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apostila ergonomia

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Pós-Graduação a Distância
DISCIPLINA:
Ergonomia
UNIGRAN - Centro Universitário da Grande Dourados 
Rua Balbina de Matos, 2121 - CEP 79.824-900 - Jd. Universitário
Dourados - Mato Grosso do Sul
Fones: (67) 3411-4291 | 3411-4297
Os direitos de publicação desta obra são reservados ao Centro 
Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN), sendo proibida a 
reprodução total ou parcial de acordo com a Lei 9.160/98.
Os artigos de sites e revistas indicados para a leitura foram 
registrados como nos originais.
CURSO:
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA 
DE SEGURANÇA NO TRABALHO
Ergonomia
2
LUNARDI, Layane Martins. Ergonomia. 
Layane Martins Lunardi. Dourados: UNI-
GRAN, 2019.
32p.: 23 cm.
1. Ergonomia.
2. Saúde dos Trabalhadores.
DIRETOR GERAL
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
DIRETORA
PÓS-GRADUAÇÃO
COORDENAÇÃO
PEDAGÓGICA
COORDENAÇÃO DA 
PLATAFORMA
DIAGRAMAÇÃO
LOGÍSTICA
SECRETÁRIA
ACADÊMICA
FINANCEIRO
DEPARTAMENTO
DE PROVAS
Marcelo Koche
mkoche@unigran.br 
Lourdes Maria Mendes
direcaopos.ead@unigran.br
Lilia Nantes
lilinantes@unigran.br 
Adriano Câmara
camara@unigran.br
Welington Smaylly
diagramacao2.pos@unigran.br
Fransergio Sampatti
logistica.ead@unigran.br
Marines Viel
secretaria.ead@unigran.br
Andréia Felix e Samara Vilhar
financeiro.ead@unigran.br
samara@unigran.br
Dolores Bortolanza
dolores@unigran.br
mailto:mkoche@unigran.br
mailto:direcaopos.ead@unigran.br
mailto:lilinantes@unigran.br
mailto:camara@unigran.br
mailto:diagramacao2.pos@unigran.br
mailto:logistica.ead@unigran.br
mailto:secretaria.ead@unigran.br
mailto:financeiro.ead@unigran.br
mailto:samara@unigran.br
mailto:dolores@unigran.br
3
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019
Apresentação do Docente
LAYANE MARTINS LUNARDI, 
graduada em Engenharia Civil pela Uni-
versidade Tecnológica Federal do Paraná, 
Especialista em Metodologia do Ensino 
superior pelo Centro Universitário da 
Grande Dourados, Engenheira de Segu-
rança do Trabalho pelo Centro Universi-
tário da Grande Dourados.
Ergonomia
4
Sumário
Conversa Inicial ..................................................................................................................... 5
Aula 1
Introdução a Ergonomia .................................................................................................... 7
Aula 2
Condição e Posto de Trabalho .........................................................................................11
Aula 3
Fatores que Afetam a Saúde dos Trabalhadores ..........................................................17
Aula 4
NR 17 e Exemplos Práticos .................................................................................................23
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................31
5
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019
Conversa Inicial
A Segurança do Trabalho é uma área que 
abrange todos os segmentos do mercado, pois 
onde existe trabalhador, deve existir um estudo 
que aborde a segurança do mesmo. A Engenharia 
de Segurança do Trabalho vai estudar os riscos de 
cada função, dentro de determinado segmento, 
encontrando mecanismos para minimizar os 
acidentes de trabalho e doenças laborais, tornando 
este ambiente o mais seguro possível. 
O Ministério do Trabalho trata desse assunto 
por meio de suas Normas Regulamentadoras 
(NR’s). É importante lembrar que esse conjunto de 
normas tem “força” de Lei, portanto não são meras 
orientações, são obrigações. 
A presente disciplina vai tratar especificamente 
da NR 17 que busca estabelecer parâmetros que 
permitam a adaptação das condições de trabalho às 
características psicofisiológicas dos trabalhadores, 
para que assim, haja um maior conforto e segurança 
para as pessoas nos postos de trabalho. 
Sejam todos bem-vindos!
Professora Esp. Layane Martins Lunardi
Ergonomia
6
7
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019
Introdução a Ergonomia 
Caros(as) alunos(as), 
Nesta primeira aula faremos um breve histó-
rico sobre a ergonomia no Brasil e no mundo. Será 
possível aprender a origem do nome ergonomia e 
sua evolução durante os anos. Além disso saberemos 
a importância de estudar este assunto, as causas e 
consequências de se ter o conhecimento da NR 17 
dentro das organizações. Por fim, veremos as prin-
cipais doenças ocupacionais que acometem os tra-
balhadores.
Bons estudos!
Aula 1
Ergonomia
8
Objetivos de aprendizagem
Ao término dessa aula vocês serão capazes de:
• saber o significado de ergonomia e sua ori-
gem;
• conhecer a importância de estudarmos este 
assunto;
• aprender as principais doenças ocupacio-
nais, como a LER/DORT.
Seções de estudo
Seção 1 - Breve Histórico da Ergonomia 
Seção 2 - Porque Estudamos Ergonomia?
Seção 3 - Doenças Ocupacionais
SEÇÃO 1 - BREVE HISTÓRICO DA 
ERGONOMIA 
Os primeiros estudos sobre ergonomia não são 
bem definidos, pois desde a pré-história já é possível 
constatar que os homens buscavam técnicas para apri-
morar seus equipamentos, a fim de facilitar o manu-
seio e adaptar às condições humanas. Então pode se 
dizer que a ergonomia surgiu da necessidade de sobre-
vivência e de aperfeiçoamento em condições adversas.
Ergonomia é uma palavra derivada de duas pa-
lavras gregas: ergon (trabalho) e nomos (normas) e foi 
usada pela primeira vez em 1857 pelo polonês Woj-
ciech Jastrzebowski. Porém sua origem oficial é datada 
do ano de 1949, quando foi oficializada, pelo inglês 
Kenneth Frank Hywel Murrel, a primeira sociedade 
de ergonomia do mundo, a Ergonomic Research So-
ciety. 
Várias publicações científicas a partir de 1957 
e a criação de novas sociedades e escolas pelo mundo 
auxiliaram a difundir o termo: ergonomia. Em 1983, 
no Brasil, foi fundada a Associação Brasileira de Er-
gonomia (ABERGO) que se encontra em uso até os 
dias atuais. 
Um outro fator importante no crescimento da 
ergonomia foram as ações sindicais, principalmente 
na década de 70 e 80. As condições desfavoráveis de 
trabalho levaram a muitas modificações, com a cria-
ção de leis que protegiam os trabalhadores e fiscaliza-
ções nos ambientes de trabalho.
No Brasil esse tema ganhou ainda mais for-
ça com a Norma Regulamentadora nº 17 (NR 17), 
promulgada em 23 de novembro de 1990 por meio 
da portaria nº 3.751 do Ministério do Trabalho. Por 
meio dela, as empresas são obrigadas a obedecerem 
aos critérios mínimos de desempenho e conforto nos 
ambientes de trabalho, a fim de evitar acidentes e do-
enças ocupacionais, melhorando assim, a vida do tra-
balhador.
SEÇÃO 2 - PORQUE ESTUDAMOS 
ERGONOMIA?
A American Conference of Governmental In-
dustrial Hygienists (ACGIH) define ergonomia como 
sendo “o termo aplicado ao campo que estuda e pro-
jeta a interface homem/máquina, a fim de prevenir 
doenças e acidentes e de melhorar o desempenho no 
trabalho. ” Dessa forma a ergonomia é a ciência que 
estuda a relação entre o homem e a tarefa que exerce, 
buscando desenvolver uma integração “ideal” entre 
as condições de trabalho, levando em consideração as 
limitações físicas e psicológicas de cada trabalhador, 
aumentando assim, a eficiência do sistema produtivo.
O motivo de estudarmos a ergonomia é justa-
mente estudar técnicas de melhorar a vida do traba-
lhador na sua atividade laboral. Pois dessa forma serão 
evitados o aparecimento de doenças ocasionadas por 
posturas inadequadas e o surgimento de acidentes. 
