Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Curso: Licenciatura em Letras Disciplina: TEORIA DA LITERATURA I Professor (a): ALESSANDRA FAVERO DEL VECCHIO Título: A INTERTEXTUALIDADE DA FIGURA FEMINA E O PAPEL DA MULHER NA CONTEMPORANEIDADE. Aluno: Paulo Santos Gomes Matrícula: 201807113175 INTRODUÇÃO Falaremos aqui sobre alguns fatores que estão repercutindo na qualidade de vida das mulheres trabalhadoras fora de seu lar, com reflexos nas relações familiares. Em meio a tantos pontos positivos e negativos no que diz respeito a inserção da mulher no mercado de trabalho hoje e suas diferentes formas de se viver em família. Nos últimos anos o papel da mulher na família vem sendo repensado e reelaborado, as conquistas advindas da luta do movimento feminista, a maior participação sócio-política da mulher, dentre outros. Porém, essas mudanças trouxeram grande impacto sobre o papel da mulher na família. O método empregado neste artigo é a pesquisa bibliográfica, onde se pretende entender como a mulher está se reorganizando para ser profissional, mãe e esposa. Ainda existem muitas disparidades de oportunidade de trabalho entre homens e mulheres. Porém, percebeu-se que houve grandes avanços nessa discussão e no contexto de vida da mulher. DESENVOLVIMENTO Vivemos numa sociedade onde a tradição vem sendo abandonada como em nenhuma outra época da história. Assim, o amor, o casamento, a família, a sexualidade e o trabalho, antes parte de um projeto em que a individualidade conta decisivamente e adquire cada vez mais e maior importância social. Dentre as mudanças ocorridas, está a de que a mulher está tendo um maior espaço no mercado de trabalho nos últimos vinte anos e em alguns setores a mão-de-obra feminina também está sendo superior a dos homens. E Coelho (2006), diz que, mesmo ocorrendo tantas mudanças, a questão da desigualdade de gênero ainda não foi extinta, porém vem sendo repensada. Uma forma de ver isso é o papel da mulher inserida no mercado de trabalho, onde ela acumula as obrigações domésticas além de trabalhar fora. Os papéis antes eram preestabelecidos dentro da família e, hoje isto já não acontece mais com tanta frequência. Está existindo uma individualidade onde, pai, mãe ou filho, lutam por seus direitos e igualdades, sua identidade e até mesmo pela sobrevivência de cada um, sem necessariamente deixar de ser família apesar da redefinição dos papéis. Para ambos, marido e esposa, o trabalho fora de casa seria uma forma de se tratarem com igualdade, principalmente nos afazeres domésticos, tendo que dividir as tarefas do lar e a educação dos filhos. Tal fato trouxe muitas modificações quanto às responsabilidades da mulher exercidas em casa, isso porque ela, além do papel de cuidadora, exerce também o papel de provedora do lar em muitos casos. Nesse sentido, fica evidente que a autoridade sobre a família, a mediação e o contato com o mundo externo seriam de responsabilidade do homem, sua presença garantiria a respeitabilidade moral da família e o sustento financeiro; já a unidade familiar, o cuidado de cada membro e o zelo pela moradia seria a responsabilidade da mulher, ela seria a responsável pelo orçamento doméstico, a dona-de-casa e mãe. A educação dos filhos é tarefa complexa para os pais, porém a mulher acumulava sozinha essa função. Diversas fontes apresentam as mães mais envolvidas do que os pais nas tarefas do dia-a-dia da criança e no acompanhamento educacional dos filhos. Observa-se que, nas últimas décadas, um número crescente de pais que também compartilham com a mulher essa tarefa educativa e a responsabilidade sobre os filhos, buscando adequarem-se à nova realidade familiar. Segundo Trindade, Andrade & Souza (In: WAGNER et. al., 2005), na década de 1980 os papéis e as representações dos pais. A mulher conseguiu seu espaço social timidamente por volta da década de 70. Uma posição ainda vista pela janela do imaginário. Trabalhando inicialmente em casa, com atividades ainda peculiares à mulher tradicional, as funções de confeiteira e doceira eram as principais atividades laborativas exercidas como fonte de renda complementar para sua família. Em casa, cuidando dos filhos e simultaneamente fazendo seus quitutes e bolos para venda, da “janela,” voltava seu olhar para um