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Aula prática: Esqueleto Axial 1 Profa. Jeyce Willig Quintino dos Santos Aula Prática: Esqueleto Axial O objetivo desta aula prática é capacitar o aluno a identificar os ossos do esqueleto axial e alguns acidentes, bem como colocá-los na sua posição anatômica. A metodologia que utilizaremos consiste em: 1) Identificar a peça; 2) Identificar na peça, os acidentes anatômicos solicitados; 3) Anotar os acidentes na figura correspondente. Algumas peças poderão não estar disponíveis no laboratório. Neste caso, o aluno deverá localizar os acidentes solicitados utilizando apenas as figuras do roteiro. Constituição: 82 ossos Distribuição: 28 cabeça (8 ossos do crânio neural e 14 ossos do crânio visceral ou face + 6 ossículos da audição), 24 costelas, 28 coluna vertebral, 1 hióide, 1 esterno. Crânio 1) Comece fazendo uma revisão dos ossos do crânio. Identifique os ossos do neurocrânio e face. 2) Observe a mandíbula. O seu corpo apresenta-se em forma de ferradura e dois ramos partem dos extremos da ferradura em direção ascendente. Na parte posterior, há uma articulação sinovial (articulação temporomandibular) com o osso temporal através do processo condilar. Identifique-o. 3) Agora observe o crânio em vista lateral. Repare a presença do arco zigomático. O arco zigomático é uma estreita barra óssea constituída anteriormente pelo processo temporal do zigomático que se une ao processo zigomático do osso temporal. Identifique-os. O complexo zigomático é sede frequente de traumatismos em decorrência de acidentes, agressões e prática de esportes. 4) Acompanhe agora a borda inferior do arco zigomático e identifique a fossa mandibular que recebe a cabeça da mandíbula. Este acidente pertence ao osso temporal. 5) Observe na figura 3 o osso temporal. Ele é dividido em 3 partes (porção escamosa, timpânica e petrosa). Os ossículos do ouvido estão localizados na porção timpânica do osso temporal. 6) Utilizando a base do crânio, note a presença de inúmeros forames por onde transitam vasos (artérias e veias) e nervos. A existência desses vasos e nervos na base do crânio é que determina a importância desta região em função de traumatismos cranianos, principalmente fraturas que podem lesá-los. 7) Utilizando crânios em vista inferior identifique o processo estilóide do osso temporal, processo mastóide do osso temporal, palato duro (processo palatino da maxila e lâmina horizontal do osso palatino), côndilo do occipital, forame magno. 8) Em peças especialmente cortadas identifique a fossa anterior do crânio (aloja os lobos frontais do cérebro), fossa média do crânio (aloja parte dos lobos temporais) e fossa posterior do crânio (aloja o cerebelo e tronco encefálico). Coluna vertebral (28 ossos) Aula prática: Esqueleto Axial 2 Profa. Jeyce Willig Quintino dos Santos 7 vértebras cervicais, 12 vértebras torácicas, 5 vértebras lombares, 1 sacro e 3 coccígeas. Vértebras Características gerais das vértebras: - Corpo vertebral: Ocupa a porção anterior da vértebra. Apresenta forma cilíndrica com duas faces, uma superior e outra inferior. O corpo vertebral fica maior à medida que é mais inferior. - Forame vertebral: A sobreposição dos forames vertebrais constitui o canal vertebral que aloja a medula espinhal, suas raízes, seus envoltórios e seus anexos. - Processo espinhoso: É a parte do arco ósseo que se situa medianamente, por trás do forame vertebral. - Processos transversos: São dois prolongamentos laterais direito e esquerdo que se projetam transversalmente. - Processos articulares: São em número de quatro, dois superiores e dois inferiores. São saliências que se destinam à articulação das vértebras entre si. - Lâminas: Ligam o processo espinhoso ao processo transverso correspondente. Constituem a maior parte do arco ósseo. - Pedículos: Ligam o arco ósseo à parte póstero-lateral do corpo vertebral. Características regionais: Vértebras cervicais: - Os processos transversos apresentam o forame transverso. - Os processos espinhosos são curtos e bifurcados. - O forame vertebral tem forma triangular. Vértebras torácicas: - O corpo vertebral apresenta uma fóvea costal superior e pode apresentar uma fóvea costal inferior, para articular com as costelas. - O processo transverso apresenta uma fóvea costal transversa para articular com o tubérculo da costela. - As facetas articulares situam-se principalmente num plano frontal. - Apresentam forame vertebral pequeno e quase circular. Vértebras lombares: - Os processos espinhosos são curtos e quadriláteros. - Não apresentam fóveas costais e forame transverso. - Apresentam