Buscar

FACULDADE PORTO UNIÃO (Aline)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2
FACULDADE PORTO UNIÃO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM EDUCAÇÃO ESPECIAL, PSICOPEDAGOGIA CLINICA E INSTITUCIONAL 
ALINE BEGNAMI SANTOS 
O USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICS) COMO FERRAMENTA DE APOIO AO ENSINO E APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA.
SÃO GERALDO- MG
2020
O USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICS) COMO FERRAMENTA DE APOIO AO ENSINO E APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos direitos autorais.
RESUMO- O presente trabalho teve como objetivo realizar de forma sucinta um levantamento bibliográfico no contexto do uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s) inseridas ao contexto educacional como forma de apoio a inclusão de crianças com deficiência. Diante dos fatos apresentados verifica-se que realmente a tecnologia e suas inovações surte efeito a inclusão de crianças com deficiência ao processo de ensino e aprendizagem, no entanto para que seu uso seja implantado e aplicado de maneira correta e eficiente, se faz necessário que as escolas estejam preparadas, tanto a gestão quanto os docentes. A pesquisa ainda aponta que no espaço escolar é evidente a resistência do uso da tecnologia como ferramenta para a prática pedagógica. Muitos profissionais utilizam a tecnologia apenas como o intuito de recriação ou, porém em outras situações de complementação de vídeo aula não interativas e para apoio de seminário e apresentações projetada. Em resumo, pode se concluir que as Tecnologias da Informação e Comunicação se faz uma ferramenta poderosa de apoio ao de ensino e aprendizagem de alunos com deficiência, no entanto se faz necessário a capacitação do corpo docente e também um olhar atencioso das políticas públicas.
PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia. Aprendizagem. Inclusão. Pessoas com deficiência.
1 INTRODUÇÃO 
	Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano de 2013 foi realizado uma pesquisa pelo Conselho Nacional de Saúde revelam que 6,2% da população têm algum tipo de deficiência, dos quais foram considerados: deficiência auditiva, visual, física e intelectual. De acordo com a mesma 3,6% desse percentual correspondem a deficientes visuais, o grau intenso dessa limitação impossibilita a realização de atividades comuns do dia a dia, como ir à escola, brincar e trabalhar. Os demais, 1,3% da população têm algum tipo de deficiência física, já 0,8% apresentam algum tipo de deficiência intelectual. As pessoas com deficiência auditiva correspondem a 1,1% da população.
Um fato relevante a observar nesta pesquisa é em relação ao nível de escolaridade apresentada, a pesquisa aponta que pessoas com algum tipo de deficiência em sua maioria apresenta ensino fundamental incompleto e/ou sem instrução escolar. Com isso, vale destacar o papel e o compromisso do educador em busca da formação de seus alunos, tendo eles algum tipo de deficiência ou não 
Em um contexto social em que as deficiências se apresentam na população em uma porcentagem significativa, o contexto educacional deve estar sempre atento em como atender esse público. No que se diz a respeito da inclusão de pessoas com deficiência, buscando formas e metodologias que possibilitem que estas tenham acesso, permanência e uma aprendizagem significativa, desenvolvendo sua criticidade, autonomia e aceitação da diversidade em busca pelo conhecimento. 
No mundo educacional, existem várias ferramentas, metodologias, formas e estratégias de desenvolvimento pedagógico que possibilitem a inclusão e que ainda favoreça a busca pelo conhecimento e a aprendizagem, neste contexto, o seguinte artigo tem por objetivo apontar para inovações tecnológicas que ampliem a inclusão de alunos com deficiência, utilizando-as como ferramenta importante e eficaz para a inclusão e o desenvolvimento do mesmo no processo de ensino e aprendizagem. 
Ademais, o seguinte estudo aponta qual o papel da escola neste contexto de inclusão, contando como as políticas públicas e práticas de educação tem um papel fundamental, assim este trabalho propõe em apresentar no formato revisão de literatura, como o uso da tecnologia pode estar sendo uma ferramenta para inclusão de crianças com deficiência. 
2 Educação Inclusiva: Caminho percorrido
 
Muitas perguntas surgem em relação ao deficiente, seja ela a deficiência visual, auditiva, física ou intelectual, no que se diz a possibilidade em aprender, em fazer parte do contexto educacional, em estarem inclusos na sociedade de forma ativa e de certa forma autônoma. 