futuro profissional mais qualificado e ainda distante. O deslocamento do papel da mulher é visto atualmente com bastante frequência. Mesmo que não seja em sua totalidade, paulatinamente ela vem ocupando seu espaço na sociedade. Neste olhar, comemorar uma data específica para a mulher é algo que deveria ser superado diariamente. O Dia da Mulher deve ser hoje, amanhã e depois de amanhã. Todos os dias nasce um homem, do ventre de uma mulher! A alimentação primária de qualquer lactante provém dos seios femininos. Na condução dos primeiros passos do bebê, por ali estará uma mulher, sendo ela na figura da mãe ou da babá. Enfim, poderia citar inúmeros apontamentos, em que seria de maior valia a presença feminina. CONCLUSÃO No mundo moderno, especialmente após a década de sessenta, buscou-se com mais intensidade a igualdade de direitos e oportunidade para homens e mulheres, para alcançar essa ideológica igualdade muitos aspectos internos e externos à família precisaram ser repensados e redefinidos, porém alguns desses aspectos não foram consolidados ou universalizados. Mesmo após as grandes conquistas da mulher e dos avanços tecnológicos, o papel da mulher ainda é permeado por ranços de tradicionalismo, onde a mulher é vista como cuidadora da família e a responsável pelo zelo da casa. O papel da mulher na contemporaneidade, diferente do tradicional (como visto no curta “Vida Maria”), soma sua inserção no mercado de trabalho à sua função na família, gerando a dupla jornada da mulher, dentro e fora de casa. Caminha-se para a conquista de uma sociedade igualitária e a questão de gênero, assim como as questões raciais e religiosas são temáticas que devem ser discutidas para que a sociedade e a ciência possam conhecer e reconhecer a necessidade de mudança de pensamentos e ideologias. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CANEVACCI, M. Dialética da família. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1984. CARVALHO, Maria do Carmo Brant de (org). A família contemporânea em debate. São Paulo: EDUC /Cortez, 1995. 122p CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. Tradução: Klauss Brandini Gerhardt. 3. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002. 530p COELHO, Sônia Vieira. Abordagens psicossociais da família. In: AUN, Juliana Gontijo; VASCONCELLOS, Maria José Esteves de; COELHO, Sônia Vieira. Atendimento sistêmico de famílias e redes sociais: fundamentos teóricos e epistemológicos. 2º edição. Belo Horizonte: Ophicina de Arte e Prosa, 2006. p. 143 – 233. COELHO, Virginia Paes. O trabalho da mulher, relações familiares e qualidade de vida. Revista Social & Sociedade, nº 71, ano XXIII, setembro 2002, p. 63-79 SPM, Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; OIT, Organização Internacional do Trabalho. O Desafio do Equilíbrio entre Trabalho, Família e Vida Pessoal. Brasília: SPM e OIT, 2009. 42 p. SPM, Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; OIT, Organização Internacional do Trabalho. Trabalho e Família: Rumo a novas formas de conciliação com co-responsabilidade social. Brasília: OIT, 2009. 150 p. WAGNER, Adriana; PREDEBON, Juliana; MOSMANN, Clarisse; VERZA, Fabiana. Compartilhar Tarefas? Papéis e Funções de Pai e Mãe na Família Contemporânea. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Mai-Ago 2005, Vol. 21 n. 2, pp. 181-186. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttex t&pid=S0102-37722005000200008&lang=pt. Acessado em: 08 de setembro de 2010 https://www.olhardireto.com.br/artigos/exibir.asp?id=8254&artigo=a-mulher-e-a-contemporaneidadehttps://www.olhardireto.com.br/artigos/exibir.asp?id=8254&artigo=a-mulher-e-a-contemporaneidade Vida Maria / Vídeo Completo - Direção: Marcio Ramos. https://www.youtube.com/watch?v=yFpoG_htum4 A menina mais linda do Mundo/ Vídeo Completo https://www.youtube.com/watch?v=rq8i1tRjkx0 O primeiro beijo. http://contobrasileiro.com.br/o-primeiro-beijo-conto-de-clarice-lispector/ Eles eram muitos cavalos – Ratos página 21. https://www.companhiadasletras.com.br/trechos/87031.pdf https://www.youtube.com/watch?v=yFpoG_htum4 https://www.youtube.com/watch?v=rq8i1tRjkx0 http://contobrasileiro.com.br/o-primeiro-beijo-conto-de-clarice-lispector/ https://www.companhiadasletras.com.br/trechos/87031.pdf
Compartilhar