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Direito Civil Contratos Licenciado para - Theresa Christina Oliveira Costa - Protegido por Eduzz.com CONCEITO • O Código Civil designa, com o vocábulo empréstimo, dois contratos de reconhecida importância: o comodato e o mútuo. Têm eles em comum a entrega de uma coisa. Diferenciam-se, todavia, profundamente. DIFERENÇAS ENTRE COMODATO E MÚTUO: a) O comodato é empréstimo para uso apenas, e o mútuo, para consumo; b) No comodato, a restituição será a da própria coisa emprestada, ao passo que no mútuo será de uma coisa equivalente; c) o comodato é essencialmente gratuito, enquanto o mútuo tem, na compreensão moderna, em regra, caráter oneroso. Embora possa ser gratuito, raramente se vê, na prática, as pessoas emprestarem coisas fungíveis, máxime dinheiro, sem o correspondente pagamento de juros. Definição legal: Segundo dispõe o art. 579 do Código Civil, “comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto”. É, portanto, contrato benéfico, pelo qual uma pessoa entrega a outrem alguma coisa infungível, para que a use graciosamente e, posteriormente, restitua-a. CARACTERÍSTICAS DO COMODATO Como se infere do conceito retro mencionado, são três as características essenciais do contrato de comodato: Licenciado para - Theresa Christina Oliveira Costa - Protegido por Eduzz.com Gratuidade Decorre da própria natureza do comodato, pois se confundiria com a locação, se fosse oneroso. Não o desnatura, porém, o fato de o comodatário de um apartamento responsabilizar-se pelo pagamento das despesas condominiais e dos impostos. Se, no entanto, o empréstimo é feito mediante alguma compensação, não existe comodato, mas contrato inominado. Tem-se admitido hodiernamente, todavia, a coexistência do empréstimo de uso e de encargo imposto ao comodatário, configurando-se, no caso, o comodato modal, desde que, naturalmente, o ônus não se transforme em contraprestação. Não desnatura o comodato, por exemplo, o empréstimo com a obrigação de o comodatário revender bens de fabricação do comodante, como sucede com as distribuidoras de derivados de petróleo quando fornecem equipamentos, tais como instalações, bombas, elevadores de veículos etc., desde que o posto de serviços de veículos comercialize unicamente produtos de sua bandeira. A obrigação de revenda exclusiva não representa remuneração ao comodato. Em geral, o contrato de comodato tem natureza intuitu personae, traduzindo um favorecimento pessoal do comodatário, embora essa circunstância não seja essencial. Por essa razão, em princípio deve extinguir-se pela morte deste, não se estendendo aos seus sucessores, salvo ratificação do comodante ou se o uso ou serviço para o qual foi outorgado não houver terminado. INFUNGIBILIDADE DO OBJETO Implica a restituição da mesma coisa recebida em empréstimo. Se fungível ou consumível, haverá mútuo. Mas pode ela ser móvel ou imóvel. A avença pode consistir, também, na fruição de determinado lugar (commodatum loci). Licenciado para - Theresa Christina Oliveira Costa - Protegido por Eduzz.com O comodato de bens fungíveis ou consumíveis só é admitido quando, excepcionalmente, as partes convencionam a infungibilidade de coisas naturalmente fungíveis e consumíveis, por exemplo, quando são emprestadas para serem exibidas em uma exposição, devendo ser restituídas as mesmas, ou quando destinadas a ornamentação, como uma cesta de frutas, por exemplo, (comodatum ad pompam vel ostentationem). TRADIÇÃO A necessidade da tradição para o aperfeiçoamento do comodato torna-o um contrato real. Somente com a entrega, e não antes, fica perfeito o contrato. O legislador optou por tratá-lo, expressamente, como contrato dessa espécie (CC art. 579, segunda parte). Portanto, de iure condito é contrato real, sendo também assim considerado pela doutrina tradicional. Desdobra- se a posse em direta e indireta. Recebendo a coisa, o comodatário passa a exercer a posse direta, permanecendo a indireta com o comodante (CC art. 1.197). Ambos, sendo possuidores, podem invocar a proteção possessória. Contra terceiro, bem como um contra o outro (CC art. 1.197). NATUREZA JURÍDICA O comodato é contrato: • Unilateral, porque, aperfeiçoando-se com a tradição, gera obrigações apenas para o comodatário. Uma vez constituído pela tradição, apenas o comodatário passa a ter obrigações definidas e constantes. Só por exceção o comodante pode assumir obrigações, posteriormente. Alguns autores, em razão dessa possibilidade eventual, enquadram o aludido contrato na subcategoria dos contratos bilaterais imperfeitos. Silvio Rodrigues Licenciado para - Theresa Christina Oliveira Costa - Protegido por Eduzz.com Considera, com razão, descabida a afirmação de que o comodato é. Contrato bilateral imperfeito, porque as mencionadas obrigações “não são peculiares ao comodato, mas a qualquer contrato”. • Temporário: se o empréstimo for perpétuo, transforma-se em doação. O ajuste pode ser por prazo determinado ou indeterminado. Neste caso, presume-se ser o necessário para o comodatário servir-se da coisa para o fim a que se destinava (CC art. 581). Assim, por exemplo, o empréstimo de máquinas agrícolas entende-se efetivado para determinada safra, finda a qual devem ser restituídas. Se o comodatário falecer antes disso, não se permite ao comodante reclamar dos herdeiros dele a devolução do objeto emprestado. Já se é emprestada uma cadeira de rodas, verbi gratia, a um doente em recuperação, e este vem a falecer durante o tratamento, pode o comodante, por haver cessado o motivo determinante do uso concedido, reclamar dos herdeiros a restituição do objeto emprestado. Deve o comodante abster-se de pedir a restituição da coisa emprestada, antes de expirado o prazo convencional ou presumido pelo uso, salvo se demonstrar em juízo a sua necessidade, urgente e imprevisto, sendo esta reconhecida pelo juiz. Nesta hipótese, poderá ser autorizado a antecipar a sua recuperação, como previsto no art. 581 do Código Civil. Esta regra decorre do caráter benéfico do contrato. • Não solene: A lei não exige forma especial para validade do contrato, podendo ser utilizada até a verbal. A sua existência pode ser comprovada até mesmo por testemunhas, pois são admitidos todos os gêneros de prova. Muitas vezes, no entanto, sua prova só por escrito se poderá fazer eficientemente, especialmente porque há necessidade de distingui-lo da locação, que exige uma retribuição, ou da doação, que dispensa a restituição da coisa. Por isso se costuma dizer que o comodato Licenciado para - Theresa Christina Oliveira Costa - Protegido por Eduzz.com não se presume, devendo ser cumpridamente provado por quem o alega, especialmente porque, sendo gratuito, dispensa qualquer contraprestação. REQUISITOS LEGAIS • Necessidade de autorização especial para os administradores de bens alheios em geral Os tutores, curadores, e em geral todos os administradores de bens alheios “não poderão dar em comodato, sem autorização especial, os bens confiados à sua guarda” (CC art. 580). Com efeito, os administradores em geral, como inventariantes, testamenteiros e depositários, podem ceder em comodato os bens confiados à sua guarda, desde que autorizados pelo juiz a que estejam sujeitos os bens do incapaz. Denota-se a intenção do legislador em proteger o incapaz, e todos aqueles que não têm a livre administração de seus bens, contra atos lesivos que possam ser eventualmente praticados pelos responsáveis por essa administração. • Capacidade geral para contratar Para figurar em contrato de comodato, as partes devem ter capacidade geral para contratar. Consistindo apenas em cessão de uso, não se exige que o comodante seja proprietário, como dito acima. Basta que tenha a posse ou por direito lhepertença o mesmo uso, como sucede com o enfiteuta, o usufrutuário e o usuário, por exemplo, salvo as hipóteses de vedação contratual ou legal, como no caso dos tutores e curadores, há pouco mencionado. Na locação de imóveis, por exemplo, o empréstimo da coisa locada pelo locatário depende de autorização expressa do locador (Lei n. 8.245/91, art. 13). SUBCOMODATO Licenciado para - Theresa Christina Oliveira Costa - Protegido por Eduzz.com Sendo o comodato baseado na