Bohr, Louis de Broglie, Erwin Schrödinger, Wolfgang Pauli, Werner 
Heisenberg e Paul Dirac. 
 
O que defende o Princípio da Incerteza de Heinsenberg? 
Defende que nunca saberemos a posição exata das coisas, nunca! 
 
A teoria quântica considera, então? 
Que mesmo as partículas subatômicas, como os elétrons, prótons e nêutrons no núcleo dos átomos, não se 
parecem em nada com objetos sólidos. São abstratas e, muitas vezes, duais: certas vezes vistas como 
partículas e outras, como ondas. 
 
Dentro da física moderna, deve-se usar o princípio da complementaridade, o que ele fala? 
A partícula e a onda são duas descrições complementares para uma mesma realidade. Ou seja, cada uma 
das definições é parcialmente correta, mas limitada, pois depende da definição da outra. 
 
O que a visão sistêmica defende? 
Que as propriedades essenciais de qualquer sistema vivo são parte do todo, ou seja, individualmente, 
nenhuma parte possui autonomia e, assim, depende das interações e relações entre as partes. 
 
Como se dá a visão da Física Clássica? 
Material, visível, concreto - Estático, estável, passivo, inerte - Previsível, controlável - Não afetado pela 
observação; a realidade é objetiva - Uma máquina; as coisas são mais bem entendidas se foram reduzidas às 
suas partes mais simples; as partes determinam o todo - Localmente controlado; causa e efeito; são 
claramente discerníveis - Dependente das fontes de energia extrínsecas; sem força externa, as coisas 
desagregam. 
 
Como se dá a visão da Física Quântica? 
Intangível, invisível, abstrato - Dinâmico, vibratório, em contínua mudança - Imprevisível, indeterminado - 
Sujeito ao impacto da consciência do observador; a realidade é subjetiva - Um sistema; tudo é parte de um 
todo inter-relacionado; o todo determina as partes - Afetado por muito mais do que aquilo que atinge o 
olho; as coisas acontecem “a partir de certa distância” - Pleno de energia; a energia é intrínseca à vida e aos 
seus sistemas. 
 
De acordo com Shelton (1997), a visão quântica do mundo, envolve sete habilidades quânticas, quais são 
elas? 
Visão, sentimento, confiança, pensamento, conhecimento, ação e ser. 
 
O que são as habilidades quânticas? 
São um conjunto complexo de comportamentos interativos. Tem como base a teoria da física quântica e 
defende que sempre o todo será maior que a soma das partes. Ou seja, como defendemos desde o início, 
nunca podemos isolar as partes e fazer análises individualizadas. As relações são fundamentais para as 
habilidades quânticas. 
 
 
O que seria a visão quântica? 
A visão quântica é a capacidade que o indivíduo, chamado de ser quântico, tem de entender e não apenas 
enxergar quanticamente, ou seja, é a visão intencional da nova física, podendo ser aplicada ao mundo como 
um todo. A habilidade da visão quântica permite que o indivíduo rompa com os condicionamentos que 
sofreu na infância e consiga reagir aos novos estímulos que surgem no decorrer da vida. O primeiro passo 
para ter essa nova visão é entender e reconhecer que o universo é subjetivo e que cada indivíduo é coautor 
da história, por meio de cada escolha. Devemos ter em nossa vida uma clara intenção do que queremos, 
conhecendo qual é o tipo de local de trabalho que queremos criar. geral. A visão quântica permite enxergar 
o universo de forma mais dinâmica, imprevisível, subjetiva e auto-organizadora. 
 
O que seria o sentimento quântico? 
É quando o ser quântico tem a capacidade de realmente se sentir vivo. O sentimento quântico é usado como 
forma de escolher qual o melhor estado do nosso sentimento para lidar com a energia que encaramos no 
dia a dia em nossa vida. Ter responsabilidade pela criação de locais de trabalho com vitalidade, praticando 
os princípios de criação de energia. 
 
 
E a confiança quântica? 
Confiar na vida que o cerca. Com a confiança quântica, aceitamos o fluxo natural da vida, deixando de 
concentrar nossas forças no futuro e pensando mais no presente. Aceitar o caos e confiar na capacidade que 
o universo tem para se organizar. 
 
Já o pensamento quântico? 
O pensamento quântico, por sua vez, é a capacidade de pensar quanticamente, ou seja, aplicando os 
conceitos da física quântica ao pensamento diário, de forma paradoxal, fugindo às formas tradicionais do 
pensamento. O pensamento quântico defende a criação de respostas inovadoras para todos os desafios que 
aparecem na nossa frente, durante toda a vida. O pensamento quântico nos auxilia a enxergar o lado 
complementar das situações. Temos que abandonar a crença de que o mundo ou é isto ou aquilo, mas sim, 
pensar um mundo isto e aquilo juntos. 
 
O conhecimento quântico? 
É a capacidade de saber de forma intuitiva. O conhecimento quântico nos ajudará a utilizar nossa intuição. 
Com ele, conseguimos aprender de dentro para fora para, então, desenvolver nossa criatividade e sabedoria. 
Ele permite o aprendizado por vias não sensoriais. É a habilidade do conhecimento intuitivo e, para melhorar 
a intuição, algumas técnicas podem ser adotadas: anotar sonhos, anotar percepções, meditar, respirar 
profundamente de olhos fechados, controlar momentos de comer e beber etc. São técnicas baseadas na 
aprendizagem para tranquilizar e silenciar a mente. Cada um deve conhecer a melhor forma de treinar sua 
própria intuição. O conhecimento quântico pode ser útil para decisões que são recorrentes ou para 
problemas de difícil solução dentro das empresas e até mesmo da vida como um todo. Deve-se começar 
analisando todas as possibilidades de solução possível, sempre fugindo da forma tradicional e racional de 
pensamento. Muitas vezes, fazer um mapa mental de todas as soluções que vem à nossa mente pode ser 
muito válido. Acesso à inteligência de níveis superiores de consciência, utilizando nossa intuição. 
 
E a ação quântica? 
É a agir de forma responsável. A ação quântica deve colocar a ação realmente em prática. É a concretização 
da teoria quântica, que teve início com a visão quântica, para entender como os princípios da física podem 
ser aplicados em outras áreas; passou pela evolução do pensamento quântico e como ele deve ser 
desenvolvido para o entendimento desta nova teoria; discutir conhecimento quântico, que nos mostrou 
como desenvolver nossas habilidades do saber; e, agora, vamos entender o que de fato acontece quando 
utilizamos a física quântica em todas as nossas relações, trocas, integrações etc. 
A ação quântica defende que cada pensamento e cada ação realizada têm potencial para impactar de forma 
significativa não apenas a nossa vida ou o que está próximo a ela, mas também, todo o universo. Assim, 
devemos reconhecer que a nossa vida e nosso local de trabalho podem ser modificados a partir do momento 
que se reconhece essa interconexão, onde coisas, mesmo distantes, podem nos afetar. 
Assim, a ação quântica é a capacidade para agir pensando em todas as consequências de uma ação. A 
preocupação com o todo é fundamental. É uma escolha responsável que deve responder três perguntas: o 
que isso produzirá? Eu realmente quero criar isso? Estou preparado para aceitar todas as consequências 
dessa escolha? De outra forma, podemos definir a ação quântica como um compromisso com a escolha 
consciente. Esclarecer para nós mesmos nossos valores mais profundos, fazendo escolhas conscientes e 
condizentes com os valores estabelecidos. 
 
