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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA GRAZIELLE MARQUES DA SILVA REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS DIFERENÇA ENTRE PREVIDÊNCIA SOCIAL E PRIVADA E A IMPORTÂNCIA E OBEJTIVO DA PESQUISA SALARIAL RIO DE JANEIRO 2020 Principal diferença entre a Previdência Social e Previdência Privada Previdência social A previdência social é um direito social adquirido pela constituição federal, fazendo parte dos direitos e garantias de todos os brasileiros e é administrada pelo governo. Todo trabalhador de carteira assinada, é obrigatório que as empresas fazem o recolhimento para o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Uma parte do salário é destinada com base em alíquotas que podem ser de 7,5% a 14% para os trabalhadores do setor privado e de 7,5 a 22% para servidores do setor público. As contribuições dos trabalhadores ativos servem para custear os benefícios dos trabalhadores inativos (aposentados, pensionistas e outros). Assim, as receitas da previdência são contribuições de empregadores, de empregados, e da União (com contribuições sociais e receitas do orçamento fiscal). No caso dos trabalhadores que se cadastraram através do regime de MEI essa contribuição é feita através dos pagamentos da DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional). Nesse regime o trabalhador tem direito a um salário mínimo de aposentadoria a não ser que faça um complemento com uma guia extra de contribuição. Esse modelo de previdência funciona como um seguro concedido ao trabalhador que fez as contribuições durante certo período. A previdência social é responsável pela aposentaria e por outros auxílios e benefícios para casos de vulnerabilidade do trabalhador. Esses benefícios são: · Salário-maternidade · Auxílio-doença · Auxílio-reclusão · Pensão por morte · Benefícios assistenciais (Esses são definidos por legislações específicas) Tipos de previdência social existentes: RGP: O Regime Geral de Previdência Social (RGPS) rege a maior parte das relações trabalhistas. Ele envolve todos os trabalhadores contratados no regime CLT e que estão ligados ao INSS. Basicamente, inclui os profissionais do setor privado. RPPS: Já o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) está associado a entidades públicas ou fundos de pensão específicos. Por sua característica, é composto principalmente de servidores públicos municipal, estadual e federal. Tipos de aposentadoria Por tempo de contribuição: Na nova reforma da previdência, Apesar de não poder se aposentar apenas por tempo de serviço, ainda existe um período mínimo de contribuição necessário para que o trabalhador possa ter acesso ao benefício do INSS. No RGPS, as mulheres precisam de um mínimo de 15 anos de contribuição enquanto os homens precisam de 20 anos de pagamento à Previdência. Já no RPPS os servidores tem que pelo menos contribuir por 25 anos à previdência social, sendo 10 desses no serviço público e cinco no cargo no qual ele se aposentará. Por idade: Após a nova reforma da previdência essa modalidade foi mantida. Os trabalhadores precisam alcançar uma idade mínima e um período estipulado de contribuição. A nova idade do regime geral ficou de 65 anos para homens e 62 para mulheres. E o tempo estipulado de contribuição foi de 15 anos para as mulheres e 20 anos para os homens. Para quem quiser conseguir o rendimento máximo de 100% terá que estender o tempo de contribuição, podendo chegar a 40 anos. Para algumas categorias consideradas especiais tem limites mais baixos em relação à idade. Essas categorias são: Trabalhadores rurais, professores e agentes de segurança pública. Por invalidez: Essa modalidade é especial e concedida aos segurados que estão permanentemente incapacitados de trabalhar. E quem sofre um acidente de trabalho com sequelas irreversíveis ou quem tem doença crônica incapacitante pode fazer a solicitação. Para conseguir essa modalidade de aposentadoria, tem que ter contribuído por, no mínimo, 12 meses e ser contribuinte ativo no momento da incapacidade. . Devido a tantas mudanças o governo federal disponibilizou uma calculadora previdenciária através do link: https://www.gov.br/pt-br/temas/meu-inss. Apesar das alterações feitas na legislação recentemente, o valor pago das aposentadorias não pode ser inferior a um salário mínimo e nem ultrapassar o teto do RGPS que, atualmente está fixado em R$ 5.839,45. Hoje o cálculo é feito com base em todas as contribuições a previdência social. Previdência Privada A previdência privada também