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1 Luana Aparecida Machado 2 Jaqueline Ines Lanser Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Gestão de Produção Industrial (FLX0622) – Seminário Interdisciplinar III - 08/07/20 MASP – METODOLOGIA DE ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS Luana Aparecida Machado¹ Jaqueline Ines Lanser² 1. INTRODUÇÃO A Metodologia MASP é um método de analise e solução de problemas, utilizado para o desenvolvimento de processos e melhorias em um ambiente organizacional. O MASP é de origem japonesa se aplica aos problemas classificados como “estruturados”, cujas causas comuns e soluções sejam desconhecidas, que envolvem reparação, melhoria ou desempenho e que aconteçam de forma crônica. De forma ordenada, o MASP é composto de passos e sub-passos para a escolha de um problema e uma possível solução, como isso é possível: analisar as causas, determinar e planejar um conjunto de ações que resultem uma solução e verificar o resultado da solução. Contudo, o método prescreve como um problema deve ser resolvido. A metodologia é destinada a solucionar problemas dentro de uma organização e incorpora um conjunto de ideias que envolvem a tomada de decisões, resultando numa possível melhoria e obtenção de resultados. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA MASP é a abreviatura usada para o Método de Analise e Solução de Problemas, é um roteiro estruturado e utilizado na resolução de problemas complexo sem processo, produtos e serviços em organizações. Trata-se de uma metodologia para melhorias consideradas radicais. MASP é um método prescritivo, radical, estruturado e sistemático para o desenvolvimento de 2 um processo de melhoria num ambiente organizacional, visando solução de problemas e obtenção de resultados otimizados. A construção do MASP como um método destinado a solução de problemas dentro das organizações passou pela idealização de um conceito, o ciclo PDCA, para incorporar um conjunto de ideias inter-relacionadas que envolvem a tomada de decisão, a formulação e comprovação de hipóteses, a objetivação de analise dos fenômenos, o que lhe confere a um caráter sistemático. FIGURA 1 – METODOLOGIA DE QUALIDADE MASP Fonte: Disponível em: www.gp4u.com.br Embora o MASP derive do ciclo PCDA, eles são diversas vezes confundidos na literatura. O PCDA se enquadra na definição de ‘conceito’, pois tem um caráter mais genérico e abstrato, já o MASP, se enquadra na definição de ‘método’, pois consiste num conjunto de passos pré-definidos para atingir um fim específico. O PCDA serve de pano de fundo para a estruturação de modelos e o MASP é formado por oito etapas. Apesar de sua aplicação original no campo da administração da qualidade, o ciclo PCDA é frequentemente usado como modelo para planejamento e implementação de soluções de aprimoramento constante em qualquer área. (MAXIMIANO, 2008, p. 51) http://www.gp4u/ 3 2.1 ETAPAS NO PROCESSO DE IDENTIFIÇÃO DO PROBLEMA O MASP é uma ferramenta que auxilia no processo de solução de problemas, para utilizar esta metodologia é necessário dividi-la em 8 etapas, esta etapas servem para ajudar a organização a definir o problema e encontrar uma possível solução, melhorando assim a “saúde” da empresa. Assim como o MASP, o Ciclo PDCA também é dividido em quatro fases. Segundo Moura, o ciclo PDCA é uma ferramenta que orienta a sequência de atividades para se gerenciar uma tarefa, processo, empresa etc. (MOURA, 1997, p. 90). Segue abaixo as 8 etapas que se aplica no método MASP: 2.2 IDENTIFICAÇÕES DO PROBLEMA A primeira etapa consiste em definir o problema, conhecer e identificar sua importância: Identificação dos problemas mais comuns; Levantamento do histórico dos problemas; Evidencias das perdas existentes e ganhos possíveis; Escolha do problema; Formar a equipe e definir responsabilidades; Definir o problemas e a meta. 2.3 OBSERVAÇÃO Esta etapa sugere investigar as características especificas do problema com uma visão ampla e sob vários pontos de vista, por meio de: Observação das características do problema através de dados existentes; Observação do problema no local; Cronograma de trabalho. 2.4 ANÁLISE Esta etapa consiste em descobrir as causas fundamentais, que não pode ser descartada, para isto é preciso: Levantar as variáveis que influenciam no problema; Escolher as causas mais prováveis (hipóteses); 4 Coletar dados nos processos; Analisar as causas mais prováveis; Confirmar as hipóteses; Testar a consistência da causa fundamental. 