Ser Quântico? 
Criar organizações nas quais as diferenças são honradas e valorizadas, assim como os relacionamentos são 
incentivados. 
 
Pessoas que buscam agir de forma quântica, utilizando o pensamento consciente, são chamadas de 
PESSOAS DO AVANÇOREVOLUCIONÁRIO. Na ação quântica, viver de forma responsável não significa ser 
obcecado em mudar as pessoas e fixar formas de ação. Deve-se tomar decisões morais seguindo, portanto, 
a MORALIDADE QUÂNTICA: pode existir mais de uma solução correta para qualquer problema. E, mais do 
que isso, estar muito certo de si em determinada posição, pode significar, na verdade, maior probabilidade 
de erros e uma visão enviesada da situação. 
O que defende o pensamento sistêmico? 
Que propriedades essenciais de um organismo são propriedades do todo, surgem de interações e relações 
e não existem se o sistema é destruído, isolado ou dissecado. 
O que é um mapa mental? 
É um diagrama onde você deve representar graficamente tudo o que vem na sua cabeça quando pensa sobre 
determinado assunto: desenhos, setas, relações, processos... Em seu diagrama cabe tudo o que sua 
imaginação permitir. Busque sempre representá-lo da forma mais detalhada possível. Assim, ele irá te ajudar 
a organizar as ideias, tornando-as mais palpáveis e mensuráveis. 
 
O que explica o princípio da não-separabilidade? 
Quando há interação entre duas partículas subatômicas, elas permanecem ligadas independente da 
distância entre elas, mesmo que no futuro estejam em localizações completamente separadas. 
 
Como se dá a visão mecanicista das organizações? 
Muito semelhantes a uma máquina; máquinas são construídas com partes padronizadas; portanto, são 
orientadas com base na estrutura - Estáticas, estáveis, passivas, inertes. - Previsíveis; funcionam de acordo 
com uma cadeia linear de causa e efeito; rupturas são facilmente identificáveis - Externamente controladas; 
é exigida estreita observação. - São mais bem-entendidas se forem reduzidas às suas partes mais simples; as 
partes determinam o todo - Sistemas fechados; procedem em direção à entropia; obedecem à segunda lei 
da termodinâmica. 
 
E a visão sistêmica? 
Organismos vivos, nos quais não há duas partes idênticas; portanto, são orientadas com base no processo - 
Dinâmicas, em contínua mudança - Imprevisíveis; funcionam de acordo com padrões cíclicos de informações 
(laços de feedback); rupturas são causadas pela interação de múltiplos fatores - Auto-organizadoras; a ordem 
é criada internamente; é exigida autonomia - São mais bem entendidas observando-se o todo; o todo 
determina as partes - Sistemas abertos; interagem continuamente com o ambiente; evoluem em direção a 
níveis cada vez mais elevados de ordem e complexidade; renovam-se e transcendem a si mesmos. 
 
Os funcionários podem ser estimulados de diversas formas, cite algumas delas. 
• Incentivar a criatividade e liberdade de pensamento, mas com responsabilidade, atenção aos desafios e 
visão clara do que deve ser feito; 
• Incentivar o trabalho em equipe, fazendo com que cada um do grupo sinta- se importante para o objetivo 
maior. Aqui é importante ressaltar a ideia de que o todo vale muito mais do que a soma das partes; 
• Demonstrar a importância da disciplina e controle diante de todas as situações; 
• Demonstrar apoio e segurança, ou seja, o subordinado deve sentir-se seguro e que confiam no seu 
trabalho, para que ele próprio também confie. 
 
A teoria quântica nos mostra que a educação formal, racional e analítica, que nos traz as competências 
técnicas, não é suficiente para forma um bom funcionário. A competência interpessoal, com habilidades 
de relacionamento, é fundamental para o dia a dia das organizações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTO IMPORTANTES 
Capítulo 02 – Teoria do Caos e da Complexidade 
Tais recentes avanços no estudo dos sistemas vivos surgiram de duas visões, quais são elas? 
A matemática da complexidade e os modelos de auto-organização. 
 
O pensamento sistêmico acredita que para entender a vida é necessário o que? 
Primeiro, entender o padrão. O padrão de organização significa que existe uma configuração determinada 
para as relações, como se fossem características de um sistema particular. 
 
Fale sobre o estudo dos padrões. 
O estudo dos padrões é o mesmo que o estudo da forma, não pode ser medido nem pesado, portanto, deve 
ser mapeado. As relações devem ser estudadas para que seja possível entender sua configuração, ou seja, 
como são formadas. Defende que onde há sistemas vivos, há organização de seus componentes em forma 
de rede. 
 
Como se deu a origem da auto-organização? 
Durante os estudos da cibernética, na construção de modelos matemáticos pra representar a lógica das 
redes neurais. A auto-organização foi identificada na capacidade de repetição de padrões ordenados nas 
redes neurais, como em um ciclo. Como se os padrões emergissem de forma espontânea e organizada. 
Além disso, os novos modelos passam a defender que a auto-organização só é possível quando o sistema 
não está em equilíbrio e, portanto, é aberto. Apenas dessa forma há necessidade de auto-organização e 
retroalimentação. Por fim, a auto-organização defende a não-linearidade. A chamada “instabilidade de 
Bénard” é um clássico para explicar a auto-organização. Ela ocorre em sistemas onde não há equilíbrio, 
abertos. 
 
Algumas características são comuns a todos os estudos e formam a base para a auto-organização atual: 
• Fluxo contínuo de energia e de matéria pelo sistema; 
• Estado estável, mas afastado do equilíbrio; 
• Emergência de novos padrões de ordem; 
• Papel central dos laços de realimentação; e 
• Descrição matemática por meio de equações não-lineares. 
 
O que é a matemática da complexidade? 
É a teoria matemática voltada para aplicação em uma ampla faixa de fenômenos, e não apenas uma teoria 
para os fenômenos físicos. O mesmo devemos ter em mente para a chamada “teoria do caos”, que é um 
importante ramo da matemática da complexidade. Esta matemática estuda as relações (ou interações) e os 
padrões, que tanto já discutimos conceitualmente. No entanto, apesar de ser matemática, é muito mais 
qualitativa do que quantitativa. Busca incorporar a mudança, enfatizando as características do pensamento 
sistêmico: em vez de estudar objetos, estuda as relações; em vez de estudar substâncias, estuda os padrões. 
 