A empresa que investe em estudos ergonômi-
cos, ganha no aumento da produtividade. Pois um 
ambiente laboral satisfatório, onde as máquinas são 
adaptadas de forma individual, há pausas ergonômi-
cas durante a jornada, o espaço é seguro e não oferece 
riscos de acidentes, gera mais disposição ao funcioná-
rio, ele se sente mais valorizado e acaba exercendo seu 
trabalho com maior eficiência. 
Boas condições de trabalho geram impactos sig-
nificativos dentro das corporações, quando os colabo-
radores percebem a preocupação quea empresa tem 
para com suas vidas, toda a equipe fica mais motivada 
para bater as metas e fazer com que a empresa cresça, 
além de diminuir o absenteísmo. 
A NR 17 traz em seu item 17.1.2 que “Para 
avaliar a adaptação das condições de trabalho às ca-
racterísticas psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe 
ao empregador realizar a análise ergonômica do traba-
lho”, a conhecida AET. Este documento deve abordar 
tudo que a NR 17 trata em seus itens. 
A norma supracitada não define especificamen-
te quem são os profissionais que podem elaborar uma 
AET, por isso esse assunto gera muitas discussões. Um 
profissional graduado em nível superior pode fazer es-
pecialização em ergonomia e se tornar um ergonomis-
9
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019
ta, mas essa profissão ainda não é regulamentada. 
SEÇÃO 3 - DOENÇAS OCUPACIO-
NAIS
Doenças ocupacionais são as complicações que 
afetam os trabalhadores no exercício de suas funções 
dentro do ambiente profissional. Elas são responsáveis 
pelo afastamento de milhares de colaboradores, de 
forma temporária e/ou definitiva.
A falta de uma política prevencionista dentro 
das organizações, que leve em consideração o disposto 
na NR 17, afeta a saúde dos trabalhadores e diminui a 
produtividade. As doenças ocupacionais podem ser de 
origem física ou psicológica.
As Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e os 
Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Traba-
lho (DORT) são as doenças que mais afetam os tra-
balhadores nos dias de hoje. As principais causas do 
aparecimento dessas doenças são: movimentos repe-
titivos, posturas inadequadas, pressão psicológica e 
entre outros. São vários os sintomas apresentados pela 
LER/DORT, os principais são as lesões no ombro e as 
inflamações em articulações e nos tecidos que cobrem 
os tendões.
Para prevenir o aparecimento de LER/DORT é 
necessário que haja uma adequação do mobiliário no 
posto de trabalho, definição de maneiras de reduzir 
o número de repetições do mesmo movimento, pro-
moção de pausas ergonômicas durante o expediente, 
realização de ginásticas laborais, além de algumas ini-
ciativas simples de cunho psicológico como manter 
boas relações interpessoais e definir claramente o que 
é esperado de cada profissional (metas possivelmente 
alcançáveis).
A LER/DORT pode ter origem física ou psico-
lógica como vimos, mas o resultado é na saúde física 
do trabalhador. Esse tipo de doença pode afastar o co-
laborador de forma definitiva de seu cargo ou função, 
dependendo do agravamento da doença, por isso uma 
política de prevenção é imprescindível. 
Outra doença que está afetando muitas organi-
zações é o transtorno mental. Dentre os transtornos 
existentes podemos destacar: depressão, ansiedade, 
stress pós-traumático e etc. As causas principais des-
ses problemas são: alta demanda de serviço (física ou 
mental), metas inatingíveis, desvalorização por parte 
do empregador, violência, assédio moral/sexual e en-
tre outros. 
Uma síndrome muito conhecida que acomete 
muitos profissionais é a síndrome de burnout (burn 
out), que do inglês significa queimar completamente 
ou consumir-se, é utilizada para definir o esgotamento 
físico e mental do trabalhador. Essa síndrome é defi-
nida pela exaustão do emocional, apatia, falta de in-
teresse pelo trabalho e também pelo lazer, depressão, 
alteração do humor e da memória, dores musculares 
e de cabeça, bem como fadiga e problemas no sono. 
O adoecimento dos trabalhadores ocasionado 
pelo estresse no trabalho, afeta a produtividade da em-
presa, razão pela qual muitos empresários têm opta-
do por algumas alternativas que podem diminuir esta 
carga psíquica. Entre tantas soluções pode-se citar: 
ginástica laboral, pausa para lanche, espaços de lazer, 
programas de incentivo à prática regular de atividades 
físicas e ingestão frequente de líquidos, elaboração de 
metas alcançáveis e programas de apoio e acompanha-
mento de profissionais vítimas de violência no traba-
lho.
Por fim, terminamos a primeira aula da nossa 
disciplina. Agora vocês já têm consciência da impor-
tância dessa nos ambientes organizacionais. 
Na seção 1 iniciamos com um breve histórico 
da ergonomia no Brasil e no mundo; na seção 2 fala-
mos sobre a importância da ergonomia nas empresas e 
por fim na seção 3 aprendemos as principais doenças 
ocupacionais e maneiras de evitar o surgimento delas 
dentro das empresas. 
NR 17 – ERGONOMIA
Observação: todas as normas regulamentadoras 
estão disponíveis, na integra, no site do Ministério do 
Trabalho, de forma gratuita (trabalho.gov.br).
Ergonomia
10
Minhas anotações
11
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019
Condição e Posto de Trabalho 
Caros(as) alunos(as),
Dessa vez iremos falar sobre as condições de 
trabalho as quais os colaboradores estão submeti-
dos, veremos aspectos relacionados ao levantamento 
de peso, transporte e descarga de materiais, mobiliá-
rio e equipamentos. Veremos ainda as classificações 
da ergonomia (física, cognitiva e organizacional).
Por fim e não menos importante, veremos sobre 
os postos de trabalho. Assunto amplamente falado, 
pois o estudo para adequação desses postos, a fim 
de dar segurança e conforto aos usurários, é bem 
especifico e leva em consideração a antropometria 
da população.
Desde já, desejo a todos, ótimos estudos!
Aula 2
Ergonomia
12
Objetivos de aprendizagem
Ao término dessa aula vocês serão capazes de:
• abrangências das condições de trabalho;
• classificações da ergonomia;
• abrangência dos postos de trabalho (com 
exemplos do dia a dia);
• noções básica de antropometria. 
Seções de estudo
Seção 1 - Condição de Trabalho
Seção 2 - Posto de Trabalho
SEÇÃO 1 - CONDIÇÃO DE TRABA-
LHO
No Brasil, as condições ergonômicas de traba-
lho são regulamentadas pela Norma Regulamentadora 
nº 17, como já comentado na Aula 01. Além disso a 
norma em questão dispõe sobre a utilização de mate-
riais e mobiliário, condições ambientais, jornada de 
trabalho, pausas ergonômicas, folgas e normas de pro-
dução.
As condições de trabalho abrangem aspectos re-
lacionados ao levantamento de peso, transporte e des-
carga de materiais, mobiliário, equipamentos e condi-
ções do posto de trabalho e à própria organização do 
trabalho.
Segundo Dul & Weerdmeester (2004) a ergo-
nomia abrange:
• Postura e movimentos corporais: que se-
ria posição sentado, em pé, puxando, levan-
tando e empurrando cargas.
• Fatores ambientais: são os aspectos ligados 
aos riscos físicos (ruído, vibração, ilumina-
ção, temperaturas extremas) e riscos quími-
cos (agentes químicos diversos). 
As condições ambientais de trabalho devem es-
tar adequadas às características psicofisiológicas dos 
trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. 
Por exemplo nos locais de trabalho onde são realizadas 
atividades de cunho intelectual, tais como: laborató-
rios, escritórios, salas de análise de projetos e etc., são 
recomendadas as seguintes condições de conforto se-
gundo a NR 17:
• Níveis de ruído de acordo com o estabele-
cido na NBR 10152, norma brasileira re-
gistrada no INMETRO (85 dB (A) para 
jornada de 8 horas diárias);
• Índice de temperatura efetiva entre 20°C 
(vinte) e 23°C (vinte e três graus centígra-
dos);
• Velocidade do ar não superior a 0,75m/s;
• Umidade relativa do ar não inferior a 40 
(quarenta) por cento.
Ainda com relação as condições ambientais a 
NR 17 fala que em todos os locais de trabalho deve 
haver iluminação adequada, natural ou artificial, 
apropriada à natureza da atividade e os níveis míni-
mos de iluminamento nos locais de trabalho são os 
valores de iluminâncias estabelecidos na Norma de 
Higiene Ocupacional n.º 11 (NHO 11) da Funda-
centro - Avaliação dos Níveis de Iluminamento em 
Ambientes de Trabalho Internos.
