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Impresso por Gilberto, CPF 058.914.397-27 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 02/11/2020 22:45:02 1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA GESTÃO DE PROJETOS Fichamento de Estudo de Caso André Luís Lamanna Trabalho da Disciplina Gerenciamento de Prazos, Tutor: Prof. Sueli Moreira Marquet Silva São Paulo 2018 Impresso por Gilberto, CPF 058.914.397-27 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 02/11/2020 22:45:02 2 FICHAMENTO TÍTULO: Gerenciamento de Prazos CASO: BAE Authomated System - Sistema de Manejo de Bagagem do Aeroporto de Denver REFERÊNCIA APPLEGATE MONTEALEGRE: . Lynda M, . Ramiro, . NELSON. H James, . Carin Isabel. C . 311-P01, nov. 1996.KNOOP Harvard Business School TEXTO: O Aeroporto de Stapleton, no ano de 1970, conseguia atender as operações das aeronaves e passageiros apesar do layout limitado das pistas que atendia somente voos de linhas aéreas regionais. Porém, com o crescimento regional dos setores de petróleo, setor imobiliário e turismo na década de 80, em razão d sua localização o Aeroporto de Stapleton de Denver era e um atrativo para as linhas aéreas que lá realizassem suas operações de hubbing. A cidade de Denver também cresceu e se expandiu muito, viu a necessidade de um novo aeroporto para suprir a demanda de crescimento. Estes elementos tornaram o aeroporto de Stapleton como um entrave que limitava a atratividade de negócios que lá estavam, com atrasos constantes de voos e que se tornaram crônicos, por conta das pistas de pouso e decolagem que eram parale s, não tinham separação la laterais suficientes não tinha vias de t iamento insuficientes para os períodos de alto e ax tráfego. Impresso por Gilberto, CPF 058.914.397-27 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 02/11/2020 22:45:02 3 Em meados de 1970, o condado de Denver havia definido que o aeroporto precisava de já uma expans ou substitui . Em julho de 1979 foi solicitado um estudo junto ao Denver ão ção Regional Council of Governments para avaliar as necessidades do aeroporto, estudo que foi concluído em 1983, com a entrega de um relatório que recomendava a expansão da capacidade do aeroporto. Após um período da corrida eleitoral da prefeitura da cidade, escolha do local onde poderia construir o aeroporto, a realização de um referendo na cidade sobre a intenção dos eleitores a respeito do projeto o processo licitatório, finamente em novembro de 1989 foi iniciada a e construção do novo Aeroporto Internacional de Denver (DIA) com o prazo de entrega definido para o dia 31 e outubro de 1993. O aeroporto ficaria localizado a 40 km do centro de Denver e seria o primeiro grande aeroporto a ser construído nos Estados Unidos desde a inauguração do aeroporto Dallas-Fort Worth em 1974. A construção foi iniciada sem o comprometimento duas maiores companhias aérea usuárias do aeroporto: a United as Airlines e a Continental Airlines. Foram feitas mudanças no layout do empreendimento e suas instalações (algumas já em construção) para acomodar as demandas operacionais das companhias áreas, a prefeitura concordou com uma variedade imensa de alterações no projeto, enquanto assegurava às agências financiadoras que a data de inauguração estava mantida. Porém, no projeto inicial não foi incorporado um sistema de bagagem para todo o aeroporto e a administração do projeto esperava que as companhias construíssem individualmente seus Impresso por Gilberto, CPF 058.914.397-27 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 02/11/2020 22:45:02 4 próprios sistemas como na maioria dos outros aeroportos americanos. O que realmente aconteceu, e em dezembro de 1991 a United Airlines contrata a empresa BAE Automatic Systems para desenvolver um sistema automatizado de manejo de bagagens na asa B do aeroporto com o intuito de atender suas próprias necessidades e a construção do sistema seria terminada em dois anos e meio, com custo de $20 milhões. A BAE já estava trabalhando no sistema encomendado pela United Airlines quando a equipe de gestão do programa (PMT) reconheceu os benefícios de um sistema integrado de bagagens para todo o aeroporto. Como nenhuma companhia aérea, além da United, estavam tomando providências para desenvolver seu próprio sistema, com isso os planejadores do aeroporto e os consultores começaram a escrever especificações do sistema de manejo de bagagens para todo o aeroporto e a cidade abriu uma licitação. Foram acionadas 16 empresas dentro e fora dos Estados Unidos, sendo que somente três responderam. Uma empresa de consultoria não recomendou nenhum dos projetos apresentados, pois, tendia que as configurações não en atendiam as necessidades do aeroporto. A empresa BAE mesmo com todo o conhecimento e tecnologia para oferecer ao projeto do aeroporto, foi uma das que recusaram participar da licitação, pois sabia que era preciso mais tempo do que foi determinado, para concluir o projeto de alta complexidade do projeto. Em 1992 (após dois anos do início da construção), o Aeroporto de Denver resolveu