Os sistemas caóticos não apresentam comportamentos meramente aleatórios, mas sim, profundos níveis 
de uma ordem padronizada. Os sistemas caóticos dependem muito do estado inicial, ou seja, são 
extremamente sensíveis e, mesmo as pequenas mudanças no estado inicial, ao longo do tempo, levarão 
a consequências aumentadas. É o chamado “Efeito Borboleta”, que surgiu pela afirmação que diz que se 
uma borboleta bate as asas, hoje, em Pequim, pode causar uma tempestade em Nova Iorque daqui um 
mês. 
 
Diferencie equações lineares de não-lineares: 
Diferente das equações lineares, que podem ser resolvidas de forma analítica, chegando a um resultado 
como solução, as equações não-lineares, em sua maioria, descrevem fenômenos naturais e, portanto, que 
nem sempre podem ser resolvidos de forma analítica. 
 
A Teoria do Caos ainda nos permite fazer previsões, inclusive, muito precisas. Mas são previsões 
relacionadas a características qualitativas do comportamento do sistema em questão. Valores 
quantitativos e precisos não podem ser previstos da mesma forma. Podemos dizer, então, que esta 
matemática é mais preocupada com a qualidade do que com a quantidade. Assim como defende o 
pensamento sistêmico e a teoria quântica, já estudados. 
 
Atualmente, a economia utiliza que tipo de enfoque? 
Reducionista e fragmentário, assim como as teorias de Newton, utilizada nas mais diversas áreas, como 
vimos. No entanto, esquece que a economia faz parte de todo um contexto ecológico e social: “é um sistema 
vivo composto de seres humanos em contínua interação e com seus recursos naturais, a maioria dos quais, 
por seu turno, constituída de organismos vivos” (CAPRA, 2012). 
Não importa se o modelo econômico é capitalista ou comunista, a obsessão é a mesma: o crescimento. Essa 
obsessão é consequência da necessidade de expansão, autoafirmação e competição existente nomercado 
econômico. 
 
Podemos concluir que, para que haja equilíbrio ecológico, é necessário justiça Social? 
Sim! Por isso, a economia preocupada com o todo e não com as individualidades deve ajudar o Terceiro 
Mundo em seu controle populacional, ajudando-o a atingir um nível de bem estar adequado, com 
redistribuição da riqueza, para que haja equilíbrio populacional. 
 
5% da população detém um terço de toda a renda mundial. Os outros dois terços são divididos entre os 
outros 95% da população. 
 
Assim, como Capra (2012) defende, a economia mundial se preocupa muito com o poder, com as 
estruturas de classe e “incentiva” a distribuição desigual da riqueza, ainda explorando os países de 
Terceiro Mundo. O desenvolvimento tecnológico, inerente ao crescimento econômico, apenas ocorre no 
Terceiro Mundo via programas de ajuda econômica e tecnológica, mas, na verdade, muitas vezes servem 
apenas de fachada para grandes multinacionais e não ajudam, de fato. 
 
É fundamental revermos os conceitos do trabalho. Cada trabalhador deve se sentir útil para a sociedade. 
O trabalho deve ser significativo e gratificante, além de estar em harmonia com o ecossistema. 
 
Para explicar os sistemas vivos, Capra (2006) defende dois estudos, quais são eles?: 
O estudo do padrão e o estudo da estrutura. Para o autor, entender o padrão, a forma, a ordem e/ou a 
qualidade de como um ser vivo se organiza não é suficiente para compreensão de seu todo. É necessário, 
também, entender como se organiza a sua estrutura, a substância, a matéria e/ou a quantidade que 
caracteriza a formação do sistema em questão. 
 
Quais são os critérios fundamentais de um sistema vivo? 
Padrão de Organização, estrutura e processo vital. 
 
O que é padrão? 
A configuração de relações que determina as características essenciais do sistema. 
 
O que seria a Estrutura? 
A estrutura é a incorporação física do padrão de organização, das relações funcionais, para que determinado 
ser, vivo ou não, seja reconhecido como tal. A grande diferença é que, nos sistemas não vivos, a estrutura é 
formada por componentes fixos. A organização, a padronização, é planejada e o sistema, depois de criado, 
não se altera. Os sistemas vivos, ao contrário, estão em constante mutação. O fluxo de matéria é contínuo: 
sempre há crescimento, desenvolvimento, evolução e transformação. 
 
 
 
O que seria o processo? 
O processo é a contínua incorporação dos padrões de organização do sistema. Podemos, também, entender 
o padrão como a ligação entre padrão e estrutura. 
 
Padrão, estrutura e processo são completamente interdependentes. Conforme defende Capra (2006, p. 
121), “o padrão de organização só poderá ser reconhecido se estiver incorporado numa estrutura física, e 
nos sistemas vivos, essa incorporação é um processo em andamento. Assim, estrutura e processo estão 
inextricavelmente ligados”. 
 
O que é a autopoiese? 
Significa a autocriação. Criar a si mesmo. Assim, na autopoiese, cada componente participa da produção e 
transformação de outros componentes que fazem parte da rede. 
 
A estrutura dos sistemas vivos, ao contrário do que acontece com o padrão, tem o foco na abertura para 
o meio ambiente. A estrutura deve ser “dissipativa”, permitindo fluxo de energia e matéria. Assim, 
podemos dizer que os sistemas vivos são organizacionalmente fechados e estruturalmente abertos. A 
matéria deve fluir no sitema, que é autônomo e tem capacidade de auto-organização. Todo sistema vivo 
deve conter estruturas dissipativas. 
 
No caso dos sistemas vivos é importante destacar que as estruturas dissipativas atuam na realimentação, 
no auto-equilíbrio e na auto-amplificação do sistema. Lembrando que a auto-amplificação pode levar ao 
desequilíbro e, depois, à estabilidade. 
 
O que é o ponto de bifurcação? 
É um ponto ainda de instabilidade, onde novas formas de organização podem aparecer, como forma de lidar 
com a auto-amplificação, desenvolvimento e evolução. De forma resumida, o ponto de bifurcação é a 
alteração da trajetória de um determinado sistema, ocasionada, principalmente, pela evolução do mesmo. 
Com a evolução, o desenvolvimento, a auto-amplificação, o sistema precisa se reorganizar e se redirecionar. 
Ele se ramifica e, por isso, o nome ponto de bifurcação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTO IMPORTANTES 
Capítulo 03 – Gestão do Conhecimento e da Inovação 
 
Como pode ser adquirido o conhecimento, também chamado de capital intelectual? 
Pode ser adquirido de forma prática, na vivência do dia a dia dentro da própria empresa ou até mesmo nas 
relações pessoais; pode, também, ser obtido por meio de redes de ensino, com cursos de graduação, de 
aperfeiçoamento, cursos técnicos, treinamentos etc.; por meio de leituras de materiais da área desejada; e, 
até mesmo, por meio de “dicas” de pessoas com profundo conhecimento da área em questão. 
 