confiança, é vedada a cessão de uso mediante subcomodato, à falta de expressa autorização. Sem ela, a subcontratação constitui abuso, com desvio de finalidade. DIREITOS E OBRIGAÇÕES DO COMODATÁRIO • Direitos: Concernem ao uso e gozo da coisa emprestada, que não são ilimitados, mas sujeitos a regras disciplinadoras, que formam um feixe de deveres e obrigações. • Obrigações: Consistem, basicamente, em: OBRIGAÇÃO DE CONSERVAR A COISA. O comodatário deve “conservar, ‘como se sua própria fora’, a coisa emprestada”, evitando desgastá-la (CC art. 582). Não pode alugá-la, nem emprestá-la sem autorização. Da obrigação de conservar a coisa emerge a de responder pelas despesas de conservação ou necessárias, não podendo recobrar do comodante as comuns, “feitas com o uso e gozo da coisa”, como a alimentação do animal emprestado, por exemplo, (art. 584). As despesas extraordinárias devem ser comunicadas ao comodante, para que as faça ou o autorize a fazê-las. Já decidiu o Superior Tribunal de Justiça que os gastos somente serão indenizáveis se urgentes e necessários, classificando- se como extraordinários. Preceitua, ainda, o art. 583 do Código Civil que, em caso de perigo, preferindo o comodatário salvar os seus bens, “abandonando o do comodante, responderá pelo dano ocorrido, ainda que se possa atribuir” o evento “a caso fortuito, ou força maior”. Licenciado para - Theresa Christina Oliveira Costa - Protegido por Eduzz.com A obrigação de conservar e manter a coisa traz como consequência a responsabilidade do comodatário pelo dano que lhe advenha. Como não basta um cuidado elementar, devendo dela cuidar com tanta ou maior solicitude do que dos seus próprios bens, responde não apenas por dolo, mas por toda espécie de culpa, mesmo a levíssima; não, porém, pelo que a ela ocorrer em razão do uso normal ou pela ação do tempo, nem pelo fortuito ou força maior. OBRIGAÇÃO DE USAR A COISA DE FORMA ADEQUADA O comodatário não pode “usá-la senão de acordo com o contrato, ou a natureza dela, sob pena de responder por perdas e danos” (CC art. 582). Se o contrato não traçar as regras e os limites de sua utilização, serão eles dados pela natureza da coisa. O uso inadequado constitui, também, causa de resolução do contrato. A propósito, preleciona Washington de Barros Monteiro, com suporte na jurisprudência: “Se o contrato diz respeito, por exemplo, a um automóvel emprestado para curtos passeios na cidade, não pode o comodatário empregá-lo em longas viagens pelo interior”. OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR A COISA Deve a coisa ser restituída no prazo convencionado, ou, não sendo este determinado, findo o necessário ao uso concedido. Assim, se alguém empresta um trator para ser utilizado na colheita, presume-se que o prazo do comodato se estende até o final desta. Licenciado para - Theresa Christina Oliveira Costa - Protegido por Eduzz.com O comodatário que se negar a restituir a coisa praticará esbulho e estará sujeito à ação de reintegração de posse, além de incidir em dupla sanção: responderá pelos riscos da mora e terá de pagar aluguel arbitrado pelo comodante durante o tempo do atraso (CC art. 582, segunda parte). Não cabe, no caso, ação de despejo, por inexistir relação ex locato entre as partes. Em regra, o comodatário não responde pelos riscos da coisa. Mas, se estiver em mora, responde por sua perda ou deterioração, ainda que decorrentes de caso fortuito (art. 399). A expressão aluguel vem sendo interpretada como perdas e danos, arbitradas pelo comodante, não transformando o contrato em locação. Pode este arbitrar o valor desse aluguel na petição inicial ou no curso da ação possessória. Somente por exceção pode o comodante exigir a restituição da coisa antes de findo o prazo convencionado ou o necessário à sua utilização: em caso de necessidade imprevista e urgente, reconhecida pelo juiz (art. 581), como visto no item anterior. Resumindo: OBRIGAÇÕES DO COMODATÁRIO a) Responder pela mora e pagar aluguel pelo tempo do atraso em restituir (CC art. 582); Licenciado para - Theresa Christina Oliveira Costa - Protegido por Eduzz.com