A educação inclusiva tem como objetivo integrar o educando a sociedade com conhecimentos éticos, estéticos, políticos e crítico para introduzi-los no caminhos intelectual, emocional e profissional que afeiçoar-se em mudanças na sociedade. A educação é um procedimento de constante aprendizagem que ajuda o educando na construção de sua identidade.
Segundo dados estatísticos do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) realizado no ano de 2015, a inclusão escolar de alunos com deficiência ao ensino regular tem sofrido um aumento em nosso país, nos dados constam que, esse número aumentou em 6,5 vezes em 10 anos, ou seja, de 114.834, em 2005, para 750.983 em 2015 (Perene, 2018). Observando esse quadro verifica-se que este número é bastante expressivo, e que necessita de um olhar reflexivo quanto a inclusão escolar desses alunos, pois eles são parte da sociedade assim como qualquer outra criança, e necessita de uma educação especial. 
De acordo com a história o termo inclusão está entrelaçada a movimentos de conquista das pessoas com deficiências. Por muito anos as pessoas eram vista com um olhar de discriminação e preconceitos. Para que ocorra o processo de inclusão plena, e necessário que exista Políticas Pública Educacional Inclusiva.
A Lei Brasileira de inclusão n° 13.146, Cap.IV, art.27, de julho de 2015, afirma:
A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem. (BRASIL, Lei nº13.146, 2015/0
De acordo com a Lei de Diretrizes e Base (LDB) 9394/96, todos têm direito a Educação. No artigo 4 da LDB prevê o “atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência”. Este princípio garante que não haja nenhum tipo de discriminação no sistema educacional brasileiro, na qual todos devem alcançar a plena cidadania. A LDB ampara as pessoas com necessidade Específica, sendo elas: “deficientes, superdotados com altas habilidades e com transtornos globais do desenvolvimento”. Segundo a Lei de Diretrizes e Base 9394/96:
Atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtorno os globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino; (BRASIL, 2017 p. 09)
 A tecnologias está cada vez mais se tornando comum no meio social neste sentido o documento da Base Nacional comum Curricular (BNCC) propõe o desenvolvimento de competências e habilidade com a intuição de desenvolver no aluno criticidade de língua digital para o uso no cotidiano. Conforme a BNCC (2017) o educandodeve:
Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos. (BRASIL,2017 p. 65)
De acordo com Flores e Martins (2015) vivemos em uma era onde a geração de novas tecnologias está cada vez mais acelerada, o que abre novas possibilidades aos meios de comunicação, produção e informação. Ainda segundo Flores e Martins (2015), vários estudiosos têm se dedicado ao estudo das influências da tecnologia na sociedade e seu impacto sobre a vida das pessoas. Percebendo que não é possível a dissociação entre educação e sociedade bem como a escolarização da profissionalização na vida do homem na sociedade, a inclusão das tecnologias digitais de comunicação e informação no contexto educacional tem ganhado a atenção de vários pesquisadores tais como: Oliveira (2006); Vosgerau (2012); Valente, 2005; Paiva, 2002. 
2.1 Tecnologia na promoção da inclusão de pessoas com deficiência 
Quando falamos em tecnologia no contexto educacional, estamos nos referindo às TICs - Tecnologia da Informação e Comunicação, que pode ser considerada como sendo sinônimo da TI - Tecnologia da Informação, no entanto é um termo global que destaca a função da comunicação no contexto contemporâneo da tecnologia da informação. 
As TICs se faz de todos os meios técnicos usados para abordar a informação e apoiar a comunicação. De outra forma, as Tecnologias da Informação e Comunicação - TICs representa a Tecnologia da Informação - TI, assim como qualquer forma de transferência de informação e referem-se a todas as tecnologias que interferem e que dialoga com os processos informacionais e comunicativos do ser humano (Oliveira; Moura e Souza,2015). 
