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TRATAMENTO SUPERFICIAL DUPLO

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TRABALHO DE PAVIMENTAÇÃO DE OBRAS VIÁRIAS
“TRATAMENTO SUPERFICIAL DUPLO”
ALUNO: LUÍS PAULO GALVÃO
PROFESSOR: EDUARDO MALLMAN
TURMA: 541N1
TRATAMENTO SUPERFICIAL DUPLO:
 DEFINIÇÃO: Tratamento superficial duplo consiste em um revestimento asfáltico composto de duas aplicações alternadas de asfalto e agregado, executados sobre uma superfície acabada e imprimada. O envolvimento parcial do agregado pelo ligante em cada aplicação processa-se por penetração originada pela ascensão do ligante sob a ação de compressão. 
MATERIAIS:
Todos os materiais devem satisfazer às Especificações aprovadas pelo DAER-RS. Material asfáltico Podem ser empregados os seguintes materiais:
a) Emulsão asfáltica catiônica de ruptura rápida, preferencialmente RR-2C; 
b) Emulsões asfálticas modificadas por polímeros, cimentos asfálticos e outros produtos asfálticos, desde que tecnicamente justificados e com aprovação do DAER.
 Melhorador de adesividade (“Dope”) Deve ser usado, quando se necessite melhorar a adesividade do ligante asfáltico com o agregado, na quantidade prevista no projeto. 
 Os agregados podem ser pedra britada, escória britada ou seixo rolado britado. Devem consistir de partículas limpas, duras, duráveis, isentas de cobertura e torrões de argila. Deverá ser procedida a lavagem do agregado com equipamento adequado, aceito pelo DAER, não podendo a mesma ser realizada no caminhão. Em hipótese alguma, após a lavagem, o material pétreo poderá conter mais de 0,5 % de material passante na peneira nº 30 (0,59 mm). 
 EXECUÇÃO E APLICAÇÃO
	O tratamento superficial e um revestimento flexível de pequena espessura, executado por espalhamento sucessivo de ligante betuminoso e agregado, em operação simples ou múltipla em comboio de forma quase simultânea. O denominador comum para essa família de revestimentos é a modalidade de aplicação: por espalhamento de materiais, separadamente e o envolvimento do agregado pela penetração do ligante, que pode ser direta ou invertida.
Os tratamentos superficiais são classificados em: Tratamento Simples, Tratamento Duplo, Tratamento Triplo.
Convencionalmente, denomina-se por "penetração invertida" o tratamento que e iniciado pela aplicação do ligante. Já o termo "penetração direta" foi introduzido para Melhor identificar os tratamentos executados em acostamentos com emulsões de baixa viscosidade, em que há necessidade de se iniciar por um espalhamento de agregado para evitar o escorrimento do ligante.
As principais funções dos tratamentos superficiais são: proporcionar uma camada de rolamento de pequena espessura, porém de alta resistência contra o desgaste; impermeabilizar o pavimento; proteger a infraestrutura; e proporcionar um pavimento com revestimento antiderrapante.
No tratamento superficial, a função primordial do ligante betuminoso, desde a sua aplicação até o fim da vida útil do revestimento, é a de segurar o agregado no seu devido lugar, pela ligação permanente com a superfície tratada entre as partículas vizinhas.
Para satisfazer a esse objetivo, e necessário que o ligante atenda a vários critérios quanto as suas propriedades reológicas. Na ocasião do seu espalhamento, deve ter uma viscosidade baixa o suficiente, de 20 a 100 segundos Saybolt-Furol, para garantir a vazão uniforme através da bomba e dos bicos do espargidor. Ao mesmo tempo, a viscosidade deve ser suficientemente alta para evitar escorrimentos excessivos nos sentidos longitudinal e transversal, devido às inclinações de pista. Depois desse período de cura, o ligante deve atingir, rapidamente, uma viscosidade alta para retenção completa do agregado, sem mais deslocamentos, em nenhum sentido, e sem perigo de exsudação, durante toda a vida útil do pavimento.
EMULSÃO ASFÁLTICA CATIÔNICA
A emulsão asfáltica deve possuir a ruptura mais veloz possível para garantir sua adesão e fixação imediata sobre o agregado, podendo ser empregadas a Emulsão Asfáltica Catiônica de Ruptura Rápida - R–-2C, ou a Emulsão Asfáltica Catiônica de Ruptura Rápida modificada por polímero elástomerico- RR2C-E, ambas com 67% de resíduo seco.
Outros tipos de ligantes também podem ser utilizados no serviço de Tratamento Superficial, tais como: CAP 85/100, CR-250 e Asfaltos Modificados de Petróleo com Borracha moída de pneus.
Para qualquer tipo de tratamento superficial deve-se verificar a compatibilidade entre o ligante e o agregado, ou seja, a adesividade e a adesão, mais importantes neste caso do que qualquer outro tipo de revestimento betuminoso. Deve-se lembrar que essa compatibilidade é mutua, ou seja, a falta de adesividade não é culpa exclusiva do agregado, nem tampouco do ligante.
Os aspectos mais importantes a considerar na adesividade e na coesão do conjunto agregado/ ligante são: a facilidade do envolvimento do agregado pelo ligante, a resistência posterior contra o deslocamento do ligante pela ação do trafego e da água e a qualidade da coesão obtida do conjunto.
