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Módulo 3 Estudos de localização (calibração) de sistemas de medição. Conteúdos deste módulo � Ensaios de localização (ou centralização): � Estudo da estabilidade � Estudos da tendência: • Método da carta de controle • Método da amostra independente � Estudo da linearidade � Exercícios � Uso de planilhas � Conceitos de estatística a serem usados nos cálculos do MSA: � Histograma e normalidade; Cartas de controle; � Testes de hipóteses paramétricos. Estabilidade - Condução do estudo 1. Obtenha 1 peça e determine seu padrão de referência em relação a um padrão rastreável (ver slide 4). 2. Periodicamente (diariamente, semanalmente, etc), medir a peça de 3 a 5 vezes (n, tamanho da amostra), em diferentes horários ao longo do dia (k períodos). 3. Representar os resultados em uma carta de controle média e amplitude (X e R) ou média e desvio padrão (X e S). A carta da amplitude (R) é mais fácil que a do desvio padrão (S), embora menos precisa. 4. Calcular os limites de controle do processo e analisar eventuais sinais de instabilidades (regras do CEP, slide 6). Estabilidade - Análises Instabilidade no Gráfico R ou S (amplitude ou desvio padrão): • Problemas com o equipamento de medição (repetitividade) Instabilidade no Gráfico X (média): • Necessidade de calibração do equipamento, ou • Treinamento para os operadores LSC LIC Padrão não rastreável � Obtenção da referência: � Tirar todo tipo de rebarba e outras irregularidades superficiais � Limpar bem a peça (óleo, sujeira, fuligem, corrosão, etc) � Levá-la ao laboratório metrológico e esperar até que atinja a temperatura do local � Marcar a peça numa região e medi-la 10 vezes no mesmo ponto. � Tirar a média dessas medidas; ela será a referência. � Não sendo possível ter o padrão rastreável, obter 1 peça na metade da faixa de variação do processo e obter seu valor de referência (abaixo). Seria desejável, mas não obrigatório, um estudo com outras 2 peças (começo e fim da faixa). CEP - Limites de controle das cartas ( ) ( )1)n XX S 2 i − −∑ =n X X i ∑ = RAXLSC 2X ⋅+= RDLSC 4R ⋅= RAXLIC 2X ⋅−= RDLIC 3R ⋅= SAXLSC 3X ⋅+= SBLSC 4S ⋅= SAXLIC 3X ⋅−= SBLIC 3S ⋅= a) Em cada amostra (média X e amplitude R, ou desvio padrão S): c) Limites das cartas: menormaior XXR −= b) Média das médias, e média das amplitudes ou desvios padrões: k X X i ∑ = k R R i ∑ = k S S i ∑ = ou ou Média e amplitude Média e desvio padrão Tabelas de CEP Carta Carta A2 d2 D3 D4 A3 C2 B3 B4 2 1,880 1,128 - 3,267 2,659 0,7979 - 3,267 3 1,023 1,693 - 2,574 1,954 0,8862 - 2,568 4 0,729 2,059 - 2,282 1,628 0,9213 - 2,266 5 0,577 2,326 - 2,114 1,427 0,9400 - 2,089 6 0,483 2,534 - 2,004 1,287 0,9515 0,030 1,970 7 0,419 2,704 0,076 1,924 1,182 0,9594 0,118 1,882 8 0,373 2,847 0,136 1,864 1,099 0,9650 0,185 1,815 9 0,337 2,970 0,184 1,816 1,032 0,9693 0,239 1,761 10 0,308 3,078 0,223 1,777 0,976 0,9727 0,284 1,716 11 0,285 3,173 0,256 1,744 0,927 0,9754 0,321 1,679 Tamanho Amostra Cartas ( e R ) Cartas ( e S ) Carta R Carta S __ X __ X__ X __ X Constantes das fórmulas dos limites, em função de n (tamanho da amostra): CEP - Sinais de instabilidade Ponto acima do LSC ou abaixo do LIC (LSC e LIC são os limites de controle) 7 ou mais ciclos consecutivos entre os