b) Guardar e conservar a coisa emprestada como se sua fosse (CC art. 582, 584 e 1.219); c) Limitar o uso da coisa ao estipulado no contrato ou de acordo com a sua natureza (CC art. 582, 2ª parte); d) Restituir a coisa emprestada in natura no momento devido, se não houver prazo estipulado, findo o tempo necessário ao uso concedido; e) Responder pelos riscos da coisa no caso do art, 583 do CC, salvo se provar isenção de culpa (CC art. 399 e 393); f) Responsabilizar-se solidariamente, se houver mais comodatários (CC, art. 585). DIREITOS E OBRIGAÇÕES DO COMODANTE • Obrigações A rigor, o comodante não tem obrigações, pois o comodato, segundo a dicção legal, perfaz-se com a tradição do objeto (CC art. 579). Efetuada esta, restam obrigações somente para o comodatário. Todavia, é possível que obrigações possam surgir, eventualmente. Assim: a) O comodante tem a obrigação de reembolsar o comodatário pelas despesas extraordinárias e urgentes que este fizer na coisa, que importem em gastos que excedam da sua conservação normal e não possam esperar que, avisado, o primeiro as efetue tempestivamente. b) Compete também ao comodante indenizar o comodatário dos prejuízos causados por vício oculto da coisa, dos quais tinha conhecimento, e dolosamente não preveniu em tempo o comodatário. c) Tem o comodante, ainda, a obrigação de receber a coisa em restituição, finda o prazo do comodato. Recusando-se a isso, pode ser Licenciado para - Theresa Christina Oliveira Costa - Protegido por Eduzz.com constituído em mora, sujeitando-se à ação de consignação em pagamento e arcando com todas as consequências da mora. Frise-se que as obrigações mencionadas são peculiares a todos os contratos e não permitem, por isso, que se denomine o comodato de contrato bilateral imperfeito. Resumindo: OBRIGAÇÕES DO COMODANTE Não pedir a restituição do bem emprestado antes do prazo estipulado ou do necessário para o uso concedido, salvo na hipótese do CC art. 581; Pagar as despesas extraordinárias e necessárias feitas pelo comodatário; Responsabilizar-se pela posse mansa e pacífica da coisa emprestada perante o comodatário. • Direitos: Os direitos do comodante correspondem às obrigações do comodatário. Os principais são: a) Exigir do comodatário que conserve a coisa como se fora sua, usando-a apenas de acordo com sua destinação, finalidade e natureza. b) Exigir que o comodatário efetue os gastos ordinários para conservação, uso e gozo da coisa emprestada, restituindo-a findo o prazo convencionado ou presumido. c) Arbitrar e cobrar aluguel, como penalidade e para satisfação de perdas e danos, em caso de atraso na restituição. EXTINÇÃO DO COMODATO Extingue-se o comodato por diversas formas. Confira-se: • O advento do termo convencionado ou a utilização da coisa de acordo com a finalidade para que foi emprestada acarretam, efetivamente, a extinção do contrato, devendo a coisa ser restituída. • Pela resolução, por iniciativa do comodante, em caso de descumprimento, pelo comodatário, de suas obrigações, especialmente por Licenciado para - Theresa Christina Oliveira Costa - Protegido por Eduzz.com usá-lade forma diversa da convencionada ou determinada por sua natureza. • Por sentença, a pedido do comodante, provada a necessidade imprevista e urgente. A benesse só será deferida ao comodante se ele provar o surgimento de urgente necessidade, que não podia ser prevista por ocasião do empréstimo (CC art. 581). • Pela morte do comodatário, se o contrato foi celebrado intuitu personae, pois nesse caso as vantagens dele decorrentes não se transmitem ao herdeiro (p. ex., quando morre o paralítico a quem foi emprestada a cadeira de rodas). Se, no entanto, o empréstimo do trator ao vizinho, por exemplo, foi feito para uso na colheita, a sua morte prematura não obriga os herdeiros a efetuarem a devolução antes do término da aludida tarefa. • Pela resilição unilateral, nos contratos de duração indeterminada sem destinação ou finalidade específica. Deve o comodante notificar o comodatário para que efetue a devolução no prazo que lhe for assinado. Se a iniciativa for do comodatário, deverá