É condição sine qua non a ausência de excesso de impurezas (pó ou argila) no agregado, para se obter uma adesividade satisfatória com qualquer tipo de ligante, sendo uma propriedade da emulsão asfáltica catiônica possuir uma adesividade satisfatória a quase todos as materiais pétreos comumente encontrados. Portanto, sugerimos que o agregado seja lavado em dias que antecedam a sua distribuição.
As taxas de aplicação de ligante betuminoso e de espalhamento de agregado serão fixadas no projeto e ajustadas no campo.
A temperatura de aplicação do ligante betuminoso deve ser medida no caminhão distribuidor, imediatamente antes da aplicação, a fim de verificar se satisfaz ao intervalo definido pela relação viscosidade x temperatura. Usualmente essa temperatura não é superior a 55°C.
AGREGADOS PÉTREOS
A Seleção da faixa granulométrica a ser observada pela mistura de agregados pétreos deverá ser compatível Com os objetivos a serem alcançados pela aplicação de Tratamentos Superficiais.
A natureza físico-química do agregado pode, em certos casos, conduzir a ligeiros ajustes da dosagem de ligante, mas esses desvios são pequenos e só podem se apreciados nas condições locais.
No que concerne à forma, os agregados devem satisfazer ás prescrições das especificações, e nenhuma correção e possível. Contudo, deve-se ter atenção em proibir os grãos achatados, ou plaquetas, lembrando que a utilização de agregados pré-tratados ou pré-envolvidos não é em geral aconselhável com as emulsões asfálticas.
Os cuidados com a estocagem dos agregados constituem um fator determinante de bom êxito dos tratamentos.
O Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre - DNIT recomenda as seguintes faixas granulométricas, conforme esta representada na tabela 2.
A confecção de Tratamentos Superficiais envolve os seguintes equipamentos: caminhão equipado com barra espargidora, ar comprimido ou bomba de deslocamento positivo, dispositivo para aquecimento do ligante, tacômetro, termômetro etc. (figura 3).
O sucesso dos serviços de tratamentos superficiais depende em grande parte do bom estado de conservação e do bom funcionamento do equipamento espargidor. Os equipamentos devem possuir sistema de aquecimento e um ou dois indicadores de temperatura. O espalhamento das emulsões é garantido por bombeamento ou pressão por ar comprimido.
EQUIPAMENTOS:
É bastante aconselhável que a descarga do ligante seja influenciada pela velocidade do carro distribuidor e pelas variações do comprimento da barra espargidora. Lembramos que o bom estado do material de espalhamento e sua limpeza (tanque, tubulação, filtros, barra esparidora, bicos) constituem um importante elemento de sucesso.
Espargimento do ligante Procedida a limpeza, o espargimento do ligante asfáltico só deverá ser processado se as condições atmosféricas forem propícias. Recomenda-se, pois, não iniciar os trabalhos antes do nascer do sol (superfície adjacente fria e úmida), sendo proibida a operação quando as temperaturas ambientes e da pista forem inferiores a 10°C para os cimentos asfálticose para as emulsões. A temperatura de aplicação do material asfáltico deverá ser determinada para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura-viscosidade. Quando do trabalho em temperaturas excessivamente elevadas, cuidados devem ser tomados ao verificar-se a tendência dos agregados, aquecidos pelo sol, aderirem aos pneus dos rolos e veículos. Deverá ser realizado estudo específico da adesividade do sistema ligante asfálticoagregado. 
Os materiais asfálticos deverão ser aplicados de uma só vez em toda a largura a ser trabalhada e o espargidor ajustado e operado de modo a distribuir o material uniformemente; depósitos excessivos de material asfáltico devem ser prontamente eliminados. A extensão do banho asfáltico em cada etapa construtiva deverá ser condicionada à exigência de que o espargidor de ligante e o distribuidor de agregado funcionem como um equipamento único, de modo a permitir que o agregado seja distribuído imediatamente após a distribuição do ligante asfáltico.
Os distribuidores de agregados podem ser rebocáveis ou automotrizes. O espalhamento transversal homogêneo está ligado à qualidade do dispositivo.
A regularidade do espalhamento longitudinal só pode ser obtida pela boa conjugação do dispositivo de espalhamento do agregado com a velocidade do veículo. A colocação no local de divisões transversais na caçamba permite assegurar um escoamento mais regular do agregado. Isto é conveniente para a maioria dos canteiros, mas a habilidade do motorista do veículo é submetida a uma dura prova. Para o espalhamento, o agregado e posto em uma tremonha e depois levado por um cilindro dosador estriado colocado pouco acima do pavimento. Esse sistema permite uma ótima solução a cada um dos problemas que podem surgir no espalhamento dos agregados por um veículo.
 