limites Muitos (ou poucos) pontos concentrados perto da média (ideal: 2/3 dos pontos no terço central) Tendência crescente (ou decrescente) de 7 ou mais pontos consecutivos 7 ou mais pontos consecutivos acima (ou abaixo) da linha média, mesmo estando entre os limites Histograma - Construção � Coletar N dados da variável em estudo (ideal: N ≥ 80). � Calcular a amplitude total, ou range (R): � Calcular o número de classes (K): � Calcular a amplitude das classes (H): � Escrever as classes e anotar, para cada uma, o número de valores observados (freqüência Fi). � Fazer a tabela de freqüências (sugestiva). � Posteriormente, construir o histograma e analisar a normalidade. � Os.: Estes cálculos podem ser feitos automaticamente, por softwares, como o Excell e o Minitab (recomendado). R = Xmáx – Xmín K = 1 + 3,3 . log N H = R / K 847872666054 35 30 25 20 15 10 5 0 Diâmetro Fr e q u ê n ci a Média 70,03 D.Padrão 4,967 N 125 Histograma do Diâmetro Histograma e Normalidade Histograma, com 125 dados, divididos em 10 classes, cada uma com amplitude 3mm (H), tendo média de 70,03mm, desvio padrão de 4,97mm e amplitude total de 30mm (R = 84 – 54) Os 125 dados, plotados no PPN (papel de probabilidade da Normal), com baixa dispersão em torno da linha média, com um ótimo valor de Pvalue (≥ 0,05), caracteriza uma Normal. 85807570656055 99,9 99 95 90 80 70 60 50 40 30 20 10 5 1 0,1 Diâmetro FR A ( % ) Média 70,03 D.Padrão 4,967 N 125 P-Value 0,847 PPN do Diâmetro 847872666054 35 30 25 20 15 10 5 0 Diâmetro Fr e q u ê n c ia Média 70,03 D.Padrão 4,967 N 125 Histograma do Diâmetro F R A ( % ) PPN (Papel de probabilidade da Normal), cuja construção é trabalhosa (recomendado usar algum software) 847872666054 35 30 25 20 15 10 5 0 Diâmetro Fr e q u ê n c ia Média 70,03 D.Padrão 4,967 N 125 Histograma do Diâmetro PPN (Papel de probabilidade da Normal) Estabilidade – Exercício (1) � Os dados a seguir, em centésimos de mm, foram utilizados para construir uma carta de controle (média e amplitude), a partir da medição de uma peça, cujo valor de referência foi determinado no laboratório de metrologia. A peça foi medida 5 vezes por dia durante 12 dias, totalizando 12 subgrupos. A característica medida foi a altura do rasgo de chaveta, cuja especificação é de 117,80 ± 0,15mm. Pede-se construir a carta e analisar a estabiidade do sistema de medição, conforme procedimento apresentado. São dados, para n = 5: A2 = 0,577; D4 = 2,115; D3 = não existe (tabela slide 7), bem como os cálculos da média e da amplitude de cada subgrupo (fórmulas do slide 6). 385566458894R 81,679,078,280,880,480,079,878,679,478,277,880,0Xbarra 818076817782797880757478M5 827581788176788178747582M4 808378828181807681828381M3 837677808381808075787680M2 828179838080827883828179M1 121110987654321Dia 48,79 60 4769 n X X i ≅= ∑ = 97483XXR menormaior =−=−= Estabilidade – Histograma (2) 1481,8 / 83,1 1280,5 / 81,8 1079,2 / 80,5 1177,9 / 79,2 276,6 / 77,9 575,3 / 76,6 674,0 / 75,3 FiClasses� Elaboração da tabela de freqüências: ou seja, 7 classes, cada uma com amplitude 1,3. � Desenhar o histograma. K = 1 + 3,3 . log N = 1 + 3,3 . log 60 ≅ 7 H = R / K = 9 / 7 ≅ 1,3 R = Xmáx – Xmín = 83 – 74 = 9 84,481,879,276,674,0 14 12 10 8 6 4 2 0 Medidas Fr e q u ê n c ia s Média 79,48 