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PRÉ E PÓS OPERATÓRIO DA CIRURGIA GINECOLÓGICA. 1. INTRODUÇÃO. · Importância do pré operatório: · Diminuição da morbidade cirúrgica. · Minimização de custos e suspensões de cirurgias. · Avaliação e otimização da saúde do paciente. · Planejamento da anestesia e cuidados pré operatórios. · Diminuir ansiedade do paciente. · Consentimento informado. Classificação mais usada na anestesia: Tipos de cirurgia: · As cirurgias ginecológicas são intra-abdominais: são médio porte. · As cirurgias ginecológicas oncológicas são de grande porte. 2. FATORES QUE INFLUENCIAM RISCO CIRÚRGICO. · A cesariana normal perde 1000 ml. · Esses fatores não significam que a cirurgia é de alto risco, mas influenciam no risco. 3. CUIDADOS BÁSICOS NO PRÉ OPERATÓRIO. Anamnese: · Idade. · Patologias prévias. · Medicamentos: AAS aumenta risco de sangramentos. · Cirurgias prévias. · Consentimento informado. Exame físico: · Cardiológico. · Pulmonar. · Exame ginecológico: ver se há infecções. · Obesidade. 4. EXAMES COMPLEMENTARES NO PRÉ OPERATÓRIO. · Mais de 95% dos pacientes que fazem cirurgia eletiva não precisam de exames complementares antes do procedimento, se não tem doença aguda ou crônica. Hemograma: · Indicado em cirurgias de grande porte, pacientes com anemia, uso de anticoagulantes, infecção, radio ou quimio recente, fatores de risco para sangramentos. · Indicado em pacientes com comorbidades nas cirurgias médio e grande porte. · Considerar nos pacientes sadios > 60 anos com cirurgia de pequeno porte e pacientes com comorbidades cardiovascular ou respiratória em cirurgias de pequeno porte. · Não deve ser realizado em pacientes sadios < 60 anos que vão fazer cirurgia de pequeno porte e menor risco. · Se a Hb <8 g/dL e o paciente está assintomático pode realizar a cirurgia se é uma cirurgia sem grandes sangramentos. Coagulograma: TP, KTTP, plaquetas. · Indicado se o paciente tem historia de sangramento anormal, hepatopatias ou neoplasias. · Quando as plaquetas < 50.000 não pode fazer cirurgia. Tipo sanguíneo: · Indicado em cirurgias de grande porte, que pode ter perdas sanguíneas. Glicemia: · Indicada em pacientes > 40 anos, historia familiar de diabetes, uso de hiperglicemiante oral, corticoides ou diurético. Creatinina: · Indicada em pacientes > 40 anos, historia familiar nefropatias, HAS, diabetes, AINES. Testes hepáticos: · A hipoalbuminemia é um fator de pior prognóstico na mortalidade cirúrgica. · Indicado em pacientes com hepatopatias, neoplasias. Eletrólitos: · Indicado em pacientes com uso de diuréticos, corticoides. · Visa detectar alterações que podem causar arritmias e disturbios renais. · NA, K. Urocultura: · Pacientes com indicação de cateterismo vesical durante a operação e que façam parte do grupo de risco: idosos, diabetes, ITU repetição, litíase urinaria, gravidez. · É importante, pois nas cirurgias ginecológicas tem que sondar. Não pode ter infecção. Raio X tórax: · Indicado nos pacientes > 60 anos, operações torácicas ou abdominais, cardiopatas, pneumopatias, portadores de neoplasias, tabagistas. Avaliação da função pulmonar: · Espirometria: VEF1 > 2 litros. ECG: · Homens > 40 anos. · Mulheres > 50 anos. · Cardiopatas, HAS, diabetes. 5. MEDICAMENTOS MANTIDOS E SUSPENSOS ANTES DA CIRURGIA. Medicamentos suspensos: · Anticoncepcionais orais: parar 3 semanas antes. · Antiagregantes plaquetários (AAS): suspender 7 a 10 dias antes. · Antidepressivos: parar 3 a 5 dias antes. · Anticoagulantes orais: substituir por heparina 5 dias antes. Suspender a heparina 6 horas antes. Se precisar reverter a anticoagulação, como nas cirurgias de urgência, transfundir plasma fresco 15 a 20 mg/kg. · AINES: parar 24 a 48 horas antes. · Hipoglicemiantes orais: substituir por insulina regular ou NPH 24 horas antes. · Diureticos: podem causar hipovolemia e hipocalemia. Medicamentos mantidos: · Anti hipertensivos. · B bloqueadores. · Cardiotônicos. · Broncodilatadores. · Anticonvulsivantes. · Corticoides. · Insulina. · Antialérgicos. · Potassio. · Medicação psiquiátrica. · Antiarrítmicos. · Hormônios tireoidianos. 6. PREPARO PRÉ OPERATÓRIO. Antibioticoprofilaxia: · Cefazolina 1g IV a cada 90 kg. Repetir após 4 horas. · Indicação: histerectomia, mastectomi, oncológicas, cesáreas. · Não é indicada: cirurgias perineais, colocar DIU, laparotomia exploradoras. Anestesias: 7. CUIDADOS BÁSICOS DO PÓS OPERATÓRIO. · Fazer exame clínico diário: · Estimular deambulação precoce. · Dieta precoce via oral. · Controlar diurese: Manter sonda nas primeiras horas pós operatório. Um dos principais marcadores de choque hipovolêmico é a oliguria, manter o controle da diurese. Lesão urinaria. Perda sanguinea. · Drenos. 8. PRESCRIÇÃO NO PÓS OPERATÓRIO. Reposição hídrica: · Não dar excesso de volume. Analgesia: · Dipirona, paracetamol, cetoprofeno, opioides. · A analgesia depende do tipo de cirurgia. · Usar antieméticos, como plasil. Profilaxia TVP: · Baixo risco: meias elásticas e deambulação precoce. · Moderado ou alto: Heparina não fracionada 5000 UI SC 12/12 ou 8/8h. Enoxaparina 20 a 40 mg SC dose única diaria. Manter os anticoagulantes até a deambulação completa. · Nas cirurgias pélvicas, é uso de rotina a exoraparina ou heparina não fracionada com início 6 a 12 h pós operatório para profilaxia. · Ao menos 3 pontos já pode usar enoxaparina para profilaxia. Profilaxia da gastrite e úlceras: · Omeprazol: profilaxia da gastrite. Sonda vesical: todas pacientes nas cirurgias ginecológicas. Tricotomia: no momento da cirurgia. Embrocamento: assepsia das cavidades vaginais. Deve ser feito na hora da sondagem. Diminuir a colonização de bactérias vaginais. O preparo intestinal não é necessário nas cirurgias ginecológicas. Assepsia e degermação com clorexidina. Antibioticoporfilaxia: na indução anestésica ou 1 hora antes do procedimento, nas cirurgias com indicação.
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