A ergonomia também aborda conhecimento 
de diferentes áreas científicas, como a antropometria, 
biomecânica, engenharias e entre outras. Os riscos er-
gonômicos são fatores que podem afetara integridade 
física ou mental do trabalhador, proporcionando des-
conforto ou doença ocupacional, o que compromete 
a produtividade, saúde e segurança dentro das empre-
sas.
Segundo a Associação Brasileira de Ergonomia 
(ABERGO), a ergonomia pode ser classificada em três 
especializações, são elas:
• Ergonomia física: está relacionada com as 
características da anatomia humana, antro-
pometria, fisiologia e biomecânica em sua 
relação à atividade física. Abrange a postura, 
manipulação de materiais, distúrbios mus-
culoesqueléticos, movimentos ou esforços 
repetitivos, saúde e etc.
• Ergonomia cognitiva: está relacionada 
com as características mentais, como per-
cepção, memória, raciocínio, concentração, 
atenção do colaborador a respostas emocio-
nais dentro da empresa. Essa especialização 
foca no estudo da carga mental de trabalho, 
tomada de decisões, interação entre o ho-
mem e a máquina e etc. 
• Ergonomia organizacional: está relaciona-
da com o entendimento do gerenciamento 
de recursos de pessoas, estruturas organiza-
cionais, políticas e de processos, especial-
mente através das comunicações, projeto de 
trabalho, organização temporal do trabalho, 
organizações em rede e gestão da qualidade. 
Essa especialização, que também é conheci-
13
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019
da por macroergonomia, não constitui em 
sistema fechado, pois exige contínuo desen-
volvimento, aplicação e validação de dados.
Ainda há outra classificação da ergonomia, só 
que agora com relação a sua intervenção. Lida (2005) 
classifica em três grupos, conforme a ocasião em que 
é realizada:
• Ergonomia de concepção: aqui a contri-
buição ergonômica se dá na fase de projeto, 
ou seja, com base em situações hipotéticas. 
O ponto positivo é que são estudadas as 
melhores formas para projetar o produto, 
a máquina e o ambiente antes de sua apli-
cação, em contrapartida esses projetos são 
baseados em condições incertas, podem di-
vergir da situação real. 
• Ergonomia de correção: aqui a contribui-
ção ergonômica se dá em situações reais, ou 
seja, na resolução de problemas já existentes. 
O intuito dessa avaliação é detectar proble-
mas relacionados aos processos de trabalho 
e encontrar soluções para esses problemas. 
• Ergonomia de conscientização: aqui a 
contribuição ergonômica se dá em qualquer 
tempo, ou seja, quando há a necessidade e a 
conscientização de que determinada máqui-
na ou equipamento, por exemplo, precisa 
ser trocado, alterado e etc. Essa consciên-
cia de que algo não está adequado e precisa 
ser mudado para não causar acidentes e/ou 
doença ocupacional, é possível através de 
cursos e treinamentos disponibilizados aos 
trabalhadores.
SEÇÃO 2 - POSTO DE TRABALHO
Entende-se por Posto de Trabalho o local no 
qual um trabalhador desenvolve suas atividades, é a 
menor unidade produtiva em um sistema de produ-
ção. Inclui os mobiliários, maquinas, equipamentos, 
ferramentas, materiais, layout do ambiente e etc. 
A seguir veja alguns exemplos de postos de tra-
balho.
Figura 1: disponível em: https://queconceito.com.br/posto-de-trabalho
Figura 2: disponível em: http://www.elelion.com.br/posto-de-trabalho-industrial.php
Figura 3: disponível em: http://portalamazonia.com/noticias/polo-industrial-de-
manaus-cria-11-mil-postos-de-trabalho-em-agosto
https://queconceito.com.br/posto-de-trabalho
http://www.elelion.com.br/posto-de-trabalho-industrial.php
http://portalamazonia.com/noticias/polo-industrial-de-manaus-cria-11-mil-postos-de-trabalho-em-agosto
http://portalamazonia.com/noticias/polo-industrial-de-manaus-cria-11-mil-postos-de-trabalho-em-agosto
Ergonomia
14
Figura 4: disponível em: http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.
php?storyid=102284&tit=Parana-fecha-quadrimestre-com-37-mil-novos-postos-de-
trabalho
Figura 5: disponível em: http://abr.org.br/noticia/ergonomia-industrial/
Figura 6: disponível em: https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/servicos-de-
odontologia-sao-oferecidos-de-graca-em-salvador-veja-opcoes/
Figura 7: disponível em: https://jornalonlineufpi.wordpress.com/2010/06/15/postos-
de-trabalho-na-construcao-civil-aguardam-trabalhadores-qualificados/
Como pode-se notar nas figuras apresentadas 
anteriormente, o enfoque ergonômico do posto de 
trabalho é considerado um prolongamento do corpo e 
da mente humana, pois trata além dos fatores físicos, 
os aspectos cognitivos (na interface homem x máqui-
na e processo de produção), bem como, as relações 
pessoais e motivacionais no ambiente de trabalho.
É possível perceber, pelas figuras, que cada car-
go/função exige um esforço diferente do trabalhador 
que o ocupa. A primeira figura por exemplo, prova-
velmente a mulher permanece na posição sentada em 
frente ao computador a maior parte de sua jornada, o 
que pode ocasionar muitos problemas caso sua postu-
ra esteja inadequada e os mobiliários não atendam de 
forma individual à colaboradora. 
Para que um posto de trabalho permita o con-
forto, a segurança, a qualidade e a eficiência nas ati-
vidades exercidas, é necessário estabelecer uma in-
ter-relação correta entre os diferentes fatores que se 
apresentam em cada interface específico. Com isso a 
análise ergonômica de um posto de trabalho não se li-
mita ao tamanho do posto, é necessário levar em con-
sideração o conceito de antropometria.
A antropometria é definida como o estudo das 
medidas de tamanho e proporções do corpo humano. 
A noção dessas medidas e como usá-las é essencial na 
determinação dos diversos aspectos relacionados ao 
posto de trabalho. 
Sempre que possível deve-se realizar as medidas 
antropométricas (como peso e altura) da população 
para a qual está sendo projetado um produto ou equi-
pamento, pois equipamentos que não estejam ade-
quados a proporções dos corpos dos usuários podem 
levar a acidentes e doenças do trabalho. 
Na literatura podemos encontrar três tipos de 
antropometria, a saber:
• Antropometria estática: que se refere as 
medidas do corpo parado. Ela é utilizada, 
geralmente, para projetar produtos e/ou 
máquinas que não possuem partes móveis 
ou com que tenha pouco movimento.
• Antropometria dinâmica: que se refere 
aos limites de movimentos de cada parte do 
corpo humano, observando como cada pes-
soa se move a fim de não haver solicitação 
de esforço físico além do necessário, obten-
do a segurança e a preservação da saúde do 
trabalhador. 
• Antropometria funcional: que se refere a 
medidas pertinentes à análise da tarefa, de 
forma especifica. Por exemplo, o alcance 
das mãos não se limita ao comprimento dos 
http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=102284&tit=Parana-fecha-quadrimestre-com-37-mil-novos-postos-de-trabalho
http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=102284&tit=Parana-fecha-quadrimestre-com-37-mil-novos-postos-de-trabalho
http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=102284&tit=Parana-fecha-quadrimestre-com-37-mil-novos-postos-de-trabalho
http://abr.org.br/noticia/ergonomia-industrial/
https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/servicos-de-odontologia-sao-oferecidos-de-graca-em-salvador-veja-opcoes/
https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/servicos-de-odontologia-sao-oferecidos-de-graca-em-salvador-veja-opcoes/
https://jornalonlineufpi.wordpress.com/2010/06/15/postos-de-trabalho-na-construcao-civil-aguardam-trabalhadores-qualificados/
https://jornalonlineufpi.wordpress.com/2010/06/15/postos-de-trabalho-na-construcao-civil-aguardam-trabalhadores-qualificados/
15
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019
braços, pois ele envolve também o movi-
mento dos ombros, rotação do tronco, in-
clinação das costas e o tipo de função a ser 
exercida pelas mãos.