Ainda podem, ser entendida como sendo um conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si, que proporcionam por meio de software e telecomunicações, de automação e comunicações dos processos de negócios, da pesquisa científica e ensino e aprendizagem. (Oliveira; Moura e Souza, 2015)
Ainda de acordo com Oliveira; Moura & Souza, existem diversas maneiras de utilização das TICs e também vários ramos onde podem ser empregadas, assim como no comércio, nas indústrias, no contexto das informações e também na área educacional utilizada ao processo de ensino e aprendizagem e também em Educação a Distância, sendo que a popularização da internet, pode-se dizer assim que é a principal responsável pelo desenvolvimento e crescimento da utilização das TICs. 
De acordo com Sancho (1998 p.75), a tecnologia tem um cunho transformador na educação, possibilita a construção de metodologias diferenciadas nas atividades para a construção da aprendizagem, na qual o uso faria parte de reflexão e discussão do uso da internet como um instrumento facilitador de comunicação virtual para direcionar e potencializar o processo de conhecimento do aluno.
Em se tratando de informação e comunicação, as possibilidades tecnológicas apareceram como uma alternativa da era moderna, facilitando a educação com a inserção de computadores nas escolas, possibilitando e aprimorando o uso da tecnologia pelos alunos, o acesso a informações e a realização de múltiplas tarefas em todas as dimensões da vida humana, além de qualificar os professores por meio da criação de redes e comunidades virtuais. (Oliveira; Moura e Souza, 2015)
Por meio da informática, se vê novas possibilidades, além de vários recursos tecnológicos, com ela, vem a expectativa de melhorias para o processo de ensino e aprendizagem, ou seja, as TICs, criam formas, alternativas de se adequar o contexto e situações adversas que envolvem o processo de aprendizagem em sala de aula, as tecnologias provém recursos pedagógicos que são capazes de se adequar às necessidades e diferenças de cada aluno. (Oliveira; Moura e Souza, 2015). 
Aqui chegamos em um ponto que envolve a temática deste trabalho, quando muitas perguntas surgem em relação ao deficiente, seja ela a deficiência visual, auditiva, física ou intelectual, no que se diz a possibilidade em aprender, em fazer parte do contexto educacional, em estarem inclusos na sociedade de forma ativa e de certa forma autônoma, a tecnologia vem sendo apresentada, estudada e inserida a realidade educacional e assim sendo como uma ferramenta capaz de realizar a inclusão. 
De acordo com Perene(2018), as crianças são atraídas pela tecnologia e tem facilidade com essa ferramenta. Manuseá-la em sala de aula torna os educandos mais perceptível ao aprendizado. O educando com deficiência mantém se mais   concentrado durante as atividades pedagógicas quando, são utilizado- os recursos digitais que estimulam vários de seus sentidos de maneira adequada, podendo com tecnologia se trabalhar com diversos estímulos. 
 Perene(2018) ao aluno que possui déficit de atenção, deve-se evitar o uso do “quadro negro”, pois o mesmo não prende a sua atenção. O educando com esta deficiência, deve-se utilizar ferramentas que podem dirigir a resultados concretos, o que de acordo com o mesmo pode-se encontrar com o uso das tecnologias, no entanto essas ferramentas devem ser aplicadas em atividade individuais ou em grupo. Com uso de ferramenta correta, os alunos desenvolvem as habilidades socioemocionais, com respeito a cultura, com medidas para tomar decisões, vivência cultural, estímulo e autonomia. Em uma escola com alunos deficientes, não é apenas atividades deve ser adequada para o aluno, é necessário também que tenha uma metodologia que estimulem e despertem   o interesse e elas sejam apropriadas e se sinta parte da comunidade escolar.
Perene (2018) nos recorda que, no passado era inadequado incluir um aluno com deficiência em sala regular de ensino. Atualmente, com técnicas inovadoras de ensino como a tecnologia, possibilitou uma mudança nesse cenário, tornando a educação ao alcance de todos independente de suas limitações, segundo Resendes (2020): 
A proposta de usar a tecnologia é estimular o aprendizado e incluir os deficientes no ambiente escolar. Por isso, é importante que as ferramentas escolhidas promovam a interação entre as crianças e de forma lúdica contribuam para o seu desenvolvimento. O uso da tecnologia para a educação pode facilitar o desenvolvimento motor, tanto para movimentos amplos, como para a motricidade fina. Outra sugestão é escolher atividades que aprimorem a tomada de decisões, a paciência e a atenção. Os benefícios da tecnologia para a inclusão não substituem outras práticas que também são importantes, como atividades com massinha de modelar, dobraduras com papel ou pintura com tintas, por exemplo. O planejamento pedagógico deve prever o propósito e a duração de cada atividade. Evite que as crianças usem a tecnologia sem um objetivo ou em tempo integral (Resendes, 2020).