D. Padrão 2,561 N 60 Histograma (com curva Normal) de Medidas A curva normal ajustada ao histograma mostra uma leve assimetria à esquerda do histograma, não sendo então uma normal perfeita, talvez por se trabalhar com poucos dados (ideal seria ≥ 80). Estabilidade - Normalidade (3) 88868482807876747270 99,9 99 95 90 80 70 60 50 40 30 20 10 5 1 0,1 Medidas P e rc e n tu a l Média 79,48 D. Padrão 2,561 N 60 P-Value <0,005 PPN de Medidas O teste de normalidade de Anderson Darling (PPN) resultou num valor de Pvalue baixo (<0,005), caracterizando que a distribuição dos dados não é mesmo uma norma (seria normal para Pvalue ≥ 0,05) Todos os cálculos e gráficos deste exercício foram feitos no software Minitab. A seguir, construir as cartas de controle e analisá-las (5 regras) Estabilidade – Cartas (4) � Tendo calculado a média e a amplitude de cada subgrupo, temos que tirar a média das médias e a média das amplitudes, obtendo: � Então, calculamos os limites de controle das 2 cartas: � Construímos, a seguir, as 2 cartas, e interpretamos (5 regras do CEP), para ver se tem algum sinal de instabilidade. 82,90 5,92 . 0,577 79,48 RAXLSC 2X ≅+=⋅+= 12,51 5,92 . 2,115 RDLSC 4R ≅=⋅= 76,07 5,92 . 0,577 - 79,48RAXLIC 2X ≅=⋅−= 0 RDLIC 3R =⋅= 48,79 12 80,953 k X X i ≅= ∑ = 5,9212 71 k R R i ≅= ∑ = Resolução - Cartas de controle (5) 121110987654321 82 80 78 76 A mostra M é d ia a m o s tr a l __ X=79,483 LSC =82,896 LIC =76,071 121110987654321 12 9 6 3 0 A mostra A m p li tu d e a m o s tr a l _ R=5,92 LSC =12,51 LIC =0 Carta da média e da amplitude de Medidas Vemos que não há nenhum sinal de instabilidade (se houvesse, o Minitab indicaria pontos em vermelho). Conclusão: sistema de medição estável. � A tendência do sistema de medição deve ser próxima de zero (estatisticamente igual a zero), e menor que o critério de aceitação do procedimento de calibração. � Quando se avalia a tendência, o valor obtido da tendência não é exatamente o valor real. Existe um intervalo de valores onde provavelmente a tendência está. Estudo da tendência Tendência Valor de referência Valor médio observado Intervalo de confiança da tendência Tendência - Método da amostra independente (1) 1. Obtenha 1 peça e estabeleça seu valor de referência, em relação a um padrão, rastreável ou determinado pela metrologia (conceito já citado). 2. Com um único operador meça a peça 10 vezes ou mais em condições normais de uso. 3. Faça um histograma e analise se existem sinais de anormalidades ou causas especiais presentes (slides anteriores). Cuidado com a interpretação, quando n < 30. 4. Calcule a média das medições: n x X i∑ = Tendência - Método da amostra independente (2) 5. Determine o desvio padrão da repetitividade: � onde: d2* é tirado da tabela do Anexo A (slide 24), com g = 1 e m = n (número de leituras) 6. Determine a estatística t (Student) para a tendência: ( ) * 2 * 2 mínimomáximo r d R d XX σ = − = referênciadeValorXTendência −= n σ σ r b = bσ Tendência t = n = nº de leituras Tendência - Método da amostra independente (3) 7. Execute um teste de hipótese bilateral da estatística t (ver explicação no slide 22), com um dado nível de significância (α, usualmente 5%), utilizando as hipóteses a seguir. H0: Tendência = 0 H1: Tendência ≠ 0 8. Comparar o