Sabemos que os indivíduos possuem tipos físi-
cos, com proporções dos corpos, diferentes. Por isso é 
preciso considerar as diferenças no tamanho do corpo 
da população usuária. Essa adequação é feita com base 
nas medidas tabuladas de dada população estudadana 
antropometria (tabelas antropométricas). 
A figura a seguir demonstra a antropometria es-
tática:
Figura 8: disponível em: https://raperalta.wordpress.com/2009/01/11/antropometria/
Pessoal chegamos ao fim de mais uma aula da 
disciplina de ergonomia, nesta aula tivemos a oportu-
nidade de conhecer aspectos importantes das condi-
ções de trabalho e classificações da ergonomia quanto 
a especialização e quanto a sua intervenção. Além dis-
so estudados sobre os postos de trabalho e a importân-
cia de levar em consideração a população que ocupará 
determinado posto, para obter um maior conforto e 
segurança aos usuários. 
Vale a pena visitar o site da Associação Brasilei-
ra de Ergonomia (ABERGO). Disponível em: http://
www.abergo.org.br/ e ler a NR 17.
Minhas anotações
https://raperalta.wordpress.com/2009/01/11/antropometria/
http://www.abergo.org.br/
http://www.abergo.org.br/
Ergonomia
16
Minhas anotações
17
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019
Fatores que Afetam a
Saúde dos Trabalhadores
Caros(as) alunos(as),
Sabemos, pelas aulas anteriores, que a er-
gonomia se preocupa com as condições gerais do 
trabalho, iluminação, ruídos, temperatura e ou-
tras. Então ela tem por objetivo remover aspectos 
do trabalho que possam causar danos à saúde do 
trabalhador. Como já vimos também, a ergonomia 
é auxiliada por várias ciências como a engenharia, 
psicologia, antropometria e agora veremos a fisiolo-
gia. A fisiologia é o ramo da biologia que estuda as 
funções mecânicas, físicas e bioquímicas dos seres 
vivos, ou seja, é o estudo do funcionamento do or-
ganismo. Entender o organismo é fundamental para 
a ergonomia cumprir seus objetivos.
Bons estudos!
Aula 3
Ergonomia
18
Objetivos de aprendizagem
Ao término dessa aula vocês serão capazes de:
• saber noções básicas de ciclo circadiano e 
implicações no cotidiano das instituições; 
• entender como a monotonia e a fadiga atra-
palham a saúde dos trabalhadores;
• aprender como ativar a motivação dos tra-
balhadores dentro das instituições;
Seções de estudo
Seção 1 - Ciclo Circadiano
Seção 2 - Monotonia, Fadiga e Motivação
Seção 3 - Fatores, Causas e Soluções 
SEÇÃO 1 - CICLO CIRCADIANO
Em determinados dias e horas o organismo se 
mostra mais disposto a trabalhar, além da maior pro-
dutividade, são também menores os riscos de aciden-
tes do trabalho. Isso é possível graças ao ciclo circadia-
no comum a quase todos os seres vivos. 
Ritmo circadiano  ou  ciclo circadiano  (do la-
tim circa cerca de + diem dia) designa o período de 
aproximadamente 24 horas sobre o qual se baseia o 
ciclo biológico de praticamente todos os seres vivos, 
sendo influenciado principalmente pela variação de 
luz. Para que o sistema biológico esteja funcionando 
corretamente é importante que o ciclo esteja sincroni-
zado, conforme figura a seguir. 
Figura 9: disponível em: http://www.lumicenteriluminacao.com.br/luminaria-led-
regula-o-ciclo-circadiano/
O período de sono dura cerca de 8 horas e o de 
vigília dura cerca de 16 horas, totalizando as 24 horas 
do ciclo. Durante o dia, principalmente por influência 
da luz, é produzido o hormônio cortisol, que é libe-
rado pelas glândulas suprarrenais. Esse hormônio ge-
ralmente é baixo à noite durante o sono e aumenta no 
início da manhã (ele pode aumentar em períodos de 
estresse ou estar mais elevado em condições crônicas, 
o que pode comprometer o bom funcionamento do 
ciclo circadiano). Ao anoitecer, a produção de cortisol 
diminui e aumenta a produção de melatonina, que 
ajuda a induzir o sono, deixando de ser produzida pela 
manhã. 
Estudos comprovam que os ciclos circadianos 
possuem variações individuais. Existem os indivídu-
os matutinos que são aquelas pessoas que tem maior 
facilidade em acordar e produzir na parte da manhã. 
Em contrapartida existem os indivíduos vespertinos 
que são as pessoas que produzem melhor a tarde e no 
início da noite. Dessa forma, os colaboradores das 
empresas estarão em estado de alerta e em ritmo de 
produção diferentes em determinados períodos do dia 
de trabalho. 
Voltando na figura anterior, você pode se per-
guntar, o que acontece com as pessoas que trabalham 
a noite? Há uma perturbação no relógio biológico, 
pois há uma queda na temperatura corporal, sinali-
zando a hora de dormir e a pessoa não o pode fazer. 
Esse processo de adaptação dura cerca de duas sema-
nas, mas não se faz por completo, pois não é natural 
do organismo. 
Sono que segue o turno noturno é geralmen-
te encurtado e de valor muito pouco restaurador. O 
efeito mais evidente é o cansaço, seguido de sintomas 
como a dificuldade de assimilar informações correta-
mente, irritabilidade, depressão, distúrbios alimenta-
res e etc. 
SEÇÃO 2 - MONOTONIA, FADIGA E 
MOTIVAÇÃO
A monotonia, a fadiga e motivação são três as-
suntos muito importantes que devem ser ressaltados 
na produtividade do trabalhador. A monotonia e a fa-
diga estão presentes em todos os trabalhos e, quando 
não podem ser excluídos dos ambientes laborais, po-
dem ser controlados e/ou substituídos por ambientes 
mais interessantes e motivadores.
A Monotonia é a reação do organismo a um 
ambiente uniforme, pobre em estimulo ou pouco 
excitante. Os fatores fisiológicos da monotonia são 
tarefas exageradamente repetidas que não provocam 
novos desafios, ou seja, trabalhos que não motivam 
os trabalhadores a se desenvolverem. Pode se destacar 
como principais sintomas da monotonia a fadiga, so-
nolência, morosidade e uma diminuição da atenção. 
Já a fadiga está relacionada a uma capacidade de 
http://www.lumicenteriluminacao.com.br/luminaria-led-regula-o-ciclo-circadiano/
http://www.lumicenteriluminacao.com.br/luminaria-led-regula-o-ciclo-circadiano/
19
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019
produção diminuída e uma perda de motivação para 
qualquer atividade dentro da organização. Diversos 
fatores se combinam para resultar nesse efeito de re-
dução reversível da capacidade de realizar tarefas, tais 
como fatores fisiológicos que envolvem a intensida-
de e duração do trabalho, fatores psicológicos como a 
monotonia, a falta de motivação e o relacionamento 
social com colegas de trabalho, e finalmente os fatores 
físicos como iluminação, ruídos e temperaturas.
A criação de metas e objetivos dentro das empre-
sas, gera uma motivação maior para os trabalhadores. 
As pessoas respondem a esses estímulos, trabalhando 
mais e melhor, ou seja, aumentando a produção. É 
claro que aqui vale ressaltar que criar metas inalcançá-
veis é também prejudicial aos colaboradores, haja vis-
to que aumenta a carga de estresse ocasionando outros 
problemas (já citados nas aulas anteriores).
Na prática essa linha tênue entre criar metas 
possíveis para motivar e metas impossíveis que criam 
pânico entre os funcionários, não é uma tarefa fácil. 
Pois depende da força interior de cada indivíduo e de 
como cada um reage a estímulos diversos.
 Por volta dos anos 50 um psicólogo norte-a-
mericano, chamado Abraham Maslow, criou a Teoria 
das Necessidades Humanas também conhecida como 
a pirâmide de Maslow. Essa pirâmide demonstra de 
forma hierárquica, as necessidades de cada ser huma-
no que vão desde básicas até um nível mais complexo, 
como pode se ver na figura a seguir. 
Figura 10: disponível em: https://blog.opinionbox.com/piramide-de-maslow/
Segundo o autor, quando um patamar da hie-
rarquia é alcançado surge a necessidade de alcançar 
outro. Ou seja, se o indivíduo possui as necessidades 
básicas (base da pirâmide) como água, comida e mo-
radia satisfeitas, ele vai buscar a segurança (segundo 
patamar) em algum tipo de filosofia ou religião que 
fortaleçam a crença e a fé, vai dar preferência por um 
trabalho estável, vai procurar fazer reservas financeiras 
para o futuro e assim por diante.
