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A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE GAZA Divisão de Agricultura Engenharia Hidráulica Agrícola e Água Rural – 3º ano FERNANDO BRAZÃO TEMBE Fernando.tembe@ispg.ac.mz 1 3 Objectivos A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO ❖Apresentar os conceitos gerais de permeabilidade _Lei de Darcy. ❖Apresentar os conceitos de escoamento bidimensional em meios porosos ❖Avaliar a instabilidade de origem hidráulica 3 2. Introdução Água nos solos: Água adsorvida moléculas de água mais próximas da superfície das partículas que estão sujeitas a tensões elevadíssimas, encontrando-se praticamente no estado sólido, e que fazem com que as partículas sólidas fiquem electricamente neutralizadas; Água livre ou gravítica a água presente no solo que não está influenciada pelas forças eléctricas que se manifestam na superfície das partículas, sendo antes comandada pelas forças do seu peso próprio. A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO 4 2. Introdução Nível freático superfície que limita superiormente a massa de água livre ou gravítica presente no solo. Aquíferos terrenos permeáveis que contêm águas livres. A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Maciços com aquíferos e estratos práticamente impermeáveis podem existir vários níveis freáticos. 5 2. Introdução Em numerosas situações a água livre ou gravítica presente nos maciços terrosos não se encontra em equilíbrio hidrostático mas sim em movimento. Ao movimento da água nos maciços terrosos chama-se percolação. A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Escoamento permanente associado a uma ensecadeira 6 2. Introdução A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Exemplo de escoamento transitório Problemas de percolação água freática (livre) movimenta-se no interior do maciço. 7 3. Lei de Darcy. Permeabilidade A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Permeabilidade capacidade variável que um solo possui de permitir o fluxo de água. Linha de fluxo trajectória ao longo da qual se desloca uma dada partícula de água pertencente a uma determinada massa de água que está em movimento no interior de um maciço. 8 3. Lei de Darcy. Permeabilidade A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Perda de carga Gradiente hidráulico 9 3. Lei de Darcy. Permeabilidade A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO É forçada a circulação de água entre A e B, através de uma amostra de solo; 𝑸 = 𝒌. 𝒉1 − 𝒉2 𝑳 . 𝑺 𝑸 = 𝒌. 𝒊. 𝑺 Lei de Darcy 𝑸/𝑺 = 𝒌. 𝒊 𝑽 = 𝒌. 𝒊 Velocidade de percolação aparente vr = Q/S = v/ vr = ki/ Velocidade de percolação real 10 3. Lei de Darcy. Permeabilidade A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Força de Percolação Considerando as situações hidrodinâmicas e hidrostáticas da água, a diferença entre elas traduz- se no facto de a água em movimento transmitir ao solo uma força, no sentido da circulação da água, que vale: j = i w Tensões no maciço são modificadas pela percolação. 11 3. Lei de Darcy. Permeabilidade A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Situação Hidrodinâmica Situação Hidroestática 12 3. Lei de Darcy. Permeabilidade A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Força de Percolação Situação Hidrodinâmica Situação Hidrostática Diferença entre as duas situações Dividindo esta força pelo volume da amostra de solo, e usando para a força por unidade de volume o símbolo j, obtém-se: Força de percolação 13 3. Lei de Darcy. Permeabilidade A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Avaliação do Coeficiente de Permeabilidade Parâmetro que exibe maior variabilidade de valores para os solos correntes. Valores típicos de coeficientes de permeabilidade de solos de origem sedimentar 14 3. Lei de Darcy. Permeabilidade A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Classificação dos solos quanto à permeabilidade (Terzaghi & Peck, 1967) Determinação de K Expressões semi-empíricas Ensaios “in situ” Ensaios em laboratório 15 3. Lei de Darcy. Permeabilidade A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Expressões semi-empíricas Aproximação grosseira do coeficiente de permeabilidade. Hazen propôs uma expressão que relaciona K com o diâmetro efectivo D10, para os solos arenosos: K(𝒎/𝒔) = 𝑪𝟏.𝑫𝟏𝟎𝟐 (𝒎) Em que C1 será da ordem de 10 000 (experiência mostra que C1 pode ser extremamente variável). Terzaghi propõe outra expressão em que k depende do índice de vazios: 𝒌(𝒎/𝒔) = 𝟐𝟎𝟎𝟎𝟎. 𝒆𝟐 . 𝑫𝟏𝟎𝟐 (𝒎) Solos argilosos as expressões anteriores deixam de ser úteis (composição mineralógica afecta em larga escala a permeabilidade). 