corpos vertebrais mais largos e pesados que os corpos das vértebras de outras regiões. - Processos transversos, também chamados costiformes devido a sua forma; são marcados e transversais. - Processos mamilares, um de cada lado, situados lateralmente à implantação do processo articular superior. - Processos acessórios, inconstantes, situados atrás da raiz de cada um dos processos transversos. Características próprias: Aula prática: Esqueleto Axial 3 Profa. Jeyce Willig Quintino dos Santos Atlas: - Ausência de corpo - Presença de massas laterais - Presença de arco anterior e posterior - Faceta ou fóvea articular para o dente do áxis Áxis: - Presença do processo ou apófise odontóide 7a vértebra cervical: - Presença de um processo espinhoso longo e não bifurcado - O forame transverso pode estar ausente Sacro Observe o sacro isoladamente. No adulto, este osso é formado pela fusão de cinco vértebras sacrais que diminuem de tamanho no sentido crânio-caudal. Identifique sua base (superior) e o ápice (inferior). A coluna vertebral constitui o eixo ósseo do corpo e está organizada de modo a oferecer a resistência de um pilar de sustentação, mas também a flexibilidade necessária à movimentação do tronco. Sua função principal é suportar o peso da maior parte do corpo e transmiti-lo, através da articulação sacroilíaca, para os ossos do quadril. Antes do nascimento, a coluna vertebral acompanha a forma da parede da cavidade uterina, como faz o feto, de modo que está fletida em curva suave de concavidade anterior, denominada curvatura primária da coluna vertebral. Entretanto, a extremidade superior desta curvatura retifica-se quando a criança é capaz de erguer a cabeça e depois, a manutenção ereta da cabeça e sua movimentação pela musculatura do pescoço, invertem a curvatura primária na região cervical, cuja concavidade passa a ser posterior. O mesmo ocorre na região lombar da coluna, em adaptação às forças de carga e locomoção, desde que a criança começa a levantar-se e andar. Assim, também o segmento lombar da coluna do adulto é côncavo para trás. Deste modo, duas curvaturas a torácica e a sacral, mantêm a direção da curvatura primária do feto, e são ditas curvaturas primária da coluna vertebral, enquanto que as curvaturas cervical e lombar apresentam sentido inverso daquelas e são ditas curvaturas secundárias (ou compensatórias) da coluna vertebral. O aumento ou irregularidade da curvatura torácica é denominado cifose, sendo lordose o exagero da curvatura lombar. Por outro lado, não há curvaturas laterais na coluna, mas elas podem ser criadas pelo desvio lateral de algumas vértebras, caracterizando a escoliose, causa de deformidade e desequilíbrio locomotor. Observe no esqueleto as curvaturas da coluna vertebral. Costelas (24 ossos) Observe uma costela isoladamente e identifique a cabeça, face articular, tubérculo costal e o corpo. Aula prática: Esqueleto Axial 4 Profa. Jeyce Willig Quintino dos Santos Esterno (1 osso) Observe o esterno isoladamente e identifique o manúbrio, corpo e processo xifóide. Bibliografia: 1) Castro, S. V.; Anatomia Fundamental. 2) Spence, A. P.; Anatomia Humana Básica. 3) Latarjet, M. e Liard, A. R.; Anatomia Humana. 4) Dângelo, J.G. e Fattini, C.A. - Anatomia humana sistêmica e segmentar. 5) Sobotta, J. - Atlas de anatomia humana. Aula prática: Esqueleto Axial 5 Profa. Jeyce Willig Quintinodos Santos Figura 1 – Crânio. Vista inferior. 1 3 4 5 3 8 2 4 Neurocrânio: 1-Occipital 2- Frontal 3- Parietal 4- Esfenóide 5- Temporal 6- Etmóide Viscerocrânio: 1- Nasal 2- Zigomático 3- Palatino 4- Maxila 5- Lacrimais 6- Concha Nasal Inferior 7- Mandíbula 8- Vômer Côndilo do Occiptal Processo Estilóide Processo Mastóide forame magno Lâmina Horizontal do Palatino Processo Palatino da maxila Aula prática: Esqueleto Axial 6 Profa. Jeyce Willig Quintino dos Santos Figura 2 – Base interna do crânio. Vista superior. 2 3 6 4 1 Fossa Anterior do Crânio Fossa Média do Crânio Fossa Posterior do Crânio Aula prática: Esqueleto Axial 7 Profa. Jeyce Willig Quintino dos Santos Figura 3 – Osso temporal. Vista lateral. Figuras 4 – Mandíbula. Vista anterior. Processo condilar, que monta a articulação tem- poromandibular. Processo zigomático do osso temporal que se une ao processo temporal do zigomático. Fossa mandibular Porção: - escamosa - timpânica - petrosa Aula prática: Esqueleto Axial 8 Profa. Jeyce Willig Quintino dos Santos Figura 5 – Costela. Vista superior. Figura 6 – Esterno. Vista anterior. Face Articular Turbéculo Costal Cabeça Manúbrio Corpo do osso esterno Processo Xifóide
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