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FACULDADE SANT’ANA
ADOLESCÊNCIA
PONTA GROSSA
2020
A adolescência é o período do desenvolvimento humano de transição da infância com a vida adulta. A qual se caracteriza em um processo de maturidade crescente, que envolve transformações físicas, emocionais, cognitivas e sociais. tantas transformações e percepções, para a construção da identidade do indivíduo, através da busca de valores e objetos pessoais mais permanentes.
Os adolescentes demonstram, a preocupação com a estética, que os cuidados com o corpo aparecem como fator importante na condução de uma vida com saúde. 
A imagem corporal é definida como a maneira pela qual o indivíduo se percebe e se sente em relação ao seu próprio corpo. Essa imagem remete ao sentido das imagens corporais que circulam na comunidade e se constroem a partir de diversos relacionamentos que ali se estabelecem. O conceito de imagem corporal está vinculado ao significado dos termos imagem e corpo. Sua definição não é simplesmente uma questão de linguagem, apresentando uma dimensão mais ampla ao se considerar a subjetividade de cada pessoa.
Os distúrbios alimentares, como bulimia, anorexia e obesidade fazem parte da vida de muitos adolescentes e são causadores de problemas como confiança e auto estima. A mídia é um dos principais quesitos, pois o adolescente faz a busca do corpo que é apresentado pela mídia e acaba se prejudicando pela busca do corpo perfeito. As meninas são as maiores vítimas, mas os meninos também sofrem com isso.
Os transtornos alimentares são síndromes complexas, cuja origem é multifatorial, sendo vários os aspectos associados à sua gênese, tais como os psicológicos, biológicos e socioculturais. O papel sociocultural merece destaque no contexto atual para explicar o aumento que vem sendo observado na prevalência desses transtornos.
Nesse contexto, destaca-se a apologia ao corpo magro como sinônimo de "perfeição" e "sucesso", vista nos dias de hoje, principalmente entre as mulheres, e que exerce um papel fundamental na causa e na perpetuação dos transtornos alimentares. Ela gera um crescente número de pessoas com comportamentos alimentares considerados de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares, cujo alicerce se encontra no hábito de fazer dietas restritivas ou jejuns, no uso de chás ou de medicamentos para emagrecer e, em alguns casos, em medidas que visam compensar a ingestão alimentar, como o uso de laxantes, diuréticos e o vômito autoinduzido.
Tais comportamentos, que fazem parte da sintomatologia dos transtornos alimentares, são cada vez mais comuns. No entanto, dependendo da intensidade e da frequência com que ocorram, não são diagnosticados como um transtorno alimentar, e sim como síndromes parciais dos transtornos alimentares ou transtorno alimentar não especificado ou, ainda, transtorno alimentar sem outra especificação, podendo indicar risco para o desenvolvimento completo da doença.
Atentando para as dificuldades inerentes à vivência adolescente, em particular a da menina, parece-nos possível aduzir uma série de fatores, tensões e dificuldades a ser transpostas nessa fase que pode estar tornando-a tão suscetível ao desencadear da manifestação anoréxica.
O Comportamento Alimentar do adolescente serve também como via para a expressão de seus sentimentos e experiências, o que pode facilitar o surgimento de algum transtorno alimentar.
A bulimia também é outro Transtorno Alimentar com a caraterística de IMC – Geralmente dentro do esperado, porém, comer excessivamente grandes quantidades de alimentos em um período muito curto de tempo. 
A vergonha resultante que vem depois de uma compulsão leva a sentimentos de ansiedade e pânico que levam a pessoa a se concentrar fortemente em purgar a comida, ela pode se exercitar excessivamente, forçar-se a vomitar ou tomar quantidades excessivas de diuréticos ou outros laxantes para ajudar a promover a liberação dos alimentos.
Este distúrbio apresenta um ciclo: o adolescente inicia a dieta, porém ao passar por uma situação difícil, foge à dieta, acontecendo a compulsão pela comida, na sequencia busca pela purgação para evitar o ganho de peso, e assim vem o sentimento de culpa e vergonha voltando ao início da dieta.
As causas podem ser diversas, pois os adolescentes passam por muitas mudanças físicas e psicológicas na infância à vida adulta. Basta apenas um gatilho para que estes pensamentos repetitivos iniciem.