contratar a empresa BAE para tocar o projeto porque ela já estava trabalhando no sistema de manejo de Impresso por Gilberto, CPF 058.914.397-27 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 02/11/2020 22:45:02 5 bagagens da United e também por causa de sua reputação mundial como construtores de primeira linha de sistema de bagagens. A BAE apresentou uma proposta para o projeto o qual seria o sistema automatizado de bagagens mais complexo construído. A proposta do sistema seria capaz de deslocar todos os tipos de bagagens do terminal até uma asa remota através de um túnel, chegando até o portão. Não seria preciso manipular e selecionar as bagagens manualmente e com isso o tempo no solo se reduziria drasticamente. O projeto era bem mais caro do que o tradicional com o s carrinhos e rebocadores, mas compensaria com a redução da força de trabalho que era necessária para a distribuição das bagagens. A empresa BAE colocou várias condições para aceitar o trabalho como: a proposta não deveria ser mudada além de uma data combinada, término de construção de certas áreas do aeroporto dentro do prazo, provisão de energia permanente e provisão de salas de computadores. Todas essas medidas seriam por conta que a empresa estava muito preocupada com o prazo de entrega do projeto. Os representantes de Denver não só aceitaram as condições como também ofereceu acesso irrestrito a todas as áreas do aeroporto para eles pudessem trabalhar. Em abril de 1992 a empresa BAE assina o contrato de $175.6 milhões para construir o sistema de todo o aeroporto. Quando o contrato foi assinado, a construção dos terminais e asas já havia começado. Mudanças tiveram que ser feitas no desenho do terminal, paredes tiveram que ser removidas e Impresso por Gilberto, CPF 058.914.397-27 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 02/11/2020 22:45:02 6 um novo piso instalado para poder suportar o novo sistema. Não houve somente mudanças na estrutura, mas também na governança do projeto. Em maio de 1992, o chefe geral do projeto renunciou. Logo depois outro impacto: a morte de Sliger,Engenheiro Chefe do Aeroporto, em outubro do mesmo ano. Ele tinha um peso significativo para o andamento do projeto, pois estava envolvido de perto das negociações com a BAE. Depois deste fato todos perceberam que o projeto não ia ser inaugurado dentro do prazo, pois o que tinha sido acordado antes com o Slinger, já não estava sendo cumprido depois de sua morte como, por exemplo, o acesso irrestrito a todas as áreas do aeroporto. Pelo contrário, algumas áreas já não se tinham acesso razoável para o andamento das obras. Quando se pensava que não podia piorar, as companhias aéreas resolveram solicitar algumas mudanças no desenho do projeto do sistema de bagagens. Outro problema era que a cidade não conseguia fornece eletricidade “limpa” para a alimentação do sistema. Os picos de energia colocaram em curto centenas de motores. A solução era colocar filtros para regularizar os picos de energia, porém um contrato que tinha no seu escopo um item para o fornecimento dos filtros foi cancelado por um funcionário sem perceber que existia este item. Mais um problema: em setembro de 1993 uma greve de dois dias de 300 mecânicos e 200 eletricistas devido as divergências contratuais com relação aos serviços de manutenção do sistema acabaram por atrasar ainda mais a obra. A inauguração do aeroporto foi adiada por três vezes no período de fevereiro a outubro de 1993. Todos entraram em pânico para tentar definir a data de inauguração da qual ninguém tinha certeza. Impresso por Gilberto, CPF 058.914.397-27 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 02/11/2020 22:45:02 7 A equipe gerencial já não se entendia com a empresa BAE. O representante da BAE acusava que a equipe gerencial não tinha competência ou experiência em manejo de bagagens enquanto o gerente de projeto dizia que a empresa BAE era inexperiente em gestão de projetos. No final de abril de 1994, a cidade de Denver resolver realizar um teste no sistema sem notificar a BAE. Convidou vários repórteres para observar o teste e o que aconteceu foi um fracasso total no funcionamento do sistema. Depois do teste o prefeito Webb prorrogou a inauguração do aeroporto mais uma vez, mas desta vez indefinidamente. Em maio de 1994, já sob forte pressão dos acionistas, o prefeito contratou a empresa alemã Logplan para avaliar o estado do sistema e agosto do mesmo ano a Logplan recomendou a construção de um sistema de backup a um custo de $50 milhões. O prefeito autorizou a construção do sistema de backup e notificou a empresa BAE para que pagasse uma multa diária de $12.000 por não cumprir o prazo original de entrega (29 de outubro de 1993) e assumisse os custos de $50 milhões da construção dos sistemas de backup. “Fomos largados no limbo.” – Disse Di Fonso, representante da BAE. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: HARVARD BUSINESS SCHOOL; 311 01; Lynda , Ramiro – P M. APPLEGATE MONTE ALEGRE, H. James NELSON, Carin Isabel KNOOP.
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