Podemos ver que o procedimento de procura 
é provocado mediante um estado de carência ou de 
desejo. O encontro entre a necessidade com o seu cor-
respondente fatormotivacional gera o “ato motivacio-
nal” rumo a uma meta. Mas se a motivação não é só 
exterior, é também interior a cada indivíduo, como fa-
zer para que os trabalhadores fiquem motivados den-
tro das empresas? A resposta é simples: Não permitir 
que haja desmotivação.
Atitudes simples que motivam e ajudam a man-
ter a motivação dentro dos ambientes organizacionais:
• não chamar a atenção na frente dos outros;
• cumprimentar a todos cordialmente de ma-
neira igualitária;
• não agir com indiferença;
• não invadir espaços alheios;
• fornecer apoio psicológico;
• não fazer comparações entre desempenho 
de um trabalhador com outro;
• não designar dois trabalhadores para uma 
mesma função (estimula a competição a 
todo custo);
• reconhecer o trabalho do outro;
• demonstrar perspectiva de futuro e de no-
vos desafios;
• estimular um ambiente harmônico e saudá-
vel.
SEÇÃO 3 - FATORES, CAUSAS E SO-
LUÇÕES 
Como vimos até aqui, são vários fatores que a 
ergonomia estuda para melhorar a vida do trabalha-
dor, evitar acidentes e doenças laborais. Em resumo, 
são elas:
• Fatores ambientais: frio ou calor extremos, 
iluminação inadequada, ruído excessivo, vi-
bração e entre outros. 
Para solucionar esses problemas e garantir a saú-
de do trabalhador são feitas análises quantitativas de 
cada um desses fatores físicos. Por exemplo para anali-
sar o ruído faz se a dosimetria e analisa se está dentro 
do limite de tolerância estabelecido em lei. 
Após realizar as análises respectivas a cada agen-
te físico, inicia-se as medidas administrativas e de en-
genharia, em seguida medidas de proteção coletiva e 
por último, se necessário, medidas de proteção indi-
vidual. 
https://blog.opinionbox.com/piramide-de-maslow/
Ergonomia
20
• Layout do posto de trabalho: falta de espa-
ço, desorganização, falta de planejamento.
Figura 11: disponível em: http://www.supersecretariaexecutiva.com.br/secretariado/
organizando-seu-ambiente-de-trabalho
Figura 12: disponível em: https://www.ebah.com.br/content/ABAAAfMQYAC/
seguranca-trabalho?part=2
Para solucionar esses problemas é necessário 
que seja analisada cada caso em sua individualidade, o 
ideal é que se projete um posto de trabalho adaptado 
para cada funcionário (dimensão individual da pes-
soa). Lembrar que não é o ser humano que se adapta 
a máquina e sim o contrário. 
Figura 13: disponível em: http://pgm.manaus.am.gov.br/movimento-abril-verde-
limpeza-e-higiene-no-ambiente-de-trabalho-impactos-e-beneficios/
• Postura inadequada: para solucionar esse 
problema tão recorrente dentro das institui-
ções, além de projetar um posto de trabalho 
que se adapte ao ser humano em sua indi-
vidualidade, é necessário que o trabalhador 
tenha treinamento de como manter a pos-
tura em seu posto.
Figura 14: disponível em: http://institutofisiomar.com.br/blog/?p=2188
Por exemplo, de nada adianta em um ambiente 
de escritório, todos os itens serem ajustáveis (cadeira, 
tela do computador, mouse externo e etc) se o cola-
borador não sabe ajustar para seu tamanho. O ideal é 
que quando houver a contratação de um novo funcio-
nário, haja um treinamento admissional em que seja 
tratado esse assunto.
Figura 15: disponível em: http://blog.safemed.pt/ergonomia-no-posto-de-trabalho/
Cabe ressaltar ainda, que mesmo quando o tra-
balhador está em uma postura adequada em seu pos-
to de trabalho, permanecer na mesma posição ou em 
movimento por muito tempo é prejudicial ao corpo. 
Por isso as pausas laborais têm sido cada vez mais fre-
quentes nos ambientes organizacionais. 
http://www.supersecretariaexecutiva.com.br/secretariado/organizando-seu-ambiente-de-trabalho
http://www.supersecretariaexecutiva.com.br/secretariado/organizando-seu-ambiente-de-trabalho
https://www.ebah.com.br/content/ABAAAfMQYAC/seguranca-trabalho?part=2
https://www.ebah.com.br/content/ABAAAfMQYAC/seguranca-trabalho?part=2
http://pgm.manaus.am.gov.br/movimento-abril-verde-limpeza-e-higiene-no-ambiente-de-trabalho-impactos-e-beneficios/
http://pgm.manaus.am.gov.br/movimento-abril-verde-limpeza-e-higiene-no-ambiente-de-trabalho-impactos-e-beneficios/
http://institutofisiomar.com.br/blog/?p=2188
http://blog.safemed.pt/ergonomia-no-posto-de-trabalho/
21
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019
Figura 16: disponível em: http://www.dsc.ufcg.edu.br/~pet/jornal/junho2013/
materias/bem_estar.html
Figura 17: disponível em: https://aves.org.br/revista-vitoria-mais/editoria/ginastica-
laboral
A ginastica laboral dura em torno de 10 minu-
tos e consiste em técnicas de alongamento, respiração, 
reeducação postural e compensação dos músculos. 
Essa atividade simples tem beneficiado muitas pessoas 
pois ajuda a previne doenças ocupacionais, minimiza 
a fadiga, o esgotamento e a monotonia.
E assim, chegamos ao fim de mais uma aula. 
Nessa ocasião tivemos a oportunidade de conhecer 
vários fatores que afetam a saúde do trabalhador. Tra-
tamos especificamente sobre assuntos relacionados a 
fisiologia do ser humano, como por exemplo o ciclo 
circadiano. Falamos também sobre fadiga e monoto-
nia e como esses fatores afetam a saúde dos funcio-
nários e a produtividade das empresas. Além disso, 
destacamos a motivação como aspecto positivo para 
melhorar a eficiência na produção e aumentar a qua-
lidade de vida das pessoas. Por fim, resumidamente 
elencamos os principais fatores de doenças ocupacio-
nais e como preveni-los.
Minhas anotações
http://www.dsc.ufcg.edu.br/~pet/jornal/junho2013/materias/bem_estar.html
http://www.dsc.ufcg.edu.br/~pet/jornal/junho2013/materias/bem_estar.html
https://aves.org.br/revista-vitoria-mais/editoria/ginastica-laboral
https://aves.org.br/revista-vitoria-mais/editoria/ginastica-laboral
Ergonomia
22
Minhas anotações
23
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019
NR 17 e Exemplos Práticos
Caros(as) alunos(as),
Na nossa última aula detalharemos os itens da 
Norma Regulamentadora nº 17 – Ergonomia. Fa-
lamos ao longo das outras aulas sobre assuntos que 
essa norma traz, mas agora trataremos mais afundo 
os itens mais relevantes. 
Além disso trataremos exemplos práticos de 
como melhorar ambientes de trabalho, utilizando 
todo conhecimento adquirido até aqui.
Bons estudos e até a próxima!
Aula 4
Ergonomia
24
Objetivos de aprendizagem
Ao término dessa aula vocês serão capazes de:
• interpretar os itens importantes da NR 17;
• aplicar conhecimentos adquiridos nas aulas 
anteriores em exemplos diversos.
Seções de estudo
Seção 1 - NR 17
Seção 2 - Exemplos Práticos
SEÇÃO 1 - NR 17
Como já foi comentado aqui a Norma Regula-
mentadora nº 17 (NR 17) foi promulgada em 23 de 
novembro de 1990 por meio da portaria nº 3.751 do 
Ministério do Trabalho ela trata especificamente sobre 
ergonomia e traz as obrigações que as empresas devem 
atende para evitar doenças ocupacionais e acidentes 
de trabalho.
Nesta seção trataremos seus itens e comentare-
mos os mais relevantes. Vamos a eles:
17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a esta-
belecer parâmetros que permitam a adaptação das con-
dições de trabalho às características psicofisiológicas dos 
trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de 
conforto, segurança e desempenho eficiente.