valor de t calculado em 6, com o valor tabelado de Student, com υ graus de liberdade (Anexo B, slide 25). A hipótese H0 será validada se esse valor de t calculado não cair nas regiões críticas do gráfico (caudas). onde: ν é tirado da tabela do Anexo A (slide 24), com g = 1 e m = n, e tυ,α é tirado da tabela do Anexo B (slide 25). t tabelado t=0 αααα/2 αααα/2 Tendência - Método da amostra independente (4) 9. Alternativamente, calcular o intervalo de confiança da tendência: onde: ν é tirado da tabela do Anexo A (slide 24), com g = 1 e m = n, e tν,α é tirado da tabela do Anexo B (slide 25), com α%. 10. Se o zero estiver contido no intervalo acima, podemos concluir que a tendência não é significantemente diferente de zero e, portanto: Tendência Adequada. Para o zero estar contido, o valor menor do intervalo deve ser negativo e o maior positivo. ( )[ ] αυ,b tσ Tendência ± Testes de hipóteses paramétricos (1) � Representam uma regra de decisão, para aprovar ou rejeitar uma hipótese feita sobre um parâmetro populacional, usando dados de uma amostra, com uma dada margem de erro (usualmente 5%). � Existem sempre 2 hipóteses: � Ho= hipótese nula, aquela a se testar (por convenção, é sempre uma igualdade); � H1= hipótese alternativa, aquela que contraria H0 (maior ou menor ou diferente). � Região crítica, RC (ou de rejeição): região do gráfico do estimador amostral que, em se caindo nela, a hipótese H0 será rejeitada, e H1 será aceita. � Existem 3 tipos de RC (unilateral à direita, ou unilateral à esquerda ou bilateral), cuja escolha depende do sinal de H1: Bilateral αα α/2α/2 H1: ≠≠≠≠ ou H1: > ou H1: < Bilateral Unilateral à direita Unilateral à esquerda Testes de hipóteses paramétricos (2) � Os limites das regiões críticas são tirados de tabelas estatísticas, como as mostrada nos Anexos B e C (Tabelas de Student e Snedecor), para um dado nível de significância α (também chamado de margem de erro). � Para se entrar nas mesmas, deve-se utilizar o valor de α dado, em %, e um grau de liberdade (υ), normalmente dado, ou com υ = n – 1. � Roteiro para se fazer um teste de hipóteses: � Escrever as hipóteses, H0 e H1; � Adotar um valor de α; � Identificar a variável do teste (fórmula, diferente para cada parâmetro); � Desenhar a RC (tipo depende do sinal de H1); � Delimitar a RC, com o uso da tabela apropriada; � Com os dados da amostra, calcular o valor da variável do teste e colocá-lo no gráfico que foi desenhado; � Tomar a decisão: aprovar Ho se não se cair na RC, e rejeitar H0, aprovando H1, em caso contrário. αα α/2α/2 Anexo A -t α/2 α/2 0 t α/2 α/2 Anexo B – Tabela de Student Entrando com α (%) e com o grau de liberdade υ, a tabela fornece o t α/2, de cada lado (teste bilateral) Tendência – Am. indep. – Exercício (1) � Para uma peça da produção, foi determinado o valor de referência (15,50 mm) e foi realizado um estudo de tendência medindo-a 15 vezes (dados na tabela a seguir). Calcular a tendência (amostra independente). Usar alfa de 5%. 