Um bom gestor deve, portanto, apresentar quatro competências gerenciais principais, quais são elas? 
Colaborar, controlar, competir e criar. 
 
O que significa colabora? 
Deve envolver a criação e a sustentabilidade do compromisso e da coesão. Significa: 
• Entender a si mesmo e aos outros; 
• Comunicar com honestidade e efetividade; 
• Orientar e desenvolver os outros; 
• Gerenciar grupos e liderar equipes; 
• Gerenciar e estimular o conflito construtivo. 
 
Como se dá o controle? 
Envolve o estabelecimento e manutenção da estabilidade e da continuidade, buscando: 
• Organizar os fluxos de informação; 
• Trabalhar e gerenciar por meio de funções; 
• Planejar e coordenar projetos; 
• Medir e monitorar o desempenho e a qualidade; 
• Estimular e possibilitar a conformidade. 
 
E a competição? 
Deve visar a melhoria da produtividade e o aumento dos lucros. Para isso, a gestão deve: 
• Desenvolver e comunicar corretamente a visão da organização; 
• Estabelecer metas e objetivos; 
• Motivar a si e aos outros; 
• Projetar e organizar; 
• Gerenciar a execução e conduzir para resultados. 
 
O que acontece na criação? 
É a competência onde o gestor deve promover a mudança e estimular a adaptabilidade de seus 
colaboradores. Em busca da criação, o gestor deve: 
• Usar o seu poder com ética e efetividade; 
• Patrocinar e vender novas ideias; 
• Estimular e promover inovação; 
• Negociar e acordar compromisso; 
• Implementar e sustentar a mudança. 
 
O desenvolvimento das competências depende de que? 
Da aquisição do conhecimento e de colocar em prática as habilidades adquiridas por meio desse 
conhecimento. 
 
Fale sobre o modelo das cinco etapas defendido por Whetten e Cameron (2010) para a aquisição de 
conhecimento? 
É um modelo de desenvolvimento educativo como o processo de aprendizagem, chamado ALAPA: avaliação 
(Assessment), aprendizagem (Learning), análise (Analysis), prática (Practice) e aplicação (Application). 
Avaliação? 
Irá auxiliar quem está desenvolvendo seu conhecimento a verificar qual é sua atual habilidade no 
conhecimento/competência em questão. É o reconhecimento do conhecimento/competência. Para isso, 
pode- se utilizar diversas ferramentas, como questionários ou discussão em grupo. 
 
Aprendizagem? 
É o momento de adquirir o conhecimento por meio de leituras, vídeos, aulas etc. Para constatar que a 
aprendizagem foi efetiva, não basta apenas armazenar o conhecimento e as informações. Elas devem ser 
apresentadas, transmitidas em formato de aulas, palestras, resumos, apresentações. Portanto, é a fase de 
armazenamento e transmissão. 
 
Análise? 
Deve buscar a exploração de comportamentos que são adequados ou inadequados. É desenvolvida por meio 
da observação e análise das situações em questão. O que deu certo? O que está dando errado? Nesta etapa, 
a análise de casos e exemplos são fundamentais. 
 
Prática? 
Deve-se colocar em prática o que foi aprendido e absorvido até então. Ainda não é a aplicação real. Portanto, 
permite erros e acertos de forma mais livre. É como uma simulação antes da aplicação no mundo real. É o 
momento de experimentação e feedback durante o processo de aprendizagempara possibilitar melhorias 
no desenvolvimento da atividade aprendida. 
 
Aplicação? 
É a prática no mundo real. Transfere-se todo o conhecimento, as habilidades e as competências adquiridas 
durante o processo de aprendizagem para o mundo organizacional. 
 
Comente sobre o pensamento crítico. 
Ele irá permitir a formulação de argumentos claros, sólidos, convincentes e atrativos. Pensar de forma crítica 
é uma habilidade que pode ser desenvolvida por meio da aquisição de conhecimento. É a busca de 
informações para melhorar a qualidade de avaliações, elevar a credibilidade das suas recomendações 
durante reuniões, aumentar a confiabilidade dos outros perante seu poder de decisão, entre muitos outros 
fatores. 
 
Brooking (1996) divide o capital intelectual em quatro categorias principais, quais são elas? 
• Ativos de mercado; 
• Ativos humanos; 
• Ativos de propriedade intelectual; 
• Ativos de infraestrutura. 
 
Os ativos de mercado envolvem o que? 
O potencial da empresa como um todo em relação a fatores intangíveis que possuem relação com o 
mercado: marca, clientes, lealdade, negócios recorrentes e em andamento, canais de distribuição, franquias 
etc. É o conhecimento que a empresa possui para se destacar no mercado em relação à concorrência, 
oferecendo uma marca diferenciada, canais de distribuição que facilitam o acesso ao produto, bom 
desenvolvimento de negócios que garantem a fidelidade de seus consumidores etc. 
 
E os ativos humanos? 
São os principais responsáveis por renovar o conhecimento de forma contínua dentro das organizações. 
Envolvem todos os benefícios que os colaboradores de uma empresa podem trazer para ela: expertise, 
criatividade, conhecimento, resolução de problemas. 
 
 
 
Ativos de propriedade intelectual? 
Envolvem tudo aquilo que a organização precisa recorrer a proteção legal: know-how, procedimentos 
industriais sigilosos, copyright, patentes, designs únicos, receitas sigilosas etc. 
 
E por fim, os ativos de infraestrutura? 
Envolvem todas as tecnologias, metodologias e processos necessários e que fazem parte da estrutura da 
organização. Vão desde as instalações físicas do prédio onde a empresa está instalada, a planta da fábrica, 
passando pelas máquinas, softwares e hardwares utilizados no processo produtivo, até tudo que é 
necessário em termos de estrutura para o desenvolvimento das atividades da empresa. 
 
Quais fatores Brooking (1996, p. 17) defende, ainda, que os gestores devem se preocupar para garantir o 
desenvolvimento do capital intelectual dentro das organizações? 
• Tratar os funcionários como ativos raros; 
• Se esforçar, junto com a administração, para alocar a pessoa certa na função certa, considerando suas 
habilidades; 
• Garantir oportunidades para desenvolvimento profissional e pessoal; 
• Avaliar o retorno sobre o investimento realizado em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D); 
• Identificar o know-how gerado pela P&D; 
• Identificar os clientes recorrentes; 
• Estabelecer uma estratégia proativa para tratar a propriedade intelectual; 
• Mensurar o valor da marca da organização; 
• Avaliar o retorno sobre o investimento realizado em canais de distribuição; 
• Garantir sinergia entre os programas de treinamento e os objetivos corporativos; 
• Garantir infraestrutura para auxiliar os funcionários a desempenhar um bom trabalho; 
• Valorizar as opiniões dos funcionários sobre os aspectos de trabalho; 
• Permitir a participação dos funcionários na elaboração dos objetivos traçados; 
• Encorajar dos funcionários para a inovação; 
• Valorizar a cultura organizacional. 
 