É importante ressaltar aqui que a NR 17 é bem 
falha em parâmetros objetivos para medir, principal-
mente, conforto dos ambientes do trabalho. A segu-
rança nos ambientes é possível utilizar de outras nor-
mas que possuem limites de tolerâncias estabelecidos 
(ruído, vibração e etc).
17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos 
relacionados ao levantamento, transporte e descarga de 
materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições 
ambientais do posto de trabalho, e à própria organização 
do trabalho.
17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de 
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalha-
dores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica 
do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as 
condições de trabalho, conforme estabelecidonesta Nor-
ma Regulamentadora.
O item mais polêmico pois não deixa claro 
quem é o profissional responsável por elaborar a ana-
lise ergonômica do trabalho (AET). Como já foi co-
mentado em aula anterior, um profissional de nível 
superior pode fazer uma pós-graduação em ergono-
mia e se tornar um ergonomista, porém essa profissão 
ainda não é regulamentada no Brasil. 
17.2. Levantamento, transporte e descarga indivi-
dual de materiais.
17.2.1. Para efeito desta Norma Regulamentado-
ra:
17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa 
todo transporte no qual o peso da carga é suportado intei-
ramente por um só trabalhador, compreendendo o levan-
tamento e a deposição da carga.
17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas de-
signa toda atividade realizada de maneira contínua ou 
que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte 
manual de cargas.
17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo traba-
lhador com idade inferior a 18 (dezoito) anos e maior de 
14 (quatorze) anos.
17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o 
transporte manual de cargas, por um trabalhador cujo 
peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua se-
gurança. (117.001-5 / I1)
17.2.3. Todo trabalhador designado para o trans-
porte manual regular de cargas, que não as leves, deve 
receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto 
aos métodos de trabalho que deverá utilizar, com vistas a 
salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes. (117.002-3 
/ I2)
17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o trans-
porte manual de cargas, deverão ser usados meios técnicos 
apropriados.
17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens 
forem designados para o transporte manual de cargas, o 
peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente infe-
rior àquele admitido para os homens, para não compro-
meter a sua saúde ou a sua segurança. (117.003-1 / I1)
17.2.6. O transporte e a descarga de materiais fei-
tos por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, car-
ros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão 
ser executados de forma que o esforço físico realizado pelo 
trabalhador seja compatível com sua capacidade de for-
ça e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança. 
(117.004-0 / 11)
17.2.7. O trabalho de levantamento de material 
feito com equipamento mecânico de ação manual deve-
rá ser executado de forma que o esforço físico realizado 
pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de 
força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança. 
(117.005-8 / 11)
O fato de haver muitas queixas e afastamentos 
de trabalhadores acometidos por doenças como lom-
balgias e hérnias de disco demonstra a falta de uma 
normativa que estabeleça os parâmetros a serem segui-
25
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019
dos dentro das empresas. O órgão do governo ameri-
cano, National Institut on Occupational and Safety 
Health – NIOSH, criou uma equação que permite 
calcular qual seria o limite de peso recomendável le-
vando-se em conta certos fatores (NTP 477 – dispo-
nível em espanhol https://www.insst.es/InshtWeb/
Contenidos/Documentacion/FichasTecnicas/NTP/
Ficheros/401a500/ntp_477.pdf ). 
17.3. Mobiliário dos postos de trabalho.
17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado 
na posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado 
ou adaptado para esta posição. (117.006-6 / I1)
17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que te-
nha de ser feito em pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas 
e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições 
de boa postura, visualização e operação e devem atender 
aos seguintes requisitos mínimos:
a. ter altura e características da superfície de 
trabalho compatíveis com o tipo de ativida-
de, com a distância requerida dos olhos ao 
campo de trabalho e com a altura do assento; 
(117.007-4 / I2)
b. ter área de trabalho de fácil alcance e visuali-
zação pelo trabalhador; (117.008-2 / I2)
c. ter características dimensionais que possibili-
tem posicionamento e movimentação adequa-
dos dos segmentos corporais. (117.009-0 / I2)
17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da 
utilização dos pés, além dos requisitos estabelecidos no 
subitem 17.3.2, os pedais e demais comandos para acio-
namento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões 
que possibilitem fácil alcance, bem como ângulos ade-
quados entre as diversas partes do corpo do trabalhador, 
em função das características e peculiaridades do traba-
lho a ser executado. (117.010-4 / I2)
17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de tra-
balho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de 
conforto:
a. altura ajustável à estatura do trabalhador e 
à natureza da função exercida; (117.011-2 / 
I1)
b. características de pouca ou nenhuma confor-
mação na base do assento; (117.012-0 / I1)
c. borda frontal arredondada; (117.013-9 / I1)
d. encosto com forma levemente adaptada ao cor-
po para proteção da região lombar. (117.014-
7 / Il)
17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos de-
vam ser realizados sentados, a partir da análise ergonô-
mica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés, 
que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador. 
(117.015-5 / I1)
17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos 
devam ser realizados de pé, devem ser colocados assentos 
para descanso em locais em que possam ser utilizados por 
todos os trabalhadores durante as pausas. (117.016-3 / 
I2)
O mobiliário deve ser concebido com regula-
gens que permitam ao trabalhador adaptá-lo as suas 
características antropométricas (altura, peso, compri-
mento das pernas etc.) como já discutido em aulas 
anteriores.
 Deve permitir também alternâncias de postu-
ras (sentado, em pé etc.), pois não existe nenhuma 
postura fixa que seja confortável. Entre a população 
trabalhadora há indivíduos muito pequenos e muito 
grandes. É difícil conceber um mobiliário que satisfa-
ça a esses extremos. O recomendável é que o mobiliá-
rio permita uma regulagem que atenda a pelo menos 
95% da população em geral.
17.4. Equipamentos dos postos de trabalho.
17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um 
posto de trabalho devem estar adequados às caracterís-
ticas psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do 
trabalho a ser executado.
17.4.2. Nas atividades que envolvam leitura de 
documentos para digitação, datilografia ou mecanografia 
deve:
a. ser fornecido suporte adequado para docu-
mentos que possa ser ajustado proporcionando 
boa postura, visualização e operação, evitando 
movimentação frequente do pescoço e fadiga 
visual; (117.017-1 / I1)
b. ser utilizado documento de fácil legibilidade 
sempre que possível, sendo vedada a utilização 
do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo 
que provoque ofuscamento. (117.018-0 / I1)
17.4.3. Os equipamentos utilizados no processa-
mento eletrônico de dados com terminais de vídeo devem 
observar o seguinte:
a. condições de mobilidade suficientes para per-
mitir o ajuste da tela do equipamento à ilu-
minação do ambiente, protegendo-a contra 
reflexos, e proporcionar corretos ângulos de 
visibilidade ao trabalhador; (117.019-8 / I2)
b. o teclado deve ser independente e ter mobi-
lidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo 
de acordo com as tarefas a serem executadas; 
(117.020-1 / I2)
c. a tela, o teclado e o suporte para documentos 
devem ser colocados de maneira que as distân-
https://www.insst.es/InshtWeb/Contenidos/Documentacion/FichasTecnicas/NTP/Ficheros/401a500/ntp_477.pdf
https://www.insst.es/InshtWeb/Contenidos/Documentacion/FichasTecnicas/NTP/Ficheros/401a500/ntp_477.pdf
https://www.insst.es/InshtWeb/Contenidos/Documentacion/FichasTecnicas/NTP/Ficheros/401a500/ntp_477.pdf
Ergonomia
26
cias olho-tela, olho-teclado e olho-documento 
sejam aproximadamente iguais; (117.021-0 
/ I2)
d. serem posicionados em superfícies de trabalho 
com altura ajustável. (117.022-8 / I2)
17.4.3.1. Quando os equipamentos de processa-
mento eletrônico de dados com terminais de vídeo forem 
utilizados eventualmente poderão ser dispensadas as exi-
gências previstasno subitem 17.4.3, observada a nature-
za das tarefas executadas e levando-se em conta a análise 
ergonômica do trabalho.
Os seres humanos sempre procuraram adaptar 
suas ferramentas às suas necessidades, diminuindo o 
esforço. Uma má escolha da administração na hora 
de adquirir equipamentos de trabalho pode penalizar 
os trabalhadores durante anos já que não é possível, 
muitas vezes, se desfazer deles (equipamentos) e isso 
prejudica o desempenho eficiente da atividade. 