1. Histograma e análise de normalidade. Cuidado: usamos < 30 dados. Aproximadamente uma Normal, pois Pvalue = 0,387 ≥ 0,05 15,5315,5215,4915,4915,4215,5015,4215,5715,4715,4215,5915,6015,4715,4415,45 15,6515,6015,5515,5015,4515,4015,35 99 95 90 80 70 60 50 40 30 20 10 5 1 Medida P e rc e n tu a l Média 15,49 D. Padrão 0,06014 N 15 P-Value 0,387 PPN de Medida 15,6215,5815,5415,5015,4615,4215,38 5 4 3 2 1 0 Medida Fr e q u ê n c ia Média 15,49 D. Padrão 0,06014 N 15 Histograma de Medida K=1+3,3.log15≅5 H=0,18/5=≅0,04R=15,60–15,42=0,18 Tendência – Am. indep. – Exercício (2) 2. Média das n medições = 15,492mm e R = 0,18mm (tirados do slide anterior). 3. Desvio padrão da repetitividade: onde: d*2 = 3,553 (tabela do anexo A, slide 24, com g = 1 e m = n = nº de leituras = 15 4. Estatística t: 0,051 3,553 0,18 d Rσ * 2 r === -0,00815,50-15,492referênciadeValorXTendência ==−= 0,013150,051/ n σ σ rb ≅== 0,651 0,013 0,008 σ Tendt b −≅−== Tendência – Am. indep. – Exercício (3) 5. Teste de hipótese bilateral da estatística t, com αααα = 5%, usando as hipóteses: H0: Tendência = 0 H1: Tendência ≠ 0 Como o t calculado (-0,651) não caiu na região crítica, aceitamos a hipótese H0, ou seja a tendência é estatisticamente igual a zero, e o sistema de medição está aprovado quanto a tendência. 6. Alternativamente, vamos efetuar o intervalo de confiança: Obtemos: intervalo de: -0,037 até 0,021. Como o zero está contido nesse intervalo, negativo à esquerda e positivo à direita, concluímos que a tendência é estatisticamente igual a zero (mesma resposta de 5). Tabela Student (Anexo B, slide 25), com αααα = 5% e υυυυ = 10,8 ≅≅≅≅ 11, obtemos: tcrítico = 2,201.-2,201 2,5%2,5% 2,2010 -0,651 ( )[ ] 2,201 x 0,013 0,008tσ Tendência αυ,b ±−=± Tendência – Am. indep. – Exercício (4) Solução do exercício, usando planilha (veja que o resultado é o mesmo!). Tendência - Método da carta de contr. (1) 1. Similar ao método da amostra independente, porém aproveita os resultados do estudo de estabilidade da carta da média e amplitude (X e R) ou da média e do desvio padrão (X e S). Obs.: Somente pode ser usado se o estudo de estabilidade não apresentar problemas. 2. Deve-se, aqui, obter 1 peça e determinar seu valor de referência (rastreável ou não). 3. A partir dos dados das cartas, fazer um histograma e analisar se existem sinais de anormalidades ou causas especiais presentes. (ver slides anteriores). Obs.: Cuidado com a interpretação, quando n < 30. 4. Calcule a tendência, usando X da carta de controle: referênciadeValorXTendência −= Tendência - Método da carta (2) 5. Determine o desvio padrão da repetitividade, usando R da carta: 6. Determine a estatística t para a tendência e efetuar um teste de hipóteses, tal qual o método anterior. 6. Alternativamente,calcular o intervalo de confiança da tendência, tal qual método anterior. Se o zero estiver contido no intervalo, podemos concluir que a tendência não é significantemente diferente de zero, e, portanto, a tendência é adequada. * 2 r d R σ = d * 2 é tirado da tabela do Anexo A (slide 24), com: m = tamanho da amostra e g = nº de amostras g.m σ σ r b = bσ Tendência t = g = nº de amostras m = nº medições por amostra g . m = n (nº total de dados) ( )[ ] αυ,t Tendência bσ± Tendência – Mét. da carta – Exercício (1) � Com relação ao exercício de estabilidade que vimos (slide 12), analisar a tendência do sistema de medição (método da carta de controle), supondo que o valor de referência é 117,80 mm. Adotar α = 5% e resolver por intervalo de confiança e por teste de hipótese. 