Quais são os dois modelos de aprendizagem adotados por Motta e Vasconcelos (2006)? 
Industrial e Pós-Industrial. 
 
Como é o modelo industrial? 
Durante o período industrial, o operário não deveria se preocupar em desenvolver novas habilidades, não 
era visto como um capital humano que poderia contribuir com novas ideias, novos conhecimentos e soluções 
criativas para o dia a dia das indústrias. O operário era pago para desenvolver suas atividades e nada além 
disso. Não deveria se dispersar de suas funções e deveria obedecer seus chefes no cumprimento das tarefas 
específicas direcionadas a ele. Assim, a aprendizagem envolvia o bom cumprimento daquela função 
específica direcionada ao operário, designada pelo superior imediato. 
 
Quais as características do modelo industrial? 
• Concentração de trabalhadores na indústria; 
• Renda concentrada na mão dos países desenvolvidos; 
• Divisão do trabalho; 
• Fragmentação programada das tarefas; 
• Separação entre a vida privada e a vida pública; 
• Conceito estrito de família; 
• Maior mobilidade social; 
• Produção em massa e consumismo; 
• Mecanização e automatização do trabalho humano; 
• Predomínio da “melhor maneira” ou racionalidade absoluta; 
• Sindicalismo como forte movimento social; 
• Estabilidade e comunidade social como valores predominantes; 
• Controles burocráticos e controle social; 
• Aprendizagem de circuito simples. 
- Curva de aprendizado do sistema operacional; 
- Não questiona os pressupostos básicos do sistema (valores e modo de funcionamento); 
- Aperfeiçoamento do sistema atual (melhoria do processo). 
O aprendizado de circuito simples baseia-se, portanto, na correção dos erros detectados. Os indivíduos 
podem incorporar novas práticas desde que elas não interfiram nos pressupostos e valores de base: 
subordinação aos superiores e execução das tarefas designadas. 
 
Como é o modelo pós-industrial? 
O modelo pós-industrial surgiu em uma fase com mudanças tecnológicas e sociais durante a era do 
conhecimento, onde passa a ser fundamental a interpretação rápida das informações complexas, garantindo 
sentido a elas e, então, sendo possível tomar atitudes para criação de valor para as organizações. Os 
trabalhadores passam de agentes passivos para ativos dentro do processo das empresas. Precisam 
desenvolver capacidade cognitiva e apresentar autonomia de ação. Muito diferente do que acontecia até 
então. A participação dos colaboradores torna-se, então, muito maior. Assim, a importância do 
conhecimento e da aprendizagem também aumentam. 
 
Quais as características do modelo pós-industrial? 
• Aprendizado de circuito duplo; 
- Percepção e exploração do ambiente e acesso a novas informações; 
- Comparação com o funcionamento do sistema atual; 
- Questionamento e reconfiguração do sistema; 
- Institucionalização da mudança. 
Assim, o aprendizado de circuito duplo traz a exploração das possibilidades do ambiente com o uso da 
percepção e das novas informações disponíveis. A participação de todos passa a ser muito maior. 
• Predominância do setor terciário (serviços); 
• Globalização; 
• Predomínio da tecnologia da informação garantindo rapidez nas comunicações (internet, telefonia digital, 
satélites, redes sociais); 
• Processamento de informações como mecanismo de geração de valor e vantagem competitiva para as 
organizações; 
• Mecanização de trabalhos rotineiros antes atribuídos ao homem; 
• Diversidade cultural; 
• Desregulamentação e descentralização; 
• Aumento da complexidade dos sistemas técnicos e sociais; 
• Organizações em aprendizagem; 
• Identidades evolutivas; 
• Conceitos como mudança contínua; transitoriedade, adaptabilidade, aprendizagem, contingência, 
autonomia, identidade, cultura, comunicação simbólica e diversidade consolidam-se como valores; 
• Racionalidade limitada – formas de pensamento múltiplas, diversas racionalidades e “visões de mundo”; 
• Ambiente de trabalho e ambiente privado se confundem, graças à tecnologia da informação; 
• Predomínio do presente como unidade temporal; 
• Homo lundus (voltado para o lazer, dispondo de mais tempo livre para atividades que o realizem – 
comunicação, entretenimento e aprendizagem lúdica (sons e imagens) substituem o Homo faber do período 
industrial. 
 
O que é a aprendizagem organizacional? 
Este conceito remete às inovações social e tecnológica constantes dentro das organizações. É a 
institucionalização do aprendizado de circuito duplo,ou seja, a transferência do aprendizado do indivíduo 
para a organização. A aprendizagem organizacional deve buscar a rápida captação e processamento de novas 
informações, para questionamento contínuo em busca de mudanças para melhoria e inovação. 
 
Quais as características que o atual ambiente onde as empresas atuam possui? 
Comunicação, distribuição, globalização, novos conceitos, tecnologia, informação e inovação. 
 
Onde podemos discutir inovação? 
Produtos, Serviços e Processos. 
 
De acordo com Salim e Silva (2010, p. 25), o que é inovação? 
É um caminho fundamental para “encontrar alternativas para resolver problemas e solucionar melhores as 
questões que incomodam”. É comum associarmos a inovação à tecnologia, pois a maioria das inovações 
acontece pelo desenvolvimento tecnológico. 
 
Mais do que uma melhoria, a inovação deve entregar valor para as pessoas com quem a organização se 
relaciona, sejam seus consumidores, fornecedores, parceiros, e stakeholders em geral. 
 
Diferencie pensamento crítico (vertical) de pensamento criativo (horizontal)? 
No primeiro caso começa com um problema e dados numerosos -> processo de pensamento lógico -> 
processos matemáticos -> uma resposta. 
Já no segundo, começa com um problema ou questão -> processos de brainstorming, associação livre, etc -
> gera diversas possibilidades. 
 
O pensamento criativo para a inovação deve enfrentar algumas barreiras, principalmente devido a 
questões culturais. Essas barreiras são definidas por Quinn e outros (2012), quais são elas? 
• O pensamento de que a fantasia e a reflexão são perda de tempo, sinal de preguiça ou de maluquice. Vistos 
de forma negativa e sem valor. Pelo contrário, da fantasia e da reflexão podem surgir as melhores ideias. 
• A crença de que somente as crianças podem brincar e de que os adultos devem trabalhar e ter seriedade. 
As brincadeiras também podem ser ótimas fontes para a criatividade. 
• A imagem de que a solução de problemas deve ser séria, sem nenhum humor. O bom humor pode ser um 
ótimo aliado à resolução de problemas. Sem ele, muitas vezes podemos tornar os problemas ainda maiores. 
• O valor negativo dado à intuição, considerada ilógica e pouco prática. Muitas vezes, a intuição pode ser 
uma ótima ferramenta para solucionar problemas, trazer ideias criativas e inovadoras. Aqui, podemos 
inclusive retomar a teoria quântica estudada no capítulo 1 deste livro, que defende o uso da intuição. 
 