Neste cenário a utilização de computadores, tabletes, e smartphones é ponte para o acesso a informação. Atualmente existem inúmeros software pedagógico no mercado. Eles são em formato de aplicativo que colaboram para o desenvolvimento intelectual do aluno, é uma ferramentas de ensino e aprendizagem que facilita a aprendizagem do aluno que necessita material que contribui para sua aprendizagem.
2.2 Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s) na sala de aula
Segundo Barreto, Barreto (2014 p.86) a tecnologia é uma ponte de apoio metodológico da inclusão, é utilizada para adaptar-se uma limitação, promover um estilo de vida independente para as pessoas com deficiências, a consolidar suas potencialidades.
De acordo com o mesmo autor, estamos passando por transformações na sociedade, com novas ciências e informações. Mudanças na forma em que aprende e ensina, entretendo, com importantes implicações em relação a educação, com distintas e variadas metodologias concedida por meio do uso da tecnologia.
	No caso de crianças com necessidades educacionais especiais, o uso da tecnologia não apenas promove suaintegração no ambiente escolar como em alguns casos só é possível o acompanhamento das aulas por meio dela. (BARRETO e BARRETO, 2014, p.85)
Diante do exposto em relação às possibilidades em que se apresenta o uso da tecnologia no meio educacional, principalmente em se falando sobre a inclusão de crianças com necessidades especiais de educação, devemos levantar também como esta tecnologia vem sendo adotada pelas instituições de ensino e também pelo corpo docente.
Segundo e Sancho (1998), a tecnologia tem um cunho transformador na educação, possibilita a construção de metodologias diferenciadas nas atividades para a construção da aprendizagem, na qual o uso faria parte de reflexão e discussão do uso da internet como um instrumento facilitador de comunicação virtual para direcionar e potencializar o processo de conhecimento do aluno.
Sabemos que, para que seja usada uma ferramenta deve se conhecê-la e saber manuseá-la, para que assim, consiga se atingir os objetivos para o qual o seu uso é proposto. Sendo assim, para que a utilização da TICs seja implantada nas escolas e sua utilização seja eficiente, se faz necessário que o docente esteja preparado, ele deve ter base formadora que os possibilitem ao alcance da faculdade de agregar as novas tecnologias em benefício ao processo de ensino-aprendizagem. Desta forma o ensino se faz diferente do tradicional, com o objetivo de construir uma escola inovadora que crie meios, estratégias para que o discente tenha maior e eficiente desenvolvimento cognitivo e social (Darlan, 2012). 
De acordo com Moura & Oliveira, a principal dificuldade para a incorporação das TICs ao processo educacional, é a questão de o docente ainda ser apontado como aquele que detém todo o conhecimento. Frente às tecnologias apresentadas aos alunos, o professor deve exercer a função de mediador, ou seja, ele deve dar o apoio necessário para que o uso dos recursos tecnológicos seja adequado e de maneira responsável.
O docente que incorpora novas tecnologias deixa de ser o centro do saber, ele adquire uma nova e importante posição, a de mediador da aprendizagem (Mercado, 2002 apud Silva e Silva, 2012), mas para assim ser, o professor necessita adquirir competências pedagógicas e estratégias, o que demanda a princípio uma formação e acompanhamento das práticas pedagógicas, pois a sociedade contemporânea requer u educador com um perfil inovador, onde ele deve ser a aberto a mudanças, interativo, exigente, comprometido e competente.
A formação deve considerar a realidade em que o docente trabalha suas ansiedades, suas deficiências e dificuldades encontradas no trabalho, para que consiga visualizar a tecnologia como uma ajuda e vir, realmente, a utilizar-se dela de uma forma consistente (MERCADO, 2002 apud Silva e Silva, 2012). 