conhecida como Previdência complementar também é prevista na constituição federal de 1988, no art. 202. Esse regime complementar de previdência social é de caráter facultativo. E se organiza de forma autônoma em relação ao regime geral da previdência social e do INSS. Ela é regulamentada e fiscalizada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que é um órgão do Governo Federal. Atualmente no país essa previdência pode ser aberta ou fechada. O plano de previdência fechada é designado a empresas ou associações onde um grupo de funcionários contribui para a formação de um fundo de pensão administrados por entidades sem fins lucrativos. Já a Previdência privada aberta é um plano que qualquer pessoa pode ingressar individualmente e é oferecida na maioria das vezes por seguradoras ou por bancos. A previdência privada (complementar) não dispensa a inscrição como segurado obrigatório do RGPS, não tem relação entre o benefício pago pela previdência complementar e o pago pelo RGPS. A previdência privada tem natureza contratual, e esse tipo de contrato possui cláusulas sobre contribuições, benefícios e períodos de carência, entre outras disposições. A inscrição do participante ao plano de benefícios depende de sua inscrição voluntária. O regime de previdência complementar por ser sempre facultativo não tem natureza tributária, porque não apresenta compulsoriedade, pois serão constituídas reservas em regime de capitalização, sendo que o plano se custeio da previdência complementar estabelecerá o nível de contribuição necessário à constituição das mesmas. E por fim a regulamentação se dará pelas Leis Complementares nº 108 e 109 de 2001, elas asseguram aos participantes de planos de benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos. O regime de previdência privada também é autônomo em relação ao contrato de trabalho do participante para com seu empregador. Portanto, as contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de previdência não integram o contrato de trabalho dos participantes. Além disso, as contribuições que o empregador fizer ao plano previdenciário não integram a remuneração, ou seja, não se consideram salário indireto. Nos planos de previdência privada, é possível escolher se a renda recebida será por um determinado período ou se ela será vitalícia. Quem faz o plano também pode determinar que os filhos e o cônjuge continuassem recebendo a renda se ele morrer. Taxas e rendimentos Ao aderir o plano o contratante escolhe o valor de periodicidade da contribuição. O retorno será proporcional ao investimento. Assim, quanto maiores forem suas contribuições, maior vai ser o dinheiro recebido no futuro. Quando o contribuinte começar a utilizar o plano de previdência privada, o titular do plano passa a receber conforme o valor que investiu: ou seja, o valor acumulado no período de contribuição mais o rendimento da previdência privada gerado. Existem dois tipos de previdência privada, PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). A principal diferença entre os dois planos é que o PGBL permite abater as contribuições anuais da base de cálculo do Ajuste Anual de IRPF. Já o VGBL no ato do resgate total ou do recebimento do beneficio em forma de renda, o IR será cobrado apenas sobre os rendimentos. Após escolher o tipo de plano o contribuinte tem que optar entre duas formas de tributação: Tabela progressiva x tabela regressiva. Na tabelaprogressiva, no caso de resgate, será cobrado IR antecipado na fonte com alíquota fixa de 15%. A diferença (maior ou menor) será ajustada na declaração anual do ano seguinte. Já a tabela regressiva foi criada em 2005 para estimular aplicações de longo prazo em previdência privada. Trata-se de uma tabela exclusiva para essa aplicação (não é a mesma tabela regressiva usada para fundos de investimento). Ela começa com tributação de 35% (até 2 anos de aplicação), caindo 5% a cada 2 anos até chegar em 10% (acima de 10 anos). Qual a importância e o principal objetivo da realização da pesquisa salarial Uma das tarefas do setor de recursos humanos é manter equilibrados os cargos e salários da empresa, com os oferecidos no mercado. Para essa avaliação ser feita, é utilizado à ferramenta de pesquisa salarial, pois através dela é possível apresentar a organização, os salários oferecidos por outras organizações. E através dela a empresa consegue planejar uma politica salarial mais assertiva e na concessão de benefícios aos seus colaboradores. Com isso, a empresa garante o equilíbrio entre os salários pagos por ela (equilíbrio