16 3. Lei de Darcy. Permeabilidade A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Ensaios “In Situ” Ensaios de bombagem em poços (usados em terrenos bastante permeáveis). Ensaios com escoamentos não confinados. 17 3. Lei de Darcy. Permeabilidade A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Ensaios “In Situ” Ensaios de bombagem em poços (usados em terrenos bastante permeáveis). Ensaios com escoamentos confinados. 18 3. Lei de Darcy. Permeabilidade A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Ensaios de laboratório Solos com permeabilidade elevada (𝑘 > 10−5 𝑚/𝑠) K é determinado através do permeâmetro de carga constante; Sabendo a geometria da amostra, o caudal e a perda de carga entre as extremidades desta. 𝑸 = 𝒌. 𝒉1 − 𝒉2 𝑳 . 𝑺 19 3. Lei de Darcy. Permeabilidade A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Ensaios de laboratório Solos menos permeáveis (𝑘 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 10−5 𝑒 10−8𝑚/𝑠) K é determinado através do permeâmetro de carga variável (o caudal percolado é muito pequeno e não pode ser medido com precisão); Onde: h1, h2 cargas hidráulicas no princípio e fim do ensaio; t1, t2 tempos no princípio e fim do ensaio. 20 3. Lei de Darcy. Permeabilidade A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Ensaios de laboratório Solos muito finos pouco permeáveis (k < 10−8 m/s): K é determinado através de ensaios edométricos. Limitações e dificuldades dos ensaios em laboratório: Amostras não representativas os resultados obtidos a partir de um número reduzido de amostras podem não representar a permeabilidade global, uma vez que esta propriedade dos solos é muito variável; Perturbação das amostras é praticamente impossível colher amostras indeformadas de solos não coesivos, o que implica a sua reconstrução em laboratório, situação que envolve algumas reservas e que pode afectar os valores obtidos nos ensaios; 21 3. Lei de Darcy. Permeabilidade A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Limitações e dificuldades dos ensaios em laboratório: Anisotropias de permeabilidades os maçicos apresentam coeficientes de permeabilidades para escoamentos horizontais superiores aos verticais, logo os ensaios devem ter em atenção a orientação da percolação que se pretende estudar; Dependência de K em relação ao estado de tensão ao aumentar o estado de tensão num solo, diminui o índice de vazios, logo a permeabilidade; Permuta iónica nos solos muito finos a natureza dos iões presentes na água afecta o desenvolvimento das camadas adsorvidas, influenciando a permeabilidade, por isso será conveniente fazer o ensaio com a água existente no local; 22 3. Lei de Darcy. Permeabilidade A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Limitações e dificuldades dos ensaios em laboratório: Ar na amostra as variações bruscas de pressão a que a água está submetida no ensaio pode facilitar a libertação de bolhas de ar que ficam retidas no interior da amostra, dificultando o escoamento, o que influencia a permeabilidade. Para ultrapassar este problema realizar o ensaio com água fervida. 23 3. Lei de Darcy. Permeabilidade A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Coeficiente de permeabilidade equivalente de maciços estratificados. Maciços naturais são estratificados. Os coeficientes de permeabilidade do solo vão ser substituídos por um coeficiente de permeabilidade equivalente (nas direcções horizontal e vertical). Percolação na direcção paralela aos planos de estratificação: 24 3. Lei de Darcy. Permeabilidade A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Coeficiente de permeabilidade equivalente de maciços estratificados. 25 3. Lei de Darcy. Permeabilidade A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Exercício de exemplo: Considere o esquema representadona Figura. Para os ponto A, B, C e D determine a cota geométrica, a altura piezométrica, a carga total, a pressão neutra, a tensão total vertical e a tensão efectiva vertical. Para os solos 1 e 2 determine ainda os gradientes hidráulicos, forças de percolação, caudal e velocidade de percolação. 26 4. Escoamento Bidimensional em Meios Porosos A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Determinação das redes de fluxo para maciços com isotropia de permeabilidades Considere-se uma massa de solo homogénea e isotrópica em termos de permeabilidade, percorrida por um fluxo de água, fluxo originado por um desnível ou uma diferença de cargas hidráulicas existente entre montante e jusante da cortina impermeável representada. 27 4. Escoamento Bidimensional em Meios Porosos A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Determinação das redes de fluxo para maciços com isotropia de permeabilidades Rede de Fluxo numa barragem de terra homogénea As equipotenciais são normais às linhas de corrente. 