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ALUNO ALBUQUERQUE

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CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SEGURANÇA PÚBLICA
 	
ANDERSON KLEYTON ALBUQUERQUE DE OLIVEIRA
 	 
 	 
 	 
 	 
 
 	 
 	 
 	 
 	 
 	 
 	 
 
 
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL
 	 
 	 	 TRAGÉDIA NO EDIFÍCIO PROCÓPIO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM-PA
2018 
ANDERSON KLEYTON ALBUQUERQUE DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 	 
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL
 
TRAGÉDIA NO EDIFÍCIO PROCÓPIO
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado às disciplinas de Fundamentos de Investigação e Criminalística, Análise e Gerenciamento de Risco, Prevenção e Combate a Sinistro, Direito e Legislação, Sistemas de Informação e Segurança e Seminário de Projeto Integrado II do curso superior de Tecnologia em Segurança Pública – UNOPAR. 
 	 
Professores: (HUGO CAMPITELLI ZUAN ESTEVES, INDIARA BELTRAME, ARTHUR RIBEIRO TORRECILHAS, VANESSA BERBEL, JAQUELINE FERRAREZI, LUISA MARIA SARÁBIA CAVENAGHI) .
 	 
 	 
 
 
 
 
BELÉM-PA
2018 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO	4 
2. DESENVOLVIMENTO	5 
2.1. FUNDAMENTOS DE INVESTIGAÇÃO E CRIMINALÍSTICA ............................. 5
2.1.1. EXCLUDENTES DE ILICITUDE....................................................................... 6
2.1.2. PROCESSO PENAL........................................................................................ 6
2.1.3. INVESTIGAÇÃO DO CRIME............................................................................ 7
2.1.4. DISCRIMINATIVA DAS LESÕES DAS VÍTIMAS............................................. 7
3. ANÁLISE E GERENCIAMENTO DE RISCO........................................................ 9
3.1. FERRAMENTA DE LEVANTAMENTO DE RISCOS........................................... 9
3.2. PONTOS FALHOS E CRÍTICOS (REPRESENTAÇÃO GRÁFICA).................... 9
4. PREVENÇÃO E COMBATE A SINISTRO............................................................10
4.1. MATERIAIS CAUSADORES DE COMBUSTÃO............................................... 10
4.2. MEDIDAS DE PREVENÇÃO............................................................................. 11
5. DIREITO E LEGISLAÇÃO....................................................................................11
5.2. RESPONSABILIZAÇÃO CIVIL DOS SUJEITOS............................................... 11
6. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E SEGURANÇA................................................ 12
6.1. SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS.............. 12
7. CONCLUSÃO....................................................................................................... 13
8. REFERÊNCIAS.................................................................................................... 14
1. INTRODUÇÃO 
Este trabalho apresenta um relatório contendo um diagnóstico dos fatos, analisando detalhadamente os aspectos que se referem aos Fundamentos de Investigação e Criminalística, a Análise e Gerenciamento de Risco, tomando como referência o caso narrado nos textos acima, atentando-se especificamente ao fato de que, durante a saída, alguns ocupantes sobreviventes arrebentaram o cadeado e danificaram alguns objetos componentes da estrutura do prédio, tais como janelas de vidro, portas, etc., desrespeitando a regra instituída pelos líderes do Movimento Social Apolítico de Moradia (vedação de saída de qualquer pessoa do local durante a madrugada), causando prejuízos de ordem patrimonial, é possível afirmar que os sobreviventes praticaram o crime de dano, previsto no artigo 163, do Código Penal ("Art. 163 – Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: Pena - detenção, de 01 a 06 meses, ou multa. Parágrafo único: Se o crime é cometido: III – contra o patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal, de Município ou de autarquia ou fundação pública, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviços públicos").
A Prevenção e Combate a Sinistro, pois como visto no caso em estudo, o ambiente não apresentava, nem mesmo, as condições mínimas de prevenção contra sinistros. A presença de lixo dentro do edifício e a má gestão da construção acabaram, por sua vez, acarretando no ocorrido. 
Ao Direito e Legislação e aos Sistemas de Informação em Segurança, como relevantes no que diz respeito à própria investigação realizada para apurar as causas do incêndio e as ferramentas utilizadas para o registro da ocorrência, abarcando o maior número de informações possíveis.
Concluindo assim como uma análise de segurança pública, visando esclarecer inúmeros questionamentos que surgem sobre esta tragédia no Edifício Procópio em São Paulo, que ocorreu em maio de 2018.
2. DESENVOLVIMENTO 
2.1. FUNDAMENTOS DE INVESTIGAÇÃO E CRIMINALÍSTICA