Este período poderá revelar-se como uma fase do desenvolvimento humano particularmente complicada, quer para o adolescente, quer para os seus pais, que muitas são vezes em que revelam incapacidade em compreender e lidar com as mudanças comportamentais dos seus filhos. É uma fase em que procuram a sua própria identidade e questionam as regras e limites impostos. Existe uma enorme instabilidade emocional e a vontade de crescer rápido impõe-se.
 
Como o adolescente não tem maturidade suficiente para compreender e superar certos tipos de situação, a autoagressão é uma “resposta” a frustração, angústia, dor emocional ou um trauma. Geralmente esses adolescentes têm como característica o comportamento mais explosivo e impulsivo, o comportamento de autoagressão é buscado por eles pois traz uma sensação de alívio.
Os tipos mais utilizados vão desde arranhões na pele, cortes, queimaduras, se esmurrar, etc. Chegando até, em casos extremos, a quebrar seus próprios ossos. Nos meninos o comportamento de autoagressão mais comum é de se bater ou se queimar. No caso das meninas, o mais comum são os arranhões e os cortes.
Pessoas com problemas de autoestima, descontentes consigo próprias, maltratam-se com palavras, insultam-se, ameaçam-se, desvalorizam-se. A luta contra as emoções e os pensamentos negativos não devem ser uma luta contra si próprio. Dúvidas e insatisfações acerca de si, achar que sempre poderia ter sido melhor, é uma forma de violência psicológica feita a si próprio.
Esta cobrança contra o próprio pode ter várias origens. Pode ser carências da infância; ser vítima dos próprios ideais, não aceitar nada além da perfeição e, a decepção com si mesmo gerando autoagressão.
Muitas pessoas acreditam que têm que se punir para mudar. O que vai acontecer é que, pouco a pouco, se instala uma lógica de violência, que facilita o regresso do sentimento de insatisfação.
Esta prática pelos adolescentes deve ser encarada como uma forma de comunicar as dificuldades sentidas como um pedido de ajuda, uma vez que ele não dispõe de nenhuma outra forma para resolver os seus problemas. Professores, pais, médicos e outros profissionais de saúde e educação devem estar atentos a estes sinais, pois, eles possuem um papel muito importante na identificação nos casos de autoagressão.
Além de distúrbios alimentares e autoagressão, é na adolescência que se iniciam o uso de substancias psicoativas. O início precoce também está associado a uma série de problemas sociais e comportamentais, incluindo problemas de saúde física e mental, comportamento violento e agressivo e problemas de adaptação no local de trabalho e na família.
O álcool tem seu uso socialmente estimulado e permitido na sociedade. Outras drogas como maconha e crack, embora proibidas em muitos países, inclusive no Brasil, acabam por despertar curiosidade entre adolescentes, sendo elevada a sua experimentação.
As drogas chamadas psicoativas são capazes de alterar o funcionamento cerebral, induzindo sensações de calma ou excitação, bem como potencializando variações de humor e alterações de percepção sobre a realidade (BRASIL, 2014).
O uso de algumas drogas era visto como um elemento integrador, utilizado por adultos com finalidades espirituais, místicas, industriais e por diversão. Hoje em dia o uso dessas substâncias é visto como desintegrador, pelo fato de que quem as usa procura algum tipo de prazer ou alívio, podendo acarretar problemas de saúde, nas relações interpessoais e no cotidiano.
As alterações causadas por essas substâncias variam de acordo com as características da pessoa que as usa, de qual droga é utilizada e em quequantidade, do efeito que se espera da droga e das circunstâncias em que é consumida.
De acordo com a OMS (2004), os principais efeitos nocivos do consumo de substâncias podem ser divididos em quatro categorias: a 1ª Categoria - Efeitos crônicos: cirrose hepática, câncer do pulmão e enfisema; assim com danos causados pelo compartilhamento de agulhas (HIV e os vírus das hepatites B e C). 2ª Categoria - Efeitos agudos ou de curto prazo: overdose, acidentes de trânsito, suicídio e agressões. 3ª e 4ª Categorias- Efeitos nocivos: problemas sociais graves, tais como separações ou detenções, e problemas sociais crônicos, tais como prejuízos em relação ao trabalho ou ao convívio familiar.
As drogas podem propiciar aos adolescentes situações e emoções nunca experimentadas anteriormente, levando-os a ficar fora do controle parental, dando a falsa ideia de autonomia e controle sobre sua própria vida, podendo facilitar também a entrada e aceitação por determinado grupo de amigos e a aproximação do sexo oposto.