28 4. Escoamento Bidimensional em Meios Porosos A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Determinação do caudal e do estado de tensão no maciço a partir da rede de escoamento. Rede de escoamento permite uma fácil determinação do caudal percolado e da pressão de água (tensão neutra), logo da tensão efectiva. O gradiente hidráulico no elemento: O caudal total valerá: Altura ou carga piezométrica num ponto P: Tensão neutra num ponto P: 29 4. Escoamento Bidimensional em Meios Porosos A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Redes de fluxo para maciços com anisotropia de permeabilidades. Construção para o traçado de uma rede de escoamento num maciço anisotrópico em que kx=4kz (Terzaghi& Peck, 1967) 30 4. Escoamento Bidimensional em Meios Porosos A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Redes de escoamento no maciço arenoso de fundação de uma barragem com perfil coincidente com a barragem de Crestuma-Lever Maciço isotrópico Maciço anisotrópico, kh=4kv Determinação do caudal e do estado de tensão no maciço a partir da rede de escoamento. 31 4. Escoamento Bidimensional em Meios Porosos A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Barragem de Santa Clara: Secção transversal tipo e valores do coeficiente de permeabilidade. Rede de escoamento para o pleno enchimento da albufeira. 32 5. Instabilidade de Origem Hidráulica A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Gradiente hidráulico Crítico. “Quick Condition” Considere-se o esquema No ponto P, à profundidade z, a altura piezómétrica vale: hWP = z + h, h perda de carga entre P e a superfície do terreno. A tensão neutra em P vale: u = w (z + h) A tensão total vertical em P vale: v = z A tensão efectiva vem: ’v = v – u = z - w (z + h) 33 5. Instabilidade de Origem Hidráulica A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Gradiente hidráulico Crítico. “Quick Condition” Averiguando em que condições se anula a tensão efectiva (gradiente hidráulico crítico): z - w (z + h) = 0 h / z = ( - w) / w h/z gradiente hidráulico (i) entre P e a superfície do terreno. 34 5. Instabilidade de Origem Hidráulica A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Gradiente hidráulico Crítico. “Quick Condition” Considere-se outro esquema Condição hidrostática Condição hidrodinâmica (i>icr) quick condition (i=icr) 35 5. Instabilidade de Origem Hidráulica A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Gradiente hidráulico Crítico. “Quick Condition” A situação crítica acontece quando a força de percolação e a força de impulsão igualam o peso do solo Esta situação é chamada de “Quick condition” e acontece quando as forças totais aplicadas pela água ao solo igualam as forças gravíticas, anulando-se assim as tensões efectivas. 36 5. Instabilidade de Origem Hidráulica A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Fenómenos de rotura hidráulica junto da fronteira de jusante Os gradientes hidráulicos elevados podem causar acidentes nas obras de Eng.ª Civil nas quais, ou em torno das quais se verifica percolação. Há dois fenómenos que se podem associar aos gradientes hidráulicos elevados: ❖ “piping”; ❖ o levantamento hidráulico. O “piping” ou erosão interna consiste num arraste progressivo das partículas do solo, sempre que as forças de percolação que se exercem sobre estas partículas ultrapassam o seu peso submerso (quando o gradiente hidráulico ultrapassa o crítico). 37 5. Instabilidade de Origem Hidráulica A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO É um fenómeno de instabilidade ao nível da partícula. O arraste das partículas pode provocar galerias (pipes) no solo que se desenvolvem a partir da saída das linhas de fluxo, podendo atingir grande desenvolvimento. O coeficiente de segurança em relação ao“piping” é dado por: 38 5. Instabilidade de Origem Hidráulica A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO gradiente hidráulico máximo junto da fronteira de jusante 𝑘 = 5. 10−5 Τ𝑚 𝑠 Fenómenos de rotura hidráulica junto da fronteira de jusante 39 5. Instabilidade de Origem Hidráulica A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Processos de incrementar a segurança em relação à rotura hidráulica - Esquema explicativo do desenvolvimento da erosão interna Início do fenómeno, com condição crítica localizada junta da barragem na fronteira a jusante. Escoamento concentrado em galeria formada por erosão interna na interface terreno- barragem. Galeria progride em diâmetro e comprimento, atingindo a fronteira de montante. 