Além das barreiras culturais que apresentamos, Quinn e outros (2012) defendem que o sucesso ou 
fracasso da inovação e das ideias criativas depende da transposição de algumas barreiras individuais, quais 
são elas? 
• Resistência à mudança; 
• Medo de cometer um erro e medo do fracasso; 
• Incapacidade para tolerar a ambiguidade/flexibilidade; 
• Tendência de julgar ao invés de gerar ideias; 
• Incapacidade de relaxar ou permitir que as novas ideias apareçam; 
• Tendência excessiva à autocritica; 
• Medo de parecer bobo; 
• Conformidade ou mania de querer dar a resposta esperada e não a melhor resposta ou mais correta; 
• Estereotipar ou limitar as possibilidades de objetos e ideias aos seus usos “conhecidos”; 
• Falta de informação, muitas informações incorretas ou irrelevantes. 
 
Quais são as treze ações que auxiliam os gestores a construir um espaço criativo dentro da sua organização, 
de acordo com o que defendem Quinn e outros (2012, p. 345)? 
1. Não dirija, observe ou relate em excesso. 
2. Reconheça as diferenças dos indivíduos. Tenha uma apreciação das características únicas de cada pessoa. 
3. Ajude seus subordinados a ver os problemas como desafios. 
4. Pergunte aos seus empregados sobre os modos nos quais eles acreditam ser mais criativos – ou que 
gostariam de ser mais criativos – e que tipo de contribuição criativa eles mais gostariam de fazer. 
5. Dê às pessoas mais liberdade para conduzir seu próprio trabalho. 
6. Treine a si próprio e aos outros para responder os pontos positivos das ideias propostas em vez de reagir 
aos frequentemente mais visíveis pontos negativos. 
7. Desenvolva uma maior tolerância a enganos e erros. 
8. Crie uma atmosfera segura para falhas. 
9. Seja uma pessoa de recursos e não um controlador; um facilitador em vez de um chefe. 
10. Aja como um amortecedor entre os funcionários e problemas externos ou demandas mais elevadas. 
11. Aumente sua própria habilidade criativa por meio de workshops e seminários especiais, leituras 
especializadas e a prática de exercícios e jogos criativos. 
12. Garanta que as ideias inovadoras sejam transmitidas para o seu chefe com seu suporte e apoio. 
13. Então, insista em um mecanismo de feedback. Sem feedback, o fluxo de ideias criativas seca, porque os 
inovadores sentem que suas ideias não são ouvidas ou levadas a sério. 
 
O que é o Brainstorming? 
É uma técnica muito útil para a criação de novas ideias e inovações. É uma das melhores técnicas se o 
objetivo é incentivar a construção coletiva de ideias. Utiliza o debate e a discussão em grupo, além de auxiliar 
a desconexão com a rotina maçante do dia a dia das organizações. Assim, permite o desenvolvimento da 
criatividade. Para uma boa condução de um brainstorming e a garantia de bons resultados, ele deve ser 
conduzido por um responsável, que irá organizar as ideias, anotá-las e avaliá-las. Além disso, o responsável 
pode direcionar as discussões para que sejam melhor aproveitadas. Inicialmente, deve-se definir o problema 
em questão. Qual é o objetivo do brainstorming? Quais problemas precisam ser solucionados? A geração de 
ideias devem ser direcionada para qual ponto? Ao final, pode-se utilizar votações para decidir as melhores 
soluções para o problema discutido. 
 
O que busca a gestão por competências? 
Orientar os esforços da organização para a criação e manutenção das competências de seus colaboradores. 
Ou seja, a gestão de competências irá planejar quais são os conhecimentos, habilidades e atitudes 
necessárias para seus colaboradores. Posteriormente, irá captar colaboradores com tais requisitos ou 
desenvolver os requisitos nos colaboradores já existentes. E, por fim, a gestão de competências deve sempre 
avaliar as competências “exigidas” a cada momento, a cada tarefa e atividade da organização. 
 
Porque Chiavenato (2006) considera que a gestão por competências deve ser sistematizada? 
Pois deve ser um programa pelo qual a empresa buscará definir quais são os perfis profissionais adequados 
para cada tarefa, garantindo maior produtividade e adequação. O autor defende, também, que a gestão por 
competências deve identificar os pontos de excelência para cada cargo e os pontos que caracterizam a 
carreira daquele determinado cargo. Deve-se identificar as lacunas, buscar agregar conhecimento e 
mensurar os critérios de avaliação. É a busca pela construção de valor na relação funcionário e organização. 
 
Quais são as etapas para a sistematização do programa de gestão por competências? 
• Mapeamento e descrição das competências: é fundamental identificar e descrever quais são as 
competências necessárias para cada cargo/atividade. 
• Mensuração das competências: como cada uma será mensurada e avaliada? É necessário estabelecer 
valores e métricas. 
• Remuneração por competências: como os colaboradores serão remunerados? A organização deve 
estabelecer salários e bonificações, por exemplo para os colaboradores que desenvolvem as competências 
necessárias para cada cargo. Elas devem compor o plano de carreira. 
• Seleção por competências: os processos seletivos devem ser feitos de acordo com as exigências para cada 
cargo em relação às competências. No caso de funcionários já estabelecidos na organização, pode-se 
recorrer aos treina mentos para as novas competências exigidas. 
• Desenvolvimento de competências: como falamos, os treinamentos são as principais ferramentas para 
desenvolver as competências dos colaboradores. 
• Avaliação de desempenho por competências: quando a empresa tem competências estabelecidas, 
salários baseados nas mesmas,métricas para mensuração, seleção e todo o seu dia a dia baseado nas 
competências deve, também, estabelecer como elas serão avaliadas. 
• Plano de desenvolvimento por competências: por fim, como já mencionamos, o plano de carreira da 
organização deve ser estabelecido com base em cada competência exigida. Ele irá indicar como pode ser o 
desenvolvimento de cada colaborador. 
 
Ruas (2005, p. 37) diferencia as competências da qualificação profissional: 
Qualificação 
- Estabilidade relativa da atividade econômica; 
- Concorrência localizada 
- Predomina a lógica da industrial: processos e padrões de produção; 
- Emprego formal, com base sindical; 
- Organização tradicional do trabalho: definição de cargos e tarefas programadas; 
- Foco no processo; 
- Enfatiza a aprendizagem de circuito simples. 
Competência 
- Baixa previsibilidade dos negócios e das atividades; 
- Concorrência abrangente; 
- Predomina a lógica dos serviços/eventos; 
- Relações informais e flexíveis; 
- Trabalho baseado em metas, delegação de responsabilidades e múltiplas funções; 
- Foco nos resultados; 
- Estimula a aprendizagem de circuito duplo. 
 