Segundo afirma o site de notícias g1.globo.com, peritos do Instituto de Criminalística de São Paulo analisam dois botijões de gás e outros objetos encontrados nos escombros para tentar descobri como as chamas começaram, mas também há a hipótese de ter se iniciado por curto circuito.
Em entrevista, o Secretário de Segurança Pública, Magino Alves afirmou na tarde do dia 3 de maio que o um curto-circuito foi a causa do incêndio que levou ao desabamento do prédio. 
“Acabo de receber a informação de que sabemos onde começou o incêndio. Foi no quinto andar do prédio, em um cômodo onde moravam quarto pessoas. O incêndio começou na decorrência de curto-circuito, em uma tomada com TV, micrroondas e geladeira. Não foi briga de casal, o que aconteceu foi uma fatalidade”, disse o Secretário.
Este também afirma que foi instaurado um inquérito policial para apurar possíveis responsabilidades na tragédia. “Acabo de chegar do Deic onde determinei a instauração de um inquérito policial para apurar essas cobranças que são feitas por associações, e não os movimentos que promovem as ocupações, quero deixar isso bem claro”, disse.
“O inquérito vai concentrar as investigações sobre essas outras ocupações”, completou o secretário. “Ainda precisamos verificar [quais crimes teriam sido cometidos]. Vai desde estelionato, lavagem de dinheiro, isso vai depender de como vão transcorrer as investigações”.
O Ministério Público de São Paulo pediu à prefeitura e aos Bombeiros, no dia 3 de maio de 2018, que esclareçam pontos referentes às inspeções feitas no edifício que desabou.
A Promotoria quer saber por que os engenheiros da pasta não informaram que o fosso do elevador estava sendo usado para descarte de lixo e entulho. O acúmulo desses materiais facilita que o fogo se alastre. O incêndio foi causado por um curto-circuito. 
O inquérito civil instaurado pelo Ministério Público teve o pedido de arquivamento feito em março deste ano pelo promotor Marcos Vinícius Monteiro dos Santos, mas de acordo com a promotoria não chegou a ser votado em Conselho o seu arquivamento.
Afirma o Procurador-Geral do Estado, Gianpalo Smanio, “faltavam, na visão do promotor, elementos para analisar”. A reabertura após o desabamento é, portanto, para verificar se existem, diz Smanio, “informações faltantes” que não foram encaminhadas ao Ministério Público”, como a do acúmulo de material no fosso.
2.1.1. EXCLUDENTES DE ILICITUDE.
Para que se caracterize a excludente de estado de necessidade é necessário dois requisitos: existência de perigo atual e inevitável e a não provocação voluntária do perigo pelo agente. Quanto ao primeiro, importante destacar que se trata do que está acontecendo, ou seja, o perigo não é remoto ou incerto e além disso, o agente não pode ter opção de tomar outra atitude, pois caso contrário, não se justifica a ação. Enquanto o segundo requisito significa que o agente não pode ter provocado o perigo intencionalmente. A doutrina majoritária entende que se o agente cria a situação de perigo de forma culposa, ainda assim poderá se utilizar da excludente.
Segundo relatos de moradores ouvidos pelo G1, falta de opção é o motivo que levou parte dos moradores a “escolher” morar no edifício, que pegou fogo e desabou no Largo do Paissandu, no Centro de São Paulo. Foi no prédio ocupado que a maior parte das 372 pessoas que habitavam o local buscou abrigo. “Quando fiquei viúva, há 3 anos, não conseguimais pagar aluguel, e tive que mudar para lá”, conta Nazalete da Silva, que morava no edifício Wilton Paes de Almeida e pagava entre R$ 120 e R$ 150 por mês pelo espaço.
A situação é a mesma de Ana Cristina e o marido. Eles moravam no Brás, também na região central da cidade, mas não tinham mais condições de manter uma casa. A solução foi alugar um espaço no edifício que desabou.
2.1.2. PROCESSO PENAL
O artigo 314 do Código de Processo Penal repete a mesma redação do dispositivo anterior, proibindo o decreto da prisão preventiva, caso o agente tenha praticado o delito sob qualquer circunstância que exclua o crime. A reforma trazida pela Lei nº 12.403/11 apenas corrigiu a redação do artigo para adequá-lo à reforma penal de 1984, ou seja, incluir as excludentes elencadas. Mais uma vez o legislador foi omisso, pois só proibiu a prisão preventiva para os crimes que foram cometidos sob a circunstância da excludente de ilicitude, não se manifestando sobre os casos que tratam de excludente de culpabilidade, conforme feito com a concessão da liberdade provisória.
Não é necessário um juízo de certeza quanto à presença das excludentes. Bastariam apenas indícios – fumus boni iuris – que convencessem o magistrado.
Diante do exposto, constatou-se que um fato pode se enquadrar a um tipo penal, mas ainda assim não contrariar o ordenamento jurídico, pois existem as excludentes de ilicitude, também chamadas de causas de justificação.
2.1.2. INVESTIGAÇÃO DO CRIME