O uso precoce de SPA´s pode resultar numa maior probabilidade de ocorrer atrasos no desenvolvimento e prejuízos cognitivos por tratar-se de um cérebro ainda imaturo, ocasionando dificuldades de aprendizado e impactando negativamente na qualidade de vida do adolescente.
Gradativamente estes itens associados na adolescência podem levar à situações extremas, o suicídio. Não sendo regra, mas há alguns elementos que podem passar desapercebidos entre os pais e na escola.
A depressão, que é a redução da atividade dos circuitos que usam a serotonina e a noradrenalina. Apesar da semelhança entre critérios de diagnóstico de transtornos depressivos em adultos, jovens e crianças, estes podem apresentar, como sintoma predominante, irritabilidade acompanhada ou não de humor depressivo; abandono, vulnerabilidade social, maus tratos, transtorno mental, de personalidade e uso de substâncias ilícitas, bullying, abuso sexual.
Altos níveis de ansiedade foram associados a maior risco de suicídio; pico do período das tentativas de suicídio ocorre na fase central da adolescência, e a letalidade do suicídio cresce proporcionalmente ao avanço da idade na adolescência. É a terceira principal causa de morte nesta faixa etária.
O tratamento é realizado por um psicólogo, através da terapia individual, para que a pessoa entenda o motivo, e assim facilitar a resolução de conflitos e diminuir o impacto provocado. O tratamento também pode ser combinado com medicamento receitado por um psiquiatra.
Para os pais torna-se um verdadeiro desafio diário lidar com este turbilhão de emoções e comportamentos. Ainda ontem eram crianças e hoje, os seus filhos, cresceram e têm um espírito crítico para pôr tudo em causa. A adolescência é a fase do diário, do segredo, do primeiro grande amor, da intimidade e dos heróis.
Além dos heróis, os pais têm um papel determinante na construção da identidade do filho. Porém, o adolescente não se identifica com os modelos parentais, mas sim revolta-se contra eles, rejeitando o seu domínio. Esta rejeição é necessária para separar a sua identidade da dos pais e da necessidade de pertença a um grupo social de referência.
A importância das famílias na proteção e redução dos riscos no uso dessas substâncias. A supervisão e o diálogo, por exemplo, têm sido apontados como fatores de proteção para o uso de substâncias entre adolescentes.
REFERENCIAS
BRASIL. Ministério da Justiça. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas Prevenção dos problemas relacionados ao uso de drogas: capacitação para conselheiros e lideranças comunitárias. 6. ed. – Brasília: SENAD-MJ/NUTE-UFSC, 2014. 312 p.
FERREIRA, J. VEIGA, G. Comportamentos sugestivos de transtornos alimentares na adolescência: aspectos conceituais. REVISTA OFICIAL DO NÚCLEO DE ESTUDOS DA SAÚDE DO ADOLESCENTE / UERJ Vol. 7 nº 3 - Jul/Set - 2010
LADEIRA, Tatiane de Fátima; COPPUS, Alinne Nogueira Silva. Anorexia e adolescência: uma articulação à luz da psicanálise. Reverso, Belo Horizonte, v. 38, n. 71, p. 75-81, jun.  2016.   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952016000100008&lng=pt&nrm=iso>.
OMS. Neurociência de consumo e dependência a substâncias psicoativas: resumo. Suíça: WHO Library Cataloguing-in-Publication, 2004. 
Pollo, V. (2000). Quando se "come nada": A resposta anoréxica. In Marraio: A criança e o laço social (pp. 65-78). Rio de Janeiro: Rios Ambiciosos.
REFOSCO, Lísia da Luz; MACEDO, Mônica Medeiros Kother. Anorexia e bulimia na adolescência: expressão do mal-estar na contemporaneidade. Barbaroi, Santa Cruz do Sul, n. 33, p. 65-81, dez.  2010.   Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-65782010000200005&lng=pt&nrm=iso
RUZANY MH, MEIRELLES ZV. Adolescência, Juventude e Violência: identificação, abordagem e conduta. Adolesc saúde. 2009.
SANTOS, V. A. Adolescência: uma fase de mudança. Oficina de Psicologia. 2015.
VIEIRA, Camilla Araújo Lopes. Anorexia: uma tentativa de separação entre o Sujeito e o Outro. Rev. Mal-Estar Subj., Fortaleza, v. 8, n. 3, p. 645-660, set.  2008.   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482008000300004&lng=pt&nrm=iso>.
Zalcberg, M. (2003). A relação mãe e filha (8a ed.). Rio de Janeiro: Elsevier.

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