Podemos dizer que a gestão por competências traz muitos benefícios para a organização e seus 
colaboradores. Listamos alguns deles a seguir: 
• Melhoria no desempenho dos colaboradores e, consequentemente, na produtividade das organizações; 
• Auxilia a identificar necessidades de treinamentos para os colaboradores; 
• Faz com que os objetivos da organização sejam melhor alinhados ao desenvolvimento das equipes e 
colaboradores; 
• Ao trazer métricas de desempenho, reduz a subjetividade das avaliações dos colaboradores; 
• Permite a análise constante, histórica e comparativa em relação ao desenvolvimento dos colaboradores; 
• Garante maior produtividade dos colaboradores; 
• Ao definir o perfil adequado para cada atividade, enriquece a descrição de cargos e potencializa os 
resultados que cada cargo pode trazer; 
• Com definições claras das competências exigidas, melhora o relacionamento entre os gestores e 
colaboradores; 
• Com objetivos bem estabelecidos, os colabores ficam mais motivados e são mais responsáveis. 
 
De acordo com o dicionário, sustentável é tudo aquilo que pode ser sustentado ao longo do tempo. Neste 
caso, podemos pensar que a inovação sustentável é aquela que é implementada e permanece ao longo 
do tempo. Não ocasiona problemas para a empresa que inovou e garante que essa inovação traga 
vantagens por um período adequado. 
 
Atualmente, sustentabilidade nas organizações significa envolver três grandes dimensões, quais são elas? 
Social, ambiental e econômica. Portanto, uma inovação sustentável deve, também, se preocupar com esses 
três aspectos. 
A dimensão social envolve a preocupação com todos os possíveis impactos sociais que determinada 
inovação pode trazer para a comunidade na qual a organização está inserida. 
A dimensão ambiental, como já falamos, é a mais comumente lembrada quando falamos em 
sustentabilidade. Precisamos verificar se a inovação da nossa empresa irá trazer impactos ambientas com o 
uso de recursos naturais e emissão de poluentes, por exemplo. 
Como princípio básico das organizações, temos o lucro. Portanto, a dimensão econômica também é 
fundamental. Ela deve trazer lucros e permitir a criação de vantagem competitiva nos mercados onde a 
organização atua. 
Para atendermos as três dimensões não basta, simplesmente, inovar e ter ideias criativas. Elas precisam ser 
social, ambiental e economicamente viáveis. 
 
Quando temos benefícios econômicos e sociais, atingimos a equidade, ou seja, temos o lucro para a 
organização e os benefícios para a sociedade que ela participa. Quando há benefícios econômicos e 
ambientais, dizemos que a organização é eco-eficiente, ou seja, garante seus benefícios econômicos e, ao 
mesmo tempo, favorece o meio ambiente. Com benefícios sociais e ambientais, diz-se que a organização 
possui habilidade. No entanto, não atinge seu princípio básico que é o bem estar econômico. Com as três 
dimensões, tem-se o desenvolvimento sustentável e, consequentemente, a inovação sustentável. 
 
A eco-eficiência pode, também, ser tratada como eco-inovação. Como ocorre? 
Ocorre, portanto, quando há alterações em produtos, processos, serviços ou métodos que trazem, ao longo 
do tempo, redução de risco ambiental provocado pela empresa, como poluição e redução de recursos 
naturais. No entanto, tais alterações podem gerar desemprego, destruição das competências da organização 
(que tanto discutimos no tópico anterior), prejudicar a sociedade com a qual a empresa se relaciona etc. 
Nestes casos, a dimensão social não estaria sendo atingida e outros problemas estariam sendo criados. Por 
isso, o modelo da sustentabilidade envolve as três dimensões. Concluímos que uma eco-inovação nem 
sempre será sustentável. Por isso, os três pilares devem ser pensados em conjunto. 
 
Outro fator importante é que a inovação sustentável deve, além de evitar prejuízos econômicos, sociais e 
ambientais, favorecer cada um desses requisitos. Se ela não colabora, de alguma forma, para essas três 
dimensões, não pode ser considerada uma inovação sustentável. Se não traz prejuízos, está apenas sendo 
responsável. Trazer benefícios é o que a faz realmente sustentável. Além disso, os benefícios devem ser 
significativos nas três dimensões do conceito de sustentabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTO IMPORTANTES 
Capítulo 04 – Empreendedorismo e Inovação no Contexto da Sociedade. 
 
Constatamos, portanto, que uma mudança nunca vem de forma isolada. Neste caso, de forma 
simplificada, podemos dizer que a tecnologia trouxe a vida para as cidades, aumentou a longevidade das 
pessoas e, consequentemente, a necessidade de modificações no sistema de acesso à qualidade de vida e 
previdência, por exemplo. 
 
Globalização, inovação, evolução tecnológica e mudança devem sempre caminhar juntas no atual cenário 
mundial. 
 
Quais as três ondas da globalização, que são as mais relevantes para a atual construção do mundo? 
Dizemos que a primeira onda da globalização teve início em 1492, quando os países da Europa ocidental 
começaram a perceber que era possível negociar com qualquer lugar do mundo. O caminho era feito por 
terra. Perceberam seu potencial para navegação. Exploração de riquezas para os países desenvolvidos da 
época. Aqui, o envolvimento principal era do Estados, a preocupação era política, visando a expansão das 
terras, domínios e explorações. 
A segunda onda da globalização tem início a partir de 1776. Como já citamos aqui, a Revolução Industrial é 
um grande marco para a história mundial e para o desenvolvimento das ciências, entre elas, a Administração. 
Neste período a formação das cidades se intensificou, as indústrias não dependiam mais da proximidade dos 
rios, pois houve a invenção do motor a vapor, assim, as cidades e indústrias puderam expandir seus 
horizontes. Nesta segunda fase da globalização temos, além da participação do Estado, a participação 
privada por parte das indústrias que buscavam expandir seus mercados. 
Mais recentemente, temos a terceira onda da globalização, que merece maior destaque, ocorrida a partir 
dos anos 2000. Nesta fase que o rápido desenvolvimento tecnológico ganha destaque como papel principal 
para a redução das distâncias entre o mundo. Nesta fase a economia já é global e muito próxima ao que 
temos hoje. Assim, além dos Estados e da participação privada nas duas fases iniciais, há a participação 
individual como agente de transformação. 
 
Nas grandes navegações, o objetivo era a conquista dos novos territórios. Agora, o objetivo é a circulação 
das pessoas, mercadorias e integração dos mercados como um todo. 
 
O que é Blog? 
Contração do termo “web log”. A tradução ao pé da letra do inglês significa “registro da rede”. Os blogs são 
“ferramentas” da internet onde as pessoas podem comentar ou noticiar sobre os mais diversos assuntos. 
Surgiram a partir da ideia de divulgaro diário pessoal e, atualmente, evoluiu para o local onde o indivíduo 
pode expressar suas opiniões e discorrer sobre qualquer assunto. 
 