Segundo afirma os jornais G1 e a Folha de São Paulo, as investigações, no entanto, continuam. O desabamento é apurado pelo 3º DP (Campos Elíseos), enquanto o Deic apura as cobranças de aluguéis em ocupações irregulares. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, diligências seguem em andamento e mais detalhes não serão passados para não prejudicar o trabalho policial. 
A principal hipótese levantada até agora é de que a tragédia foi resultado de um curto-circuito no quinto andar, provocado por excesso de aparelhos ligados em uma tomada foi a causa do fogo no prédio. No local havia quatro pessoas: marido, mulher e duas filhas. 
O desabamento levou a interdição de cinco imóveis do entorno, sendo quatro prédios e uma igreja. Segundo a Defesa Civil, todos os bloqueios são totais e não há previsão de liberação. Não foi encontrado risco iminente de colapso em nenhum deles, mas eles seguem monitorados pelo órgão.
As famílias que moravam no prédio seguem acampadas no largo do Paissandu. O governador repetiu que elas têm direito a receber o aluguel social, pago pela prefeitura, no valor de R$ 1.200 no primeiro mês e parcelas de R$ 400 por um ano. As vítimas consideram o benefício insuficiente.
2.1.3. DISCRIMINATIVA DAS LESÕES DAS VÍTIMAS
Polícia Civil de São Paulo contabiliza agora nove vítimas - quatro delas já identificadas.
Restos mortais encontrados pelo Corpo de Bombeiros nos escombros do edifício na última quarta-feira pertenciam a Francisco Lemos Dantas, de 56 anos, que vivia há um mês no oitavo andar do prédio, e aos gêmeos Wendel e Werner da Silva Saldanha, de 10 anos, segundo exames feitos no Instituto Médico Legal (IML).
Segundo o capitão Marcos Palumbo, os restos mortais foram encontrados no 1º subsolo do prédio. "Os ossos estavam bastante afetados pelo colapso da estrutura, a pessoa provavelmente não teve possibilidade de defesa", disse à BBC Brasil.
· ‘Quando governos fracassam no direito a moradia, grandes tragédias acontecem', diz relatora da ONU sobre incêndio em SP
· Energia de semáforo, briga por banheiro e esconde-esconde em cofre: a vida em prédio que desabou em SP
Também havia sido confirmada a morte de Ricardo Pinheiro, o Tatuagem, cujo corpo foi encontrado na última sexta-feira. Ele quase foi resgatado pelos socorristas antes do desabamento.
Na última segunda-feira, a Polícia Civil confirmou a inclusão do advogado Alexandre de Menezes, de 40 anos, na lista dos desaparecidos. Ele seria um dos moradores do edifício, segundo sua família. Com isso, o número de pessoas ainda buscadas pelos bombeiros nos escombros do edifício subiu para cinco.
Segundo o tenente Guilherme Derrite, a busca por vítimas deve durar por pelo menos mais 10 dias.
"É difícil determinar, porque sempre que encontramos indícios de corpos, paramos o trabalho (de remoção dos escombros) com o maquinário naquele ponto e nos restringimos ao trabalho manual. Por isso, pode durar mais de 10 dias ou menos", afirmou.
A polícia encerrou no dia 18 de maio a identificação dos restos humanos encontrados nos escombros do prédio, que desabou na região central de São Paulo, no último dia 1º. As últimas vítimas identificadas são: a catadora de papelão Selma Almeida da Silva, 40, o advogado Alexandre de Menezes, 40, e Walmir Sousa Santos (47). Antes já tinham sido identificados Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro, 38, Francisco Lemos Dantas, 56, e os gêmeos Wendel e Werner da Silva Saldanha, 10, filhos de Selma.
Outras duas pessoas foram notificadas como desaparecidas, mas não foram localizadas: a mulher de Walmir, Eva Barbosa Lima, 42, e Gentil Rocha de Sousa, 54. O ambulante Artur Héctor de Paula, 45, chegou a ser apontado como desaparecido, mas foi localizado na casa de parentes em Belo Horizonte. 
As buscas nos escombros foram encerradas, com uma cerimônia de homenagem aos bombeiros que atuaram no combate ao incêndio e nas buscas por vítimas. Na ocasião, o governador Márcio França (PSB) disse não haver mais expectativa de encontrar vítimas da tragédia. 
3. ANÁLISE E GERENCIAMENTO DE RISCO
3.1. FERRAMENTA DE LEVANTAMENTO DE RISCOS
Dados afirmam que o prédio não tinha condições mínimas de segurança contra incêndio, segundo relatório da prefeitura obtido com exclusividade pela TV Globo. O documento foi finalizado pela Secretaria Municipal de Licenciamento em 26 de janeiro do ano passado.
O local era uma ocupação irregular, e moradores afirmam que o fogo começou por volta da 1h30, no 5º andar, e se espalhou rapidamente pela estrutura.
Outro morador, Marcelo Oliveira, afirma que as condições precárias do edifício já eram tema de conversas entre os moradores. “Nós já tínhamos falado que iria pegar fogo”, relembra.
Segundo Oliveira, os coordenadores da ocupação diziam que parte do aluguel era para a Prefeitura. “Eles falavam que ir;iam arrumar o prédio, mas nada era feito”, conta.
O morador conta que a fiação elétrica ficava exposta na parte externa do prédio, e entrava nos andares ocupados.
3.2. PONTOS FALHOS E CRÍTICOS (REPRESENTAÇÃO GRÁFICA)
Um relatório assinado pelos engenheiros Ornelino José C. Lopes e Silvio Tadeu Vuoto indica : 