A aplicação com equipamento conjugado (agregado/ ligante) promove a adequada adesão/coesão evitando o retardamento da aplicação do agregado. Com isso evita-se a perda do poder ligante da emulsão asfáltica.
Os rolos compressores são normalmente os pneumáticos de 10 toneladas. As pressões deverão ser da ordem de 85 psi a 120 psi. A pressão e alta para evitar a ação de amassamento dos grãos. Com efeito, um pneu pouco cheio tem a sua área de contato for temente deformada durante a ação de compactação. Esta deformação é, por outro lado, major de acordo com a velocidade. Uma alta pressão e uma velocidade limitada a 2 ou 3 km/h, para as duas ou três primeiras passagens, permitem entrosar os grãos do agregado no ligante e ate mesmo na camada subjacente, se ela permitir, sem deslocamento lateral.
MANEJO AMBIENTAL
A preservação do meio ambiente nos serviços de execução de revestimentos do tipo tratamento superficial envolve a obtenção e aplicação de agregado pétreo, estoque e aplicação de material betuminoso. E preciso adotar os seguintes cuidados: São vedados a instalação de depósitos de material betuminoso próximo a cursos d'água e o refugo de materiais já utilizados na faixa de domínio e áreas lindeiras adjacentes, ou qualquer outro causador de prejuízo ambiental. Na desmobilização dessa atividade, removidos os depósitos de ligante e efetuada a limpeza do canteiro de obras, recompõe-se a área afetada pelas atividades da construção.
 
A execução do tratamento superficial duplo envolve basicamente as seguintes operações: 
 · limpeza da superfície subjacente; 
· primeiro espargimento do ligante asfáltico;
 · primeira distribuição do agregado; 
· compressão da primeira camada;
 · segundo espargimento do ligante asfáltico; 
· segunda distribuição do agregado (segunda camada);
 · compressão da segunda camada; 
· eliminação dos rejeitos; 
· verificação da fixação do agregado; 
· liberação ao tráfego.
O controle geométrico, no tratamento superficial, deverá constar de uma verificação do acabamento da superfície, que será feita com duas réguas, uma de 1,00m e outra de 3,00m de comprimento, colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da estrada, respectivamente. A variação da superfície entre dois pontos quaisquer de contato não deve exceder 0,5cm, quando verificada com qualquer das duas réguas.
CONCLUSÃO:
A aplicação dos Tratamentos Superficiais só deve ser implementada após a certificação da reunião de todas - sem qualquer exceção - as condições fundamentais e acessórias que assegurem, antes do inicio dos trabalhos, a expectativa de amplo sucesso do processo executivo e resultem num produto final com todas as qualidades e desempenho inerente a sua concepção e destinação.
Todos os materiais, agregados pétreos e ligantes deverão ser adequadamente caracterizados a luz das especificações pertinentes para compor a mistura destinada a confecção de tratamentos superficiais.
REFERÊNCIAS:
Departamento nacional de infraestrutura e transportes DNIT
 Manual de rodovias do DAER RS departamento autônomo de estradas e rodagem
Especificações de serviço de tratamento superficial simples, tratamento superficial duplo e capa selante.
Tratamento superficial simples DAER 
 Tratamento superficial duplo DAER 
 
 
TRABALHO DE PAVIMENTAÇÃO DE 
OBRAS VIÁRIAS
 
 
 
 
 
 
 
“
TRATAMENTO SUPERFICIAL DUPLO
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ALUNO
:
 
LUÍS PAULO GALVÃO
 
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ROF
ESSOR
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EDUARDO MALLMAN
 
TURMA
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541N1
 
 
 
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“TRATAMENTO SUPERFICIAL DUPLO” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROFESSOR: EDUARDO MALLMAN 
TURMA: 541N1

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