1. Já vimos o histograma e a normalidade e concluímos que, embora não seja boa a normalidade, não existem sinais de instabilidade nas cartas. 2. 3. 4. H0: tendência = 0 H1: tendência ≠ 0 α = 5% 0,528079,48referência deValor XTendência −=−=−= 2,531 2,339 5,92 d R σ * 2 r === onde = 2,339 (Anexo A, slide 24, com m = tamanho amostra = 5 e g = nº de amostras = 12) 0,327 60 2,531 n σ σ r b === onde = n = número de dados = 12 x 5 = 60 ,5901 0,327 0,52 σ Tendência t b −≅ − == Tendência – Mét. da carta – Exercício (2) Conclusão: como t = -1,590 não caiu na região crítica, aceita-se H0, ou seja, a tendência é zero. 5. Alternativamente, por intervalo de confiança: Chegamos ao intervalo: -1,17 até 0,14. Como o zero está contido nesse intervalo, concluímos que a tendência é estatisticamente igual a zero (mesma resposta anterior). Tabela de Student (Anexo B, slide 25), com αααα = 5% e υυυυ = 43,7 ≅≅≅≅ 45, obtemos: tcrítico = 2,014 2,5%2,5% -2,014 0 2,014 -1,590 ( )[ ] 2,014) x (0,3270,52tσ Tendência αυ,b ±−=± Tendência – Mét. da carta – Exercício (3) Solução do exercício, usando planilha (veja que o resultado é o mesmo!). Linearidade - Condução do estudo (1) 1. Selecione 5 peças ou mais, que cubram toda a faixa de medição do instrumento, e determine o valor de referência de cada peça. 2. Meça cada peça pelo menos 10 vezes, por um operador que normalmente realiza as medições. As peças devem ser medidas aleatoriamente, para evitar qualquer tendência nas medições. 3. Calcule a tendência de cada medição (Yij), e a média da tendência de cada peça. referênciadeValorXTendênciaY ji,ji,ji, −== i m 1j ji, i Tendência m Tendência Y == ∑ = onde: i = número da peça, j = nº da medição, m = nº de medições de cada peça Linearidade - Condução do estudo (2) 4. Represente as tendências individuais e a média de cada peça. 5. Calcule a reta que melhor se ajusta aos dados, bem como o coeficiente de explicação (R 2). Linearidade -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 0 2 4 6 8 10 12 Valor de referência T e n d ê n c ia bXaY ii +⋅= ( )22 X. g.m 1 X Y . X. g.m 1 (X.Y) a ∑∑ ∑∑∑ − − = Xa.Yb −= ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) − − − = ∑∑∑∑ ∑∑∑ n Y Y . n X X n Y.X X.Y R 2 2 2 2 2 2 R2 varia de 0 a 1 (0% a 100%) e indica quanto os valores medidos estão próximos da reta estimada. Linearidade - Condução do estudo (4) 6. Calcule o intervalo de confiança da reta (I.C.), aplicando as fórmulas a seguir, para cada valor de referência X0. 7. Represente: a reta ajustada, o I.C., e a reta de tendência zero. 2m . g (X.Y)a.Yb.Y S 2 − −− = ∑ ∑∑ ( ) ( ) S . XX XX g.m 1 . t a.Xb:tosDeslocamen 2 i 2 0 αυ,0 − − +±+ ∑ onde: Linearidade -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 0 2 4 6 8 10 12 Valor de referência T e n d ê n c ia O sistema de medição será aceitável se a reta de tendência zero estiver contida no intervalo de confiança Linearidade - Condução do estudo (5) 8. Se a análise gráfica indicar que a linearidade é aceitável, as hipóteses a seguir serão verdadeiras. � H0: a = 0 ⇒ tendência é igual ao longo da faixa de medição (inclinação zero); hipótese é verdadeira se: � H0: b = 0 ⇒ tendência é zero (deslocamento zero); hipótese é verdadeira se: ( ) αυ, 2 i t .S XX X gm 1 b t ≤ − + = ∑ ( ) αυ, 2 j t XX S a t ≤ − = ∑ ν = g.m - 2 Linearidade – Exercício (1) � Para um estudo de linearidade de um paquímetro de 100mm de comprimento, foram usadas 5 peças, com os valores de referência dados (12, 30, 51, 70 e 91 mm). Cada peça foi medida 10 vezes e os resultados são apresentados na tabela (tendências dadas). Determine se o sistema de medição é adequado. 