· Ausência de extintores;
· Sistema de hidrantes inoperante;
· Ausência de mangueiras;
· Ausência de luzes de emergências;
· Ausência de sistema de alarme;
· Instalações elétricas irregulares: fios sem isolamento adequado e expostos, além entrada de energia improvisada;
· Elevadores inoperantes e fechados por tapumes;
· Ausência de corrimão nas escadas;
· Instalações do sistema de para-raios não puderam ser avaliadas, pois acesso estava bloqueado.
O Ministério Público recebeu o documento, mas decidiu arquivá-lo. 
Gráfico representando o desenvolvimento de um incêndio :
4. PREVENÇÃO E COMBATE A SINISTRO
4.1. MATERIAIS CAUSADORES DE COMBUSTÃO
Em março deste ano, em outro documento, o MP recomenda o arquivamento e informa que a Defesa Civil vistoriou o imóvel e não encontrou riscos estruturais. Diz, porém, que a instalação elétrica estava em desacordo com as normas aplicáveis, assim como o sistema de combate a incêndio.
A vistoria realizada pelos bombeiros encontrou problemas nas instalações elétricas e muito lixo espalhados pelos andares e no fosso dos elevadores – muito material inflamável.
Os dez primeiros andares do edifício estavam ocupados. Segundo os moradores, as famílias moravam em barracos de madeira. "Era uns dez barracos em cada andar. É tudo de madeira, tudo de madeira", disse Gabriel Arcangelo, morador que sobreviveu ao incêndio.
4.2. MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Recomendações preventivas contra incêndio e acidentes:
✓ Não use cestos de lixo como cinzeiros✓ Não jogue pontas de cigarro pela janela, nem as deixe sobre armários, mesas e prateleiras;
✓ Não fume ao lidar com álcool, cera, parafina, solventes ou material de limpeza em geral;
✓ Respeite as proibições de fumar e acender fósforos em locais sinalizados;
✓ Evite o acúmulo de lixo em locais não apropriados;
✓ Coloque os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados;
✓ Materiais inflamáveis devem ser armazenados em locais resguardados e à prova de fogo;
✓ Não deixe os equipamentos elétricos ligados após sua utilização. Desconecte-os da tomada;
✓ Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidades mínimas, armazenando-os sempre na posição vertical e na embalagem original, que contem normas de segurança para seu uso;
✓ Não improvise instalações elétricas, nem efetue consertos em tomadas e interruptores sem que esteja familiarizado com isso;
✓ Não sobrecarregue as instalações elétricas com a utilização de “plugues T” ou extensões. Procure um profissional com conhecimento técnico.
5. DIREITO E LEGISLAÇÃO
5.2. RESPONSABILIZAÇÃO CIVIL DOS SUJEITOS
O governo federal, que é o dono do imóvel, e a prefeitura da capital, que cadastrou os moradores num programa de moradia, tentavam chegar a um acordo sobre isso.
"A prefeitura fez o limite do que ela podia fazer: cadastrar as famílias", disse o prefeito Bruno Covas (PSDB). "Também não pode pedir a reintegração, porque o prédio não era da prefeitura, o prédio é da União. A gente já estava em tratativa com a União para poder receber esse prédio", disse.
O superintendente do patrimônio da União, Robson Tuma, disse que o governo federal "não vai fugir" das suas responsabilidades. "Mas, nesse momento tão triste, não é hora de discutirmos responsabilidades – mas assumirmos responsabilidades juntos: União, governo do estado e município, no sentido de resolver os problemas dessas famílias, que não só neste edifício."
O secretário de Segurança Pública, Mágino Alves, confirmou que três aparelhos estavam conectados em uma mesma tomada, o que teria superaquecido os fios e provocado o incêndio.
Outros fatores agravaram a situação do edifício, como a falta de estrutura que garantisse condições mínimas de segurança contra incêndios. Havia problemas nas instalações elétricas e lixo espalhado no fosso dos elevadores.
6. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E SEGURANÇA
6.1. SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
Já existe um software aberto que simula incêndios e explosões em ambientes fechados. Disponível para universidades, centros de pesquisa, empresas de consultoria de risco e profissionais de engenharia, o Fire Dinamics Simulator (FDS) permite recriar o lugar em um ambiente virtual e avaliar se ele está preparado para acidentes. 
O programa foi desenvolvido nos Estados Unidos e é colaborativo. A faculdade de Engenharia Química da Unicamp tem professores e alunos fazendo contribuições a ele neste momento, sob o comando do professor Sávio Vianna, especialista na chamada simulação computacional dinâmica. 
“O FDS pode e deve ser usado por profissionais de engenharia para adaptar casas de show, bares, restaurantes, edifícios comerciais e residenciais ou shoppings, mas o ideal é fazer a simulação na fase de projeto”, diz Vianna – que é professor visitante da Unicamp e engenheiro químico formado pela UFRJ com PhD em Cambridge, onde estudou formas de reduzir o impacto de incêndios, vazamentos e explosões em plataformas de petróleo. 
 