De acordo ainda com Mercado (2002) os professores necessitam de uma formação continuada, pois ela oferece condições para que este construa conhecimentos sobre as novas tecnologias, entender o porquê e como incorporá-las em sua prática pedagógica e ainda adquirir a capacidade em superar os empecilhos gestores e pedagógicos, possibilitando a ruptura de um sistema de ensino deflagrado para uma abordagem adaptada em que seja voltada para atender as necessidades específicas do interesse de cada discente. 
Deve criar condições para que o professor saiba sua formação para a sua realidade de sala de aula compatibilizando as necessidades de seus alunos e os objetos pedagógicos que se dispõe a atingir. Esta formação propicia condições necessárias para que o professor domine a tecnologia-um processo que exige profundas mudanças na maneira do adulto pensar (Silva & Silva, 2012)
No entanto, as mudanças junto às inovações tecnológicas inseridas ao contexto educacional, no que se diz a qualificação e progressão disciplinar pedagógica dos professores, não funcionam de forma separada. Uma gestão democrática dialoga com todas as partes que inclui a instituição de ensino, ou seja, para que as TIC’s seja inserida de forma eficiente ao contexto educacional e os professores as detenham de forma inovadora se faz necessário um trabalho em equipe, assim a gestão escolar se torna fundamental, mas não atuando isoladamente. Filho (2012) diz que:
Nessa direção, compreende-se que a inserção das TIC na organização do trabalho da equipe gestora não é por si mesma uma ação que implica na mudança do cotidiano escolar; isoladamente elas não são capazes de promover ações inovadoras, é necessário que os gestores estejam capacitados para atuar no cargo ou na função que exercem, bem como, devem estar preparados para utilizar as tecnologias e compreender os caminhos que elas podem levar (Filho, 2012) 
Quando falamos em qualificação para o uso das Tecnologias da Informação e comunicação ao contexto educacional, cabe também às esferas públicas dar o suporte necessário a capacitação docente, onde de acordo com Oliveira; Moura e Souza (2015),
	A formação de professores para essa nova realidade tem sido crítica e não tem sido priorizada de maneira efetiva pelas políticas públicas em educação nem pelas escolas. As soluções propostas inserem-se, principalmente, em programas de formação de nível de pós-graduação ou, como programas de qualificação de recursos humanos. O perfil do profissional de ensino é orientado para uma determinada “especialização”, mesmo por que, o tempo essencial para essa apropriação não o permite. Como resultado, evidencia-se a fragilidade das ações e da formação, refletidas também através dos interesses econômicos e políticos.
Barreto e Barreto (2014), afirma que no espaço escolar é evidente a resistência do uso da tecnologia como ferramenta para a prática pedagógica. Muitos profissionais utilizam a tecnologia apenas como o intuito de recriação ou, porem em outras situações de complementação de videoaula não interativas e para apoio de seminário e apresentações projetada. 								
De acordo com Barreto e Barreto (2014, p.79) os educadores, devem provocar o interesse de aprendizagem no aluno, por tanto é necessário criar métodos de incentivos para tornar as aula mais dinâmicas e atrativas. Quando se utiliza os recursos tecnológicos como ferramenta, as aulas passam ser mais atrativas assim adquirindo uma aprendizagem significativa.
O mesmo autor enfatiza a mudanças ocorrida no setor educacional após a expansão da tecnologia por meio desenvolvimento da informática, novas metodologia de ensino e aprendizagem foram ligadas ao novo panorama social, por tanto “esse novo modelo de educação é apresentado de forma cada vez mais interativa, rápida, flexível, e cada vez mais com redução de custos”.
Conforme Barreto (2014 p.82), os professores devem estar preparados para receber alunos com deficiências assim, “compreendo as diferenças e valorizando as potencialidades de cada estudante de modo que o ensino favoreça a aprendizagem de todos”. 
Considerações Finais 
De acordo com o estudo realizado, pode se observar que o número de alunos com deficiência tem crescido nas escolas ao ensino regular, os dados comprovam que os números são bastante expressivo, assim como exposto nos estudos do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e também pelo IBGE (instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Diante deste quadro estes alunos necessitam e um olhar especial. 
A pesquisa realizada levantou a questão do o uso das tecnologias (TIC’s) como alternativa metodológica aplicada ao ensino e aprendizagem, e que esta vem realmente sendo uma ferramenta poderosa, e possibilita a construção de metodologias diferenciadas nas atividades para a construção da aprendizagem, na qual o uso faria parte de reflexão e discussão do uso da internet como um instrumento facilitador de comunicação virtual para direcionar e potencializar o processo de conhecimento do aluno.