2.5 PLANO DE AÇÃO Planejar as ações a serem tomadas, elaborar um plano para bloquear as causas fundamentais. Fazendo da seguinte forma: Elaborar a estratégia de ação; Elaborar o plano de ação; Negociar o plano de ação. 2.6 AÇÃO Após o planejamento já pensado e hora de executar. Bloquear as causas é o que resultará no sucesso do programa. Nesta etapa é necessário: Divulgar o alinhamento; Executar as ações; Acompanhar as ações. 2.7 VERIFICAÇÃO Após a implantação do plano de ação, é necessário verificar se o bloqueio foi efetivo. A fim de saber se os resultados reais se equiparam com os resultados esperados, sendo assim: Compare os resultados com a meta estabelecida; Identifique os efeitos secundários. 2.8 PADRONIZAÇÃO Após a ação efetiva, é necessário prevenir o reaparecimento do problema. Para isso deve-se realizar atividades, como: Elaborar ou alterar documentação; Treinamento; Registros; 5 Comunicação; 2.9 CONCLUSÃO Após a realização do plano como um todo, é necessário recapitular todo o processo para um trabalho futuro, pois sem uma análise final a probabilidade de que os erros voltem a acontecer é muito grande, lembrando que o sentido é melhorar continuamente, seguindo da seguinte forma: Identificar os problemas remanescentes; Planejar as ações anti-reincidência; Verificar a balança do aprendizado. 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Ao analisar o Método de Análise e Solução de Problemas, nos deparamos com algumas questões que se juntam ao Ciclo PDCA, por também ser uma ferramenta muito usada e muito parecida com o MASP, saber o que cada um oferece, é uma ótima maneira de saber qual usar e como usar dentro da organização. Embora um complemente o outro, são ferramentas distintas. O ciclo PDCA é uma metodologia estruturada de gestão de qualidade, a fim de indicar o caminho que deve ser seguido para investigar possíveis falhas no processo ou metas não alcançadas, para que estas falhas possam ser detectadas e as metas possam novamente ser atingidas. Desta forma, cada etapa do PDCA, pode-se usar as conhecidas Ferramentas Básicas para a Qualidade, e rodando este ciclo é possível coletar dados, medir resultados e comparar a meta. O Método PDCA é “[...] um caminho para se atingir uma meta” (CAMPOS, 1996, p. 263). Quando “roda-se” o Ciclo PDCA, empregam-se as Ferramentas Básicas para a Qualidade e a Metodologia de Analise e Solução de Problemas – MASP apropriados para o processamento dos dados coletados, assim sendo, permitirá a tomada de decisão mais confiável, com a possibilidade de trazer resultados maiores resultados de uma forma positiva. 6 A metodologia MASP, não é nenhum método mágico de solução de problemas, e sim um método eficaz que funciona se bem planejado e estruturado, uma vez que bem pensado e bem aplicado pode sim trazer grandes resultados positivos para toda e qualquer organização. Contudo, é de extrema importância que a organização tenha consciência de que, para utilizar o Método de Análise e Solução de Problemas – MASP, deve ser seguido exatamente todas as etapas do método, para que seja alcançado o resultado desejado. Por fim,a metodologia MASP, pode sim trazer ótimos resultados a qualquer organização, desde que a empresa que queira aplicar este método, tenha em mente que é necessário e fundamental ter disciplina, ser metódico e planejar bem cada etapa, dedicando-se ao máximo e principalmente ter compromisso e comprometimento com o método, desta forma, possivelmente o resultado será gratificante e compensador. 7 4. REFERÊNCIAS https://certificacaoiso.com.br/metodologia-de-analise-solucao-de-problemas-masp/. Acesso em 23/06/2020 as 07:18 https://www.gp4us.com.br/solucao-de-problemas-metodologia-masp/. Acesso em 19/06/2020 as 10:00 http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/1731. Acesso em 22/06/2020 as 20:50 Fundamentos e teoria organizacional / Rosana Richter; Tulio Kleber Vicenzi: UNIASSELVI, 2016. CAMPOS, V. F. Gerenciamento pelas diretrizes. Belo Horizonte: UFMG, 1996. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à Administração. 7. ed. ver. e ampl. São Paulo: Atlas,2008. MOURA, L. R. l. Qualidade simplesmente total: uma abordagem simples e prática da gestão da qualidade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997. SOUZA, Felipe Pires de. Engenharia da Qualidade/ Felipe Pires de Souza. Centro Universitário Leonardo da Vinci – Indaial: Grupo UNIASSELVI, 2010.x ; 198. p.: il http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/1731.%20Acesso%20em%2022/06/2020%20as%2020:50 http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/1731.%20Acesso%20em%2022/06/2020%20as%2020:50
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