0,8191,812,9772,97-0,2750,732,6532,65-1,6310,3710 0,2091,203,3573,35-0,3950,613,0933,090,4712,479 0,2791,270,4670,460,1851,18-0,8829,12-3,408,608 1,6292,622,6172,610,0951,092,4832,48-2,249,767 1,0892,08-1,3568,650,1151,111,2431,24-0,3511,656 1,9892,98-0,1669,840,7251,72-0,4629,54-1,3910,615 -1,0189,991,7571,751,4052,400,0230,02-1,5510,454 -0,0990,911,0571,05-0,2250,78-0,1129,89-0,7411,263 -0,1790,833,9573,950,8551,851,1031,10-1,8310,172 2,2493,240,2970,290,4451,440,1230,120,0812,081 Tend.ValorTend.ValorTend.ValorTend.ValorTend.ValorMedições 91,0070,0051,0030,0012,00Valor refer. 54321Peças Linearidade – Exercício (2) � Calculadas as tendências, construímos uma tabela auxiliar de cálculos, colocando numa coluna (Y) esses 50 valores de tendência calculados e numa outra (X), os 5 valores de referência (12, 30, 51, 70 e 91), repetidos 10 vezes cada um. A seguir, efetuar os cálculos, linha por linha, de: X.Y, X2, Y2 e (X – X)2, e obter os somatórios de todas as colunas: ΣΣΣΣY = 21,43 / ΣΣΣΣX = 2540 / ΣΣΣΣ(X.Y) = 1950 / ΣΣΣΣX2 = 168260 / ΣΣΣΣY2 = 121,34 / ΣΣΣΣ(X-X)2 = 39228. � Calcular a equação da reta média e do coeficiente R2. 0,689 50 2540 0,022. 50 21,43 Xa.Yb −≅−=−= 0,022X0,689X . abŶ +−=+= ( ) ( ) 022,0 2540. 5.10 1 168260 3.2540.21,4 5.10 1 1950 x . g.m 1 X Y)( . X)( . g.m 1 (X.Y) a 222 ≅ − − = − − = ∑∑ ∑∑∑ ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 17%0,17 50 21,43 121,34. 50 2540 168260 50 2540.21,43 1950 n Y Y . n X X n YX XY R 22 2 2 2 2 2 2 2 =≅ − − − = − − − = ∑∑∑∑ ∑∑∑ Valor baixo Linearidade – Exercício (3) � Calcular os I.C., para cada um dos 5 valores de referência, e, a seguir, colocá-los no gráfico das tendências, indicando ainda a linha de tendência zero (próximo slide). Na Tabela t (Anexo B, slide 25), com α = 5% e ν = 48 graus ≅ 50, vem: tυ,α = 2,0086. 394,1 25.10 .1950022,0,430,0689).21(121,34 2m . g ).Y(Xa.Yb.Y S iii 2 i ≅ − −−− = − −− = ∑ ∑∑ ( ) ( ) .....1,394 39228 ) 50 2540 12 5.10 1 86.0,022.2,000,689S . XX XX g.m 1 . t a.Xb:tosDeslocamen 2 2 i 2 0 αυ,0 ≅ − +±−= − − +±+ ∑ Linearidade – Exercício (4) A reta de tendência zero não fica integralmente dentro do intervalo de confiança, donde concluímos que o sistema tem linearidade somente até aproximadamente 51mm. Linearidade – Exercício (5) ( ) 2,0086120,3 XX S a t 2 j >≅ − = ∑ ( ) 2,0086683,1 .S XX X gm 1 b t 2 i <≅ − + = ∑ � Teste de hipóteses para o parâmetro b: H0: b = 0 ⇒ tendência é zero Hipótese é verdadeira se |t| ≤ tυ,α = 2,0086 � Teste de hipóteses para o parâmetro a: H0: a = 0 ⇒ tendência é igual ao longo da faixa de medição Essa hipótese é verdadeira se |t| ≤ tυ,α = 2,0086 Tendência não é igual ao longo da faixa de medição. Tendência é zero. Linearidade – Exercício (6) Solução do exercício, usando planilha (veja que o resultado é o mesmo!). Fim do Módulo 3 Estudos de localização (calibração) de sistemas de medição.
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