Vila Iracema

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Solar Vila Iracema
Juiz de Fora - MG
Rede de Ensino Doctum – Juiz de fora
Disciplina: Técnicas Retrospectivas Professora: Flavia Gaio Gonzaga 
Aluna: Poliana Ramona Almeida Ribas
Fonte: Google Imagens
Data: 04/09/2018
Situado na rua Espírito Santo, 651, o solar da Vila Iracema foi construído em 1914 pelo arquiteto Rafael Arcuri, sob influências ecléticas e Art Nouveau. E representa um dos edifícios mais belos da cidade, ocupando posição de destaque, na opinião popular, como obra de relevante valor arquitetônico-artístico dentre os bens de interesse cultural de Juiz de Fora.
Localização
História
Fonte: Google Imagens
Data: 04/09/2018
O solar foi construído em 1914 para a Sra. Olympia Peixoto - portuguesa enriquecida residente na cidade e que deu ao imóvel o nome de Villa Olympia. Dez anos depois foi alugado para o casal José Raphael e Iracema de Souza Antunes que após três meses residindo no solar optou pela compra do imóvel que, passou a ser chamado de Vila Iracema em homenagem à nova proprietária. 
Foi a primeira residência em Juiz de Fora com piscina desde sua construção. Com a morte de Raphael Antunes, a casa foi mantida pelos herdeiros embora atualmente encontre-se em reforma. 
Tombada pelo decreto municipal nº 6505, de 18 de agosto de 1999, é um dos prédio mais belo da cidade. A parte de trás do terreno, onde havia um pomar, foi transformada em estacionamento.
Fonte: Google Imagens
Data: 04/09/2018
História
Destacam-se, na parte frontal da casa, os canteiros delimitados por elementos curvilíneos, o chafariz com bacia em forma de estrela e haste com flores de onde jorrava a água, e os pedestais que sustentam os grandes jarros com pés de leão, ligados ao corpo da casa por folhas de acanto.
Fonte: Google Imagens
Data: 04/09/2018
Fonte: Google Imagens
Data: 04/09/2018
Fonte: Google Imagens
Data: 04/09/2018
Protegendo a construção no alinhamento da calçada, encontra-se o magnífico gradil de ferro, trabalhado com barras verticais, circulares, encurvadas e retangulares, ornadas por rosetas e pontas de lança. A entrada é destacada por pórtico constituído de dois pilares de alvenaria, ornados por frutos e flores em cascata, que sustentam, cada um, um grande jarro de flores.
Fonte: Google Imagens
Data: 04/09/2018
 
Fonte: Google Imagens
Data: 04/09/2018
Conforme o Livro do Tombo, a preservação prevista em lei envolve “a volumetria construtiva e as fachadas do imóvel, bem como os jardins, canteiros frontais, gradis, portões, chafariz, as estátuas que servem de luminárias e demais elementos decorativos”, o que exige que a Prefeitura participe de todas as decisões acerca da obra, que não incluirá a área de estacionamento utilizada na porção lateral do terreno. “As cores utilizadas foram encontradas na casa, e as referências para sua aplicação seguem uma pesquisa extensa que fizemos em fachadas art nouveau”, explica a arquiteta Fernanda Falabella
Prevista para durar 18 meses, a recuperação total da fachada do bem tombado inclui a restauração de ornamentos, a fixação de novos vidros e o resgate das cores originais. O projeto, acompanhado pela Divisão de Patrimônio Cultural (Dipac), da Funalfa, também prevê a reforma estrutural do prédio, recuperação custeada pelo próprio hospital.