3. CONCLUSÃO 
 
A principal causa de óbitos, em incêndio, é a exposição à fumaça que ocorre nos primeiros momentos do sinistro. Assim, a segurança à vida depende prioritariamente da rápida desocupação do ambiente em chamas.
A inclusão de medidas de proteção e combate ao incêndio e, principalmente, de meios que permitam o rápido abandono dos ambientes em chamas deve ser conscientemente analisada pelo projetista, em conjunto com o proprietário, levando em conta as condições específicas da obra, tais como: porte da edificação, número de usuários e tipo de utilização, além das exigências do poder público, das recomendações das normas técnicas para o projeto e da especificação de equipamentos.
Um sistema de segurança contra incêndio consiste em um conjunto de meios ativos (extintores, redes de hidrantes, sistemas automáticos de detecção de fumaça, sistemas de chuveiros automáticos, brigadas contra incêndio, etc.) e meios passivos (verificação da segurança das estruturas em incêndio, rotas de saída desobstruídas, bem dimensionadas e sinalizadas, compartimentação vertical e horizontal, uso de materiais que evitem a propagação das chamas, etc.)
4. REFERÊNCIAS 
 
BITTENCOURT, Cezar Roberto, Tratado de Direito Penal. Parte Geral 1 –15ª Edição - São Paulo: Editora Saraiva, 2010.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal – Parte Geral – 12ª Edição – São Paulo: Editora Saraiva, 2008.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo PenalComentado – Ed: Revista dos Tribunais, 2008.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. Parte Geral – 6ª Edição - São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2009.
PRADO, Luiz Régis. Direito Penal. Parte Geral – 2ª Edição – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008.
G1. Disponível em: <g1.com.br>.Acesso em: 17 de outubro de 2018.

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