efetuar a restituição da coisa ou consigná-la judicialmente, se houver recusa do comodante, sem justa causa, em recebê-la (CC art. 335, II). • Pelo perecimento do objeto do contrato. Neste caso, o comodatário responderá por perdas e danos se a perda ocorreu por sua culpa. Também será ele responsabilizado, ainda que a perda tenha decorrido do fortuito e da força maior, se, correndo risco o objeto do comodato, antepuser a salvação dos seus, abandonando o do comodante (CC, art. 583), ou se se encontrava em mora de devolver (CC, art. 399), como retro mencionado (item 6.6.1, retro). Resumindo EXTINÇÃO DO COMODATO: Distrato; Licenciado para - Theresa Christina Oliveira Costa - Protegido por Eduzz.com Morte do comodatário, se se convencionou que o uso da coisa será estritamente pessoal; Advento do prazo convencionado ou do necessário para o uso concedido; Resolução por inexecução contratual; Resilição unilateral por parte do comodante ou do comodatário; Alienação da coisa emprestada (matéria controvertida). Questões Ano: 2015- Banca: FCC - Órgão: TJ-GO -Prova: Juiz de direito 1. O comodato é o empréstimo de bem a) Fungível, a exemplo do dinheiro, aperfeiçoando-se com a tradição, tal como ocorre com o mútuo. b) Fungível, a exemplo de obra de arte autografada por seu autor, aperfeiçoando- se com a tradição, diferentemente do que ocorre com o mútuo. c) Infungível, a exemplo do dinheiro, aperfeiçoando-se com o acordo de vontades, tal como ocorre com o mútuo. d) Infungível, a exemplo de obra de arte autografada por seu autor, aperfeiçoando- se com o acordo de vontades, tal como ocorre com o mútu. e) Infungível, a exemplo de obra de arte autografada por seu autor, aperfeiçoando- se com a tradição, tal como ocorre com o mútuo. Licenciado para - Theresa Christina Oliveira Costa - Protegido por Eduzz.com Resposta: letra E Prova: FCC - 2009 - TJ-PI - Analista Judiciário - Área Judiciária – Execução de Mandados 2. O contrato de comodato se caracteriza como: a) Empréstimo de consumo, cuja restituição deve ser feita pelo equivalente, diferentemente do mútuo, que é empréstimo de uso, porque o bem deve ser restituído em sua individualidade. b) Empréstimo de uso, porque o bem deve ser restituído em sua individualidade, diferentemente do mútuo, que é empréstimo de consumo, cuja restituição deve ser feita pelo equivalente. (GABARITO) c) Espécie do gênero contrato de mútuo, por configurar uma obrigação de restituir coisa fungível. d) Negócio jurídico bilateral e oneroso. e) Negócio jurídico oneroso. RESUMO CONCEITO • É o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto (art. 579). Licenciado para - Theresa Christina Oliveira Costa - Protegido por Eduzz.com CARACTERÍSTICAS • Gratuidade do contrato: decorre de sua própria natureza, pois se confundir ia com a locação, se fosse oneroso. • Infungibilidade do objeto: implica a restituição da mesma coisa recebida em empréstimo. Se fungível ou consumível, haverá mútuo. • Necessidade da tradição para o seu aperfeiçoamento: o que o torna um contrato real. • É contrato unilateral, temporário e não solene: é unilateral porque, aperfeiçoando- se com a tradição, gera obrigações apenas para o comodatário. OBRIGAÇÕES DO COMODATÁRIO • Conservar a coisa, como se sua fora, evitando desgastá-la (art. 582). • Usar a coisa de forma adequada (art. 582). • Restituir a coisa, no prazo convencionado, ou, não sendo este determinado, findo o necessário ao uso concedido. EXTINÇÃO DO COMODATO • Pelo advento do termo convencionado ou pela utilização da coisa de acordo com a finalidade para que foi emprestada. • Pela resolução, em caso de descumprimento, pelo comodatário, de suas obrigações. Licenciado para - Theresa Christina Oliveira Costa - Protegido por Eduzz.com • Por sentença, a pedido do comodante, provada a necessidade imprevista e urgente. • Pela morte do comodatário, se o contrato foi celebrado intuitu personae. Licenciado para - Theresa Christina Oliveira Costa - Protegido por Eduzz.com Licenciado para - Theresa Christina Oliveira Costa - Protegido por Eduzz.com
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