Os estudo apontam que o uso das tecnologias favorecem não somente a educação normal, mas também a educação inclusiva, pois segundo Barreto e Barreto (2014 p.86) a tecnologia é uma ponte de apoio metodológico da inclusão,é utilizada para adaptar-se uma limitação, promover um estilo de vida independente para as pessoas com deficiências, a consolidar suas potencialidades. Como se pode observar através do exemplo: 
Macaé, município do estado do Rio de Janeiro. Aluna do 1º ano do ensino fundamental, Luna Oliveira, está em investigação sobre a possibilidade de TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) e apresenta dificuldades para concluir suas atividades no mesmo ritmo dos outros colegas. Com a adoção da metodologia Conecturma, que utiliza uma plataforma adaptativa e gamificada para ensino de português, matemática e competências socioemocionais, Luna já consegue acompanhar o grupo e se manter concentrada por mais tempo, além de estar mais estimulada a aprender por meio do apoio dos jogos (Perene, 2018).
Neste exemplo, pode-se observar na prática, o uso da tecnologia para a inclusão e que, de fato esta ferramenta, conseguiu atender a necessidade da aluna com necessidades especiais, este resultado se faz muito importante já que a problemática com esse trabalho é o levantamento do uso das tecnologias da informação e comunicação (TIC’s) como ferramenta de apoio ao ensino e aprendizagem de crianças com deficiência.
 E porque este fato ocorre? Por que Luna, conseguiu acompanhar o grupo e se manter concentrada nas atividades? Este fato ocorre porque, de acordo com Perene(2018), as crianças são atraídas pela tecnologia e tem facilidade com essa ferramenta. Manuseá-la em sala de aula torna os educandos mais perceptível ao aprendizado. Esta descoberta se faz importantíssima, pois para as crianças com deficiência, que até pouco tempo não tinham muitos meios de se aprender em sala de aula, essa diversidade tecnológica favorece o seu acesso ao conteúdo. 
Diante dos fatos apresentados verifica-se que realmente a tecnologia e suas inovações surte efeito a inclusão de crianças com deficiência ao processo de ensino e aprendizagem, no entanto para que seu uso seja implantado e aplicado de maneira correta e eficiente, se faz necessário que as escolas estejam preparadas, tanto a gestão quanto os docentes. 
Porém, a pesquisa ainda aponta que no espaço escolar é evidente a resistência do uso da tecnologia como ferramenta para a prática pedagógica. Muitos profissionais utilizam a tecnologia apenas como o intuito de recriação ou em outras situações de complementação de videoaula não interativas e para apoio de seminário e apresentações projetada. (Barreto, 2014 p.78).
Ao que se refere à qualificação docente para o uso das Tecnologias da Informação e comunicação ao contexto educacional, verifica-se que esta questão cabe também às políticas públicas em dar o suporte necessário a capacitação, no entanto o que se vê de acordo com Oliveira, Moura e Souza (2015), é que esta realidade tem sido crítica e não tem sido priorizada de maneira efetiva pelas políticas públicas em educação e nem mesmo pelas escolas. 
Em resumo, pode se concluir que as Tecnologias da Informação e Comunicação tem se tornado uma ferramenta poderosa ao contexto educacional em se tratando de ensino e aprendizagem de alunos com deficiência, no entanto se faz necessário a capacitação do corpo docente e também um olhar atencioso das políticas públicas para que de fato esta ferramenta seja implantada e aplicada de maneira correta e eficiente, pois ainda há um longo caminho a percorrer até que a inclusão chegue a todas as crianças especiais.
4 REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2017. Disponível em http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wpcontent/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf. Acesso em: 26 de junho de 2020.
BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
BRASIL. Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015. Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm#:~:text=Art.%201%C2%BA%20%C3%89%20institu%C3%ADda%20a,sua%20inclus%C3%A3o%20social%20e%20cidadania>. Acesso em: 27 jun 2020. 
BARRETO, Maria Angela de Oliveira Champion, BARRETO, Flávia de Oliveira Champion, Educação inclusiva; contexto social e histórico, analise deficiências e uso das tecnologias no processo de ensino- aprendizado. - 1. ed. - São Paulo: Érica, 2014.