Os equipamentos devem facilitar a execução da 
tarefa específica, ou seja, uma cadeira pode ser confor-
tável para assistir televisão, mas não para uma secretá-
ria que permanece nela a maior parte da sua jornada 
de trabalho, logo ela deve ter rodízios, encosto, ser es-
tofada, permitir regulagens, ter apoio para os braços 
etc.
17.5. Condições ambientais de trabalho.
17.5.1. As condições ambientais de trabalho de-
vem estar adequadas às características psicofisiológicas dos 
trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
Lembrando que aqui não se trata de insalubri-
dade, para isso consultar a norma regulamentadora nº 
15.
17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas 
atividades que exijam solicitação intelectual e atenção 
constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, es-
critórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, 
dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de 
conforto:
a. níveis de ruído de acordo com o estabelecido 
na NBR 10152, norma brasileira registrada 
no INMETRO; (117.023-6 / I2)
b. índice de temperatura efetiva entre 20oC 
(vinte) e 23oC (vinte e três graus centígrados); 
(117.024-4 / I2)
c. velocidade do ar não superior a 0,75m/s; 
(117.025-2 / I2)
d. umidade relativa do ar não inferior a 40 
(quarenta) por cento. (117.026-0 / I2)
Os níveis de ruído devem ser entendidos aqui 
não como aqueles passíveis de provocar lesões no apa-
relho auditivo, tal como a perda auditiva, mas como 
a perturbação passível de prejuízo ao bom desempe-
nho da tarefa. A climatização dos locais de trabalho 
onde há solicitação intelectual e atenção constante, 
frequentemente é obtida pelo sistema de ar-condicio-
nado. Na grande maioria das situações de trabalho, 
não há o emprego de fontes de calor radiante para a 
execução das tarefas.
17.5.2.1. Para as atividades que possuam as carac-
terísticas definidas no subitem 17.5.2, mas não apresen-
tam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas 
na NBR 10152, o nível de ruído aceitável para efeito de 
conforto será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de 
ruído (NC) de valor não superior a 60 dB.
17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 
17.5.2 devem ser medidos nos postos de trabalho, sendo os 
níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva 
e as demais variáveis na altura do tórax do trabalhador.
17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver 
iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou su-
plementar, apropriada à natureza da atividade.
17.5.3.1. A iluminação geral deve ser uniforme-
mente distribuída e difusa.
17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve 
ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, 
reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
17.5.3.3 Os métodos de medição e os níveis mí-
nimos de iluminamento a serem observados nos locais de 
trabalho são os estabelecidos na Norma de Higiene Ocu-
pacional nº 11 (NHO 11) da Fundacentro - Avaliação 
dos Níveis de Iluminamento em Ambientes de Traba-
lho Internos. (Nova redação dada pela  Portaria MTB 
876/2018)
17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento 
previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no campo 
de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se 
de luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilida-
de do olho humano e em função do ângulo de incidên-
cia. (Revogada pela Portaria MTB 876/2018)
17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo 
de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4, este será um 
plano horizontal a 0,75m (setenta e cinco centímetros) 
do piso. (Revogada pela Portaria MTB 876/2018)
O iluminamento apropriado não depende so-
mente da quantidade de lux que incidente no plano 
de trabalho, mas também da refletância dos materiais, 
das dimensões do pormenor a ser observado ou detec-
tado, do contraste com o fundo e entre outros. En-
tão se for levado em conta tão somente os valores das 
tabelas, pode se chegar a projetos de iluminamento 
inconvenientes. A situação ideal é aquela em que o 
trabalhador, além do iluminamento geral, tivesse a sua 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/portariamtb876_2018.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/portariamtb876_2018.htm
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PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019
disposição luminárias individuais para regular a inten-
sidade manualmente. 
17.6. Organização do trabalho.
17.6.1. A organização do trabalho deve ser ade-
quada às características psicofisiológicas dos trabalhado-
res e à natureza do trabalho a ser executado.
A análise da organização do trabalho é algo bem 
complexo, não é possível fixar um roteiro aplicável a 
todas as situações. Os métodos de análise assim como 
o objeto a ser analisado vão sendo estabelecidos pau-
latinamente, envolvendo os trabalhadores. O relatório 
final da análise ergonômica geralmente não fica restri-
to ao especificado aqui, na NR 17, ele vai além disso 
muitas vezes.
17.6.2. A organização do trabalho, para efeito 
desta NR, deve levar em consideração, no mínimo:
a. as normas de produção;
b. o modo operatório;
c. a exigência de tempo;
d. a determinação do conteúdo de tempo;
e. o ritmo de trabalho;
f. o conteúdo das tarefas.
17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga 
muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso 
e membros superiores e inferiores, e a partir da análise 
ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte:
a. todo e qualquer sistema de avaliação de desem-
penho para efeito de remuneração e vantagens 
de qualquer espécie deve levar em consideração 
as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores;
b. devem ser incluídas pausas para descanso;
c. quando do retorno do trabalho, após qualquer 
tipo de afastamento igual ou superior a 15 
(quinze) dias, a exigência de produção deverá 
permitir um retorno gradativo aos níveis de 
produção vigentes na época anterior ao afas-
tamento.
17.6.4. Nas atividades de processamento eletrô-
nico de dados, deve-se, salvo o disposto em convenções e 
acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte:
a. o empregador não deve promover qualquer 
sistema de avaliação dos trabalhadores envol-
vidos nas atividades de digitação, baseado no 
número individual de toques sobre o teclado, 
inclusive o automatizado, para efeito de re-
muneração e vantagens de qualquer espécie;
b. o número máximo de toques reais exigidos 
pelo empregador não deve ser superior a 8.000 
por hora trabalhada, sendo considerado toque 
real, para efeito desta NR, cada movimento de 
pressão sobre o teclado;
c. o tempo efetivo de trabalho de entrada de da-
dos não deve exceder o limite máximo de 5 
(cinco) horas, sendo que, no período de tem-
po restante da jornada, o trabalhador poderá 
exercer outras atividades, observado o dispos-
to no art. 468 da Consolidação das Leis do 
Trabalho, desde que não exijam movimentos 
repetitivos, nem esforço visual;
d. nas atividades de entrada de dados deve haver, 
no mínimo, uma pausa de 10 minutos para 
cada 50 minutos trabalhados, não deduzidos 
da jornada normal de trabalho;
e. quando do retorno ao trabalho, após qualquer 
tipo de afastamento igual ou superior a 15 
(quinze) dias, a exigência de produção em re-
lação ao número de toques deverá ser iniciado 
em níveis inferiores do máximo estabelecido 
na alínea “b” e ser ampliada progressivamente.
A Norma Regulamentadora nº17 veio para aju-
dar e obrigar o empregador a disponibilizar condiçõesmínimas aos empregados para garantir maior seguran-
ça e conforto a fim de evitar acidentes e doenças do 
trabalho. Mas assim como todas as normas, ela não 
aponta soluções para todas as situações encontradas 
na prática. Para isso, utiliza-se de estudo de caso, nor-
mas internacionais e entre outros. 
Bom, além dos itens supracitados a NR 17 ain-
da conta com dois anexos:
• ANEXO I: TRABALHO DOS OPERA-
DORES DE CHECKOUT
• ANEXO II: TRABALHO EM TELEA-
TENDIMENTO/TELEMARKETING
SEÇÃO 2 - EXEMPLOS PRÁTICOS
Exemplo 1: Secretária
No primeiro exemplo trataremos a função de 
secretária. Trata-se de um cargo em que a trabalhadora 
permanece sentada a maior parte de sua jornada. Suas 
funções principais são:
• Atender ao telefone;
• Digitalização e processos no computador 
em geral;
• Atendimento ao cliente.
A figura a seguir, retirada da internet, ilustra 
como, hipoteticamente, a secretária em questão, per-
manece em seu posto de trabalho.
Ergonomia
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Figura 18: disponível em: http://redefacima.com/2017/10/17/dicas-para-melhorar-a-
postura-ao-trabalhar-com-notebookcomputador/
É possível perceber que a postura da trabalha-
dora não está adequada, além do que o mobiliário não 
está adequado ao posto de trabalho. A coluna dela está 
curvada favorecendo o aparecimento de doenças. Não 
há apoio para os braços o que faz com que ela se incli-
ne para frente o colocando sobre a mesa.