Fonte: Google Imagens
Data: 04/09/2018
Fonte: Google Imagens
Data: 04/09/2018
Considerações Finais
Após essa pesquisa concluí que o Solar Villa Iracema é bastante charmoso e o imóvel é repleto de ornamentos decorativos de esculturas femininas fixada no início da escadaria ao chafariz em formato de flor, chama atenção pela varanda transversal como a porta principal. Sobre colunas com pequenos capitéis, a área conta com um guarda-corpo feito por balaústres e, na base, uma jardineira em ferro. Finas pilastras sustentam uma cobertura em ferro e vidro, característicos de edificações art nouveau. Ela foi uma casa moderna para sua época, com ares europeus, utilizando elementos industriais como vidros trabalhados, ferro, painel em azulejos e muitos ornamentos do repertório art nouveau.
https://www.acessa.com/cultura/arquivo/noticias/2009/05/25-patromonio_cultural/
https://www.pjf.mg.gov.br/administracao_indireta/funalfa/patrimonio/historico/vila_iracema.php
http://mauricioresgatandoopassado.blogspot.com/2016/02/curiosidades-0-fotos.html
Livro Preservação Do Patrimônio Histórico Juiz De Fora - Passaglia
Referencias Bibliográficas
RESENHA A INTERVENÇÃ O ARQUITETÔNIC A E M OBRA S EXISTENTES 
REDE DE ENSINO DOCTUM
ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA: Técnicas Retrospectivas 
PROFª.: Flávio Gaio
Data: 13/11/2018
Aluna: Poliana Ramona Almeida Ribas
Obra(s) analisada(s): (CASTELNOU NETO, A.M. A intervenção arquitetônica em obras existentes. Semina : Ci. Exatas/Tecnol., Londrina, v. 13, n. 4, p. 265-268, dez. 1992. )
Obra visitada: Solar Vila Iracema Rua Espírito Santo, 651
Antônio Manoel Nunes Castelnou Neto possui graduação em Arquitetura e Urbanismo (1986) e em Engenharia Civil (1993) pela Universidade Estadual de Londrina - UEL, especialização em Metodologia do Ensino Superior (1994) pela UEL, mestrado em Tecnologia do Ambiente Construído, subárea de Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo (1998) pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo - EESC/USP e doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento (2005) pela Universidade Federal do Paraná - UFPR. Atualmente é professor adjunto do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPR.
O tema da intervenção arquitetônica em edifício ou lugar já edificado de certo valor histórico e/ou patrimonial vem ganhando maior difusão nas últimas décadas. Trata-se não propriamente de uma novidade no campo do projeto mas sim de uma importante mudança de ênfase na maneira de projetar já que, no limite, toda e qualquer obra nova está, de alguma maneira, intervindo em um lugar.
Há um passo de ficar apenas na memória, a Vila Iracema, na Rua Espírito Santo, é tombado pelo patrimônio e virou um caso de descuido. O imóvel é o único exemplar integral de art nouveau na cidade e está abandonado. O processo de tombamento não é focado na família proprietária, mas é voltado para o significado do bem para a comunidade, seu valor social. Isto não quer dizer que o bem vai ficar congelado. Prevista para durar 18 meses a refoma da casa, a recuperação total da fachada do bem tombado inclui a restauração de ornamentos, a fixação de novos vidros e o resgate das cores originais. O projeto, acompanhado pela Divisão de Patrimônio Cultural (Dipac), da Funalfa, também prevê a reforma estrutural do prédio, recuperação custeada pelo próprio hospital que atualmente é proprietário do imóvel e alega ter planos de transformar o casarão em um Centro Cultural-Científico.
A casa perante a lei só não pode ser modificada, descaracterizada”  De acordo a lei 11.000, os imóveis tombados são beneficiados por isenção parcial ou total do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU. Mesmo assim, esses benefícios ainda não são suficientes se comparados ao grande número de construções que fizeram parte da história de Juiz de Fora e que não resistiram às demolições. Talvez, a especulação imobiliária tenha sido uma vilã para a história de Juiz de Fora.
O patrimônio cultural é composto pelo conjunto dos bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. A preservação possui amplo significado, dentro das diversas áreas do conhecimento, e normalmente está relacionada ao cuidado e à salvaguarda do patrimônio.
O respeito ao patrimônio deve ser ressaltado, afinal, os edifício históricos são verdadeiras caixas de conhecimento, e a motivação da preservação consiste exatamente em manter esses documentos únicos, com suas qualidades próprias, consagradas pela história