DORNELES, Darlan Machado. A formação do professor para das TICs em sala de aula: Uma discussão a partir do projeto piloto Uca no Acre. Texto Livre.v.5.n°2, 2012. Disponível em: <http://periodicos.letras.ufmg.br/index.php/textolivre> Acesso em: 27 jun 2020. 
DIO, Keilah Cristina Raia de; Silva, Anilde Tombolato Tavares da. Tecnologia na Educação. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. O professor PDE e os desafios da escola pública paranaense, 2010. Curitiba: SEED/PR., 2014. V.1. (Cadernos PDE). Disponível em: <www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=20>. Acesso em: 26 jun 2020.
FILHO, Marcelino Carvalho de. Gestão escolar e tecnologias: a realidade de escolas públicas na cidade de Maceió/AL. 2012. 122 f. Dissertação (Pós graduação em educação Brasileira). Programa de Pós-Graduação em educação. Universidade Federal de Alagoas.
MARTINS, Ronei Ximenes; FLORES, Vânia de Fátima. A implantação do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo): revelações de pesquisas realizadas no Brasil entre 2007 e 2011. Rev. Bras. Estud. Pedagog., Brasília, v. 96, n. 242, p. 112-128, abr. 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-66812015000100112&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 22 jun. 2020. 
OLIVEIRA, Cláudio de; MOURA, Samuel pedrosa; SOUZA, Edinaldo Ribeiro. TIC´s na Educação: A utilização das tecnologias da informação e comunicação na aprendizagem do aluno. Pedagogia em Ação. v.7.n°1, 2015. Disponível em: <http://200.229.32.43/index.php/pedagogiacao/article/view/11019> Acesso em: 26 jun 2020. 
PERENE, Rafael. O que as novas tecnologias podem fazer para a educação inclusiva. 2018. Disponível em: <https://porvir.org/o-que-as-novas-tecnologias-podem-fazer-pela-educacao-inclusiva/> Acesso em: 28 jun 2020. 
RESENDE, Josiane, O papel da tecnologia no ambiente escolar. Disponível em: <https://playtable.com.br/blog/o-papel-da-tecnologia-para-inclusao-no-ambiente-escolar#:~:text=A%20proposta%20de%20usar%20a,os%20deficientes%20no%20ambiente%20escolar.&text=Os%20benef%C3%ADcios%20da%20tecnologia%20para,pintura%20com%20tintas%2C%20por%20exemplo.> Acesso em: 20 jun 2020.
ANTUN, Raquel Panguanelli. O desenvolvimento de alunos com deficiência intelectual e o mito da idade mental.2017. Disponível em: <https://diversa.org.br/artigos/o-desenvolvimento-de-alunos-com-deficiencia-intelectual-e-o-mito-da-idade-mental/?gclid=Cj0KCQjwirz3BRD_ARIsAImf7LOGXMr9m97pX6kdcUIsVMXkmpdp8uXj_18KbIph8aV7altcn_phIKUaApeSEALw_wcB> Acesso em: 21 jun 2020.
 
SANCHO, Juana Maria. Por Uma tecnologia educacional. Porto Alegre, Artmed, 1998.
SILVA, Idilene Rodrigues da; SILVA, Rosimery de Arruda da.As tecnologias e suas Contribuições na Educação.2012. Disponível em: <https://administradores.com.br/artigos/as-tecnologias-e-suas-contribuicoes-na-educacao> acesso em: 24 jun 2020.
VILLELA, Flávia. IBGE: 6,2% da população têm algum tipo de deficiência. Rio de Janeiro: Agência Brasil. 2015.Disponível em: <https://www.ebc.com.br/noticias/2015/08/ibge-62-da-populacao-tem-algum-tipo-de-deficiencia > Acesso em: 21 jun 2020.
WAGNER, Flávio Rech. Habilidade e inclusão digital - o papel da escola. Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias da Informação e Comunicação. 2010. Disponível em: <https://www.cgi.br/publicacao/habilidade-e-inclusao-digital-o-papel-das-escolas/> Acesso em: 20 jun 2020.

Mais conteúdos dessa disciplina