A cadeira e o monitor até parecem ter regula-
gem de altura, porém ela não regulou conforme suas 
medidas. Possivelmente faltou treinamento para ensi-
na-la a manusear os mobiliários disponíveis. 
Agora veja, a figura a seguinte com as devidas 
correções para esse posto de trabalho.
Figura 19: disponível em: http://blog.triway.net.br/tecnologia_e_saude/
Vejamos então, não basta a cadeira ter regula-
gem de altura, ela deve ter ajuste de encosto e apoio 
para os braços (na figura a cima, há também um apoio 
para os braços na mesa, pois o apoio da cadeira não é 
regulável e não se ajustou a dimensão da trabalhado-
ra).
Nas duas figuras podemos perceber que se trata 
de computadores com teclados externos e esse é mes-
mo o ideal, mas na primeira situação não havia apoio 
para o punho, na segunda isso foi corrigido.
É de extrema importância que o monitor tenha 
regulagem de altura para não comprometer o pescoço 
do trabalhador. No caso da figura a 19 foi colocado 
um anteparo para corrigir a falta de regulagem do mo-
nitor.
Por último foi fornecido a trabalhadora um 
apoio para os pés, pois devido as dimensões antropo-
métricas dela, foi necessário para melhorar a postura. 
É importante ressaltar que tão indispensável 
quanto o estudo do ambiente de trabalho, as me-
lhorias feitas nos mobiliários, o levantamento antro-
pométrico dos trabalhadores que ocuparam o posto 
é o treinamento fornecido a essas pessoas, pois elas 
precisam saber como regular os mobiliários para suas 
medidas antropométricas. 
Além disso outras medidas podem ser tomadas 
para melhorar a saúde de trabalhadores nessa função, 
tais como: pausas laborais, incentivo a ingestão de 
água. 
Exemplo 2: Função que exija levantamento de 
cargas
Quando há transporte de carga a orientação é 
que nunca flexione o tronco como no último movi-
mento da figura 20. Além disso evitar a rotação do 
tronco quando estiver com a carga em mãos e evitar 
levantar cargas acima do ombro ou da cabeça de for-
ma constante.
Figura 20: disponível em: http://safetymed.net.br/blog/tag/ergonomia/
Sempre que for levantar ou movimentar uma 
carga, deve-se manter uma postura de base: pernas 
afastadas umas das outras, joelhos semi flexionados, 
coluna ereta, braços próximos ao corpo.
Exemplo 3: Trabalho em pé com bancada
Quando a função exige que o trabalhador per-
maneça em pé a maior parte da jornada do trabalho 
http://redefacima.com/2017/10/17/dicas-para-melhorar-a-postura-ao-trabalhar-com-notebookcomputador/
http://redefacima.com/2017/10/17/dicas-para-melhorar-a-postura-ao-trabalhar-com-notebookcomputador/
http://blog.triway.net.br/tecnologia_e_saude/
http://safetymed.net.br/blog/tag/ergonomia/
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PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019
utilizando uma bancada, algumas medidas simples 
podem ser tomadas, observe as figuras a seguir:
Figura 21: disponível em: http://www.tstservice.com.br/2016/07/cinco-
recomendacoes-para-quem-trabalha.html
Nesse caso apenas um ajuste no equipamento 
sobre a bancada e um apoio para os pés já foi o sufi-
ciente para melhorar a postura do trabalhador e evi-
tar doenças ocupacionais. São inúmeros os problemas 
de saúde causados para quem trabalha em pé, poden-
do surgir lesões a curto e a longo prazo. 
Problemas circulatórios nas pernas e pés, além 
de dores na coluna e lombar com alterações posturais, 
e desgastes das articulações como artrose, são os maio-
res causadores. A posição em pé, quando permanecida 
por muitas horas, concentra grande volume sangue 
nas pernas, o que pode sobrecarregar as articulações 
dos membros inferiores. 
Quando a  panturrilha está contraída, ou seja, 
muito tempo parada, irá exigir mais do coração, pois 
o sangue que está na panturrilha irá subir. Se conside-
rarmos trabalhadores à frente de uma bancada, quase 
sem se movimentar, eles sofrerão mais e se se sentirão 
mais cansados do que pessoas que trabalham em pé e 
que se movimentam durante a jornada de trabalho. 
Uma das coisas que ajuda a melhorar a circula-
ção sanguínea e que as indústrias têm adotado em suas 
linhas de produção, é o tapete ergonômico antifadiga. 
Figura 22: disponível em: https://www.ergomais.com.br/tapetes-ergonomicos/tapete-
ergonomico-antifadiga-ergofit/
Figura 23: disponível em: https://www.jungheinrich-profishop.pt/Tapetes-antifadiga-
em-borracha-de-nitrilo-4328-127838/
O fator, talvez mais importante para se preocu-
par quando se fala em trabalhos envolvendo bancadas, 
é a altura das mesmas. Para isso, orienta-se:
http://www.tstservice.com.br/2016/07/cinco-recomendacoes-para-quem-trabalha.html
http://www.tstservice.com.br/2016/07/cinco-recomendacoes-para-quem-trabalha.html
https://www.ergomais.com.br/tapetes-ergonomicos/tapete-ergonomico-antifadiga-ergofit/
https://www.ergomais.com.br/tapetes-ergonomicos/tapete-ergonomico-antifadiga-ergofit/
https://www.jungheinrich-profishop.pt/Tapetes-antifadiga-em-borracha-de-nitrilo-4328-127838/
https://www.jungheinrich-profishop.pt/Tapetes-antifadiga-em-borracha-de-nitrilo-4328-127838/
Ergonomia
30
Figura 24: disponível em: https://sites.google.com/site/
ergonomiamovimentacaocargas/3-ergonomia-postura-de-pe,
Vimos nesta aula item por item da norma NR 
17, interpretando alguns dos mais importantes. Além 
disso, reunimos o que aprendemos até aqui para so-
lucionar exemplos práticos que vocês encontrarão no 
exercício da profissão de engenheiros de segurança do 
trabalho. 
Espero ter contribuído no processo ensino-
-aprendizagem de vocês, bons estudos e até breve!
Anexos da NR 17:
• ANEXO I: Trabalho dos Operadores de 
Checkout
• ANEXO II: Trabalho em Teleatendimento/
Telemarketing
Minhas anotações
https://sites.google.com/site/ergonomiamovimentacaocargas/3-ergonomia-postura-de-pe
https://sites.google.com/site/ergonomiamovimentacaocargas/3-ergonomia-postura-de-pe
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PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019
A American Conference of Governmental Industrial 
Hygienists (ACGIH).
Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO). Dis-
ponivel em: http://www.abergo.org.br/
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉC-
NICAS, NBR 10152: Acústica — Níveis de pressão 
sonora em ambientes internos a edificações, 2017.
DUL, J.; WEERDMEESTER, B. Ergonomia prática. 
São Paulo: Edgard Blücher, 2004.
IlDA, I. Ergonomia - projeto e produção. 2. ed. rev. e 
ampl. São Paulo: Edgard Blücher, 2005.
National Institut on Occupational and Safety Health 
– NIOSH. (NTP 477 Disponível em: https://www.
insst.es/InshtWeb/Contenidos/Documentacion/Fi-
chasTecnicas/NTP/Ficheros/401a500/ntp_477.pdf )
NR17 Portaria MTPS n.º 3.751, de 23de novembro 
de 1990.
REFERÊNCIAS
Minhas anotações
http://www.abergo.org.br/
https://www.insst.es/InshtWeb/Contenidos/Documentacion/FichasTecnicas/NTP/Ficheros/401a500/ntp_477.pdf
https://www.insst.es/InshtWeb/Contenidos/Documentacion/FichasTecnicas/NTP/Ficheros/401a500/ntp_477.pdf
https://www.insst.es/InshtWeb/Contenidos/Documentacion/FichasTecnicas/NTP/Ficheros/401a500/ntp_477.pdf
Ergonomia
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Minhas anotações
	17.3.3
	17.6._Organização_do_trabalho
	Conversa Inicial
	Introdução a Ergonomia 
	Condição e Posto de Trabalho 
	Fatores que Afetam a
	Saúde dos Trabalhadores
	NR 17 e Exemplos Práticos
	REFERÊNCIAS

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