40 5. Instabilidade de Origem Hidráulica A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Fenómenos de rotura hidráulica junto da fronteira de jusante O levantamento hidráulico corresponde à situação em que os gradientes hidráulicos geram forças de percolação que anulam as tensões efectivas do solo numa dada secção, manifestando-se pelo levantamento desse bloco de solo, conduzindo a uma rotura rápida, bastando para tal que a rede de fluxo se estabeleça. É um fenómeno de instabilidade de uma zona do solo. O coeficiente de segurança em relação ao levantamento hidráulico é dado por: 41 5. Instabilidade de Origem Hidráulica A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO O coeficiente de segurança em relação ao levantamento hidráulico é dado por: 42 5. Instabilidade de Origem Hidráulica A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Processos de incrementar a segurança em relação à rotura hidráulica ❖ Aumento do caminho de percolação: Com esta medida aumenta-se a energia dissipada pela água antes de atingir a zona crítica em relação ao fenómeno de rotura hidráulica. Tal medida reduz também o caudal. Nas obras de escavação e nas ensecadeiras o aumento do caminho de percolação é conseguido por meio do incremento da altura enterrada da cortina impermeável . Nas barragens, com o mesmo objectivo, são usados: ❖ Cortinas corta-águas parciais, instaladas no maciço de fundação; ❖ Tapetes impermeáveis, colocados sobre a superfície do maciço de fundação imediatamente a montante da barragem. 43 5. Instabilidade de Origem Hidráulica A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO no que respeita ao controlo do escoamento no maciço de fundação (Crestuma-Lever) Fundação Simples Cortina corta-águas a montante Cortina corta-águas a jusante 44 5. Instabilidade de Origem Hidráulica A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO no que respeita ao controlo do escoamento no maciço de fundação (Crestuma-Lever) Cortina corta-águas a montante e jusante Tapete impermeável a montante 45 5. Instabilidade de Origem Hidráulica A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Distribuição das pressões da água na base da barragem para as diferentes soluções 46 5. Instabilidade de Origem Hidráulica A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Valores de alguns parâmetros físicos 47 5. Instabilidade de Origem Hidráulica A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Processos de incrementar a segurança em relação à rotura hidráulica Incremento da segurança em relação aos dois fenómenos anteriores consiste na colocação de filtros sobre a massa de solo potencialmente instável. Os filtros têm duas funções: ❖ impedir o transporte das partículas pela água; ❖ exercer um peso adicional de modo a aumentara tensão efectiva em profundidade. Para o cumprimento destas funções os filtros têm que possuir determinada granulometria: suficientemente fina, para impedir a passagem das partículas do solo a proteger, mas também suficientemente grossa, para que o filtro possua adequada permeabilidade, para permitir a passagem de água. 48 5. Instabilidade de Origem Hidráulica A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Definindo os parâmetros R50 e R15 como: R50 = D50 (filtro) / D50 (solo a proteger); R15 = D15 (filtro) / D15 (solo a proteger). Instalação de filtros: 𝑅50 = 𝐷50 𝑑50 𝑅15 = 𝐷15 𝑑15 49 5. Instabilidade de Origem Hidráulica A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Sabe-se também que os gradientes hidráulicos nos filtros são praticamente desprezáveis,valendo ifiltro=1/36 isolo. O facto anterior garante: ❖ O próprio filtro está protegido contra a erosão interna; ❖ As forças de percolação no filtro são praticamente desprezáveis, pelo que a instalação do mesmo implicará um incremento da tensão vertical efectiva em profundidade de valor ’v (filtro- w) dfiltro, em que dfiltro é a espessura do filtro. 50 5. Instabilidade de Origem Hidráulica A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO Exercício Prático 1 - Considere a barragem com 100 m de desenvolvimento, cujo corte transversal e a respectiva rede de percolação sob o solo de fundação são representados na figura seguinte. a) Calcule o caudal anual perdido por percolação sob a barragem. b) Calcule as tensões verticais, totais, neutras e efectivas, no ponto X. c) Determine a altura de água num tubo piezométrico colocado no ponto X. d) Determine a carga hidráulica no ponto X. e) Avalie a segurança relativamente ao Piping e ao levantamento hidráulico. 51 5. Instabilidade de Origem Hidráulica A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO 51 5. Instabilidade de Origem Hidráulica A ÁGUA NOS SOLOS. PERCOLAÇÃO FIM
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