interno), com os salários pagos pelas outras organizações (equilíbrio externo) e torna-se apta para desenvolver um posicionamento de acordo com o mercado em que atua. Como realizar a Pesquisa Salarial Seleção das empresas: A empresa interessada na realização da Pesquisa Salarial convida organizações com dados que ela deseja obter, elas serão a fonte de informação para a pesquisa. Para tanto, alguns aspectos devem ser levados em consideração, tais como ramo de atividade, localização geográfica, estrutura organizacional e politica salarial. Análise dos cargos: A empresa responsável pela pesquisa seleciona os cargos que deseja analisar. Para isso, os setores devem ser compatíveis com os das organizações participantes. Alguns pontos para a seleção dos cargos são: Número de colaboradores no cargo, A relevância do cargo na estratégia da empresa, Responsabilidades do cargo e Importância do cargo no mercado de trabalho. Tabular as informações pesquisadas: Após todos os dados anteriores serem coletados, a empresa deve realizar a tabulação dos mesmos e assim, ter uma análise completa da situação, capaz de gerar uma comparação de salários. Através dessas informações, a organização está apta para realizar ajustes salariais e oferecer benefícios compatíveis com o mercado. Através da Pesquisa Salarial, a empresa oferece a seus profissionais, um salário compatível com suas habilidades e competências e seu cargo. Essa ação gera informações acerca das práticas do mercado de atuação, cria uma política salarial justa, com benefícios adequados, estabelece uma relação entre organização e profissional, e fortalece o comprometimento do mesmo e permite que a empresa desenvolva um plano estratégico assertivo, o que garantirá a empresa, uma melhor entrega nos resultados e lucro. Plano de cargos e salários (PCS) O Plano de Cargos e Salários é uma ferramenta utilizada para determinar e sustentar as estruturas de cargos e salários de uma organização com objetivo de alcançar o equilíbrio interno e externo por meio da definição das atribuições, deveres e responsabilidades de cada cargo e, consequentemente, os seus respectivos níveis salariais. Além de proporcionar a estruturação, o Plano também permite que a empresa ofereça ao colaborador um plano real de carreira, ou seja, de forma clara demonstra as possíveis promoções e o tempo para alcançá-las. Esse plano é aplicado em diferentes etapas: Organização e Planejamento do Trabalho, Divulgação, Levantamento de atribuições (fase de identificação e levantamento de todas as funções existentes na empresa), Descrições de Cargo, Avaliação e Classificação dos Cargos e pesquisa salarial. Modelo de plano de cargos e salários de uma empresa de pequeno porte: Fonte: https://blog.luz.vc/como-fazer/como-implementar-um-plano-de-cargos-e-salarios-em-uma-pequena-empresa/ Antes da nova reforma trabalhista o plano de cargos e salário da empresa precisava passar pela homologado do Ministério do Trabalho e para ter seu valor legal. A partir da vigência da nova reforma o plano de cargos e salários ou plano de carreira poderá ser negociado livremente entre empresa e colaboradores sem necessidade de homologação no MTE e registro em contrato, podendo ser mudado constantemente. Porém, isso não quer dizer que a empresa pode abdicar de ter um plano atraente de carreiras, definições sobre funções e responsabilidades, critérios e regras claras para as movimentações horizontais e verticais, pois tudo isso faz parte de uma eficaz gestão de pessoas. Fontes: https://blog.magnetis.com.br/previdencia-social/ https://www.caixa.gov.br/voce/previdencia/Paginas/default.aspx https://www.catho.com.br/carreira-sucesso/carreira/sem-categoria/pesquisa-salarial-importante-para-empresas-e-profissionais/ https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2019/12/27/previdencia-privada-como-funciona-rendimento.htm https://mag.com.br/blog/educacao-financeira/artigo/tabela-progressiva-x-tabela-regressiva https://www.politize.com.br/previdencia-social-o-que-e/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp108.htm#:~:text=Disp%C3%B5e%20sobre%20a%20rela%C3%A7%C3%A3o%20entre,complementar%2C%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias. http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/LCP/Lcp109.htm https://www.roberthalf.com.br/blog/salario/pesquisa-salarial-entenda-como-fazer-e-qual-importancia-rc https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_14.12.2017/art_202_.asp#:~:text=202.,e%20regulado%20por%20lei%20complementar
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