1. Cerca de 15% da população da Terra produz quase toda a inovação tecnológica do planeta. 
2. Cerca de 50% da população do planeta está apta a adotar as novas tecnologias na produção e no 
consumo. 
3. Cerca de 35% da população é tecnologicamente desconectada, não inova em seu próprio país, nem 
importa tecnologia. Fonte: Salim e Silva (2010, p. 212) 
 
Até o século XX, o desenvolvimento e caracterizava pelo acúmulo de capital físico e humano. A partir do 
século XXI, o desenvolvimento passou a ser pelo acúmulo do conhecimento. 
 
Cada mercado tem sua capacidade limitada para inovações em termos de capital financeiro, humano, 
tecnológico e recursos em geral. 
 
Inovação é a criação de um produto ou de um processo melhor, por meio da criação de valor pela 
exploração de qualquer forma de mudança, seja ela técnica, material, de preço, taxas, demográficas e 
geopolíticas. É, também, a geração de novas demandas ou novas formas de exploração de um mercado já 
existente. Fonte: The Economist (1999). 
“A inovação trata de pesquisa, descoberta, experimentação, desenvolvimento, imitação e adoção de 
novos produtos, processos de produção e formas organizacionais. A mudança tecnológica é uma forma 
criativa no crescimento das corporações e, ao mesmo tempo, uma força destrutiva que torna as 
corporações vulneráveis à concorrência”. Giovani Dosi. 
 
Nem toda inovação resulta em empreendedorismo, mas a inovação é fundamental para uma atitude 
empreendedora. 
 
O trabalho e o emprego são afetados pelo desenvolvimento tecnológico e pelas mudanças trazidas pela 
inovação. 
 
“O estímulo à inovação é a chave para aumentar a competitividade e garantir a sobrevivência das 
empresas em um cenário globalizado. Quem não seguir essa rota dificilmente se manterá atuante em 
qualquer setor, principalmente os mais expostos à concorrência internacional”. 
 
Cada vez mais, vemos empresas com áreas específicas para o desenvolvimento de inovação, chamadas, 
comumente, de área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Pesquisa e a aquisição de conhecimento são 
fundamentais para que haja inovação e desenvolvimento tecnológico. No Brasil, além de diversas 
empresas já possuírem o departamento de P&D, temos a Associação Nacional de Pesquisa, 
Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras (ANPEI). É uma organização que estimula e 
valoriza os processos de inovação. Com o auxílio do meio acadêmico, desenvolve produtos, serviços, 
processos e métodos inovadores junto às empresas. 
 
Dentro da questão das inovações no Brasil vale destacar a Lei de Patentes. Atualmente, a nossa lei segue 
os padrões da Lei de Patentes Internacional, mas nem sempre foi assim. Desde o início do século XX, 
juntamente com diversos outros países das Nações Unidas, o Brasil faz parte da Organização Mundial de 
Propriedade Industrial (OMPI). Com a criação do órgão, os países membros começaram a desenvolver uma 
legislação para adesão de todos os membros da ONU. 
 
Em 14 de maio de 1996, o Brasil aprovou a Lei no 9.279, que regula os direitos e obrigações em relação à 
propriedade industrial e permitiu, portanto, a assinatura da lei da OMPI/ONU. 
 
A partir desta nova Lei, o governo brasileiro atribuiu ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) 
a função de cuidar de todas as patentes brasileiras e fazer com que fossem internacionalmente aceitas, 
uma vez que a nossa lei estava de acordo com as leis internacionais. 
 
As empresas, sozinhas, nem sempre podem conseguir os níveis adequados de inovação. É por isso que, na 
maioria dos países, ocorrem parcerias entre as empresas, universidades e governos. É a chamada Hélice 
Tripla da inovação. O modelo é, também, conhecido por Triângulo de Sábato. 
 
Governo -> Financiamento público -> Universidades -> Ideias -> Empresas -> Impostos -> Governo 
 
A inovação tecnológica traz, portanto, impactos sociais e benefícios para a sociedade: são desenvolvidos 
novos medicamentos, novos tratamentos a doenças, novos produtos que facilitam a vida doméstica, 
equipamentos que agilizam inúmeras atividades. 
 
Ciclo de vida do produto: tempo decorrido entre o lançamento do produto no mercado e a retirada de 
venda do produto por ser substituído por um novo ou, até mesmo, por perda de utilidade. 
 
 
 
Comente sobre as diversas classificações dos produtos de acordo com o grau de inovação: 
NOVO NO MUNDO 
Novo no mundo - Produto ou processo novo sendo lançado, não existia nada semelhante antes, em nenhum 
lugar. Ex: Avião solar. 
Novo no mercado - Produto ou processo lançado em determinado mercado, onde ainda não existia. Ex: 
Caldo de cana brasileiro exportado para outros países que ainda não possuem. 
Linha nova na empresa - Nova linha de produtos ou de produção. É nova para a empresa que está lançando, 
mas já tem concorrentes no país ou no mundo. Ex: Lançamento de uma linha de bebidas por uma empresa 
fabricante de alimentos. 
Extensão de uma linha existente ou adição - Melhorar produtos com adição de funcionalidades e/ou lançar 
modelos novos em uma linha existente com inovação agregada. Ex: Lançamento da Apple de um Iphone com 
menor custo. 
Melhorias pela revisão do produto - Correção de falhas ou deficiências identificadas, melhorando o 
desempenho do produto. Ex: Recall de fabricantes de veículos. 
Novas aplicações do que existe - Às vezes, com alteração de características para aplicação do produto em 
um novo uso. Ex: Aparelhos de celular que, atualmente, tem diversas funcionalidades: câmeras, 
calculadoras, filmadoras etc. 
Reposição do que existe - Atualização de produto por necessidade do mercado. Ex: Substituição das 
televisões antigas, de tubo, pelas de tela plana. 
Redução de custo no existente - Fabricação de um mesmo produto, sem perda de funcionalidades, a um 
custo mais baixo. Ex: Construção de torres de energia eólica com material mais barato. 
 
Resumidamente, a inovação tecnológica pode ser definida de que forma? 
Como a introdução de um produto, processo ou serviço no mercado. Deve ser tecnologicamente novo ou 
aprimorado de forma substancial. Ela é resultado de pesquisa e desenvolvimento, que pode ser realizada 
por empresas, laboratórios, centros de pesquisa, universidades. Pode envolver novas combinações de 
tecnologias existentes; aplicação de tecnologias existentes para mudança de usos; e, até mesmo, utilização 
de novos conhecimentos. É um conceito em constante evolução, conforme o processo de criação se 
desenvolve. 
 
O uso na prática é fundamental: aprender fazendo e aprender usando. São dois conceitos fundamentais 
para o empreendedorismo.

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